Então, essa fic é fruto de um sonho que eu tive com a Selena. É minha primeira fic e não está muito boa, mas vou tentar melhorar ao máximo para vocês. Não sei exatamente quantos capítulos vai ter, mas não vai ser muito grande. Já tenho ela toda planejada na cabeça, e vou postar um ou dois capítulos por semana, tudo depende da minha criatividade das reviews de vocês. E ah, dedico essa fic pra minha linda incentivadora Lua Samandhi, eu amo você. Enfim, espero que gostem! xx

Demi POV's

A música tocava alto preenchendo todos os espaços do meu pequeno e confortável apartamento enquanto eu tomava um banho e começava a me preparar para mais um dia normal de trabalho. Todas as manhãs eram assim, eu me levantava por volta das 6:30 da manhã, tomava o meu delicioso café do qual eu não poderia viver sem, ia pro banho e depois começava a me arrumar. Confesso que muitas vezes achava toda essa rotina um saco, sempre me pegava pensando em como eu queria algo que mudasse a minha vida completamente. Algo que fizesse eu me questionar sobre tudo e que bagunçasse completamente a minha vida. Talvez um amor, talvez alguém que aparecesse e dominasse completamente o meu ser. Algo que me revirasse de ponta cabeça e me fizesse sentir coisas que eu nunca havia sentido antes. Minha vida sempre foi certinha demais, sou filha caçula de uma família rica e controladora. Desde o momento em que fui concebida no útero de minha mãe minha vida foi completamente planejada e traçada por meus pais, minha mãe sempre me controlou em tudo o que eu fazia e sempre me dera os melhores brinquedos, as melhores roupas, sempre tivemos os melhores carros e a melhor casa. Como eu disse, uma vida sempre muito certinha, nada de ruim nunca me atingira, nem a minha irmã, cada passo que eu dava era planejado por meus pais. Mas isso mudara um pouco no momento em que fiz 20 anos e decidi morar sozinha. Meus pais relutaram no começo mas aceitaram de bom grado quando eu disse que iria fazer a faculdade que eles escolheram para mim: medicina na melhor e mais cara faculdade de Los Angeles, Califórnia. Estou no segundo ano da faculdade e admito que o primeiro ano não foi lá uns dos melhores da minha vida, mas assim que consegui um estágio como enfermeira em um hospital perto de minha casa, eu me apaixonei completamente pelo o que eu fazia e estudava. Era totalmente gratificante ajudar e cuidar de pessoas, estar ao redor de pessoas necessitadas de poder ajudá-las com suas mãos e seu conhecimento. Eu amava aquilo que eu fazia.

Estava me olhando no espelho enquanto pensava em todas essas coisas. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, ajeitei minha blusa branca e vesti minha sapatilha. Não estava com pressa pois o hospital era apenas algumas quadras do bairro onde eu morava então peguei meu celular e liguei para Marissa que atendeu logo no primeiro toque.

- Você tem sorte por eu já estar acordada a essa hora, se não eu já estaria te xingando. – Ela deu risada.

- Se eu estou acordada, então você também tem que estar, idiota. – Eu ri. – E aí, o que vamos fazer hoje a noite? É sexta Marissa, nós nunca deixamos de sair na sexta. – Eu falei animada esperando que minha melhor amiga tivesse idéias para nossa noite depois do trabalho.

- Ah Demi, infelizmente hoje eu vou ter que te deixar na mão. Minha mãe está me obrigando a ir em um evento chato que ela e meu pai foram convidados e está me arrastando literalmente pelos cabelos. Você pode ir se quiser, mas vai ser um saco. Você deveria chamar a Taylor e os Jonas para ir naquele barzinho que inaugura hoje, eu encontro vocês depois dessa chatice de festa que sou obrigada a ir. – Ela soltou um muxoxo.

- Vou recusar seu convite sobre ir a esse evento mas ligarei para Taylor e combino de irmos ao bar. Vou ter que desligar porque já estou atrasada. Se cuida. – Eu desliguei rapidamente olhando as horas já avançadas no relógio. Peguei minha bolsa, tranquei o apartamento e saí apressada.

