Disclaimer: Os personagens desta história não me pertencem, fazem parte do universo Supernatural, e eu não lucro nada com ela, a não ser a diversão que tenho ao escrevê-la e os reviews (^^)
Conteúdo: Romance/Slash "Dastiel" (Mais pra Dean e Jimmy, mas vocês entenderam XD) – Já sabe do que se trata, né? Então, se não estiver de acordo, pode fechar a página agora.
Beta: Anarco Girl (A dona do chicote!)
Sinopse: UA. É Natal. Para uns é uma época adorável, pra outros nem tanto. Mas não há como negar que Nova York é linda nessa época. Dean Winchester e Jimmy Castiel Novak encontram-se nesse cenário, passando por situações opostas. Mas o que será que acontece quando o destino decide juntá-los na noite de Natal?
Nota do Autor: Sim, fic de Natal! Eu amo o Natal, e ouvindo musicas natalinas me veio a ideia de fazer essa história. Nesse primeiro capítulo, as músicas são: Charlie Brown Christmas e Christmas Time is in the Air Again, ambas da Mariah Carey (XD, vício!).
Links: Charlie Brown Christmas: htt*p:/*www.*youtube.c*om/*watch?v=vN*8ktmPTttQ / Christmas Time is In the Air Again:http*:/ww*.com*/watch?v=vkjnXP*_JX*A8&feat*ure=fvst
My Best Christmas is You
Chapter One - May your Christmas wishes come true
Christmas time is here
(O Natal está aqui)
Happiness and cheer
(Felicidade e alegria)
Fun for all, that children call
(Diversão para todos, que as crianças chamam)
Their favorite time of the year
(De sua época favorita do ano)
Jimmy Novak caminhava pela Quinta Avenida, as mãos cheias com sacolas de compra. Os estonteantes olhos azuis brilhavam, sobressaindo-se no rosto caucasiano. Nova York era realmente encantadora no natal. Era como estar em um filme natalino, com todas aquelas pessoas fazendo compras, os Papais Noéis em cada esquina, as magníficas decorações. Se fechasse os olhos, ele poderia até ouvir aquelas clássicas trilhas sonoras de filmes natalinos.
- Um Feliz Natal, senhor! – gritou um rapazinho, vestido de elfo, na porta de uma loja.
Jimmy sorriu para ele e correspondeu o cumprimento da melhor maneira possível. Estava feliz. Iria passar aquele natal com sua filha, Claire, pela primeira vez desde sua separação. Fora difícil convencer Amelia de que ele já tinha se recuperado do seu surto, dois anos antes, por causa do estresse no trabalho. Mas ele estava bem. Tinha passado por um período negro em sua vida, mas finalmente os bons ventos começavam a soprar.
- Uma doação para os órfãos de Nova York, senhor! – pediu uma mocinha, vestida de vermelho, segurando uma caixa de papelão decorada.
Porque não? Perguntou-se Jimmy, pondo algumas sacolas no chão e apanhando uns trocados no bolso. Seu sorriso foi ainda maior que o da garota quando agradeceu. Era bom estar tão bem e poder ajudar os outros a ficarem bem.
Continuou seu caminho de volta ao hotel onde estava, precisando segurar-se para não sair cantando pelas ruas, como um personagem de algum musical. Nada, absolutamente nada, poderia estragar aquele natal.
D&C
Christmas time is in the air again
(O Natal está no ar novamente)
Christmas chimes reminding me of
(Sinos de Natal me lembrando de)
When we fell like the snow
(Quando caímos, como a neve)
So deep in love
(Em um amor tão profundo)
High above us the evergreens
(Acima de nós as sempre-vivas)
Sparkle with lights and feel the breeze
(Cintilando com as luzes e sentindo a brisa)
As we made future Christmas memories
(Enquanto fazíamos futuras memórias de Natal)
- Ok, tio Bobby. Eu vou passar o natal com você... Ah, eu tenho algumas pendências por aqui ainda, só vou poder viajar no dia 24... Certo... Muito, er, obrigado pelo convite. De verdade... Outro!
Dean Winchester desligou o telefone e suspirou. Realmente não queria ir passar o natal com tio Bobby. Não porque não gostasse dele, muito pelo contrário. Bobby, que nem era seu tio de verdade, era como seu pai. De fato, agora que tinha melhores condições de avaliar, Bobby era quem sempre tinha feito esse papel. John, seu verdadeiro pai, nunca fora o mesmo depois da morte de sua mãe. Passou a beber mais, a não se importar de verdade com ele, Dean, e Sam, seu irmão mais novo.
