Não, eu não possuo Naruto, eu possuo todo o resto do universo, dominando espaço e tempo, mas Naruto não me pertence, ainda...

É mais uma das fic da Li, isso é: Yaoi. Se não gosta, não leia, possivelmente haverá relações entre pessoas do mesmo sexo, possivelmente um pervertido Itachi corrompendo um puro e inocente Naru-chan. Por isso, se não curte, não continue.

Não escrevo por lucro, meu único ganho é os elogios ou críticas daqueles que comentam ou não, mas que igualmente apreciam o trabalho que realizo, por isso, se não estiver pensando em fazer nenhuma crítica construtiva, não continue. E aqueles que adoram pegar idéias ou partes de fics, mesmo que eu não receba nada por isso, é meu e o uso parcial ou integral de qualquer parte dele é plágio e o pode vir a punir essa infração.

Para aqueles que continuam conosco, en joy...

Se Haruno Sakura fosse tão inteligente como pensava que era, jamais ia ter convidado o rapaz novo na escola para conhecer a casa assombrada. Mas Sakura não era tão inteligente como pensava, havia se destacado nos estudos, seu nome até a chegada do moreno estivera em primeiro segundo lugar no quadro geral da escola, era a representante de sua sala, estava envolvida com o Conselho Estudantil, isso tudo dera a Sakura uma falsa sensação de segurança que estava prestes a ser rompida para sempre.

Sakura se julgava a garota mais bonita da cidade, e a mais simpática também. Tinha dezesseis anos, era alta e esguia, com grandes olhos verdes e cabelos sedosos no tom rosa, sua cor predileta. Graças aos cabelos recebera seu nome, rosada como as flores de cerejeira. Se Sakura tivesse que ser sincera, criticaria sua testa, que era realmente larga, e a falta de seios, compensava essas debilidades com uma dose extra de confiança infundada e de pretensão desmedida. Por isso que quando fora informada da chegada de três novos alunos na escola, tinha escolhido o melhor deles e classificado-o como seu.

Se Sakura fosse inteligente como achava, teria pesquisado a casa assombrada, teria pelo menos notado o brasão em forma de leque no portão, e o nome escrito ali, Uchiha, que por acaso era o sobrenome do novo aluno, o que Sakura escolhera. E justamente por não ser tão atenta, esperta ou bonita como pensava que era, e por ele estar se mostrando completamente imune ao charme dela, que Sakura resolvera levá-lo lá. Um pouco de adrenalina faria milagres, pensava a garota.

- Sasuke-kun – Sakura sorriu amedrontada, estava escurecendo, era o momento ideal. Passara os últimos quatro anos indo ali sempre que queria testar um novo aluno, ou provocar alguém. Hyuuga Hinata ainda tremia sempre que a via, e isso divertia Sakura – é assustador, não?

- Hn – Sasuke resmungou olhando sua casa, a casa onde nascera.

Internamente maldisse as autoridades por não conseguirem manter os vândalos longe, amaldiçoou também os funcionários que ainda recebiam salários, dois jardineiros e uma faxineira, eram da mesma família e iriam sofrer um pequeno processo. Tinham subestimado os dois herdeiros Uchiha, tinham acreditado que o poder morrera com o patriarca, Sasuke queria dor e sangue por aquilo.

Os jardins de sua mãe, que ela própria plantara, estavam destruídos, com as rosas que a mãe tanto cuidara crescendo desordenadas, mato alto e ervas daninhas por todo o lado. A casa não poderia estar pior, pensou Sasuke, vendo as portas duplas de entrada abertas enquanto o que impedia a entrada eram somente algumas tabuas pregadas sobre o batente da porta. Tabuas que foram afastadas para dar passagem aos vândalos que eram seus colegas. Não fora ali para que a idiota que era a representante da turma lhe desse um passeio pela atração da cidade, fora ali, seguido pela inútil, para ver como estava a sua casa.

- Toda a família que vivia aqui foi morta em uma noite de lua – Sakura falou fingindo temor – nunca pegaram o assassino.

O assassino se chamava trânsito, e tinha levado seus pais, por que motoristas bêbados ainda existiam. O homem que bebera demais e resolvera estar perfeito para dirigir, e acabara batendo de frente com o carro de seus pais estava morto, passara anos implorando o perdão deles, ganhara apenas suas preces para que morresse de cirrose logo.

- Os mais velhos contam que não era um assassino de carne e osso, mas o próprio demônio Kyuubi – Sakura continuou, misturando as lendas locais – antigamente, esse terreno era parte do templo onde dizem que uma vez Kyuubi foi selada, e que a raposa jurou vingança ao clã por isso. Ninguém sabe como, mas Kyuubi conseguiu romper o selo e matou todos, as marcas de sangue...dizem que a noite, pode se ouvir os gritos e lamentos dos que foram assassinados e...

