Capitulo um – Tudo deve ficar como está.

-Lily, você não precisa chorar por causa dele...

-Eu não acredito que isso aconteceu.

-Pare. Pare de chorar... Vamos fazer uma promessa.

-Uma promessa?

-Sim. Eu quero ouvir você prometer que não irá sofrer por quem não merece seu sofrimento. Eu quero que você sorria, Lily. Não chore mais por quem não ouve seu pranto. A partir de hoje você só vai gostar de quem gosta de você. Garoto nenhum merece que você sofra. Prometa que só entregará o seu coração a alguém que mereça. A alguém que sempre a faça sorrir, e nunca chorar.

-E-eu prometo.

-Você vai cumprir a sua promessa?

-Vou.

-Então enxugue suas lágrimas.

Um novo amor. Uma revolução.

Mesmo que eu queira esconder
o que eu sinto aqui dentro de mim.
Meus olhos não param de dizer
que eu te amo tanto assim.

Nos meus sonhos eu sempre vou te procurar
pra poder te falar,
que sem teu amor, não há luz, calor, o meu mundo é frio.

Tem tantas coisas que eu quero te mostrar,
que eu quero te contar.
Os meus sonhos bons, da minha vida a flor,
com todos os tons do meu amor.

Peço pro vento te levar,
meu beijo.
E te contar: eu te amo,
o meu maior desejo.

Peço pro vento te levar,
meu beijo.
E te contar: eu te amo,
o meu maior desejo.

My Will – Dream(Tradução)

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Lily se revirou na cama. Sempre fazia isso nos sábados após acabar de acordar. Nunca se levantava de imediato. Ergueu os braços os mais alto que pôde e gemeu. Era sábado e estava acontecendo uma partida de quadribol. Ela não iria, é claro. Raramente ia a uma partida de quadribol.

Ela se levantou preguiçosamente e atravessou o quarto até o banheiro. No meio de sua travessia notou que era a única que continuava no dormitório.
Continuou sua jornada da hora de acordar até o banheiro. Apoiou-se com os dois braços na pia e se olhou no espelho. Levou um leve susto. Seus cabelos estavam espalhados por seu rosto, embaraçados. Estava com uma incrível cara sonolenta. Afastou os cabelos para trás do rosto e ficou se encarando por mais um tempo para ter certeza se o que estava vendo era verdade.

Finalmente começou a se arrumar. Escovou os dentes, penteou os cabelos e tentou tirar de algum jeito aquelas enormes olheiras. Ela precisava, entretanto, de um milagre para isso. Desistiu de tentar dar um jeito em si mesma e ficou daquele jeito mesmo. Virou-se para voltar ao quarto, mas antes parou um pouco e se olhou melhor no espelho. Sua situação não era tão ruim. Poderia estar pior. No final das contas, o fundo do poço não parecia tão fundo assim.

Então ela se trocou e desceu com seus materiais para a Sala Comunal e começou a fazer os deveres. Não parecia uma aluna comum. Aliás, não era. Não tinha nenhum dom especial (não que ela soubesse) mas era diferente dos outros. Um dos motivos é porque, em plena partida de quadribol e manhã de sábado, estava ali fazendo os deveres.

Entretanto, não era nenhum tipo de gênio. Afinal, precisara ralar muito no ano anterior para passar em Transfiguração. Isso não queria dizer que sua nota esse ano estava muito melhor.

Lily aproveitou seus últimos minutos de paz até que toda a algazarra invadisse a Sala Comunal. Grifinória havia ganhado.

-Vamos lá, Evans, largue seu livro e venha festejar! – gritou Potter para ela, do meio de toda a bagunça.

-Muito obrigado, Potter, mas eu estou muito bem aqui! – retrucou ela e voltou a atenção para seu livro.

Mas era impossível estudar com todo aquele barulho e as gracinhas que os Marotos estavam fazendo. Sirius havia subido em cima de uma mesinha de vidro e cantava o hino da Grifinória esganiçadamente, pois, é claro, estava bêbado.

Lily fechou seu livro com força, colocou-o debaixo do braço e andou em direção a escada do dormitório feminino, mas Potter a segurou pelo braço.

-Aonde você vai?

-Não é da sua conta, Potter! – Lily respondeu, irritada.

-Por que você é sempre tão mal-humorada comigo, Lily? – perguntou Potter.

Então ele olhou profundamente nos olhos dela. Seus cabelos se arrepiaram e ela sentiu como se estivesse afundando nos olhos castanhos dele.

-N-não é da sua conta! – ela retrucou, e se soltou do braço dele.

-Claro que é! – protestou Tiago.