Mas ele tinha superado aquilo. Assim que completou a maioridade, saiu de casa. A única coisa que levou de John foi o trabalho de mecânico que ele lhe ensinara. Bobby realmente lhe quebrara um galho, deixando que trabalhasse consertando carros em seu ferro velho/oficina, até que firmasse o pé. Depois disso, Dean mudou-se para Nova York. Conheceu Lisa. Casou-se.
E agora estava divorciado. Era esse o motivo pelo qual estava relutante em aceitar o convite de Bobby. Não queria melar o natal do tio com seu baixo astral. Mesmo sabendo que aquele era o melhor caminho, não era fácil romper uma relação amorosa. Mas talvez fosse melhor ele se afastar de Nova York um pouco. Ficar longe de tudo. Apenas queria comprar um presente pra Ben, seu enteado, e entregá-lo antes de ir para South Dakota.
Antes de sair do pequeno quarto de hotel onde estava morando desde que havia saído de casa, o homem de cabelos cor de trigo e olhos verdes foi até a janela. Lá fora a neve caía, suave. Suas lembranças dos natais anteriores vieram à mente. Lisa e Ben adoravam quando ele os levava para passear no Central Park, depois iam até o Rockefeller Center, patinar no gelo. Agora aqueles momentos eram só lembranças.
Dean balançou a cabeça. Ele tinha que superar aquilo. Ele ia superar. Mas, por ora, teria de se contentar com o pior Natal de sua vida. Suspirando, ele afastou-se da janela e saiu, batendo a porta.
D&C
Snowflakes in the air
(Flocos de neve no ar)
Carols everywhere
(Cantos de natal em todo lugar)
Olden times and ancient rhymes
(Tempos antigos e rimas antigas)
Of love and dreams to share
(De amor e sonhos para partilhar)
- Ah, minha querida, eu realmente sinto muito! – Jimmy dizia ao telefone. – É sério. Mas infelizmente papai só vai poder chegar aí na noite de véspera de Natal. Mas eu vou levar um monte de presentes! Mesmo? Bem... então... obrigado, Claire. Um beijo! Te amo.
O homem desligou o telefone, com lágrimas se formando nos olhos azuis. Claire tinha dito que o melhor presente seria a presença dele. Aquilo era mais do que ele podia agüentar. Se não fossem aqueles compromissos com a agência de publicidade, ele estaria num avião naquele momento mesmo. Mas dali a dois dias, com toda certeza, ele estaria voando para Pontiac, Illinois.
Agora ele precisava se preparar para a reunião do dia seguinte. Se tudo desse certo conseguiria uma grande campanha para a agência que trabalhava. Poderia, quem sabe até ganhar uma promoção. Pegou sua pasta e tirou os papéis cheios de anotações de idéias, gráficos e pesquisas e sentou-se na pequena escrivaninha, perto da janela.
Mas simplesmente não conseguia se concentrar, olhando a neve cair lá fora. O pensamento de que logo veria sua filha de novo o enchia de alegria e esperanças. Ficou lembrando das canções que cantavam juntos ao pé da lareira, da manhã de Natal, quando Claire abria os presentes, do seu sorriso tão bonito.
- Foco, Jimmy! – disse a si mesmo, voltando a atenção para os papéis.
D&C
Christmas shoppers glance at us and smile
(Cosumidores de Natal olham para nós e sorriem)
'Cause the mistletoe is occupied
(Porque o visco está ocupado)
And the dream is to share
(E o sonho é dividir)
This Christmas cheer with you all year
(Essa alegria de Natal com você por todo o ano)
And not wait till the morning
(E não esperar até de manhã)
When Christmas time is in the air again
(Quando o Natal está no ar novamente)
A única motivação para enfrentar aquela multidão de pessoas comprando quase na véspera de Natal era que ele gostava muito de Ben. Lisa tinha sido um pouco razoável quanto ao direito de ele, Dean, ver o garoto. E ele prometera que passaria na véspera de Natal para levar um presente.
O loiro entrou na Toys R' Us. Suspirou ao levantar os olhos, acompanhando os três andares da loja, apinhados de pais e crianças. Não tinha a mínima idéia do que levar para o ex-enteado. Eram tantas opções, e ele realmente não estava no melhor estado para fazer compras de Natal. Deixou que suas pernas o levassem pelos corredores da loja, ouvindo as crianças apontarem os brinquedos, sorrirem.