- Sangue escorre pelas paredes enquanto os corpos mutilados andam pelos corredores – uma voz masculina falou quando Sakura tentou fazer uma pausa de suspense, a garota gritou como uma louca e pulou em Sasuke, que esquivou, deixando-a cair no chão, desgraciosamente – e então, Gaara, o que acha?

- É só uma casa vandalizada – o ruivo falou saindo do que antes era a sala de música, hoje um acúmulo de pó, sujeira e instrumentos danificados – uma bela casa, mas não há nada de anormal aqui, além da sujeira. E escória como você não deveria tocar no nome de Kyuubi no Yoko.

Sakura rosnou ao ver o artístico Sai e o delinqüente Gaara se unido a eles no corredor. Estragaram completamente sua oportunidade, queria levar Sasuke para um dos quartos lá de cima e seduzi-lo, ou chegar bem próxima a isso. Uchiha Sasuke era a definição de perfeição, ele era moreno, com uma pele de porcelana, alto, forte, inteligente e o mais importante: rico. Fora que o fato de ser tão frio e anti-social tinha a ajudado a escolhê-lo, Uchiha Sasuke mostrava que só escolhia o melhor, e Sakura era esse melhor.

Sasuke ficou quase sem fôlego ao ver o ruivo, a pele dele era o mais perfeito marfim, os olhos verdes eram claros, como jade polido, os cabelos rubros como sangue. Era pequeno, da mesma altura que Sakura, mas com um corpo tonificado, fora que em menos de duas semanas, já havia batido em todos os "valentões" da cidade, entre outros que se colocaram em seu caminho. Era pequeno, delgado e mortal!

O moreno ao lado dele parecia uma cópia de Sasuke, só que não tão bonito e muito mais pálido, fora aquele sorrisinho falso que estava sempre nos lábios finos e pálidos. Faltava à beleza de Sai um brilho próprio, era como se ele fosse uma boneca de porcelana, ricamente detalhada, mas só uma boneca, sem alma, sem emoção.

- Vocês não sabem nada – Sakura falou – mas eu já vi...

- Sua própria sombra ou seu reflexo em algum espelho – Gaara falou inexpressivo – vamos embora, ainda não passamos pelo templo.

Sai deu mais um de seus sorrisos falsos, mas havia algo naqueles olhos negros, como uma pequena chama tentando viver.

- Uma família toda foi morta...- Sakura ainda tentava argumentar.

- Ninguém teve morte violenta nessa casa – Gaara rosnou – não é mesmo, Uchiha?

Sasuke olhou para Gaara e concordou.

- O que ele quer dizer, Sasuke-kun? – Sakura perguntou com voz fraca.

- Essa é a casa dele, estúpida – Sai falou risonho – é o que diz no portão, é também o que mostram os porta-retratos. Bem, não temos nada aqui, e temos tanto ainda para mapear. Nos vemos, Uchiha.

Sai então foi até a porta e afastou a tábua para Gaara passar, o ruivo passou rapidamente, depois Sai saiu, nenhum dos dois olhou para trás.

- Eu recomendaria avisar aos seus amigos que se possuem algo que levaram dessa casa, que devolvam até amanhã de manhã – Sasuke rosnou frio, pegando seu celular e digitando o número de Itachi – e isso inclui essa pulseira. Aniki, estou na nossa casa. Estão usando-a para o folclore local, completamente abandonada, sim, estou no meio de nossa sala de estar. Sujeira, mato e mais sujeira. Exatamente, aniki, nós pensamos no mesmo sentido.

Sasuke desligou o telefone e olhou com desprezo para Sakura, ainda sentada no chão.

- O que está esperando? – Sasuke rosnou.

Sakura arregalou os olhos, então correu para fora da casa, para a segurança de sua própria casa.

- Não esqueça, quero minhas coisas – Sasuke gritou enfurecido.

Umino Iruka olhou mais uma vez a ficha dos quatro transferidos para a escola. Uchiha Sasuke ele conhecia de nome, todos ali conheciam os Uchiha, assim como muitos se lembravam dos órfãos que partiram dali. Mas não era o menor deles que o intrigava, era algo nos três outros alunos. Shimura Sai e Sabaku no Gaara haviam pedido transferência um dia depois de Uchiha Sasuke, não pareciam preocupados com o estudo, embora tivessem ótimas notas, os papéis diziam que os três eram órfãos, que eram emancipados. O que realmente intrigava Iruka era o quarto transferido e o único que ainda não se apresentara. Uzumaki Naruto, a ficha dele não possuía foto, assim como as de Gaara e Sai, os dois "irmãos" haviam dito que estava doente, que logo se apresentaria.

Havia alguma coisa no ar, Iruka podia sentir, era como se estivesse se formando uma tempestade, e não dizia isso somente por causa das nuvens cinzentas e pesadas que ocultavam o céu noturno, era algo mais, mesmo se não conseguisse captar o que era.

