Retratação: A obra a seguir trata-se de uma fanfiction inspirada na série de animação japonesa Saint Seiya, e na série em quadrinhos Saint Seiya Episode G, com fins exclusivos de entretenimento, sem lucro algum de minha parte. As séries e todos os seus personagens aqui citados são de propriedade de Masami Kurumada.
Observação: Antes que me apedrejem, eu sei que eles tinham seus quinze anos lá pelos anos 70, sei que a Madonna só começou a fazer sucesso no começo da década de 80 e que Spanish Eyes é do começo dos anos 90, mas como eu precisava da música pra fic, tomei a licença poética. É esta também a música que o Aioros põe pra tocar na vitrola, e são de sua letra os trechos que apareceram em itálico durante a fic.
o.O.o
O longo dia de treinamento finalmente chegara ao fim. Exaustos, rindo e conversando sobre as banalidades da vida, eles fizeram o caminho de volta á suas Casas, lado a lado, os passos na mesma cadência, quase em sincronia.
-Falou, cabrón... – disse Shura, dando um soco de leve no ombro de Aioros. – Asta mañana...
Aioros sorriu diante do cumprimento. Mas quando viu ele dar-lhe as costas, pousou uma mão sobre seu ombro o impedindo de ir.
O espanhol virou a cabeça e ergueu uma sobrancelha em muda interrogação.
-Você precisa acordar cedo amanhã? – o sagitariano quis saber. – Eu tava afim de sair hoje...
Eles tinham quinze anos apenas, eram recentes Cavaleiros de Ouro. Era uma dura rotina de treinamentos, preparação para futuras missões em lugares distantes, e ao final de cada dia, estavam sempre tão cansados, que pouco tempo sobrava para si próprios. E isso que Aioros treinava o próprio irmão mais novo para ser Cavaleiro também.
Sobrava tão pouco tempo para se lembrar que eram adolescentes, que eram apenas garotos. Seria tão bom dar uma volta, comer uma besteira com refrigerante esquecer de que a responsabilidade de proteger uma deusa estava em suas mãos.
Mas o corpo doía tanto...
-Desculpa... – e sacudiu a cabeça em negativa, vagarosamente. – Tô morto.
-Fica pra outra hora então... – Aioros tentou sorrir em compreensão, também se sentia cansado. Mas não queria ficar só, não aquela noite...
Shura estranhou aquele ar de decepção no rosto do amigo. Porque Aioros estava assim, tão subitamente triste? Talvez também tivesse no coração o mesmo sentimento que ele, de que haviam perdido a infância, e agora a adolescência também se ia. Sorriu na tentativa de conforta-lo.
-Mas vou estar aqui do lado, de qualquer jeito... Aparece pra jogar conversa fora, depois que o pestinha dormir...
Aioros riu de leve, e com isso fez o capricorniano sentir-se... melhor. Mais leve.
-Vejo você depois, então... Até logo, Shura. – o grego se despediu, vacilante em dar as costas ao amigo.
-Asta luego, cabrón...
o.O.o
Fechou o registro do chuveiro, removendo com as mãos o excesso de água nos cabelos, ao mesmo passo que aguardava que ela escorresse de seu corpo nu. Esfregou a toalha felpuda por cima de si, sem muito capricho, e nisso, ouviu uma risada vinda da sala.
-Mas tá rindo do quê?? – Shura perguntou meio descrente, enfiando a cabeça desgrenhada pela porta do banheiro, enquanto enrolava a toalha em torno de seus quadris.
O que ele viu foi Aioros sentado no tapete, com os vinis de sua coleção espalhados ao seu redor, um deles em suas mãos. E ria.
-Desde quando você gosta de Madonna, Shura! – e riu de novo, doce feito um menino.
Shura franziu o cenho, e foi logo indo tirar o LP das mãos dele.
-Ganhei de presente. – foi a resposta seca que recebeu, quando teve o vinil tomado de si.
-Deu pra ver... – Aioros disse, em tom de brincadeira. – Eu vi a música sublinhada atrás.
O espanhol corou vigorosamente, lançando um olhar assassino na direção do grego.