Lily não disse mais nada e subiu para o dormitório.

-Qual é o problema dela? – perguntou Tiago para Remo, que estava do seu lado.

Remo sorriu.

-Parece que é você.

Tiago olhou para a escada do dormitório, ponderando se ia ou não atrás de Lily. Mas como ele bem sabia, não era possível um garoto entrar no dormitório feminino. Ele encolheu seus ombros e ficou lá murcho, até Sirius chegar.

-Que cara é essa? – perguntou Sirius. – Vamos animar essa festa! Anime-se, amor, eu estou aqui!

Tiago franziu a testa.

-É está aqui. – concordou ele. – E está bêbado!

-Ora, eu também estava bêbado noite passada e você nem ligou.

-Sirius... Saia daqui, seu bêbado!

Sirius fez um muxoxo, desapontado.

-Tudo bem. Aluado me compreende.

Remo arregalou os olhos.

-Te compreendo? – perguntou ele sem entender.

-Vamos, Lu, formar um novo amor, e deixar esse rabugento correr atrás das raparigas dele! – exclamou Sirius.

Remo também franziu a testa.

-Almofadinhas, que tal você parar de beber um pouquinho? – sugeriu Remo.

-Vocês são dois chatos! Só curtam a festa e a nossa vitória em cima da Sonserina! – disse ele e foi se misturar com os outros.

Tiago deu de ombros e foi atrás de Sirius e se misturou na multidão. Remo ficou ali, meio deslocado, e segundos depois saiu de lá.

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Lily saiu pois estava se sentindo sufocada no meio daquele ambiente de festa. Nunca fora muito de festas, e nem se quisesse seria, pois quando morava em meio aos trouxas era meio excluída, e as coisas não mudavam muito em Hogwarts. Não que as coisas fossem piores. Não era um mar de rosas, ela admitia, mas passara por vários desafios ali.

O que ela não gostava e de ter deixado seu melhor e único amigo para trás para estudar em Hogwarts, já que ele era trouxa. Mas o trimestre estava prestes a chegar ao fim e com ele chegavam as férias de Natal. Suas últimas férias de Natal. Em junho do ano seguinte já não estaria mais cursando Hogwarts. Teria se formado.

E ao saber daquilo algo estranho tomava seu coração. Um sentimento de que deixaria cedo a escola, sem aproveitar ao máximo.

Ela ergueu os braços para o alto e se espreguiçou. O fim da tarde estava acabando e com ele chegava a noite. Brevemente, Lily teria de voltar ao Salão Comunal, e esperava que toda aquela bagunça acabasse.

-Oi...

Ela se virou surpresa. Era Remo.

-Olá... – ela disse aliviada ao vê-lo. – Nossa... Que susto você me deu, Lupin.

Remo riu um pouco desconcertado. Apesar de Lily ser uma pessoa querida para ele, este se sentia um pouco desconcertado ao rir na frente de alguém que não era tão próximo assim para ele.

-E então... O que estava fazendo? – perguntou Remo se sentando ao lado dela e observando, de onde estava (uma mureta do castelo no primeiro andar) o jardim e o pôr-do-sol.

-Nada... Só estava pensando.

E um silêncio caiu sobre os dois. Remo fez, meio desajeitado, uma pergunta:

-Você seria capaz de guardar um segredo? – perguntou ele.

Lily olhou para o rapaz sem entender.

-Ahn... Sei lá, Remo. – respondeu ela. – Por que você me contaria um segredo?

-Seria algo em troca... – ele começou. – por você me responder o por que de rejeitar tanto o Tiago.

Lily bufou, mas tentou esconder a impaciência e irritação.

-Deixe o Potter de fora, ta? Só me deixe aqui na minha paz e na minha silenciosa solidão, olhando o sol poente... – ela respondeu, um pouco dramaticamente.

-Ora, Evans. – ele protestou timidamente. – Eu só quero ajudar um amigo. Você não faria o mesmo por um amigo querido?

Lily tentou pensar em alguém querido. É claro, seu primeiro pensamento foi no melhor amigo trouxa, Matt, mas tentou pensar além dele. Porém, além dele não havia ninguém. Havia seus pais, e apesar deles coexistirem em paz, Lily não era aquela filha que se pudesse chamar de viciada em família. Ela também tinha uma irmã, mas naquela não queria nem pensar. Petúnia era a o cúmulo do rabugento e o cúmulo do aborrecimento juntos Se não fosse mais.

