Hello pessoal!

Aqui é a Gege (dãã óbvio ¬¬°)

Então people, estou com uma nova fic! Apesar de ainda não ter terminado Forget the Unforgettable, me veio a idéia dessa e agora to postando ^^.

Pra não dizerem que eu sou plagiadora, ou copiadora ou qualquer coisa, eu aviso desde já, ESSA FIC É BASEADA (APENAS BASEADA) NA NOVELA DUAS CARAS, QUE PASSOU NA REDE GLOBO ANO PASSADO.

Como já disse, só o casal e o enredo "RinxSesshy" é baseado na novela, e com certeza não terá o mesmo fim.

Ok, Inuyasha e cia não são meus, isso até a Rumiko resolver me entregar eles, já que ela me ama ...

Em negrito e itálico é o narrador.

Entre "aspas e itálico" é pensamentos.

Boa Leitura.

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Eu não sei realmente como contar-lhes essa história. Nem sei por onde começar... Você me diria para começar do começo. O começo é tão complexo como o fim. Na verdade eu diria que não há nada de complexo, apenas os motivos que levaram cada pessoa dessa história a cometer erros.

Sim, erros. Todos cometeram. Eu mesmo não escapei do erro, talvez fui um dos que mais errei. E hoje conto essa história porque sei que é o que a minha querida esposa gostaria que eu fizesse. Como ela sempre dizia, "experiências de vida devem ser contadas, para que sirva de lição aos mais novos...".

Eu ainda espero a sua volta princesa, pois sei que você me ama. Talvez você não acredite, mas eu te amo muito. Com todas as minhas forças, com todo o meu ser.

Eu, digo, nós. Sim, falo por mim e por ele. Acredito que tanto quanto eu, ele também se arrependeu dos erros, e gostaria de redimir-se.

E agora quem vos fala, vai contar-lhes como foi o começo dessa história.

Há algum tempo atrás, quando eu ainda era um garoto, um jovem e ambicioso youkai desejava poder, dinheiro e respeito.

Participou de muitas falcatruas, golpes e crimes. Mas até então, ele ainda estava pobre, correndo atrás do prejuízo... Foi parar numa bela cidadezinha do interior...

-... Pode até mesmo enganar uma sacerdotisa.

- Tem certeza? – perguntou o youkai olhando para a figura estampada na folha do grande livro vermelho e velho, logo depois disse. – mas também não importa, enganando humanos já está de bom tamanho.

Depois de algumas horas, a tatuagem já estava feita.

No ritual, que era um tanto quanto macabro, Sesshoumaru acabou por desmaiar e durante três dias esteve desacordado, com febre e calafrios. Ao fim do prazo, acordou sereno, e totalmente mudado.

Estava mesmo parecendo um humano.

- Nossa isso funciona mesmo. – disse o youkai, admirado, contemplando seus cabelos negros. – Quanto tempo?

- Alguns anos. Por isso mesmo, ele vai lhe custar muito caro. – disse a senhora.

- Diga velha. Sabes que eu não tenho dinheiro. – disse o youkai. Ele já desconfiava que a velha não lhe pedisse algo de valor.

- Não necessito de dinheiro jovem, quero apenas que faça algo que não posso fazer.

- Quem? – disse o youkai, entendendo perfeitamente o que ela queria.

- A família Hasegawa. Mas não deixe pistas, faça com que pareça um acidente.

- Só isso? Pensei que seria caro mesmo.

- Não se preocupe jovem. Não será só isso. No momento certo saberás.

Ele pegou os seus pertences que estavam numa mochila velha e foi saindo à porta, mas antes se virou e perguntou:

- Quando?

- Não importa o dia, apenas que seja em breve.

E ele saiu. Por enquanto iria descobrir quem era a família Hasegawa e como os mataria.

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- Bom dia. – disse a senhora Hasegawa.

A jovem sentou-se na mesa, ainda sonolenta. E encarou por alguns instantes o copo de café que logo foi colocado a sua frente.

- Bom dia... – disse em baixa voz.

- Tem certeza de que não quer ir? – reforçou a pergunta feita no dia anterior.

