Severus tinha certeza de poucas coisas em sua vida. De que seria um bruxo bastante poderoso um dia, e, que algum momento o bando de marginais autointitulado de marotos, iria cometer alguma falha.
E naquela tarde, uma de suas certezas foi concretizada.
Ele ouviu claramente Black comentar com Pettigrew sobre um encontro em horário proibido, em um lugar que ele não sabia exatamente onde seria, mas com certeza seria proibido. E, ainda foram imprudente o suficiente para comentar como fazia para entrar no local. Com certeza pegá-los faria com que fossem expulsos.
Então pela primeira vez, desde que entrou na escola veria justiça.
Naquela noite foi difícil para o rapaz controlar a ansiedade. Nunca antes o jantar havia demorado tanto, muito menos o horário para os alunos se recolherem.
Quando a hora chegou, buscou uma capa para proteger do vento. O caminho até o Salgueiro Lutador estava iluminado pela grande lua cheia que brilhava no céu. A noite clara e sem nuvens parecia o cenário perfeito.
Ao se aproximar da árvore ele repirou fundo. Sentia uma mistura de ansiedade e excitação. E ao ver que o que eles haviam comentado estava certo, Severus sorriu. Tinha uma estranha impressão de que algo esta preste a mudar.
Quando os ganhos da árvore finalmente pararam, e uma passagem se abriu na base da árvore. Ajeitou a capa em seu corpo e começou a descer os degraus. Um por um, fazendo o possível para ser o mais silencioso possível. Sussurrou um feitiço quando a luz da lua já não dava conta de iluminar as escadas. E quando as escadas finalmente acabaram, caminhou ainda o mais quieto por um corredor.
Foi então que os barulhos começaram. Gemidos de dor. Urros grossos. Coisas quebrando. E sentiu medo. Ele conseguia ouvir seu coração bater acelerado. Mas agora não era hora de desistir. Não importava o que fosse. Aqueles marginais estavam aprontando algo feio.
E ele iria descobrir o que era.
O coração acelerado, as pernas bambas e mesmo assim ele seguia em frente. A fraca luz da varinha não conseguiu acompanhar o que seus olhos viram. Era grande, tinha dentes afiados, e corria em sua direção.
Severus piscou duas vezes, e antes que pudesse pensar em qualquer coisa sentiu uma forte dor no ombro. Sua carne sendo perfurada e o sangue escorrendo por suas costas.
Mais um rugido, olhos cor de mel. Dentes sujos de sangue.
Ele tentou gritar, mas duvidava que alguém pudesse ajudá-lo. Ergueu a varinha mesmo com o braço dolorido, mas antes que pudesse falar alguma coisa, tudo se tornou escuro.
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