Itachi entrou na casa devidamente limpa e arrumada e sorriu maldoso. As duas criadas contratadas se encolheram, mas ele nem as olhou. Não iria mentir, ficara espantado com a descrição que Sasuke dera da casa, e ficara chocado ao ver isso com seus próprios olhos, então simplesmente fora até a casa dos funcionários e os lembrara porque não se suja com os Uchiha. Agora os jardins estavam voltando ao normal, a casa estava brilhando e ele e o irmãozinho poderiam se acomodar novamente ali.

Rira ao ver a quantidade de jóias de fantasia que encontrara na porta da casa, assim como algumas caixinhas de rapé, quadros pequenos e pasme, um abridor de cartas. Sasuke deveria ter assustado realmente a garota que andava perseguindo-o. Estavam acostumados com esse tipo de assédio, as mulheres fúteis e vazias no raio de cinqüenta quilômetros de onde estavam sempre desenvolviam a tendência a acreditar que eles eram a resposta as suas preces, eram o príncipe que as salvaria. No fundo elas viam apenas o dinheiro que tinham e a aparência física.

Não que Itachi se incomodava por ser bonito, jamais. Adorava ser belo e atraente, adorava o poder que isso trazia, fora que há muitos anos aprendera a aterrorizar qualquer coisa que se movesse e ousasse chegar muito próximo a ele. Itachi não tinha ilusões, sabia que um dia encontraria alguém que faria seus joelhos fracos, até lá, mantinha-os bem firmes, praticava com pessoas que conheciam as regras do jogo.

- Aniki – Sasuke entrou na sala – pode me contar algo sobre Kyuubi?

Itachi se voltou para Sasuke, vendo que ele parecia sóbrio com o uniforme negro da escola, o irmãozinho era praticamente um homem agora, e havia algo em seus olhos, ou seria em seus joelhos? Perguntou-se Itachi.

- Kyuubi no Youko faz parte da lenda local – Itachi falou caminhando até a sala de música, a sala selada acusticamente mais próxima a eles, quando o irmãozinho entrou, fechou a porta e foi se acomodar na banqueta do piano, enquanto o irmão sentava em uma das poltronas próximas – e da origem de nossa família.

- Conte – Sasuke pediu, não havia nenhuma insinuação de ordem em seu tom, apenas a curiosidade que Sasuke sempre mostrara apenas a Itachi.

Itachi sorriu indulgente, quando sozinhos o comportamento deles era diferente, eram realmente irmãos amorosos, um só tinha o outro, mas haviam sido criados por seus pais, tinham o sangue Uchiha mais puro e honravam isso se mostrando frios e reservados em público. Sempre fora assim, era assim com os pais também, uma dualidade que aprenderam a manter desde o berço.

- Dizem que o fundador de nosso clã, Uchiha Madara, dominou um dos nove demônios sagrados – Itachi falou – a própria Kyuubi, que era o senhor de todos os demônios. E que ele jurou vingança a Madara e a todos os Uchiha.

- Essa é a história que todos sabem – Sasuke estava realmente desapontado.

- Não disse que essa era a nossa história – Itachi sorriu vendo o irmão o olhar esperançoso, quase um homem, mas ainda conseguia se portar como criança, pensou ao ver a ansiedade do irmão – quer saber a nossa história?

- Aniki – Sasuke praticamente choramingou.

- Tudo bem, tudo bem – Itachi sorriu ternamente – Uchiha Madara realmente conheceu Kyuubi, o grande demônio raposa, e o desejou como seu servo youkai, parece que na época era comum nas grandes casas, youkais podiam dar boa sorte para a família, má sorte aos inimigos, entre outras coisas.

Itachi suspirou, lembrando da história que lera a muitos e muitos anos, em um livro antigo, junto com o pai, que o ajudara. Deveria ter menos de seis anos, mas era precoce e um prodígio, o pai fora indulgente com ele por isso, assim como fora com Sasuke.

- Era uma época em que os humanos e os youkais viviam em guerra – Itachi continuou – exatamente por isso era completamente impossível qualquer laço entre eles que não fosse o de servidão. Madara queria Kyuubi, só que a raposa era esperta e conseguia se disfarçar habilmente. Madara tinha um irmãozinho, Izuna, que tinha idéias muito diferentes das de Madara sobre Kyuubi, era completamente contra a idéia de escravização de algo tão poderoso. Como Izuna era o irmão mais novo, ninguém lhe deu ouvidos, mas Madara não gostava da forma como Izuna parecia convicto de que youkais eram similares aos humanos, sabia que aos poucos ele poderia começar a convencer os membros do clã, por isso o enviou de viagem, para que refletisse. Uma viagem com seu melhor amigo, Namikaze Minato, foi com ele sem que Madara soubesse, eles combinaram de se encontrar na floresta. Izuna partiu feliz, e pelas trilhas da floresta, acho que Madara queria que ele fosse morto ou algo assim, sem saber que Izuna não estaria realmente sozinho lá, mas com um amigo e hábil guerreiro ao seu lado, Izuna encontrou um belo rapaz ruivo, cujo pé estava preso em uma armadilha de caça. Izuna resolveu ajudá-lo, abriu a armadilha e como o rapaz não podia caminhar, o carregou até um córrego próximo, lá ele lavou a ferida e rasgou uma de suas camisas limpas para fazer a atadura. Aquele lago era o ponto de encontro entre ele e Minato e ambos tinham se divertido muito ali em segredo no passado.

