THE DEVIL LIVES IN YOU
Ouça essa voz com cautela. Sim, ela vem de dentro de ti. Consciência? Talvez seja mais um de seus codinomes. Por que o susto? E deixa-a falar! Gritar! Esbravejar! (Apure não só os ouvidos) Há tempos reprimida aí em teu âmago. Incontáveis as noites em que ela hesitou manifestar-se. Por vezes, travestiu-se do sonho mais hediondo. Pesadelo? Dê a explicação que achares conveniente. Tens feito isso o tempo todo. Rebaixada com tão desmedido vilipêndio, abafada. Sufocada. Tirano! Maquiavélico! És responsável pela tua própria desgraça! Por tua perdição! Não te negues ao teu próprio desejo. É chegada a hora de te despir de teu falso moralismo. De tuas convicções infundadas que te levam errante, pra onde achas que queres estar. Mas não é lá que desejas chegar. Ainda não o percebeste? Então siga a voz. Satisfaça teus desejos mais secretos, mais nefastos, mais insanos. Basta de hipocrisia. Busque o teu poder. Siga a maldita voz. Ela vem de dentro de ti. Ela é você, Saga de Gêmeos.
A primeira e pior de todas as fraudes é enganar a si mesmo. Depois disto, todo pecado é fácil. – Era o que dizia, sempre que o cavaleiro buscava esquivar-se de tais loucuras, sendo que conforme a situação se entendia, sentia-se cada vez mais acuado.
A penumbra acompanhava seus passos apressados que tanto fugiam da completa escuridão. Sua mente em tormento não conseguia guiá-lo para a luz. E então o negro cobriu sua visão e psique, e desta forma, ele foi coberto por uma poeira negra que, desde então, o acompanha. Poeira, que o impedia de olhar para o futuro; poeira, que o abrigava em um passado remoto.
IS EVERYWHERE
Por que insistes em odiar-me? Não enxergas que teus esforços me serão, em uníssono, inócuos? Eu cheguei onde jamais ousarias arriscar-te. Perda-te em tuas fraquezas! Conforma-te com tua covardia! Há de te espernear em desvario quando constatar tua própria insignificância. Porque eu sempre fui aquilo que querias ser, mas jamais encaraste o desafio. (Ofereça tua face ao merecido esbofeteio) Eu galguei as montanhas, enquanto te conformavas (tão somente) em assistir. Espectador da vida! Deixa-me com meu poder! Suma! Morra. Sangra! Não te lance de blasfêmias. (As mentiras já não te bastam?) Infeliz, bastardo! Sua presença enoja-me. Os demônios hão de se alimentar das tuas lamúrias. Há algo além a deixar tua boca? Amarga-te no silêncio de tua vidinha infame. Vá socorrer aquelas banalidades sobre as quais ainda consegues exercer algum controle. (Tão frágil - sabes que o perderia em um mero piscar de olhos) Alegro-me: finalmente, a catarse. (Pára de gritar nos meus ouvidos!) Salvação? Já encontrei a minha. Compadecer-me? Se o pudesse - ah! - seria de ti, alma limitada! Pois a tua salvação se dará, apenas, quando te livrares de ti mesmo.
- Assim, com esse medo de aprofundar, jamais serás homem de critério. HIHIHEHEHAHAHA!
In a moment, everything can change...
Tudo se resumia a um único fator: P r i n c í p i o s. Arrogância. Frieza. Aparências. Meu mundo era congelado e preto e branco. Meu mundo girava em torno de mim e não havia espaço para mais ninguém nele. Foi então que ela regressou. Jovem Saori. Athena. Ela invadiu minha vida e trouxe o sol consigo, levando a luz e o calor para o meu mundo de sombras. Mas eu era covarde demais para mostrar o que eu realmente era: um simples ser humano guiado pelas emoções. Não. Eu era aquele capaz de destroçar as galáxias. Eu me tornaria um deus. Quem poderia um dia sequer supor que uma aspirante a dondoca seria responsável pela ruína de meus planos?
- Absurdo! - sim, era um absurdo! Eu não podia ser derrotado! Não podia! Não queria. Mas eu estava. Irrevogavelmente acabado.
- Por quê? - Ninguém me responderia. Não havia respostas. - Por que quando estou próximo de conquistar o que eu sempre busquei, aparece um único motivo que me daria forças para deixar tudo para trás?
Injusto. Chegava a ser cruel. Meu nome pesava sobre mim. O fato era que eu estava incontestavelmente condenado à morte: Não poderia viver sem ela, Athena – afinal, era a mais consistente razão de minha existência, até então. Não poderia viver com ela. Se deixasse Athena, eu padeceria. Mas se caso fosse poupado, certamente aquela presença sombria tornaria a causar mais transtornos. Aliás, qual das mortes é pior: a do corpo ou a da alma? - É tarde demais para decidir.
It's never easy to say goodbye
"Sobre os amantes e os soldados, sobre os homens condenados à morte, sobre todos aqueles que o poder cósmico da vida preenche, o poder do destino desce por vezes imprevisto numa súbita iluminação que será a sua graça e o seu fardo."- Heinrich Boll.
O o O o O O o O
Depois de décadas, sem postar uma fic sequer, cá está um pequeno 'porre' que envolve os típicos delírios do tão polêmico cavaleiro de gêmeos, Saga.
E como podem ter desconfiado, estou deveras enferrujada após uma quilométrica temporada longe do mundo das fics. Malz qualquer ausência de coerência, gramática, e quiabo a quatro. Mas, paciência... Quem sabe o quadro melhore, ou piore de vez.
De qualquer jeito, espero que também tenham gostado.
Flw, beijos. \o