- Sim... – disse depois de um gole de café, talvez já estivesse mais acordada. – Tenho que estudar para as provas finais.

Apesar da riqueza, e do dinheiro, a senhora Hasegawa era bastante humilde, assim como seu marido, por isso ela mesma fazia os vários trabalhos domésticos.

- Está bem meu anjo. Eu e seu pai vamos daqui à uma hora. Tem certeza de que ficará bem sozinha?

- Sim mamãe. Vão ser só dois dias, não se preocupe tanto. – disse a jovem.

- Não há nenhum mal em se preocupar demais com a única filha... Mas se precisar pode chamar a dona Kaede, já falei com ela para ficar de olho em você. – disse a senhora Hasegawa se retirando da cozinha.

A jovem nem se deu ao trabalho de responder.

Já na porta da sala, estavam os dois segurando as suas malas e despedindo-se:

- Cuide-se meu anjo. E não se esqueça de comer, ouviu bem?

- Já disse para não se preocupar tanto mamãe, eu ficarei bem. Prometo.

Trocaram beijos e abraços e o casal Hasegawa adentrou o carro. Deu a partida e saiu da garagem.

O que o jovem youkai não esperava, enquanto olhava o carro sair da casa, era que somente o casal estivesse no carro. Cadê a filha deles? Ora, seu trato era de que desse cabo da família inteira. Mas depois resolveria isso.

- Querida. – disse o senhor Hasegawa. A voz baixa.

- Diga querido. – disse a senhora Hasegawa. No momento não percebendo que seu marido estava levemente nervoso. Estava mais preocupada com a paisagem lá fora, que parecia estar andando para trás.

- Meu amor, o freio não está funcionando. – ele disse, já transpassando o nervosismo pela voz.

No mesmo instante a senhora Hasegawa o fitou desesperada.

- C-como assim não está funcionando?

- Eu não sei meu amor, mas vai ser difícil parar o carro.

Sesshoumaru havia pensado em tudo. Havia cortado levemente o pequeno fio que ligava o pedal ao tambor do freio. Consequentemente, quando já estivesse em alta velocidade e o interior do carro aquecesse, o fio se partiria.

Se ele puxasse o freio de mão com certeza capotaria. Poderia ir diminuindo a marcha, mas o mesmo aconteceu com a embreagem. Ela também não funcionava.

Foi tudo muito rápido. A velocidade. A curva. Os gritos. O baque. O silêncio. As sirenes. E duas capas pretas.

My Immortal – Evanescence.

I'm so tired of being here

Suppressed by all of my childish fears

And if you have to leave

I wish that you would just leave

Your presence still lingers here

And it won't leave me alone

Estou tão cansada de estar aqui

Reprimida por todos os meus medos infantis

E se você tiver que ir

Eu desejo que você vá logo

Porque sua presença ainda permanece aqui

E isso não vai me deixa em paz

Não era o típico cenário de enterro. Estava um sol forte, digno de verão, porém já era outono. Mas isso não os impedia de usar roupas pretas, que simbolizavam o luto.

Quase todos da pequena cidade do interior conheciam a família Hasegawa, e também a Construtora Hasegawa. Uma poderosa empresa de construção de prédios.

Os comentários, apesar de baixos, podiam ser ouvidos pela jovem herdeira. Que tinha os olhos vidrados, nos dois caixões a sua frente. Olhos, que se encontravam vermelhos, provando que ela havia chorado muito. Mas neste instante a jovem não derramara uma lágrima sequer, estava imóvel, inconsolável.

These wounds won't seem to heal

This pain is just too real

There's just too much that time cannot erase

Essas feridas parecem não querer cicatrizar

Essa dor é muito real

Isso é simplesmente muito mais do que o tempo não pode apagar

Ao longe, Sesshoumaru, um bonito rapaz, de cabelos negros compridos e olhos castanhos, olhava o enterro com interesse.

Vestia um terno também negro, e suas mãos jaziam em seu bolso.

Seus olhos passavam pelas pessoas, até encontrar uma pequena figura que se encontrava de sobretudo negro.