- Ruivo? – Sasuke perguntou sorrindo quase sonhador.

- Os cabelos eram rubros como sangue fresco, longos e cheios – Itachi relatou, o diário de Izuna deveria estar em algum lugar na biblioteca, Itachi o encontrara e o lera ainda criança, e jamais deixara de acreditar que era verdadeiro – os olhos eram da cor do cobre polido, e a pele era igual ao mel mais puro. O jovem não disse seu nome, e Izuna não disse o dele, mas eles comeram juntos naquela noite, e nas que seguiriam. Izuna cuidou do jovem, que parecia meio desconfiado, e os dois começaram a conversar sobre as estrelas, a floresta, coisas assim, e quando Minato se uniu a eles finalmente, os dois amigos de Izuna se apaixonaram perdidamente.

- E Kyuubi? – Sasuke perguntou confuso, onde o aniki queria chegar?

- O jovem ruivo era Kyuubi – Itachi falou sereno – ele e Minato estavam quebrando o maior tabu existente, não era permitida a amizade entre eles, eram inimigos naturais, mas eles se apaixonaram, e sabendo que era um amor proibido, se entregaram ao máximo a esse amor. Com Izuna como testemunha, como apoiador de tal união, já que Izuna amava um homem também, alguém que não podia tocar e estava feliz pelos amigos.

- Então o homossexualismo na família é antigo – Sasuke provocou, já que ele e o irmão eram bissexuais assumidos.

- Insolente – Itachi fingiu se incomodar com o irmão falara, acabando por sorrir – quer saber o resto ou não?

- Conte, aniki – Sasuke pediu humilde.

- Os youkais são diferente de nós, eles não são apegados a gêneros, e mesmo Kyuubi aparentando ser um rapaz, ele engravidou de Minato – Itachi falou sorrindo e Sasuke estava realmente surpreso por aquilo – mas Madara descobrira que Minato fora com Izuna e os caçou na floresta, matando Minato em uma luta, depois de descobrir o envolvimento dele com um youkai. E não somente isso, por ter ousado tocar no youkai que Madara desejava. Minato morreu, Kyuubi deu a luz ao herdeiro do amor dos dois, desistindo de viver sem seu companheiro de alma, e Izuna fugiu com o bebê recém-nascido e já órfão.

- Um hanyou – Sasuke falou baixo.

- Não exatamente – Itachi lembrou – Kyuubi era um demônio, então a definição precisa seria um hanma. Madara então foi atrás de Kyuubi e teve seus sonhos destruídos, pois o preço de dar o nascimento a uma criança meio humana e a tristeza de ter perdido seu companheiro foi cobrado, Kyuubi abdicava de sua imortalidade e passava seu poder ao filho, para protegê-lo de Madara e de tudo mais. Madara não poderia tocar no menino, jamais poderia fazer dele seu servo, mas o caçou e a Izuna, quase matando seu único irmão e o selando a cria de Kyuubi. Madara morreu pouco depois, na mais absoluta desgraça, quase arruinou o clã que criara, somente depois de sua morte é que os negócios e projetos dos Uchiha prosperaram, sobre a orientação de Izuna, que passou o resto de sua vida se dedicando aos Uchiha e a encontrar o filhote selado de Kyuubi e Minato. Izuna estava disposto a libertar a criança e libertar os Uchiha da maldição que Kyuubi lançara sobre Madara e seu sangue. Os Uchiha mantiveram esses segredos somente entre eles, passando de geração em geração, para que jamais fosse esquecido o que ainda devemos. Agora é a nossa vez.

Sasuke sorriu para Itachi e então ficou pensativo.

- Essa é a maldição? – Sasuke perguntou.

Itachi sorriu orgulhoso da boa mente de seu irmãozinho, é claro que se a lenda local havia acertado em um ponto, que poderia estar certa no outro também.

- Madara selou o filho de Minato e Kyuubi – Itachi falou – Kyuubi falou antes de desaparecer, que um Uchiha havia lhe tirado tudo, e que um Uchiha teria que tudo lhe devolver. Também disse que Madara jamais encontraria porto seguro ou sucesso em nada por toda a vida e mesmo depois da morte sua alma vagaria sem descanso e sem luz, até que sua pena estivesse completa, até que pagasse por tudo que tinha tirado e ainda tiraria dele, de seu consorte e da cria deles. Que ele, e todos aqueles com o sangue dele, vagaram e esperariam, até que a dívida estivesse paga.

