Crônicas de um samurai desempregado

Sinopse: Pouco se sabe sobre a história de Sakata Gintoki, no período entre o fim da guerra Amanto e a Yorozuya. Nosso querido protagonista se dispõe a contar um pouco de sua história nessa época, na qual deixava de ser o temido Shiroyasha, e pouco antes de trabalhar como "faz-tudo".

Prólogo: Contando por livre e espontânea pressão

Ok, ok... Aqui estou eu, por livre e espontânea pressão, para começar a contar a história da minha vida. Só estou fazendo isso porque a Kagura e o Shinpachi me pressionaram sem parar, senão... Eu nem estaria aqui. Estaria fazendo qualquer coisa mais útil, como garantir o novo volume da Jump.

Enfim, tá nevando muito lá fora e sou obrigado a ficar aqui enfiado em casa. Isso, sem contar que ninguém, em sã consciência, viria nesse frio todo me pedir um serviço. E, pra completar, estamos completamente duros. O que não nos diferencia entre ser um faz-tudo, ou ser um desempregado.

- Gin-san, você já esteve desempregado, de verdade? – Shinpachi puxava conversa.

- Aposto que ele também era um "Mané Atrás De Alguma Ocupação". Resumindo, um "madao".

- Não me compare ao Hasegawa, Kagura. – eu respondi.

Mas, na verdade, eu já fui meio que um "madao". Confesso que minha vida depois da guerra perdida contra os Amanto e antes da Yorozuya não era grande coisa...

- Por que vocês querem tanto saber da minha vida? – perguntei, cutucando o nariz.

- Sei lá... É que já sabemos, por exemplo, que a Kagura é uma Yato e que trabalhava para gângsteres antes de se juntar a nós.

- E que o Shinpachi era um babaca fracassado que trabalhava no comércio e agora é um babaca fracassado que trabalha na Yorozuya.

- Quem você tá chamando de "babaca fracassado"? – Shinpachi protestou aos berros, pra variar.

- Quem você acha? – Kagura, como sempre, sarcástica demais para ser uma pirralha.

- Tudo bem! Tudo bem! – tratei de evitar maior confusão, na verdade já estava de saco cheio de aturar mais uma discussão entre os dois. – Eu falo algo sobre mim. Mas fechem essas matracas!

Os dois logo se calaram. Aquilo me surpreendeu. Passei a mão pelo meu cabelo de permanente natural, enquanto jogava meus pés sobre a escrivaninha.

- Certo, certo... Vocês venceram. Se eu contar qualquer coisa do meu passado, vocês já ficam satisfeitos, não é? Então, vamos lá...