-Por um amigo querido – disse pensando carinhosamente em Matt. – Sim, eu faria. Mas não por Potter. Mas isso não vem ao caso, pois não entendo como alguém como você pode ser amigo do Potter. Quero dizer, você parece tão centrado, gentil, responsável e... bem... você parece legal, coisa que o Potter não é.

Ela fez uma pausa.

-Então só posso chegar a uma conclusão.

Remo arqueou a sobrancelha.

-E qual é essa conclusão?

Lily riu misteriosamente. Achou estranho aquele seu sorriso. Mas continuou, um pouco hesitante.

-Algumas coisas nessa história não são o que aparentam ser.

Remo retribuiu com outro sorriso, só que mais misterioso.

-Parece que não.

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Mais tarde, em seu dormitório, Lily examinou o teto atenciosamente. Havia grudado algumas estrelas que brilhavam em cima de sua cama quando chegara, e estas continuavam a brilhar intensamente, mas além disso, havia reproduzido um universo acima de sua cama com um feitiço. Era muito boa em Feitiços, mas parecia que aquilo não mudava sua situação em Transfiguração. Mas não era nisso que pensava. Pensava no estranho modo em que havia falado aquilo a Remo mais cedo.

Ela sentia uma sensação estranha em seu peito. Parecia que a promessa que fizera anos antes, e viera cumprindo até hoje, estava prestes a se quebrar. Porém, aquilo parecia algo bom. Parecia que ela finalmente encontraria alguém para entregar seu coração. Entretanto, apesar de a conversa que a deixara mais aliviada ter sido com Remo, parecia que não era nele que pensava. Parecia ser em outra pessoa. E ela temia pensar naquilo. Mas não queria pensar.. Pensar nisso só traria mais dor a ela. E se ela não cumprisse a promessa?
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Ela acordou no dia seguinte com os mesmos pensamentos, e apesar de tentar esquecê-los não foi capaz de fazê-lo. Passou o dia isolada e pensativa. Não era grande uma grande mudança, já que sempre fora uma suicida-social. Não tinha amigos em Hogwarts, e poucos fora de lá. Tinha colegas. Ah sim, tinha muitos. Que provavelmente cochichavam nos cantos sobre ela, ou tiravam sarro com ela. Mas o que isso importava? Nada iria mudar, pelo menos era o que ela pensava.

O dia seguinte teria sido quase a mesma coisa se Potter não tivesse vindo falar com ela:

-Notei que você anda triste. – ele disse. – O que houve?

-Nada que seja da sua conta. – ela respondeu, irritada. – E pare de notar coisas em mim.

Potter riu.

-Nunca vou parar porque eu te amo.

-Você não me ama.

-Amo sim

-Não, não me ama.

-Por que não acredita em mim, Lily? – perguntou Tiago, um pouco frustrado.

Lily resmungou um "Hmmm" e revirou os olhos.

-Por que não – disse ela.

-Por que não? – perguntou Potter quase gritando.

-Pare de gritar, Potter! – pediu Lily. – Ahh Potter, por que você não me ama e eu não sinto nada em relação a você! Desista de mim! Vá ver se eu to na esquina!

E ela se esquivou dele. Novamente. Como fazia sempre que ele vinha falar com ela. Sempre. Nada iria mudar. Nada. Nada teria que mudar. As coisas deviam ficar como elas estavam e ponto. Estava tudo muito bom daquele jeito.

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N/A: Minha terceira fic T/L. Espero que n tenha ficado injuativa...

Leiam e deixem reviews pq saum elas que movem o meu pequenino cerébrozinho...

Um alô pras pessoas q comentaram no final de Descobrindo o Amor, pq até hj n postei a continuação. Aliás eu postei mas ngm viu. Vou editar ainda e postar d nv. Juro. Um dia ainda posto...

N vou dar um alô pros de Let Stay Togheter Itsumo pq eu ainda continuo essa fic... Então um alô geral pra essas pessoas!

Mazinha Black: Espero q vc leia essa fic xP... Ainda naum cumpri minha promessa e ainda naum postei a continuação de DoA, mas tlvz qm sabe qdo eu terminar essa fic? Qm sabe...

Wicked-Aleena: Tá sumida, nunk mais flei com vc... Se vc ler essa comenta viu? xP...

Acho q tem algumas coisas engraçadas na continuação. Ou pelo menos tentei fzer isso. Pena q demorou tanto. Desculpe! Ela vai sair, PROMETO!

Elisa: Eles vaum se encontrar na continuação. Claro! Acho q váááárias coisas ficaram pendentes pra continuação, né? Mas bem... Ngm sequer viu a continuação e daí eu fiquei mto triste e deletei.

Dpois eu coloco...

Só isso gente

o/