-Não vou perguntar nada! – ele o tranqüilizou, indo se sentar no meio dos vinis outra vez.
Shura estava caminho do quarto pra ir se vestir, quando uma última frase provinda de Aioros quase o fez bater com a cabeça na porta.
-...mas essa Giovana deve ser gostosa... Dá pra ver só pela letra...
Ignorando-o, Shura foi se trocar. Vestiu uma calça larga, daquelas bem de ficar em casa, escolheu uma camiseta qualquer e voltou pra sala com ela sobre os ombros, pra ver Aioros colocando o mesmo vinil da Madonna que tirara de suas mãos para tocar.
Pensou em ralhar com ele outra vez, mas viu sua expressão séria e mudou de idéia. Sentou-se ao lado do amigo, no chão mesmo, e o viu fechar os olhos quando a balada começou, uma canção triste, cheia de acordes de guitarra espanhola.
-Música bonita... – sussurrou, ainda de olhos fechados.
-Eu acho brega. – contra-respondeu Shura, de maneira seca, outra vez.
Aioros vestia jeans, e tênis novos, que os dois tinham ido comprar juntos, poucas semanas atrás, e uma camisa preta de botões, parcialmente aberta sobre o peito. Ainda dava pra ver seus cabelos loiros úmidos do banho, e cheirava a perfume, uma essência barata, mas forte e masculina.
"Ele devia querer sair mesmo...", Shura pensou. "Nunca é de se arrumar assim".
-Música brega sempre é bonita. – o sagitariano sorriu. – Deve ter sido especial pra vocês dois, essa música, né?
Dissera tudo em voz baixa, com uma certa ponta de timidez. Foi a vez de Shura rir.
-Eu nunca tive nada com ela, Aioros... Ela é que se acha especial na minha vida, e fica mandando esses presentes sem sentido. Só marcou essa música por causa do nome dela.
Os olhos castanhos de Aioros fitaram os dele, escuros também. Ele sorria.
-Tá estranho você, cabrón... – Shura o olhou, desconfiado. – Que passa?
Ele já estava acostumado com o linguajar dele, compreendeu. Tantos anos na Grécia e Shura ainda insistia em misturar a língua local com sua língua natal, tornando seu jeito de falar algo tão único... Como ele inteiro.
Olhou pra ele com firmeza, pra depois sorrir com ar vago, num mistério meio brincalhão.
-Somos amigos tem tempo... Você já parou pra me ouvir tantas vezes, esteve comigo quando eu esperava estar sozinho. Me bateu um sentimento tem um tempo, só fiquei com vontade de dizer. Você é especial pra mim... – e corou ligeiramente, com um sorriso nos lábios.
Shura sorriu com gosto, eram essas as declarações do amigo. Ele sentiu que ele estava tentando conseguir algo, só lhe restava descobrir o que. Seu sorriso foi crescendo, só podia ser uma coisa...
-Tá apaixonado! – e riu. - Não me venha com essa de que me ama, que somos os melhores amigos, e blá, blá, blá. Você sabe que estou aqui pra você... Vai, me conta, quem é la muchacha?
Aioros respondeu com um riso cristalino.
-Eu não trocaria mulher nenhuma por uma amizade como a sua, que isso fique claro... - desviou os olhos pra vitrola, a música parecia estar chegando ao seu fim. Era bonita, será que a tal garota que tinha dado o disco não era nada dele mesmo? – Mas não foi esse tipo de sentimento que me deu, Shura. Foi mais alguma a coisa do tipo...
Suspirou, o rosto pensativo. Prosseguiu:
-Do quanto um amigo se torna tão importante na sua vida que as vezes assusta. Eu li, uma vez que é bom deixar as pessoas próximas sabendo do que você sente por elas, porque pode não ter outra chance de dizer...
A essa frase o espanhol o encarava com as sobrancelhas juntas, imaginando o que ia na cabeça do amigo. Ele parecia abalado, ou talvez fosse cansaço dos treinamentos. Suspirou pousando uma mão firme no ombro do dele, cada palavra começava a tomar forma.
-O que te perturba? Fala pra mim, hombre! Pode abrir seu coração... Você soube de algo, teme algo?