- Então estamos destinados a reparar os erros de nosso patriarca? – Sasuke perguntou sorrindo.

- É o que parece – Itachi sorriu para o irmão.

Sasuke apenas suspirou, como se algo assim pudesse acontecer.

Sasuke e Itachi tinham esperado os empregados novos se recolherem para subir ao sótão recém-reparado. Como tinha estado sempre trancado, não houvera nenhuma pilhagem ali, apenas poeira normal. Itachi tinha comentado sobre os diários de Izuna e Sasuke queria vê-los, queria lê-los, e Itachi gostaria de relê-los também.

Por isso tinha esperado os empregados se recolherem ou partirem, não queriam nenhum bem intencionado invadindo aquele lugar, onde os tesouros de gerações estavam guardados. Itachi tinha contratado uma empresa especializada em catalogar e acondicionar tudo que estivera ali, pagara até mais para ter sigilo absoluto sobre todas as coisas, por mais fúteis e ordinárias que fossem. Haviam obras de arte, daishôs antigos, algumas roupas, fotos e diários. Coisas deixadas por quase todos aqueles que tinham nascido e vivido naquela casa por todos os seus anos, já que ela fora construída a mando do próprio Madara, que fora o primeiro a viver e morrer ali.

Itachi ascendeu a luz, antigamente havia uma pequena lâmpada que pendia no teto e era incapaz de iluminar mais do que um pequeno círculo, agora um projeto de iluminação moderno inundava de luz todo o sótão, revelando suas arcas e móveis.

Estavam a algum tempo abrindo arcas e procurando aquela que continha os diários do clã, e mais especificamente os de Izuna, quando uma das pequenas janelas que alimentavam de ar o sótão bateu, atraindo a atenção dos irmãos Uchiha, mais precisamente a de Sasuke, que estava mais próximo.

- Itachi – Sasuke chamou depois de um tempo, seu tom era exigente e Itachi se ergueu de onde estava e caminhou até ele, intrigado – olhe.

O que estava intrigando Sasuke, que o fazia sorrir daquela forma quase eufórica, era um pequeno filhote de raposa, todo dourado e macio, acuado em um canto, mostrando os dentinhos pontudos para ele, temendo que se aproximasse e o ferisse.

- Como será que ele entrou aqui? – Sasuke perguntou e então a janela próxima ao filhote bateu mais uma vez, mas no momento em que ela abriu levemente, iluminou o que parecia um ninho, onde o filhotinho deveria estar escondido até que a janela e Sasuke o revelassem.

Com a nova batida da janela, o filhote resolveu correr para longe dela, e o único caminho era por debaixo das pernas dos Uchiha, passou facilmente pelas de Sasuke, mas Itachi já esperava por isso, e suas mãos se fecharam delicadamente entorno da barriga pequena do filhote. Ergueu-o afastado, vendo que ele tentava lutar e então sorriu.

- Não é uma coisinha realmente linda, Sasuke? – Itachi perguntou e sua voz, ou o afeto de sua voz para com seu irmãozinho, pareceram acalmar o filhote assustado, que parou de se debater e tentar morder Itachi, que o trouxe mais para perto, acomodando-o em seu peito e afagando o pelo macio e embaraçado de sua cabeça, sorrindo ainda mais quando o filhotinho ronronou – não precisa ter medo, eu e meu irmãozinho não vamos feri-lo, pequeno.

- O coitadinho deve estar faminto – Sasuke falou apoiando-se em um dos baús próximo e quase caindo, para diversão de Itachi e do filhote em seus braços. Sasuke olhou confuso para a tampa que escorregara e então viu o livro de couro escuro, com letras quase apagadas que diziam que ele era um dos diários de Izuna. Sorri amplamente, abrindo completamente o baú e pegando os livros idênticos ao primeiro que vira – aniki, os diários de Izuna.

- Oh, então esse pequeno kitsune aqui nos trouxe sorte, não? – Itachi perguntou ao filhote, que ergueu a cabeça para o olhar, surpreendendo o moreno por seus lindos olhos azuis, tão exóticos quanto sua pelagem. Afastou o pensamento de que aquele não era um filhote de raposa comum e olhou Sasuke, que afagava a cabeça do filhotinho de modo ausente, depois de segurar os diários de Izuna com o outro braço.

- Demoraria um século para chegarmos até aqui – Sasuke falou e então olhou o filhote – você está sujo, pequeno, e deve estar com fome.

- Banho e jantar? – Itachi sorriu a seu irmãozinho, Sasuke sempre desejara um filhotinho, gato, cachorro, até mesmo um peixinho ou passarinho teria feito seu irmãozinho feliz na infância, mas seus pais jamais tinham permitido aquilo. Itachi, mais realista desde seu nascimento, jamais chegara a ter tal anseio, sabia que não permitiriam, um animalzinho lhe distrairia do propósito que seus pais destinaram a ele desde o berço, que era ser um gênio, um prodígio, o melhor.