Não havia percebido que estava chovendo mas por sorte eu sempre carregava meu guarda-chuva na bolsa. A chuva estava extremamente forte, eu andava com pressa pelas ruas e minha sapatilha já estava toda encharcada, a barra de minha calça branca completamente suja. Eu estava ficando com um péssimo humor, eu odiava andar na chuva. Resolvi cortar caminho por dentro das ruas e não ir pela avenida pois os carros passavam e jorravam ainda mais água para cima de mim. Olhei rapidamente no relógio e percebi que estava completamente atrasada, apertei o passo e andei mais rápido não percebendo que o chão estava muito escorregadio me levando a um tombo imenso em uma poça de água.

- Droga, ugh! – Eu disse furiosa vendo toda minha roupa branca encharcada e suja. – Péssimo dia para você Demi, péssimo dia. – Eu disse para mim mesma. Estava tão furiosa que de primeiro momento não percebi que havia escorregado para quase de baixo de um táxi e de repente ouvi alguns gritos de socorro vindos de dentro do mesmo.

- Socorro, socorro! – Uma moça batia descontroladamente contra o vidro do carro tentando abri-lo. – Por favor alguém me ajude, eu estou presa com uma criança aqui! – Ela chorava e gritava ao mesmo tempo.

Rapidamente me levantei do chão percebendo que a água estava subindo, a rua estava enchendo e a água já passava da altura das rodas do táxi. Tentei me locomover rápido por entre as águas me segurando no táxi e tentando abrir a porta.

- Calma, eu vou te ajudar, mantenha a calma, eu vou te tirar daí! – Eu tentava acalmar a moça que agora segurava uma pequena bebê nos braços. Fui andando entre as águas até um pedaço de ferro velho jogado por cima de um pedaço de calçada onde a água não estava cobrindo, me segurei em uma árvore e estiquei o braço conseguindo pegar o ferro. Voltei até o táxi me preparando para bater com o ferro no vidro.

- Se afaste, eu vou quebrar o vidro. – Eu gritei para a moça que cobriu a cabeça da bebê com um pano. – Estiquei o braço com o ferro para trás e com força bati no vidro do táxi três vezes conseguindo quebrá-lo em pedacinhos. Só quando olhei para dentro do carro percebi que no banco de trás havia uma outra mulher desmaiada com ferimentos graves na cabeça. Me estiquei pela janela do carro esticando os braços para puxar a moça com a bebê no colo.

- Venha, me dê a criança e eu te puxo com a outra mão, rápido. – A água estava entrando no táxi e eu não tinha muito tempo para tirá-las de lá de dentro antes que a água cobrisse o carro todo. A moça morena de cabelos grandes me estendeu a bebê e eu a peguei com um braço, com o outro estendi a mão para a morena e a puxei pela janela com dificuldade. Consegui arrastar as duas para fora da água e as coloquei sobre a calçada entregando meu celular a morena.

- Ligue para a emergência, eu vou voltar para tirar a moça do banco de trás de lá. – Eu disse entre a respiração cansada.

- Ela é minha mãe, por favor não deixe ela morrer, por favor! – A morena pedia ofegante e chorando com a bebê que estava desmaiada nos braços.

Entrei novamente na água agora com mais dificuldade para me mover, tentava ir o mais depressa possível até que consegui me agarrar em uma parte do carro que já não estava submersa, puxei meu corpo até a janela do táxi e entrei pulando para o banco de trás, coloquei a mulher ferida em minhas costas e tentei sair pela janela sem sucesso. Coloquei o corpo da mulher para fora primeiro segurando-a pelo braço para que a correnteza da água não levasse seu corpo, e com a outra mão puxei o meu corpo para fora da janela. Com dificuldade coloquei o corpo da mulher em minhas costas e nadei entre as águas até chegar a calçada onde sua filha estava. Coloquei o corpo da mulher deitado no chão e comecei a medir seu pulso. Ela ainda estava viva.

- Mãe, mãe... por favor não me deixe, mãe! A ambulância já está vindo, vai ficar tudo bem mãe! – A morena chorava com a criança no colo e ao lado da mãe.

A emergência chegará minutos depois, colocando a mulher ferida em uma maca, a morena em outra e a pequena bebê em outra. Os paramédicos me faziam perguntas que eu não sabia responder, apenas entrei na ambulância junto com aquela família e segui para o hospital com eles.