Aqui e ali se viam os personagens natalinos: o Papai Noel, os elfos, as renas. A decoração da loja era magnífica. Luzes, árvores, até neve artificial. Ramos de visco pendiam do teto. Dean sorriu, lembrando-se daquela bobagem de beijo debaixo do visco. Se ao menos fosse verdade... não, ele não queria remoer de novo aqueles pensamentos de voltar com Lisa. Seu casamento tinha sido bom enquanto durou.
Tentou acompanhar o ritmo da música que tocava no ambiente. Era uma música suave, lembrava filmes de natal. Obviamente. Não teve muito sucesso. Queria sair logo dali e pegar o avião. Chegar à casa de Bobby e tomar um bom gole de whisky com o tio, esquecer um pouco dos seus problemas. Mas isso teria que esperar mais um pouco.
Depois de horas andando, finalmente conseguiu escolher algo. Lembrou-se que Ben queria muito um jogo novo, um daqueles tantos de matar seres estranhos. Deu sorte de ter pegado um dos últimos na prateleira. Mais alguns bons minutos na fila para pagar e ele estava livre do pesadelo. Saiu aliviado da loja, para o ar frio, cheio de flocos de neve.
Agora era comprar sua passagem, e depois iria para casa, arrumar suas poucas coisas.
- Um Feliz Natal, senhor! – uma menininha, que saía da loja com a mãe lhe disse.
Desconcertado, o loiro deu um meio sorriso e balançou a cabeça. Ele desejava para si um feliz Natal... embora tivesse certeza de que não seria.
D & C
Christmas time is here / And the dream is to share this Christmas cheer
(O Natal está aqui) / (E o sonho é dividir essa alegria de Natal)
We'll be drawing near / With you all throughout the year
(Nós nos aproximaremos) / (Com você através do ano)
Oh, that we could always see / And not wait till the morning
(Oh, que possamos sempre ver) / (E não esperar até a manhã)
Such spirit through the year / When Christmas time is in the air
(Tal espírito através do ano) / (Quanto o Natal está no ar)
Oh, that we could always see / Christmas time is everywhere
(Oh, que possamos sempre ver) / (O Natal está em todo lugar)
Such spirit through the year / Christmas time is in the air again
(Tal espírito através do ano) / (O Natal está no ar novamente)
O Aeroporto de LaGuardia estava lotado. Mal havia espaço para se movimentar em meio às pessoas que carregavam malas e bolsas, formando filas de embarque e check in. Jimmy tentava chegar ao seu portão de embarque. Já tinha feito o check in, mas haviam lhe informado que o vôo estava atrasado. Havia uma tempestade se formando e as condições de vôo não eram boas.
- Só me faltava essa! – murmurou para si mesmo, sentando-se na última cadeira disponível em frente ao portão 22.
Sua passagem estava comprada há dias, ele tinha planejado tudo para que chegasse à casa de sua filha pelo menos para a noite de Natal. Mas agora acontecia aquilo. O moreno suspirou, olhando as pessoas ao seu redor. A maioria tinha um ar mal humorado. Provavelmente na mesma situação que ele.
Mas então seus olhos pousaram sobre um homem que não estava com raiva. Parecia estar... triste. Melancólico. Estava há algumas cadeiras de distância, então dava para ver que seus olhos verdes estavam apagados, enquanto corriam pelas linhas de uma revista sobre carros.
E de fato, Dean não estava nervoso por causa do atraso. A tarde daquele dia tinha sido muito difícil. Por mais que rever Ben tivesse sido muito bom, significou reavivar nele algumas das memórias que ele queria esquecer sobre seu casamento. Aquele atraso era apenas mais uma das coisas que tornavam seu Natal ruim.
Entediado, o loiro guardou a revista na mala pequena que levaria no avião. Estava cansado de ficar ali. Já ia se levantar para dar uma volta, quando uma voz feminina e suave começou a falar pelo sistema de alto-falantes do aeroporto:
"Senhoras e Senhores, lamentamos informar que todos os vôos estão cancelados por tempo indeterminado, devido ao mau tempo nos arredores da cidade. Favor procurar as companhias de viagem para maiores detalhes e resolução de eventuais problemas. Lamentamos novamente."
Imediatamente ouviram-se os protestos. As pessoas se levantaram ao mesmo tempo, falando ao mesmo tempo. Um caos. Dean desistiu de ir dar uma volta e permaneceu sentado.