Quando constatou que era mesmo a jovem herdeira, caminhou a passos largos até o caixão.

- Meus pêsames. – disse Sesshoumaru para Rin.

Esta nem desviou os olhos do caixão. Ela já tinha ouvido muito estas duas palavras, mas nenhuma a confortaria.

Sesshoumaru inspirou todo o seu fingimento, andou mais um passo e abraçou Rin.

When you cried I'd wipe away all of your tears

When you'd scream I'd fight away all of your fears

And I've held your hand through all of these years

But you still have all of me

Quando você chorou eu enxuguei todas as suas lágrimas

Quando você gritou eu lutei contra todos os seus medos

Eu segurei a sua mão por todos esses anos

Mas você ainda tem tudo de mim

- Eu sei, é difícil. Sinto muito por isso querida, muito mesmo. – Sesshoumaru sussurrava no ouvido de Rin, que ainda não havia correspondido ao abraço.

Rin continuava imóvel. Ela não estava entendendo a atitude de Sesshoumaru, na verdade nem o conhecia.

- Vamos, querida. Chore, estou aqui para consolá-la. Não precisa ter medo de demonstrar seus sentimentos...

Rin ainda não estava entendendo, mas estava sentindo-se consolada. Uma pequena lágrima correu pela sua face, e essa lágrima seria apenas a primeira de muitas.

You used to captivate me

By your resonating light

But now I'm bound by the life you left behind

Your face it haunts my once pleasant dreams

Your voice it chased away all the sanity in me

Você costumava me cativar

Pela sua luz ressonante

Agora eu estou limitada pela vida que você deixou para trás

Seu rosto assombra

Todos os meus sonhos, que já foram agradáveis

Sua voz expulsou

Toda a sanidade em mim

Agora elas não paravam mais de rolar, e molhar o terno negro. Não demorou muito para Rin abraça-lo com força, e ele reprimir um sorriso de vitória. Ela estava mesmo em suas mãos.

These wounds won't seem to heal

This pain is just too real

There's just too much that time cannot erase

Essas feridas parecem não querer cicatrizar

Essa dor é muito real

Isso é simplesmente muito mais do que o tempo não pode apagar

Algum tempo passou. Rin ainda soluçava baixinho, e Sesshoumaru não via a hora de poder continuar o seu teatrinho.

Os caixões já haviam sido abaixados, e lentamente as pessoas iam embora, ainda cochichando palavras indecifráveis para Rin, mas muito bem ouvidas por Sesshoumaru, o qual não se importava com aquela gente, que tanto falava mal, como bem da família Hasegawa e a herdeira.

-Querida, vamos. Vou te levar para casa. – e soltou os braços dela de sua cintura.

Rin caminhou cambaleante até o túmulo recém fechado. Tirou de dentro do sobretudo duas tulipas amarelas, e colocou em cima da lápide. Sesshoumaru não sabia, mas aquelas flores tinham um significado naquela pequena família, e Rin despedia-se agora, lembrando-se de como as tulipas amarelas tornaram-se símbolo do amor de seus pais.

I've tried so hard to tell myself that you're gone

But though you're still with me

I've been alone all along

Eu tentei com todas as forças dizer a mim mesma que você se foi

Mas embora você ainda esteja comigo

Eu tenho estado sozinha todo esse tempo.

Ainda tremula e com um grande receio, Rin deixou que Sesshoumaru pegasse em sua mão, e a levasse até um carro. Um conversível vermelho, um tanto velho, mas ainda sim confortável. Sesshoumaru abriu a porta do passageiro para Rin, e essa, ainda com passos pequenos e hesitantes, entrou no carro. Sesshoumaru deu a volta e sentou-se no banco do motorista. A viagem foi silenciosa.

Ao chegar, Rin ainda não sabia explicar muitas coisas. Porque esse estranho sabia onde era sua casa? Ele conhecia seus pais? Porque ela nunca tinha visto ele antes?... E a pior de todas... Porque se deixou levar por um estranho?

