.to sm. ção duma ideia por palavras; definição. 2. Pensamento; ideia. 3. Reputação 4. Parte da charada, logogrifo, etc., na qual se da a chave para a solução proposta.

. sm. pré concebida 2. Suspeita , intolerância, aversão a outras raças, credos, religiões e etc. *

Passei a vida inteira ouvindo falar de sonserinos. Fosse o quão ardilosos e cruéis eles eram ou que nunca deveria me misturar com nenhum deles, afinal, eram todos iguais.

Então somente agora percebi que convivi com um sonserino praticamente desde o momento em que nasci. Eu brinquei com um sonserino, eu ri com um sonserino eu dividi meus medos e inseguranças com ele.

Seriam todos os sonserinos como ele? Ou não? Ou aquilo era apenas algum tipo dos disfarces doentios que ouvi tanto falar?

Ele olhou para mim, em procura de apoio, mas não fiz nada além de desviar os olhos como se algo muito interessante estivesse acontecendo no chão de pedra polida do Salão Principal.

Esse grande salão estava em silêncio. Era possível ouvir as gotas finas de chuva que caiam em cima do castelo e a respiração de todos ali.

Os passos de Albus ecoaram enquanto ele andava em direção a sua mais nova mesa, a sua casa em Hogwarts. Sonserina.

Em segundos o ambiente se encheu de vivas e gritos vindos da mesa onde meu primo acabara de sentar. Pude ouvir coisas como "Agora temos um Potter" ou "Nossa vez de ter um menino maravilha".

Minhas mãos se fecharam em punhos. Sonserinos sujos!

Deveria eu agora ignorar meu primo pelo preconceito xulo que me foi dado sobre sonserinos ou o conceito de sermos parentes ia me permitir falar com ele? E deveria eu agir normalmente? Como se ele estivesse na Grifinória, Corvinal ou Lufa-Lufa?

tttttttttttt SxS

Já era manhã e esse podia ser considerado meu primeiro dia como grifinória. Assim como o primeiro dia de Albus como um sonserino.

Não tinha falado com ele desde que ele fora escolhido para sua casa. Jantamos separados e no final do banquete cada um foi para seu devido dormitório pelos monitores.

O café-da-manhã me parecia tão bom quanto o jantar e eu imaginava que o almoço também seria, meus pais sempre elogiaram a comida de Hogwarts e agora pude perceber o porquê.

-Rose?

Mal tinha sentado, ouvi Albus me chamando.

Como agir? Como agir?, era tudo que eu conseguia pensar.

-O que foi, Albus? - respondi sem me virar.

-Você ainda é minha prima, ok? Não é só porque eu to na Sonserina que você tem que me tratar desse jeito.

O olhei por cima do ombro e vi que estava acompanhado por outro sonserino, um loiro com olhos acizentados.

-Pelo visto até arranjou um amigo. - falei desdenhosa. Não podia deixar transparecer meu ciúmes por até Albus ter arrumado um amigo e eu não. - Quero ver o que Tio Harry vai falar quando souber que anda para cima e para baixo com um Malfoy.

Ouvi algo muito parecido com um rosnado sair da garganta do meu primo.

-Está sendo preconceituosa. - Albus disse - Tão preconceituosa quanto aqueles que falam mal de sua mãe. Está sendo igualzinha, Rose!

-Não, não estou. - respondi calma. - Sonserinos são frios e cruéis.

-Isso é preconceito. - Malfoy disse desdenhoso - É tão cega assim, Weasley?

-Errado. - falei enquanto me levantava do banco, não ia ficar mais um segundo na companhia deles - Não é preconceito, é um conceito. Isso é um fato, Malfoy.

Dei as costas para eles e saí sem tomar café, minha frase ecoando pela minha cabeça ao mesmo tempo em que lembrava do meu doce primo brincando comigo.

Mas agora ele era um sonserino e o que disse devia ser um mantra.

Quem sabe se eu repetisse a mesma coisa por muito tempo ela não acabaria fazendo sentido?


sempre achei que o Albus fosse pra sonserina e imaginei como a Rose ficaria, levando em conta a criação anti-sonserina (?) que eu acho que eles teriam.

reviews? :D:D