Just a Dream
Essa podia ser apenas mais uma fanfic, comum e sem muitas novidades. Mas essa começou com um sonho, há 4 anos. Era apenas um sonho, mas que se tornou algo mais. O que aconteceria se Jack não tivesse morrido no frio oceano Atlântico Norte? O que aconteceria se Rose tivesse dado um espaço ao seu lado para Jack?
Titanic - Cena 56 – Jack e Rose se despedindo
(Rose) Está tão silencioso...
(Jack) Só vai levar... alguns minutos para... arrumarem os barcos. Eles... remaram para longe, por causa da sucção, mas... agora vão voltar.
(Rose) Eu te... amo... Jack.
(Jack) Não faça isso... Não se despeça... ainda não. Você está me entendendo?
(Rose) Não sinto meu corpo...
(Jack) Rose... você vai conseguir. Você vai sair daqui... e ainda vai ter muitos filhos, e vai vê-los crescer... e vai morrer de velhice, quentinha, numa cama... não aqui, não assim, não... esta noite... você está me entendendo?
(Rose) Eu estou com tanto... frio
(Jack) Ganhar aquela passagem... foi a melhor coisa... que já me aconteceu. Me trouxe você... e eu agradeço por isso, Rose...
(Rose cede um espaço para Jack na porta em que está deitada, para que Jack possa sobreviver também)
(Jack) Por que... está fazendo isso, Rose?
(Rose) Porque você também está incluído nessa promessa, Jack... (ela sorri e ele sobe na porta e se ajeita para ficar ao lado dela)
(Jack) Você não me escolheria, podendo... (sua respiração é ofegante)... escolher entre tantos outros... Por que você me... escolheu?
(Rose) Porque você foi a única pessoa... que me ouviu quando eu estava gritando. E eu... sou muito grata, Jack...
(Lá longe, um bote salva-vidas passa, e dentro dele, um oficial com esperança de encontrar sobreviventes)
(Rose olha na direção do bote e avisa Jack)
(Rose) Jack, é um bote... (respira ofegante)
(Jack se apoia, sem ter forças, nos joelhos, e aponta para um oficial, que está morto, que tem um apito entre os lábios. Rose balança a cabeça duas vezes e nada até o oficial morto, pega o apito e começa a soprar. Jack faz o mesmo, acenando e gritando, seus pulmões ardendo sem ter ar)
(A tela fica preta e gradualmente muda para uma cor mais branda, clara, e vemos o interior de uma casa, lindamente mobiliada, e podemos ver uma família, um casal de idosos e um garotinho de lindos cabelos louros, conversando em voz baixa. É o ano de 1992)
(Rose) E foi assim que eu e seu avô conseguimos sobreviver. (ela olha apaixonadamente para Jack) Você gostou da história, meu garoto?
(Teddy) Sim vovó, eu adorei! Vovô Jack, conte aquela vez em que você levou a vovó Rose para dançar no convés inferior...
(A câmera se afasta lentamente, as vozes diminuindo ao fundo como se um volume estivesse sendo abaixado. E nos afastamos dessa família, que continua animada e feliz, como se nada pudesse abalá-la)