- É aqui, não? – Sesshoumaru apontou para a grande mansão verde, escondida por algumas árvores.

- Sim... – ela tentou que sua voz saísse firme, mas não conseguiu. Ela saiu fraca e hesitante, quase gaguejou. – Você conhecia os meus pais?

- Sou um amigo de muito tempo... Soube do falecimento e vim ajudar...

- M-mas eu não me lembro de você...

As lágrimas já estavam ao redor dos olhos, e começaram a cair novamente. Sesshoumaru ofereceu-lhe um lenço, para que Rin enxugasse suas lágrimas.

Ainda hesitante, ela pegou o lenço e secou. Naquele momento lembrava das vezes que os sócios e amigos de seu pai vinham em sua casa, e acabou lembrando-se dos momentos felizes.

- Faz muito tempo isso, eu lembro-me de você mais nova...

Mas não se preocupe com isso, sou um velho conhecido de seus pais e estou aqui para ajudá-la querida, no que precisar.

- Obrigada... – foi um agradecimento baixinho e tímido, mas demonstrava muita gratidão na voz. Devolveu-lhe o lenço e abriu a porta do carro. Mas antes de sair virou-se.

- Qual seu nome? ... Só para eu nunca mais me esqueça de você...

- Sesshoumaru, tenho certeza de que nunca mais se esquecerá de mim. – Rin não notou o tom de Sesshoumaru, obviamente não podia imaginar nada.

E antes que ela fechasse a porta do carro, depois de sair do mesmo, ele disse:

- Srta. Hasegawa. Eu sei que não devia ser de minha conta, mas se quiseres ajuda com a papelada de herança e bens, por favor, fale comigo. Eu conhecia muito bem seu pai e acredito que ele gostaria muito que eu a ajudasse. – e lhe entregou um cartãozinho.

Sesshoumaru ainda tinha alguns daqueles na carteira. Ele não usaria mesmo, pois o sobrenome era falso. Só o nome era o mesmo. E ele tinha ainda, porque não aceitavam encomendas de cartões em pequena quantidade.

Obviamente não tinha endereço, e o telefone que ali estava era de um orelhão próximo ao cortiço em que ele vivia temporariamente.

Rin naquele momento aceitava tudo o que lhe dissessem. Tudo o que poderia ter sido parte do passado de seus pais, ela acreditava. E a verdade era que agora, quando ela não os tinha mais, ela se interessava por tudo o que dizia respeito a eles, acima até de seus próprios estudos e vida.

Com as mãos levemente trêmulas, Rin pegou o cartão, fechou a porta cuidadosamente e foi em direção a sua casa.

E antes de passar pelo pequeno portão, olhou para trás e deu o sorriso mais forçado que podia dar. Ela nunca havia sido tratada tão bem, muito menos confortada por alguém além de seus pais.

Sesshoumaru arrancou o carro, logo que ela entrou. Ele não conseguia segurar a forte vontade de seus lábios se curvarem, e muito menos disfarçar o pequeno sorriso crescendo em seu rosto.

Alguns dias depois, Rin recebeu em sua casa o advogado da família. Tirando toda a parte que Rin não entendeu, quando o advogado falou sobre a herança, ela ficou sabendo que precisava urgentemente de um tutor. E apenas um nome cintilava em sua mente... Sesshoumaru, Sesshoumaru, Sesshoumaru...

Mesmo enfurnado naquele inferno que era o cortiço em que morava, Sesshoumaru mantinha-se confiante em seu jogo.

E praticamente o dia todo ficava próximo ao orelhão, esperando ansiosamente uma ligação.

Ele tinha certeza que sua vida mudaria agora, e que tudo estaria melhor. Há dias ele não comia, pois tinha gastado os últimos centavos nos cartões e no aluguel do carro e como agora, estava temporariamente humano, era fraco como um.

Sentia sono, e principalmente fome. Mas sua confiança, de que agora tudo mudaria, estava muito grande, e tudo lhe dizia que agora valeria a pena o que passou e o que estava passando.

Em uma tarde, do dia seguinte à visita do advogado, Rin resolve ligar para Sesshoumaru.

