Era um tarde quente de verão. Os doze cavaleiros de ouro estavam agora no templo de Athena. A jovem deusa estava parada em frente aos seus cavaleiros e tinha um semblante irritado. Pela cara de Saori, os rapazes estavam com medo de perguntar o motivo da reunião. Foi Aioros que reuniu coragem e perguntou:
- Querida deusa, eu e meus companheiros queremos saber o motivo dessa reunião.
A mulher fuzilou o cavaleiro com o olhar.
- Você quer saber sagitário? – ela disse em um tom perigoso que fez um calafrio percorrer a espinha do rapaz – Pois eu vou lhe dizer o motivo dessa reunião. Há tempos eu tenho monitorado as conversas de telefone de vocês e confesso que fiquei chocada com o resultado.
- Como assim, Athena? – Kamus perguntou.
- Ora, vocês já vão saber por quê. – ela falou sorrindo malignamente – Tatsume! Ponha a gravação para tocar!
- Sim, senhora! – o mordomo careca exclamou. Logo em seguida ele apertou um botão no aparelho que estava na mesa ao lado de Saori. Foi então que a gravação começou a tocar.
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Segunda-feira, 09h00min da manhã
O telefone tocava insistentemente na casa de escorpião.
- Alô? – um sonolento Milo atendeu depois de o telefone tanto bater.
- Até que enfim! Já era hora! – a voz de Kamus pôde ser ouvida do outro lado.
- Você sabe que horas são? – o escorpião perguntou bocejando.
- Sei – Kamus falou irritado – Hora de você me dar algumas explicações. Onde você estava na noite passada?
Milo sentiu seu sangue gelar.
- Hã... Hã...
- Não adianta gaguejar, Milo! Eu quero explicações! Anda!
- Eu... Eu estava jogando pôquer na casa do Aldebaran.
- Seu mentiroso! Eu passei lá ontem e você não estava! Diga onde você foi, vamos diga!
Milo, não vendo alternativa, resolveu contar a verdade para o outro.
- Eu fui naquela boate de novo.
Silêncio.
- Kamus, você está aí?
Novamente o silêncio.
- Kamus?
- MILO, SEU DESGRAÇADO! QUANTAS VEZES EU AINDA VOU TER QUE AGUENTAR ISSO, HEIN?! QUANTAS? POIS É BOM VOCÊ IR PARA ESSA MALDITA BOATE HOJE A NOITE DE NOVO PORQUE VOCÊ NÃO VAI DORMIR COMIGO HOJE, ESTÁ ME OUVINDO? NÃO VAI! CANSEI DE SER SEU BRINQUEDINHO!
- Não! Kamus espera! Eu...
TU-TU-TU
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Os cavaleiros ouviram chocados aquela gravação.
- Eu não acredito! – Mú exclamou.
- Nunca imaginei. – Aioros comentou.
- Quem te viu quem te vê Kamus! Justo você! – provocava Aldebaran.
- Mas isso não é tudo. – Saori disse interrompendo os comentários – Ainda tem mais. Ouçam.
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Segunda-feira, 09h30min da manhã
Aioria já estava impaciente. Fazia quase meia hora que o telefone tocava na casa da namorada e ela não tinha ido atender ainda. Será que ela estava tão brava assim com ele? O rapaz reconhecia que tinha exagerado na noite anterior, mas daí a não atender ao telefone...
- Alô? – era a voz de Marin.
- Meu amor! Que bom que você atendeu ao telefone! Eu já estava ficando preocupado achando que você não queria mais falar comigo.
- E não quero. – ela respondeu azeda.
- Mas meu amor...
- Nada de "mas" Aioria de Leão! Quem você pensa que é para me tratar daquele jeito?
- Meu amorzinho...
- Cale a boca! Você acha que só porque é um cavaleiro de ouro pode fazer o que quiser?
- Mas aquele homem estava olhando para você! – o cavaleiro tentou se defender.
- E qual é o problema? Você acha que só você pode olhar para mim? Será que eu não sou bonita o suficiente para outros homens também repararem em mim?
