Formando uma Família.

[edit – beta do prólogo realizado em 13/01/2008 – por PH- Wolf]

Twilight Fanfic

Personagens : Carlisle e Edward – Prólogo

Tema YaoiXLemon

Resumo.

Logo após ser criado, Edward simplesmente fugiu de Carlisle por cerda de 10 anos e não parece falar muito sobre isso. O detalhes que levaram à esse fato, são em geral ocultados pelos dois, mas o que acontece quando feridas antigas são abertas e trazidas à tona? O que afinal há por trás da fuga de Edward e mais e o que o levou à retornar no fim das contas?

Sugestão pessoal da autora;

Leia ouvindo a trilha sonora de Twilight em ordem aleatória no seu media player ^^

Cronologia:

Após o evento do aniversário de Bella , Edward decide ir embora da vida de sua amada tomando a decisão de deixar tudo para trás como se nada tivesse ocorrido a fim de preservar sua humanidade.

Aproveito-me aqui, do fato de não haver detalhes sobre a decisão geral dos Cullen sobre a partida durante a leitura dos livros, assim sendo, assume-se que os fatos dessa fanfic ocorrem neste período que se não me falha a memória acontece durante o livro "Lua Nova" que é o segundo da série Twilight. Aviso presente também para possíveis spoilers.

Disclaimer:

Todos os personagens e universo representado pertencem à autora original da série Twilight - Stephanie Meyer bem como às detentoras respectivas dos direitos sobre a série cabendo à mim somente como fã, a narrativa abaixo baseada completamente em meus conceitos e idéias assumindo como responsabilidade pessoal apenas os deveres para com esta fanfic e enquanto ela se apresenta sob minha responsabilidade.

Legenda para leitura :

"texto entre aspas" – falas

-texto entre traços- pensamentos e adentos.

Prólogo

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"É o fim! Não vou mais sustentar esta situação, Carlisle! Sem discussão! Todos sairemos de Forks agora!" – Esbravejava o jovem de cabelos cor de cobre, enquanto preparava mais alguns itens em uma pequena mochila de camping, forçando algumas vestes para o conteúdo já abarrotado dentro da bolsa.

"Filho..." – O quase igualmente jovem médico tentava dissuadi-lo.

"Nem começa!"- Edward Cullen interrompeu - "O que você tem a me dizer que eu já não saiba, Carlisle? O que o faz pensar que qualquer coisa que você diga irá me demover disto?" continuava parado, ou então gesticulando para a mochila abarrotada, completamente impossível de ser fechada por mãos humanas a essa altura."Eu já disse! Não vou mais expô-la a essa situação. Não se a minha própria família sequer consegue manter os dentes dentro da boca quando ela está por perto!"

Edward parou por um segundo, tentando controlar-se, bufando fortemente de raiva – Embora ele não precise respirar, ainda usa oxigênio para a fala, e velhos hábitos são difíceis de serem abandonados, especialmente se você passa a maior parte do tempo fingindo ser humano. Carlisle, encostado delicadamente no batente da porta, permanecia tentando fazê-lo mudar de idéia, mesmo consciente da inutilidade do gesto. Nos aposentos abaixo, ouvidos atentos prestavam atenção a cada palavra dita e ato realizado no andar de cima.

Irritado, Edward sentou-se ruidosamente no largo sofá branco com a bolsa de viagem ao seu lado, concentrando-se em fechá-la, os pensamentos confusos de Carlisle e de sua família ecoando em sua mente de forma desconexa e perturbando-o. Esme mortificada com sua decisão de partir, Carlisle tentando dissuadi-lo, Emmet considerando a possibilidade de esquarteja-lo um pouco a fim de detê-lo ao menos por algumas horas obrigando-o a ponderar um pouco mais, Jasper tentando desesperadamente esquecer o cheiro do sangue de sua querida Bella, sangue que, mesmo após ter sido removido com fortes produtos químicos, ainda impregnava sua mente, Rosalie debochada com seu tom de 'eu avisei' em cada mísero pensamento e, por fim, Alice, que não parava de ter todo o tipo de pensamentos e visões com vários possíveis desfechos para aquela situação.

"SERÁ POSSÍVEL QUE NENHUM DE VOCÊS É CAPAZ DE PENSAR POR UM SEGUNDO QUE SEJA NO BEM ESTAR DELA!?" -as palavras saíram subitamente, num rugido alto e severo vindo de seus dentes trincados, assustando ainda mais todos que acompanhavam a discussão. Respondendo instantaneamente aos pensamentos de Rosalie o jovem fora de si prosseguiu: "É, Rosalie! Você avisou! É isso que você quer ouvir?" as palavras saindo como veneno de seus lábios de pedra.

Então a voz de Carlisle se fez presente num tom excessivamente firme e autoritário que não lhe pertencia. "Todo mundo - disse entre dentes - pra fora agora! – elevando um pouco mais a voz ante a ordem que impunha ao restante da família.- Edward precisa de paz para pensar no que está fazendo e nossas mentes não estão ajudando!"