-Eu sei que eu posso contar com você... – pousou a mão sobre a dele e disse, tranqüilo, os olhos recendendo de felicidade, dando a certeza de que confiava em nele. - Eu soube de uma coisa sim... E faz algum tempo, mas não é nada de mais. Dependendo de quem vê, claro... Porque pra mim é importante. Vou tentar ser o mais direto que puder, desculpa se te deixar pouco confortável...
A mão de Aioros apertou a de Shura, os olhos não o encaravam diretamente, mas não se demoveram de seu rosto.
-Eu nem ia com a sua cara quando você chegou aqui... - riu-se -...Mas o tempo passou, quando finalmente conseguimos quebrar o gelo, eu descobri, eu queria ser seu amigo. Daqueles de filme, sabe? Juntos pro que der e vier. Hoje eu sei que tenho isso em você, mas acabei achando no meu coração um sentimento diferente disso...
Shura o viu suspirar pesado, e Aioros implorava á Atena em pessoa que não o deixasse perceber o quanto sua calma estava alterada.
-Eu não estou entendendo... – o capricorniano murmurou pateticamente, se tinha perdido no meio do discurso dele, só observando enquanto o amigo tombava a cabeça pra frente, meio rindo.
-Eu te conheço o bastante pra saber que só sinceridade funciona com você. Por isso eu queria estar com você esta noite, eu precisava dizer, já não suporto carregar isso sozinho. - ergueu a cabeça para encará-lo, as faces ardiam, isso ia ser difícil, mas tinha que sair - Shura... Eu descobri que gosto de você. Mais do que como amigo...
-Mais do que como amigo, eu continuo não entendendo... Como, mais do que como amigo? - o olhar na face dele era inestimável, era confuso e ao mesmo tempo engraçado. Aioros podia ver as rodas na cabeça dele a girar, imaginando como poderiam ser mais, talvez fossem irmãos? Impossível! O que havia além de gostar como amigo? – Como irmão?
Aioros escorou os cotovelos nos joelhos, as mãos sobre a testa, deixando o cabelo cair sobre os olhos, já que a cabeça estava livre da faixa que geralmente usava pra treinar. Olhava pra ele com estima, sorrindo da inocência dele. Mas de repente ficou sério.
-Não. Você sabe... - se ele não entendesse agora, não ia entender nunca. Escondeu o rosto entre os joelhos pra falar - Como caras... Que gostam de caras...
O rosto de Shura se escoou de toda cor.
Não, não podia ser.
Aioros, um... Um maricón? Mas ele parecia tão normal, tão... Normal... Não havia como, se ele fosse assim veria. Será, será que ele era faz tempo ou estava confuso? Não podia ser... Maricas, sabiam ao nascer não sabiam? Um homem não virava de uma hora pra outra, do nada...
-Co... Como? - foi tudo que disse numa voz pasma, como se tivesse ouvido de Aioros que ele tinha nascido com um tumor no cérebro e nunca comentado nada.
-Eu sempre achei normal esse tipo de coisa... - o sagitariano virou o rosto pra Shura, deixando um lado da face ainda apoiado nos joelhos. - Mas nunca pensei que fosse acontecer comigo. Não é questão de homem ou mulher, eu não acredito que fosse sentir isso por qualquer um. Quando eu me dei por conta... Isso o que eu sinto estava li, escondido num canto do coração, tentando sair... Não é tão novo pra mim quanto é pra você, mas é estranho do mesmo jeito...
Ele terminou com uma ponta de sorriso constrangido, olhando pra face concentrada do capricorniano, que ouvia tudo atento, como se fosse uma lição importante onde qualquer detalhe perdido pudesse fazer falta.
-Então, você tá dizendo que não é... Um maricón. Nossa, eu não sei dizer isso de outra forma... Você... Você só se sente desse jeito por mim?
-Eu nunca senti nada assim por ninguém, pode ficar tranqüilo... - disse em tom brincalhão, os olhos fechados, assentindo com a cabeça em movimentos lentos, mas decididos. - Acima do que eu sinto você é meu amigo, sempre vai ser... Espero!
Shura o encarou com firmeza e seriedade, a postura rígida de extrema concentração. Aioros era um amigo aberto na sua frente, movimentos bruscos poderiam danificar a psique dele.