- Não foi isso o que eu disse!
- Mas é o que você pensa!
- E daí?
- Como "e daí"? Aioria até quando esse seu ciúme bobo vai atrapalhar a nossa relação?
- Ele não atrapalha em nada! Eu não sentiria ciúmes se você não agisse como... como...
- Como o quê?
- Como uma prostituta!
- O quê?
- Ops! Não foi isso o que eu quis dizer, meu amor!
- O QUÊ FOI QUE VOCÊ DISSE?
- Eu não tenho culpa se você coloca aquelas roupas decotadas e com fendas!
A essa altura da conversa a paciência de Marin já tinha se esgotado.
- EU SÓ BOTO ESSAS ROUPAS PRA VOCÊ REPARAR EM MIM, MAS NEM ISSO VOCÊ FAZ! VOCÊ ONTEM NEM SE DEU AO TRABALHO DE ME ELOGIAR E AINDA POR CIMA FICOU TODO PUTINHO SÓ PORQUE UM OUTRO HOMEM FEZ O QUE VOCÊ DEVERIA TER FEITO!
Silêncio.
- Me desculpa, Marin! Me desculpa meu amor!
- VOCÊ É UM IDIOTA, AIORIA! EU TE ODEIO!
- Marin, não! Eu te amo!
- POIS ENTÃO VAI ME AMAR NO INFERNO, SEU MALDITO! – e dizendo isso a ruiva desligou o telefone.
- Marin! Não faça isso! Eu te amo! Mariiinnn! – o cavaleiro chorava que nem um bebezão achando que a namorada ainda podia escutá-lo.
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- Zeus! Que vergonha! – Aioros exclamou colocando a mão na testa. Os outros cavaleiros riam.
- Parem de rir! Aquela briga foi feia! Vocês são uns insensíveis. – o leão dizia fazendo beicinho.
- Pare com isso, Aioria. Ainda tem mais. – Athena disse fazendo os presentes se calarem.
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Segunda-feira, 10h00min da manhã
O jovem cavaleiro de sagitário havia acabado de sair do banheiro e se dirigia para o telefone. Discou alguns números e esperou que atendessem.
- Alô?
- Aldebaran, seu filho de uma putinha!
- Bom-dia pra você também, Aioros boca-suja!
- Bom-dia o caralho! Sabe onde eu estava agora?
- Limpando a fossa que é a sua boca?
- Eu tava limpando a bunda! Graças a sua maldita feijoada eu fiquei de caganeira!
O cavaleiro de touro então teve um ataque de risos.
- Pare de rir, filho da puta! Eu não agüento mais ir ao banheiro e o dia mal começou!
- Passa Hipogloss!
- Eu vou é enfiar o tubo de Hipogloss na tua bunda, seu desgraçado!
- E o quê é que você quer que eu faça?
- Vai comprar um remédio para mim! É o mínimo que você pode fazer!
Aldebaran suspirou impaciente.
- Tá bem. Tá bem.
- Ótimo. Vai logo. Vou desligar que tá me dando vontade de ir ao banheiro de novo.
- Cagãããooo!
- (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado) (censurado)
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- Minha nossa, Aioros! – Afrodite exclamou chocado – Nunca pensei que você fosse tão boca suja!
- Só quando ele tá de caganeira. – Aldebaran disse abafando um risinho.
- Cavaleiro de touro! Não use esse palavreado na frente da senhorita Kido! – Tatsume exclamou irritado.
- E o quê é que tem? Ela já ouviu a conversa mesmo. Além do mais eu falo o que eu quiser na hora que eu bem entender quer ver? Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! Caganeira! – o cavaleiro cantarolava enquanto rebolava e rodopiava com as mãos na cintura.
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N.A: Uma pequena fic apenas para distrair a cabeça. Mudei um pouco as personalidades do pessoal apenas pra ficar mais interessante. A fic vai ter provavelmente mais dois ou três capítulos. Bom, isso vai depender de vocês. Mandem reviews. Sei que não sou muito boa escrevendo esse tipo de fic... Anyway espero que tenham se distraído também!!