"Não ouse me dizer do que eu preciso, Carlisle! Ambos sabemos que esta situação é definitiva!

"Edward, filho,"- O médico continuou, num tom um pouco mais condescendente. - "sabendo ou não as palavras em minha mente, eu ainda preciso dizer tudo a você antes de levar essa decisão infantil a cabo." Continuou enquanto o jovem adolescente o encarava num misto de fúria, desespero e rancor. "Nem você nem nenhum de nós sairá desta cidade até que você tenha escutado tudo o que temos a dizer. Nós não seremos forçados por você, assim como também não fomos antes. Se sairmos todos daqui hoje, será por decisão de todos nós, não sua somente. "

Passos leves e suaves podiam ser ouvidos lá embaixo dirigindo-se à porta da frente enquanto Esme tentava, inútil, pedir mentalmente que o jovem se acalmasse e repensasse sua decisão. Os ouvidos sensíveis poderiam até mesmo ouvir as lágrimas de Esme rolando em sua face se disto ela fosse capaz. A dor de sua "mãe", podia ser escutada em suas palavras e pensamentos claramente, e isso o deixava ainda mais sôfrego e zonzo.

Por fim, as vozes em sua cabeça silenciaram-se uma a uma, à medida que o restante de sua família corria em direção à densa floresta, distanciando-se para dar-lhe espaço. Apenas Carlisle havia ficado para trás, tentando ao máximo silenciar seus próprios pensamentos. Embora não houvesse passado mais do que alguns segundos, para os dois imortais restantes o silêncio quase eterno era absurdamente desconfortável.

Um pequeno riso de frustração vindo dos lábios gélidos de Carlisle quebrou por fim o silêncio constrangedor.

"Essa sempre foi a sua resposta para tudo, não é Edward?" seguiu, um toque de sarcasmo em sua voz de seda.- "Fugir de tudo como se nenhum de nós - fez uma pausa por alguns instantes - como se EU não fosse afetado pelas suas decisões juvenis!"

"hnft!" –o sarcasmo agora poluía a voz usualmente doce do jovem- "como se não afetasse a você, você diz! Curiosa escolha de palavras, Carlisle, porque da última vez você não pareceu muito preocupado... Começou até uma família nova enquanto eu passava por tudo aquilo!" –o sorriso cruel contorcendo o canto de seus lábios finos triunfante - "Você sempre com o seu discurso hipócrita de "família" como se fosse realmente uma grande coisa que você ergueu, com todos nós funcionando como suas marionetes! " –as palavras enojadas saindo dentre seus dentes ainda trincados.-

"O Caso não é esse Edward" – um certo tom de aviso em sua entonação -"O caso aqui é o que você pode ou não fazer para proteger quem você ama e até onde você pode ir para conseguir o que quer!"

O jovem o olhava curioso com a onda de pensamentos controversos que invadia sua mente, misturando-se aos de seu pai imortal em uma leve epifania.

"Por Deus, Edward! Será que você não concebe o mal que acabará provocando para ela e também para todos nós? Não me refiro somente ao fato de irmos embora, porque a isso já estamos todos acostumados, mas sobretudo ao mal que está infringindo sobre nós! Todos nos apegamos àquela menina, aprendemos a amá-la por tudo o que ela fez e faz a você... por tudo que ela é! Nenhum de nós quer afastar-se dela, assim como você também não quer! "

"Vamos, Carlisle! Continue!" –retrucou erguendo-se- "Estou ouvindo! Como pretende continuar isso? com um discurso sobre como eu me sinto bem quando perto dela, ou será que você finalmente tentará ser um pouco mais egoísta, verdadeiro talvez, vendo tudo se repetir?! Vamos!! Estou aqui, estou ouvindo!"

"Edward, filho... você sabe..."

"Sei o que? Que não foi pra isso que você me criou imortal? Ora, mas isso nós dois sabemos bem, não é mesmo?" – as palavras sarcásticas, ardidas, queimando em sua garganta cada instante mais sedenta de tanto ódio pelas feridas que se abriam - "mas até aí, você também não me criou para viver isto não é Carlisle? Não... certamente não foi para vir para esta cidade infernal, me apaixonar por uma humana, enquanto assitia você brincando de casinha e família feliz por todos esses malditos anos!" –o jovem cuspia as palavras, quase as vociferando, aproximando-se do jovem médico ainda parado à porta de seu quarto, desafiando-o.

Carlisle evitava encará-lo. As verdades ditas ferindo seus ouvidos e remoendo tantas dores guardadas através dos séculos.

"ah..... o que foi Carlisle?" –o jovem colocava uma mão delicada no rosto pálido a as frente como um carinho e continuava, sua voz ainda mais cruel –"o lobo comeu sua língua? Ou será que ainda lhe incomoda o caminho que eu escolhi aqui nessa cidade junto à Bella? " –Carlisle ainda imóvel, continuava a encarar o chão ignorando o toque macio em sua face de veludo- "não acha que é um pouco tarde para toda essa cena, 'papai?'"-a última palavra saindo com um tom ainda mais cruel que as anteriores, ainda mais sádico.