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- Senhorita Lovato? – Ouvi uma voz me chamar enquanto eu estava sentada no banco do hospital. Me levantei ansiosamente e fui até o médico que me chamará.

- Sim doutor Lautner? Elas estão bem? – Eu perguntei preocupada.

- O nome da jovem ferida é Selena Gomez, encontraram seus documentos dentro da bolsa que estava no táxi. Ela estava com sua irmã Gracie Elliot e sua mãe Mandy Teefey. A polícia acaba de descobrir que o táxi em que as três estavam fora roubado mas o bandido que dirigia estava bêbado e batera com o carro. Ele abandonou o táxi trancado no meio da chuva com as três dentro. Ele foi encontrado desmaiado algumas quadras do acidente. –

- Meu deus. Elas estão bem? – Era só o que eu conseguia dizer diante dessa tragédia.

- Selena está bem, sofreu alguns arranhões com a batida do carro e está com algumas dores de cabeça, mas os exames não apontaram nada de errado. Ela vai ficar em observação. A recém nascida de 2 meses sofreu uma batida no braço que já está imobilizado e já acordou do desmaio que sofreu por causa da dor e passa bem. A situação grave está com a mãe delas. Ela tem ferimentos graves na cabeça e sofreu uma batida forte que a levou ao estado de coma. Não há nada que possamos fazer agora.

- Vocês já conseguiram contatar alguma família ou amigos? –

- Os parentes moram em Dallas, Texas. Conseguimos falar com o pai de Selena mas aparentemente ninguém irá vir ao hospital. – O doutor disse em uma voz meio indignada. – Você gostaria de ver Selena? Ela está acordada e quer te agradecer pelo que fez, e poderá te explicar melhor. – Ele apontou para o quarto onde Selena estava internada.

- Tudo bem. – O doutor me guiou até o quarto onde Selena estava. Entrei e a vi deitada assistindo televisão. Quando percebeu que eu estava no quarto se sentou, dei um meio sorriso e desligou a TV fazendo um gesto com a mão para que eu me aproximasse mais dela.

- Hey Selena... como está se sentindo? – Eu sentei ao seu lado na cama.

- Me sinto bem... só estou com algumas dores de cabeça. Eu queria muito te agradecer por ter salvado minha irmã e minha mãe, e a mim também.O médico disse que se não fosse por você provavelmente Gracie estaria morta e minha mãe também. Seu nome é Demetria, certo? – Ela disse com a voz meio rouca e com um meio sorriso nos lábios.

- Eu fiz tudo o que podia ao meu alcance. Sim, mas me chame de Demi, por favor. Não gosto de Demetria. Sinto muito pela sua mãe Selena, eu tenho certeza que logo ela ficará boa e vocês irão para casa. – Eu segurei sua mão em um ato de conforto.

- Eu estou com medo Demi, mas sei que vai ficar tudo bem, minha mãe é forte, ela tem que estar aqui para ver Gracie crescer, ela não pode ir agora. – Ela abaixou a cabeça quase chorando. Nesse momento eu senti meu coração inteiro quase se despedaçar. O rosto de Selena era lindo demais para uma carinha tão triste como aquela. Como um ato automático me levantei e abracei Selena envolvendo-a confortavelmente em meus braços. Dei um beijo no topo de sua cabeça. – Hey.. vai ficar tudo bem. – Eu afirmei querendo mais do que tudo no mundo que realmente tudo ficasse bem. – Eu estarei aqui para cuidar de você e de Gracie enquanto sua mãe não puder. – Eu afirmei abraçando ainda mais aquela desconhecida em meus braços. Algo dentro de mim me dizia que aquilo era só o começo de uma longa jornada, e que aquela família se tornaria parte minha também. Mas naquele momento tudo o que eu queria fazer com que Selena, a morena desconhecida nos meus braços se sentisse bem. Eu estaria ali por ela e por sua família, mesmo não conhecendo nenhum pouco sobre aquelas pessoas, eu sabia que deveria ficar.

- Demi, você salvou a vida da minha família, você é tudo que nós temos agora. – Ela me abraçava de volta e eu sentia que agora me lugar era exatamente ali, cuidando da morena alta, magra e bonita em meus braços. Eu era tudo o que ela e Gracie tinham agora e eu não iria partir tão cedo.

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