- Vamos – Sasuke disse alegre.

Tinham lavado o filhote na pia profunda do banheiro de Itachi, e tinha se revezado para secar bem o pelo lustroso e dourado do filhotinho, que intercalava mordiscadas e lambidas nas mãos deles, parecendo feliz pela atenção. Sasuke até tentara usar um secador de cabelos, mas o filhote se escondera prontamente atrás de Itachi quando ele o ligara, mostrando tal medo que nenhum dos dois irmãos Uchiha se sentiu capaz de atormentar o filhotinho com aquilo.

E agora estavam na cozinha, com Sasuke partindo em pequenos pedaços uma embalagem descongelada de filé mignon, provavelmente deixada ali para o almoço ou janta de amanhã. O filhotinho comia com gula, intercalando a carne com o leite que Sasuke colocara em um pires e que Itachi pensara que o filhotinho não beberia, pois não era tão pequeno assim.

- Não é normal raposas deixarem seus filhotes em lugares próximos a humanos e cachorros – Itachi falou, indicando os dois cães de vigilância que andavam entorno da casa, protegendo-a contra invasores até que a cerca eletrificada fosse instalada, assim como os sensores de movimentos que encomendara e que estavam para chegar – esse filhotinho deve ter conseguido chegar lá sozinho.

- Quanto tempo será que ele ficou sozinho lá, no escuro, com fome? – Sasuke perguntou acariciando o filhote, sentindo-se solidário com ele. Seus pais tinham os amado, mas suas expectativas não tinham sido poucas para eles, mas mesmo assim, sentira muito quando eles haviam morrido. Lembrava de como era ser tão novo e estar órfão, mesmo que tivesse seu aniki.

- Raposas podem ficar semanas ao lado do corpo de seu companheiro morto – Itachi falou pensativo, tinha lido aquilo na infância e achara fascinante aquela prova de amor, de companheirismo e lealdade – apenas deitadas ao lado deles, protegendo seus restos de qualquer predador carniceiro. O período encurta quando há filhotes a se cuidar e proteger, mas mesmo assim, podem ficar semanas sem alimento, apenas com pouca água.

Sasuke concordou com a cabeça.

- Podemos ficar com ele? – Sasuke perguntou interessado.

- Se ele quiser ficar conosco – Itachi falou calmamente, acariciando o pelo macio e limpo do filhote, que parecia não conseguir comer mais nada e deitava, com a barriguinha dilatada pela quantidade de leite e carne que ingerira – raposas não são animais domésticos, Sasuke. Os instintos dele são de caça e matilha, ele logo deverá procurar os seus na floresta próxima, de onde deve ter vindo.

- Seria bom se ele ficasse – Sasuke falou sorrindo como uma criança para seu irmão – acho que Gaara iria gostar dele. Ele estava interessado na história de Kyuubi quando o encontrei aqui.

- Aqui? – Itachi perguntou confuso, pensava que seu irmãozinho jamais se interessaria por um invasor.

- Não estavam atrás de nenhum tesouro, pareciam estar mapeando os pontos antigos de Konoha quando Sakura me dava o tour – Sasuke falou – foi ele e Sai que acabaram com a atuação de Sakura, aparentemente, queriam ver a casa antes que nós a habitássemos novamente, e não são ladrões. Assim como sabiam que ninguém tinha tido morte violenta aqui.

- E em todas as gerações de Uchiha que viveram e morreram aqui, nenhum morreu realmente de forma violenta nessa casa – Itachi ponderou aquilo – esse Gaara é o ruivo que está atraindo sua atenção e o fazendo suspirar?

Sasuke corou levemente, baixando seus olhos para o filhotinho, que parecia tão curioso quanto seu aniki. Como ele estava uma graça com a cabeça inclinada para o lado o observando, lhe afagou a orelha, o fazendo ronronar e mordicar seu pulso, lhe fazendo cócegas.

- Sabaku no Gaara, esse é nome dele, e ele é novo na cidade também, chegou no mesmo dia que eu – Sasuke falou sorrindo enquanto afagava o filhote – e sim, ele é ruivo, e lindo, mas não parece saber que eu exista realmente. Já se tornou um brigão, um verdadeiro delinqüente, na opinião dos professores, eu acho que ele apenas impôs seu ponto com alguma ênfase.

Itachi riu disso, indicando com um movimento de cabeça que Sasuke deveria continuar, mas seus olhos estavam no filhote também, que parecia igualmente curioso.

- Ele só fala com Shimura Sai – Sasuke falou, achando curioso que o filhotinho parecia agora desanimado – ele é seu irmão adotivo, eles são três, moram juntos desde que se emanciparam.

- Quem é o terceiro? – Itachi perguntou curioso.