O jovem vampiro voltou novamente sua carcaça para junto da mochila de camping dando-lhe a atenção necessária para fechá-la em definitivo.

"Você sempre foi patético, Carlisle! Mais de um século se passou e você ainda despreza tudo o que é importante para mim, preocupando-se somente consigo mesmo e com as coisas que você nunca teve coragem de fazer. "

O médico ainda permanecia parado à porta. O olhar perdido, os pensamentos silenciados e distantes.

"É tão inacreditável que chega a ser absurda a situação que você criou para si mesmo! Primeiro você me torna um imortal. Não para que eu fugisse da morte pela peste, não, mas por uma razão bem mais egoísta, o fato puro e simples de que você não conseguia ficar longe de mim! E então nem ao menos é homem o bastante pra me ter ao seu lado... e depois daquela briga que tivemos quando me dei conta disso, depois que eu parti, depois disso tudo eu volto, e qual não é a minha surpresa? Você casualmente criara outra condenada, como fizera comigo... apenas uma conveniência, claro, digna até mesmo dos Volturi! Afinal, não fazia sentido ser um médico tão bem sucedido sem uma bela esposinha pra ser outra marionete nessa sua farsa, não é mesmo?"

Carlisle encolhia um pouco os ombros, cada palavra ferindo-o profundamente.

"Isso é assunto proibido, Edward, você sabe!" disse por fim, quase num sussurro, enquanto o outro apenas continuava, ignorando seu lamento.

"ah.... mas não parou por aí né? Era muito estranho eu ser, naquela época, um cunhado tão presente na sua vidinha de casado, certo? Ha! Pobre Rosalie.... e pensar que ela passou por tudo aquilo pra depois você chegar e simplesmente adicioná-la ao seu pequeno teatrinho! E isso quando você sabia que eu jamais iria aceitá-la! Quando você sabia que ela estava mais do que longe do meu desejo! "

"Não Edward, eu... não"- Palavras ditas no vazio...

"Hn! Você aí, todo perdido nesse seu papel de "Pai de Família", tão enciumado com a minha relação repentina com a Bella que simplesmente é incapaz, por um segundo que seja, de realmente ficar feliz por mim... por eu ter finalmente algo verdadeiro a que me apegar, quando tudo que eu tive de você nos últimos cem anos foram farsas e mentiras, só uma ilusão! Você está aí, tão amargurado sem saber como agir perto de mim e dela... você é tãããão patético Carlisle! Incapaz de ter o que sempre quis e realmente acreditando nesse conto de fadas macabro que acabou inventando pra si ao longo das eras!"

"CHEGA EDWARD!" -o outro rosnou – "você não tem idéia do que é! Do que eu passo a cada dia! do quanto me dói assistir de camarote a todo esse circo que você criou por causa daquela garota... vendo você suspirando por ela a cada segundo, assistindo o ser em que você se transformou ao ficar com ela todo esse tempo! Agüentando em silêncio enquanto você a usava esse tempo todo pra me ferir. Tentando me dar o troco... ! HN! Você diz que eu faço a todos de marionetes... mas o que você faz com ela não exatamente o mesmo?! Vai realmente dizer PRA MIM que você nunca a usou pra me machucar!? "

"Ha! Você não tem a mínima idéia do que eu sinto por ela! Não ouse macular o que eu sinto com as suas palavras amaldiçoadas!"- avisou-lhe o adolescente -"Bella e eu somos coisas completamente diferentes do que você pode conceber! O que temos é verdadeiro e especial! Algo que você em suas mentiras nunca será realmente capaz de conceber!"

"eu não vou perder você de novo Edward!" - Firmou o jovem loiro.

"Errado de novo Carlisle! Ninguém perde o que nunca teve! E se realmente me amar, você vai deixar essa cidade ainda hoje com todo o seu teatro para deixar ela viva, humana e feliz, por que é esse o meu desejo! Até não mais Carlisle!"

O jovem virou-se e partiu pela janela.

O loiro imortal, inerte, nada fez para trazê-lo de volta.

Apenas o perfume de Edward ainda era presente naquela casa. Seus ombros venceram sobre seu corpo aturdido, deixando seu peso cair sobre ele levando-o ao chão.

Nunca mais o veria e disto estava certo.

Se não fosse tão covarde, se tivesse a coragem para seguir atrás dele e busca-lo de volta...

No entanto, nada mais podia fazer em relação a isso.

Uma decisão precisava ser tomada esta noite, mas não agora. Não com toda essa dor lhe rasgando o peito.

A família não precisava passar por mais essa perda. Algo deveria ser feito. ---

Fim do prólogo.

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Rio de Janeiro,

Domingo, 11 de Janeiro de 2009

[fim do edit – beta do prólogo realizado em 13/01/2008 – por PH- Wolf]

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