Yo, minna-san! Tudo bem? Trago aqui uma oneshot NejiTen especial de Natal...
Ma-chan; é para você! Espero que goste!
Boa leitura!
Disclaimer: Naruto pertence a Kishimoto Masashi-jii.
Aviso I: pode estar OOC.
Summary: Papai Noel existe ou não?
[NejixTen], [Oneshot]
Status: Completa.
Questão Natalina
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Assoprava as mãos para esfregá-las sobre a coxa gelada, já estava há pelo menos três horas sobre aquele galho coberto por neve e não pretendia sair dali tão cedo. Espirrando, segurou-se ao tronco para não perder o equilíbrio, quando uma bolinha de neve voou como bala até sua testa.
- Au! – gritou; voltando o olhar para baixo, furiosa. – O que pensa que está fazendo? – indagou, ajeitando-se novamente sobre o galho para evitar uma queda.
- Baka! Baka; baka; baka! – Naruto soltou; mostrando-lhe a língua e virando de costas para balançar a bunda, que foi logo acertada precisamente com três bolinhas de neve, que o derrubou.
- Vá embora se não quiser mais! – a garotinha de coques gritou; as mãos na cintura e o olhar assustador, que imediatamente mandaram o pequeno encrenqueiro embora. – Ufa... – soltou para si mesma, expirando.
- Você tem boa mira. – ouviu alguém dizer, e, franzindo o cenho por ser novamente abordada, Tenten voltou o olhar para baixo, procurando o dono da voz.
- É natural. – respondeu simplesmente ao ver o garoto tipicamente Hyuuga ali – E você tem bons olhos. – disse com simpatia.
- É natural. – repetiu o que lhe foi dito de forma mais amarga, e sem prolongar a conversa, retirou-se de lá, deixando-a novamente só.
Suspirando com certo desânimo, Tenten voltou a olhar para os telhados das casas da vila, era Natal e, como uma astuta garotinha de cinco anos, permaneceria sobre aquele galho até poder flagrar o famoso "bom velhinho" das histórias que ouvia dos adultos. Queria ver pessoalmente o velho de uniforme vermelho entregando os presentes, embora ainda achasse um tanto difícil lidar com jutsus que ele provavelmente usaria para se camuflar.
- Seria bom ter bons olhos para poder ver... – comentou consigo mesma, e logo se acendeu uma luz em sua mente. – É isso!
Descendo do galho com o maior cuidado possível, a garota pôs-se a correr, quem sabe encontraria o menino de rosto e olhos alvos por aí. Se o convencesse a ajudar, com certeza conseguiriam pegar Papai Noel no flagra e conversar com ele!
Procurando pelas ruas cobertas por neve, descuidou-se por um segundo, tropeçando e escorregando ladeira abaixo de modo a derrubar alguém que estava no caminho. Levantando-se e passando a mão na cabeça enquanto resmungava, notou que quem se levantava era justamente o menino que procurava, e não deixou de lhe sorrir com brilho no olhar tão doce quanto chocolate.
- Eu estava te procurando! – soltou, recebendo um olhar de esguelha em resposta. – Ah, gomen, gomen... Eu te derrubei, nee? – passou a mão na cabeça, sem jeito. – Você está bem?
- Se eu soubesse que você ia me perseguir, teria me mantido em silêncio... – soltou; no que a garota franziu o cenho, irritada.
- Eu não estava te perseguindo! Só queria sua ajuda para ver Papai Noel! – explicou-se, afinal, não gostava de ser comparada às meninas que ficavam correndo e suspirando por meninos. – Se você não quer me ajudar, quem perde é você! – disse simplesmente, as mãos na cintura e o rosto virado para o lado num bico.
Limpando-se da neve impregnada na roupa, o garoto voltou o olhar para ela com uma expressão incrédula.
- Papai Noel não existe. Com essa idade, você devia saber...
- Existe sim! – contestou, mostrando-se mais irritada. – Você não tem provas de que ele não existe!
- E você tem provas de que ele existe? – indagou sarcástico.
- Hoje eu vou tirar a prova, você vai ver!
- Mas como eu disse, ele não existe.
- Existe!
- Não existe.
- Existe!
Quando percebeu que levantaria a voz para discutir, o garoto conseguiu se controlar, voltando o olhar para o lado e suspirando, convencido. Não conseguiria discutir com aquela garota, ela tinha jeito de ser tão teimosa quanto ele, com a diferença de que ela não encarava a realidade. Voltou o olhar para ela, e, sentindo-se responsável, decidiu ajudá-la a ver que Papai Noel não passava de uma lenda.
- Tudo bem. Eu vou ajudá-la. – disse por fim, ficando sem graça com o sorriso caloroso que recebeu em resposta. – Mas não vá pensando que...
- Vamos! – ela chamou, puxando-lhe pela mão e correndo de volta à grande árvore em que estava.