- A alegria do Natal! – disse, irônico, para si mesmo.
Jimmy foi um dos que protestou. Aquilo não podia estar acontecendo. Não com ele. Não naquele dia. Sua vontade era de socar alguém. O homem precisou de alguns segundos para acreditar que aquilo era real e ele não estava simplesmente sonhando. Mas era. Muito real.
Imediatamente fez menção de ir até o balcão da American Air Lines. Mas se antes era quase impossível se movimentar no saguão cheio, agora era pior ainda. Mal andou dez passos e tropeçou em alguém.
- Me desculpe! – disse, olhando para o sujeito. Era o homem dos olhos tristes.
- Sem problemas. – ele disse, o olhar distante.
Jimmy prosseguiu na sua árdua tarefa, sem deixar de se impressionar com aquele homem. Alguma coisa muito ruim deveria ter acontecido com ele. Primeiro porque, mesmo antes daquela confusão, ele já estava triste. E, puxa vida, era Natal! Depois, porque mantinha o olhar languido, sem se irritar com o cancelamento, o que seria a reação mais óbvia.
Dean ficou observando o homem que tinha tropeçado nele se esforçar para chega ao balcão da agência de vôos. A mesma que a sua, aliás. Estava pensando o que faria agora. Já tinha entregado as chaves do seu quarto de hotel e tinha certeza de que já estaria ocupado. A opção mais viável seria ficar no aeroporto até o vôo ser liberado.
- Isso é que é Natal! Entediado e preso em um aeroporto. – não conseguiu deixar de dizer.
Precisava avisar a Bobby que não chegaria naquela noite. Mas entrar no meio daquela Babel agora estava fora de cogitação. Suspirando, o loiro pegou novamente sua revista, para ler – pela décima vez – a matéria sobre o Chevy Impala.
Demorou muito tempo até que alguma coisa fosse resolvida. Pessoas se estressaram, brigaram, tiveram que ser retiradas. Por fim, a companhia disse que, para as pessoas que quisessem, haveria quartos em hotéis pela cidade. Informariam assim que os vôos estivessem liberados, etc.
"Pelo menos já era alguma coisa", pensaram Jimmy e Dean. Porque ambos estavam sem um lugar para ficar, já que Jimmy também havia deixado o hotel onde estivera hospedado. Mas demorou mais algum tempo até que conseguissem um dos tais quartos.
Separados, seguiram para o endereço que haviam recebido.
Quando o loiro e o moreno desceram dos taxis, na frente de um hotel de aparência não muito acolhedora, trocaram olhares surpresos. Era claro que tinham se reconhecido.
- Boa noite, bem vindos ao Queen Mary Hotel. – disse a mocinha, numa voz entediada. – Feliz Natal. – acrescentou, agora parecendo irritada.
- Ah... viemos... - começou Jimmy, inseguro sobre usar o plural. – Viemos pegar os quartos reservados pela American Air Lines. – completou.
A garota teclou algumas coisas no computador antigo, seu olhar sem expressão fixo na tela.
- Ah, por acaso seriam os senhores Dean Campbell Winchester e James Castiel Novak? – ela perguntou, depois de breves minutos.
Os dois homens acenaram afirmativamente com a cabeça.
- Sim. A empresa fez uma reserva de urgência. Mas só há um quarto disponível, senhores.
Mais uma vez o olhar dos dois homens se encontrou. Estavam presos em Nova York, em plena véspera de Natal, e agora na companhia de um completo estranho. Não foi preciso dizer, porque estava na cara de ambos, que achavam que aquela seria uma longa, longa noite...
Nota da Beta: E já estamos em clima de natal! o/ Mais uma fic Dastiel pra fazer minha vida feliz. Sim, o uso do chicote produz efeitos... *risada malvada* Hum, ficarão no mesmo quarto, é? Minha mente pervertida anseia pelo que virá... Quero lemon, já! De volta ao trabalho!
Nota do Autor: Ai ai... *suspira* Adoro o Natal! Essa é uma short fic, que completarei até o Natal, ok? Então o próximo capítulo virá no dia 12 ou 13, e o último no dia 25! Vamos pra contagem regressiva? Faltam 24 dias para o Natal! Será que o Papai Noel me dá um Dean e um Castiel de presente?
PS.: Ele eu não sei, mas você leitor podia me dar um review *_* Eu fui um ficwritter tão bonzinho, não fui Anarco?