- Não conheço ainda, ele está doente, por isso ainda não apareceu na escola – Sasuke ergueu seus olhos para o irmão – Uzumaki Naruto é seu nome, e quando alguém diz o nome dele, os olhos de Gaara brilham, aniki. É quando o nome de Naruto, ou quando está espancando alguém, são os únicos momentos em que os olhos dele brilham realmente, em que ele parece vivo. E Sai, ele é tão estranho, parece muito comigo, mas é como se fosse uma cópia imperfeita, uma reprodução sem alma. De parecido os dois só têm o brilho preocupado que aparece em seus olhos quando o nome Uzumaki Naruto é citado, quando alguém pergunta como ele está e quando virá para a escola.

Itachi olhava seu irmãozinho, e então desceu seus olhos para o filhote, que parecia entender o anseio na voz de Sasuke e esfregava sua cabeça na mão de Sasuke, que ainda tentava afagar sua orelha. Com aquela bela cena como exemplo, Itachi ergueu sua mão e afagou os cabelos de Sasuke, chamando a atenção deste, que olhara o filhote agradecido ou solidário. Estranhou o carinho do irmão, faziam anos que Itachi não lhe tocava realmente, sim eles eram emocionalmente próximos, mas carinhos e afagos jamais fora uma característica Uchiha. Ao contrário, eles preferiam não serem tocados, principalmente por pessoas que não contavam com sua confiança, ou seja, quase todo o mundo.

- Não desista, Sasuke – Itachi falou – se Gaara for um irmão mais velho, seus sentimentos devem estar focados em seu irmãozinho adoecido, ainda mais se eles passaram por lares adotivos nocivos, o que me parece ser o caso, já que os três se emanciparam. Brigar deve ser a forma dele de aliviar o stress gerado pela mudança e doença do irmãozinho, a forma dele extravasar os demônios de seu passado para poder apoiar completamente seu irmãozinho quando está com ele. Logo, quando o irmãozinho estiver melhor, ele vai notar você, ainda mais porque você vai fazer de tudo para ser notado, não?

Sasuke concordou com a cabeça e então sorriu.

- Obrigado, aniki – Sasuke sussurrou.

- Apenas estava apontando o obvio, ototo – Itachi replicou sereno.

- Não – Sasuke ergueu seus olhos, encarando os olhos de Itachi diretamente, ambos os olhos negros como carvão se tornaram vermelhos, como que brasa incandescente – por ter feito tanto por mim quando nossos pais morreram, por ter sempre estado ali, mesmo quando eu não queria, ou não pensava que estivesse.

Itachi sorriu levemente, afagando novamente os cabelos de Sasuke.

- É para isso que os irmãos mais velhos nascem, Sasuke – Itachi falou sorrindo – para amar e atormentar seus lindos e insensatos ototos.

Sasuke amuou de leve, apenas por diversão, fazendo Itachi rir, e rindo com ele. E então bocejou, mostrando finalmente que estava cansado.

- Vamos dormir, amanhã você tem aula – Itachi falou pegando o filhote, que tentou capturar com suas patinhas dianteiras uma mecha de seus cabelos – eu vou levar esse menininho aqui para meu quarto, ele parece não estar disposto a dormir agora e vai acabar lhe incomodando.

- Cuidado para ele não fugir durante a noite e ser pego pelos cães – Sasuke falou guardando rapidamente o resto não tocado da carne e o litro de leite.

- Esse pequeno parece ser bem esperto, Sasuke – Itachi apontou enquanto Sasuke apagava a luz da cozinha e seguia a sua frente pelo corredor que os levaria a linda sala principal da casa, onde subiriam as escadas para seus quartos – duvido que ele se deixe ser mordiscado por um cão. Olhe sua pelagem, não tem nenhuma falha, nenhum machucado antigo.

- Só tenho medo de que se ele fugir, nunca mais o vejamos – Sasuke falou baixo.

- Então compraremos um gato e saberemos que esse pequeno aqui está onde queria estar, livre – Itachi apontou já na porta de seu quarto, o principal da casa, que antigamente fora de seus pais e que Sasuke insistira que ele ocupasse, depois de redecorado – boa noite, ototo.

- Boa noite, aniki – Sasuke falou e então se aproximou e afagou novamente a cabeça do filhote de raposa – e se não nos vermos mais, boa sorte e boa vida, pequeno.

A raposinha mordiscou os dedos de Sasuke quando ele os aproximou para lhe afagar a cabeça. E Sasuke sentiu que não tornaria a ver aquele filhotinho, mas que ao mesmo tempo, estaria perto dele muito em breve. Um sentimento estranho, que foi rapidamente afastado enquanto caminhava para seu próprio quarto e entrava.

Itachi sorriu para a porta fechada de Sasuke, pensando que ele realmente crescera e cresceria ainda mais. Indulgente, deixou o filhote sobre sua cama e foi se despir e preparar para a noite, sem notar que o filhote mantinha aqueles olhos azuis sobre ele durante todo o tempo.