Ele, que incrivelmente ainda não tinha perdido as esperanças, estava ao lado do telefone, ignorando a vizinha, que falava alto ao telefone, com alguns parentes distantes.

Por várias vezes Rin tentou, mas o telefone continuava ocupado.

Sesshoumaru tentou algumas vezes tentar tirar a bendita senhora de lá, ela já estava demorando muito, mas as suas forças já estavam no limite. Mal se agüentava de pé. Porém, quando a senhora largou o telefone, Rin tentou uma última vez, com esperança de que ele atendesse, e que ela pudesse resolver seus problemas. Também porque aqueles olhos castanhos, aquele abraço carinhoso, aquelas palavras confiantes, não lhe saiam da cabeça.

Sesshoumaru ouviu o telefone tocar, e uma animação o fez quase correr até o telefone.

Ele parou, pigarreou, e aspirando mais uma vez o seu fingimento, atendeu.

- Nakamura Sesshoumaru falando. – a voz grossa, dava a impressão de que Sesshoumaru era importante, estava em sua empresa e que talvez sua secretária estivesse almoçando... Muito diferente de alguém que não tem nem o almoço para comer.

- Sr. Nakamura, lembra-se de mim? Hasegawa Rin.

- Hmm, Ah, sim, lembro. Como estas Srta. Hasegawa?

- Razoavelmente bem Sr. Nakamura. Lembra-se de que me disse... Que se eu precisasse de ajuda com a papelada.. o se-

- Sim, lembro-me – Rin foi logo cortada por ele – Está precisando de ajuda querida?

- Er... Sim. Eu não gostaria de incomodar o Sr, mas é que realmente eu preciso de ajuda. Será que podíamos nos encontrar para tratar desse assunto?

- Ah, querida. Sim. Eu não tenho muito tempo para poder lhe proporcionar um almoço, ou jantar dignos, mas posso encontra-la em sua casa, se assim desejar.

- Não se incomode Sr. Nakamura, pode vir até a minha casa. Quando é melhor para o senhor?

- Hoje a tarde tenho um horário disponível em minha agenda.

- Estarei aguardando, até mais Sr. Nakamura, e obrigada.

- Oh, querida, não precisa agradecer. Até mais.

- Até.

E ela deslizou o telefone na base. Um pequenino sorriso em sua face e o leve rubor denunciava algo que Rin ainda não entendia. Logo Rin foi para a sala de jantar almoçar.

Sesshoumaru, já não ligava mais para nada a não ser tentar persuadir a vizinha, a emprestar o ferro para ele passar o terno que roubou no dia do enterro.

Sua sorte era que o carro ainda tinha alguns dias pagos de aluguel, mas não podia ficar gastando gasolina assim por ai.

Rin, de certa forma, estava um pouco animada, Apesar de que a tristeza em seus olhos não mudava.

Algumas horas depois, Sesshoumaru estaciona o carro na frente da casa de Rin. Mais uma vez, ele inspira o ar com força, puxando todo o fingimento para si.

Sai do carro, leva o terno na mão e fica apenas com a camisa social. À passos largos, Sesshoumaru alcança o pequeno portão e aperta no botão do interfone.

- Sim?

- Nakamura Sesshoumaru.

- Ah, sim. A Srta. Rin está esperando o senhor na sala. Pode entrar.

E o pequeno portão abriu-se. Logo Sesshoumaru já estava na entrada da casa. Quando ia tocar a campainha a porta abriu-se, mostrando uma moça baixinha em um vestidinho rodado preto.

- Olá Sr. Nakamura. Prazer em revê-lo. - Rin sentia que não podia apaixonar-se, ou amar alguém logo depois da morte de seus pais. Isso parecia-lhe cruel, mas ver aquela pessoa mexia com ela

- O prazer é todo meu Srta. Hasegawa.

- Me chame apenas de Rin, por favor, entre. – e deu espaço para ele passar.

Ele entrou, olhou em volta, memorizando cada detalhe daquela linda casa muito bem decorada que tinha um ar de ser tudo muito sofisticado.