Ajudando a menina a subir, o garoto de longas madeixas negras e olhos alvos tomou um lugar ao lado dela, o desinteresse anterior havia se dissolvido com a possibilidade de provar a ela o quão errada estava. Vendo-a tão radiante, até se sentiu um pouco mal por ter que lhe tirar o sorriso do rosto, mas uma hora a vida faria aquilo com todos, não?
- Nee... Qual é o seu nome? – ouviu-a perguntar, despertando do devaneio.
- Hyuuga Neji. – soltou simplesmente.
- Hum... Neji; meu nome é Tenten. – apresentou-se animada. – Agora, eu aposto um taiyaki que existe Papai Noel! – dito isso, estendeu-lhe a mão no que ele a fitou por um momento.
Certo de sua vitória, o garoto sorriu, estendendo-lhe a mão também.
- Fechado. Amanhã nós acertamos. – disse confiante, fazendo-a sorrir.
Passando a ficarem em silêncio, permaneceram atentos às casas de Konoha, que os poucos começavam a ter as luzes apagadas – já era hora de dormir. Bocejando, Tenten atreveu-se a se encostar no ombro de Neji, deixando-o um tanto sem graça com o contato.
- Não vá dormir, depois vai ficar falando que eu menti. – soltou, fazendo-a rir.
- Eu não vou dormir, e ele vai aparecer daqui a pouco, você vai ver!
Mantendo-se encostada a ele, a menina estreitou os olhos para continuar observando a vila, e aos poucos, sentiu que a visão estava cada vez mais embaçada e os olhos mais pesados... Rendendo-se – o que não era comum para ela – acabou por fechar os olhos, descansando.
Percebendo que Tenten passava a ficar mais pesada a cada minuto, o menino voltou o olhar para ela, um tanto aborrecido. Estava ali por causa dela, não? E como, justamente a mais interessada pegava no sono? Pensando em como tirá-los dali e começando a se perguntar onde a menina morava, voltou o olhar monotonamente pela vila, quando uma visão o fez arregalar os olhos.
- Tenten! Tenten! – chamou, sacudindo-a. – Acorde!
- Hum? – abrindo os olhos lentamente, notou à distância um pontinho vermelho e, piscando algumas vezes, esfregou a mão nos olhos, direcionando o olhar para o telhado de uma casa, onde um senhor gordo vestido de vermelho usou de um justsu e desapareceu. – Era ele! – soltou para um espantado Neji. – Você viu, não viu? Era ele!
- Impossível... – soltou, aturdido – Não devia... Papai Noel é lenda...
- Não é não! E você sabe muito bem! – a garota soltou, apontando-lhe o dedo em tom repreensivo. – Perdeu; Neji! Amanhã eu quero meu taiyaki! – afirmou; no que Neji apenas assentiu; ainda incrédulo por se ver errado quanto a algo que tinha certeza.
Anos mais tarde, uma kunoichi de madeixas castanhas presas em coques esfregava as mãos e as assoprava, passando nas coxas geladas. Era véspera de natal e ela estava sentada num galho de uma imensa árvore, havia recebido um convite estranho e como não tinha o que fazer, apenas aceitou ficar esperando ali.
Ao notar o rapaz parando de pé ao seu lado, sorriu ao pegar os pacotes de taiyaki quentinhos que ele lhe trouxera, ajudando-o a se sentar ao seu lado.
- Sabe; eu tenho uma vaga lembrança de já ter passado um Natal sobre um galho de árvore... – comentou descontraída.
- Espero que não acredite em Papai Noel ainda. – ele brincou, fazendo-a rir gostosamente.
- Claro... E quem foi que ficou chocado ao ver o bom velhinho sobre um telhado, e no dia seguinte apareceu com os mesmos pacotes de taiyaki, hein?
- Chouji nos disse que era costume o avô dele se disfarçar para entregar presentes aos netos quando eles eram infantes. Não existe Papai Noel. – concluiu, fazendo-a rir ainda mais. – O que foi?
- Depois de tanto que nós já vimos, não acha que isso é um pouco relativo?
Ponderando um pouco, meneou a cabeça, concordando. Depois de tanta coisa pelas quais já passara, a única coisa que podia afirmar com certeza era que não havia nenhuma certeza no mundo, e Papai Noel não deixaria de existir, enquanto permitissem que ele visitasse as crianças no Natal.
Owari
Nossa, eu me senti aliviada por ter conseguido escrever uma NejiTen tão light depois de tanto tempo sem postar nada. Desculpo-me com os leitores por minha falta...
Ma-chan... Você é uma pessoa tão doce, é tão bom passar horas conversando com você,... Ma-chan sempre me traz uma alegria e uma tranquilidade imensas, agradeço a Deus e a Naia-chan por tê-la conhecido. Parece que faz muito mais de um ano que nos conhecemos, nee? Desejo um bom final de ano e uma boa virada para você, de coração!
E minna-san... Reviews? .-.