Quando estava pronto, desligou as luzes e deitou, sentindo o filhote se acomodar sobre o travesseiro que deixara no lado que não usava da cama, sorriu ao adormecer, não percebendo que estranhamente, adormecia rápido demais. Seu último pensamento foi pensar que ouvira um trovão a distancia e que logo choveria. Adorava dormir durante a chuva, pensou antes de adormecer.

Tão logo o Uchiha sobre a larga cama do quarto principal adormeceu, um vulto se aproximou da cama, vendo o filhote erguer sua cabeça e eriçar seus pelos enquanto mostrava os dentes em um silvo silencioso. Mas o vulto, muito parecido com o homem que dormia do outro lado da cama, apenas sorriu ao se mostrar para o filhote.

- Finalmente livre – Izuna sussurrou e o filhote correu para ele, pronto para brincar com ele – finalmente livre, como nasceu para ser, Kyuubi no Kitsune.

O filhote mordiscou os dedos espectrais e então o fantasma de Uchiha Izuna o pegou nos braços, carregando-o pelo meio do corredor de parentes que se formava até a porta principal da casa. Alguns deles erguiam suas mãos e afagavam a cabeça do filhote, outros apenas lhe sorriam, felizes por finalmente "aquele que estava preso" estar novamente em liberdade. A primeira parte da maldição se desfazia, e aqueles que tinham dedicado sua vida a procurar por ele, podiam seguir em frente e finalmente descansar, mas Izuna ficaria, não descansaria até que a maldição se desfizesse, sua vida e a vida depois da morte de seu corpo fora dedicada a rezar e procurar por aquele que estava selado. Queria rever seu irmão mais uma vez, queria ver se ele tinha finalmente compreendido alguma coisa depois de todos aqueles anos, depois de todos aqueles Uchiha vagando e esperando, depois de ter condenado todo seu clã.

E queria ver Kyuubi e Minato mais uma vez, seus grandes amigos, um que conhecera e amara durante pouco tempo, e outro que amara e conhecera por toda sua vida. Sabia que quando a maldição se desfizesse, eles estariam livres também, como seu filhote lindo estava agora.

Os últimos Uchiha eram Fugaku e Mikoto e foi à mulher que saiu da fila perfeitamente alinhada e pegou o filhote dos braços de Izuna, o trazendo para perto de seu rosto e beijando entre suas orelhas peludas e douradas. A raposinha ronronou diante daquele carinho inusitado, feito por aquela mulher desconhecida Uchiha.

- Obrigado por trazer riso a essa casa mais uma vez – Mikoto sussurrou afagando o filhote – obrigado por trazer felicidade aos meus meninos, e uni-los novamente.

- Esse é mais um débito que temos com você, Kyuubi no Kitsune – Fugaku falou reverenciando de leve com a cabeça.

E então os três Uchiha saíram da casa, levando consigo o kitsune, ainda nos braços de Mikoto e ela o beijou novamente antes de devolve-lo para Izuna, que tinha o direito de encaminhar o pequeno a quem tanto deviam.

- Aquela luz distante é para você, kitsune – Izuna sussurrou indicando ao filhote o caminho que ele deveria seguir – aqueles que o procuram estão esperando por você.

O filhote soltou um gemido baixinho e Izuna o ergueu, encostando seu nariz ao focinho da raposinha.

- Eu estou preso aqui, preso a meu dever, não a maldição – Izuna sussurrou – eu jamais fui tocado por ela, seu chichiue não faria isso comigo, que sempre fui seu amigo e ainda sou. Não se atormente por mim, eu tenho meus parentes comigo, e tenho esses dois, esses que quebraram, mesmo sem perceber, o selo que o prendia. Agora você está livre e logo a última parte da maldição se realizara e todos nós poderemos descansar, assim como seus pais, pequeno. Por isso vá para aqueles que o amam e o procuram, vá atrás de sua vida, e viva plenamente. Por que você foi feito pelo amor que era maior do que tudo, e é nele que deve prosperar e viver. Vá, e se puder aparecer para me dar um oi, eu estarei esperando, pequeno kitsune dourado.

Izuna beijou a cabeça do filhote e o colocou no chão, o afagando da cabeça ao rabo mais uma vez e sorrindo quando o filhote se esfregou em suas pernas antes de fazer o mesmo com Fugaku e Mikoto e voltar a fazer nele antes de correr para a grama do jardim, então se voltou, soltando um pequeno gemido de adeus antes de correr na direção da luz que brilhava para ele.

Nota da Li:

Estive trabalhando durante um tempo nessa fic, parei um tempo, perdi toda a história e agora retorno, depois de ter ido aos confins de meu HD e retornado.

Espero que aproveitem, e que curtam Youkais enquanto ela durar.

Muito obrigado a todos que leram e gostaram,

Beijos da Li.