-Você não tá confundindo as coisas? Pensa! Olha pra mim. O que você vê, te pareço una bela chica? - passou a mão grossa pelos cabelos descuidados sondando uma forma de abordar o cerne da questão.
- Se fosse por questão de beleza, de corpo... Eu estaria muito bem sozinho, obrigado. Eu me apaixonaria por você até se você fosse verde, espanhol, desde que ainda mantivesse em você tudo o que já mostrou pra mim... – Aioros disse, com fingida tranqüilidade, mas o rosto rubro o denunciando.
-O que você pensa que os homens fazem? Você ia ter coragem de fazer comigo?
Seus braços foram rápidos. Ele se inclinou para Aioros, apoiou-se no chão e com uma mão o trouxe pra junto de si, fazendo com que o outro se sobressaltasse com alguma violência, colando seu peito nu contra o do grego, um parecendo respirar o hálito do outro com a proximidade. Aioros o sentia como se flutuasse acima dele, seu cosmos ardendo os envolvia como se o ar fosse uma força pulsante de determinação.
Shura era um homem treinado, havia recebido o treinamento de um santo: comer da terra, beber água suja, a água vinda do céu, até a urina de seu inimigo se perdesse. Ele não tinha pudores, sobretudo se fosse pra tirar esse peso dos ombros do amigo.
-Você me quer? Quer esse hombre rude? Me toque, sua chance. Besame como una vadia! Se entregue pra mim como um homem! – desafiou.
Aioros arfava forte, um calor desconhecido percorrendo o corpo. Ele não sabia como seria se algum dia acontecesse, se algum dia ele viesse a realmente tocá-lo, esperava qualquer coisa, menos que fosse... Tão intenso, tê-lo junto de si.
Ele o fitou com olhos que eram puro fogo, mordendo um lábio ao ouvir as palavras de desafio. Aproximou a boca da orelha dele, ainda se refazendo, e murmurou, em tom de igual desafio:
-Você tem certeza disso?
Shura o largou como o tinha pego, lançando pra ele um olhar duro, direto.
-Eu tenho. Não sou de voltar atrás em palavra dada. Mas, e tu toro? Precisa perguntar esta tolice?! No tienes cullones para currarse com um hombre! – soltou a última frase mais pra si que para Aioros, sem encara-lo diretamente.
O grego não compreendeu de todo o que ele havia dito, mas franziu o rosto num esgar de fúria.
-É melhor não duvidar do que eu tenho ou não tenho, espanhol...
Engatinhou pra junto dele sem muita paciência, um braço o puxando com força pra junto de si. A boca se juntou á dele cheia de fome, urgência, raiva, a língua intrusa invadindo-o sem pedir permissão.
Shura teria reagido com choque, nojo, estranheza, puro pânico de alguém os ver, alguém lhe apontar o dedo acusador, o maricón, sempre teve vontade de vestir saias, imaginaria o choque de sua mãe, o desgosto de seu pai.
Tudo isso passou pela mente dele, entretanto num nível muito subconsciente, sendo descartado como irrelevante. Agora, sua prioridade era dominar, era mostrar a esse homem que ele não o faria de moça, sua mente gritava que ele lutaria para que ele não o penetrasse, e tudo estaria bem.
As línguas se digladiaram num grunhido. O segurando pelos cabelos, Shura atacou sua boca num beijo que nada tinha de gentil, e Aioros tampouco correspondia com delicadezas. Eles mais se pareciam a duas feras lutando por um território.
Shura se apoiava como podia, a mão ainda tímida agarrando parte da cintura do amigo como garras, hesitando ali dando uma chance de desistência a ele, como se num aviso de que não o obrigasse a ofende-lo, porque ele não desejava tal coisa.
Mas Aioros não o apartou ou recuou, e os gemidos roucos dele morriam dentro de sua boca. Ele teve então que provar seu ponto, apertando aquelas nádegas firmes, afastando a camisa, puxando o tecido da calça, o esfregando junto a seu corpo, excitando á ele e a si mesmo com a fricção, como dois lobos no cio.