- Esta bem, me chame apenas de Sesshoumaru também, Srta. Hasi... Rin.

- Claro, Sesshoumaru. – olhou-o calmamente e sua face não podia demonstrar o que estava passando pela sua mente. – Sente-se por favor. – e apontou uma poltrona.

- Claro. – ele sentou-se e a viu sentar-se na poltrona a sua frente.

- Gostaria de um chá?

Se o estômago de Sesshoumaru pudesse falar, diria mil vezes SIM, e agradeceria mais outras mil vezes. Porém seu estômago não falava, e ele era muito cauteloso.

- Sim, obrigado.

Rin levantou-se e foi até uma bandeja, despejou o liquido visivelmente quente em um copo e perguntou:

- Quer que eu adoce? Ou você mesmo quer adoçar?

- Não é necessário que adoce querida. Eu prefiro assim mesmo sem açúcar.

- Está bem.

- Então, diga o que precisas... Rin.

- Eu... Eu... Não sei explicar. Creio que seria muito incomodo para o senhor o que eu gostaria de pedir, por isso peço apenas que me ajude a encontrar uma solução.

- Diga, Rin. Farei tudo o que estiver ao meu alcance querida.

- Eu.. Preciso de um tutor para poder reivindicar o meu patrimônio. Se eu não encontrar com certeza serei mandada pra um orfanato e as ações da empresa serão leiloadas. – disse Rin, cabisbaixa.

Sesshoumaru pensou. Seria tão fácil assim? Apenas passar tudo para o seu nome e jogar a garota na rua? Era bom demais para ser verdade.

- Rin, querida. Não se preocupe, eu posso ser o seu tutor.

Um misto de espanto e felicidade passaram pela face de Rin. Sim, ele tinha aceitado tão facilmente, agora ela pelo menos poderia continuar a sua vida em sua casa, com todas as recordações de seus pais.

Deixando-se levar pelo entusiasmo Rin cruzou a sala apressada, abaixou-se e abraçou Sesshoumaru que ainda estava sentado.

Sesshoumaru inalou o perfume fraco dos cabelos dela. Pensou que se ainda estivesse com os seus poderes de youkai aquele perfume seria muito forte às suas narinas. Mas logo esse pensamento saiu de sua mente, quando voltou a lembrar que a sua "galinha dos ovos de ouro" estava abraçando ele.

Rin soltou-se desconcertada quando lembrou do ato impulsivo.

- Er... Desculpe. É que eu já não tinha mais esperanças de encontrar um tutor, ou achar uma for-

- Sem problemas querida. Quando e onde devo assinar os papéis?

Rin estranhou um pouco a pressa de Sesshoumaru, mas não poderia dizer nada; na verdade devia agradecer e muito, porque ele estava tirando um peso dela, agora deixando a sua vida livre para continuar a estudar e provavelmente comandar a empresa de seu pai. Voltando a sua poltrona e sentando, começou a explicar.

- Ainda tenho que telefonar para o advogado. Ele vai entrar com o pedido da guarda, isso não levará mais do que um mês, já que sou quase de maior e posso escolher um tutor.

- Sem problemas, quando esse dia chegar me ligue querida.

- Claro... Gostaria de jantar comigo? A Sra. Kaede prepara uma comida divina... – disse com os olhos brilhando.

- Claro, enquanto isso podemos conversar... – "naturalidade Sesshoumaru, finja naturalidade! Pelo menos hoje tenho o que comer...".

O interessante era que não lhes faltava assunto. Uma vez que começaram demoraram a parar, mesmo Sesshoumaru inventando mentira após mentira. Os dois sentiram que se completavam, como ying e yang.

Rin, pequena e frágil, alegre e extrovertida. Sesshoumaru, alto e forte, frio e calculista.

Então aquele dia se passou, como mágica aos olhos dos dois. Sesshoumaru quase não continha a alegria, pois seu plano estava indo de vento em poupa. E quase sentia pena de Rin. Pena, pois quando a deixasse, provavelmente seu mundo desmoronaria.

Continua...

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Beijão a todas

GUps.