Seus olhos não desgrudavam dos de Aioros, "Eu desejo salvá-lo de um engano", eles gritavam, "Eu não vou parar mesmo que tenha que te desonrar nesse chão".
O grego o enlaçou pelo pescoço, sem deixar que o beijo terminasse, uma das mãos afagando sua nuca, a outra descendo por suas costas, ora apertando os músculos firmes, ora arranhando a pele morena dele. Os olhos, ora estavam fechados, ora se abriam para encará-lo, se mostrando tão dispostos a prosseguir quanto os dele.
Provaria pra ele que o queria ali, ou não provaria nunca mais.
O peito subia descia, numa respiração cada vez mais descompassada, sentindo o corpo se aquecendo e se excitando ao se roçar contra o dele com tamanho vigor. Desceu uma mão sobre seu pescoço, escorregando com firmeza pelo peito, curioso pra tocar um corpo diferente do que estava acostumado, mas ainda assim, tão familiar. Deixou correr um dos mamilos dele entre seus dedos, apertando a carne sob sua palma depois, e os olhos tornaram a fitá-lo, ainda sem interromper o beijo, desafiando e provando que ele também ia ter o lugar dele ali...
Shura sabia que um companheiro passivo, agüentando suas agressões era uma coisa. Tinha a certeza de que era apenas uma questão de ir com firmeza, em algum momento ele recuaria. Iguais agressões eram outra coisa que ele também conhecia, bastava ser mais forte e preciso no ponto onde o deter.
Entretanto, aquelas mãos ávidas em seu corpo, quentes e desejosas, eram algo que ele não compreendia. Por uns momentos o parou, confuso, assustado e tenso, pronto a trancar e recuar como um gato arisco.
Foi o que quis fazer ao sentir os dedos dele em seu tórax torcendo seu mamilo, de uma forma puramente sexual. O que saiu de sua boca foi um lamento de agonia, excitação misturada a medo e tudo que ele desejou fazer, foi chorar desamparado.
Ele o beijou fundo dessa vez, mais lento, pueril, buscando consolo, e não agressões. Aioros havia vencido, ele não estava brincando, e ele...
Ele era um homem cujo mundo fora girado de cabeça pra baixo. Ficou se sentindo desamparado e perdido, sem saber que direção seguir. Tudo que ele sabia era que seu coração estava partido, seu amigo, seu único amigo o havia traído o amando... E agora, só lhe restava escolher.
A solidão... Ou um amante.
Aioros respondeu ao beijo na mesma intensidade dele, como no início. Mas agora era cálido, e doce... Será que ele tinha conseguido provar que era aquilo o que queria? Será que tinha conseguido mostrar pra ele que o queria, pouco importasse o fato dele ser homem?
Mas quando o viu abraçá-lo, chorando no seu ombro, sentiu-se imensamente assustado, aquele frio incomodo no ventre o assolando. Agarrou-se á ele cheio de carinho, as mãos afagando seus cabelos.
-Não me deixe, Aioros... Não vá embora... Eu... Eu... Vamos fazer como você quiser... - Shura se ouviu dizendo, a possibilidade da perda muito grande pra controlar o tremor em seu corpo e o pavor em seu coração. - Solo no me dejas...
-Eu não vou deixar você... - disse em tom baixo, tentando conforta-lo, mas a voz saia assustada, sentia tanto medo quanto ele. - Shura, quem começou tudo fui eu... Eu não seria covarde pra te abandonar...
"Eu tenho certeza de que o coração dele está aqui comigo
Sei
que não pode ver minhas mãos tremendo
Mas sei que
ele me escuta cantar"
Nenhum dos dois fazia alguma idéia de como seria agora, daquele dia pra frente, mas decidiram que precisavam tentar para saber.
o.O.o
Eu gosto muito deste casal, mas sou muito pouco familiarizada com o Shura.
Ter uma capricorniana pra me ajudar com ele foi tuuuuuuuuuuuuuuuuuudo de bão!! B
Arigatou gosaimasu, Ran! pagando reverência
Ela vai ter continuação, viu? Espero que vocês fiquem ansiosas pelo próximo capítulo assim como eu pelos reviews!
Um beijo!
Dark Lupina
