Hey Minna!

Nota: Fanfic de minha autoria, personagens de Masashi Kishimoto. Essa fic contém palavreado chulo, cenas de sexo. O tema abordado é prostituição e "corrupção", casal principal é Sai & Itachi. Se você não gosta, por favor, não leia. Rated M


It's in the water, baby, it's in the pills that bring you down.
(Está na água baby, está nas pílulas que te deprimem)
It's in the water, baby, it's in your bag of golden Brown.
(Está na água baby, está na mochila de ouro marrom)
It's in the water, baby, it's in your frequency.
(Está na água baby, está na sua freqüência)
It's in the water, baby, it's between you and me.
(Está na água baby, está entre você e eu)
It's in the water, baby, it's in the pills that pick you up.
(Está na água baby, está nas pílulas que te animam)
(...)

Colocou as mãos no bolso e atravessou a Avenida. Deus, como fazia frio. A neva caía vagarosamente por toda Tóquio, mas ainda sim as ruas a noite estavam lotadas, principalmente no centro, onde as casas noturnas dos mais variados gêneros, pra todo tipo de gente, funcionavam até o amanhecer.

Tirou do bolso de sua jaqueta de couro um maço de cigarros, Pierre Noire¹. Muitas pessoas estavam indo dormir àquela hora, mas para Sai, a noite estava apenas começando. Enquanto tragava o cigarro, olhava para as pessoas que passavam. Adolescentes que saíram de casa no meio da noite pra ir a algum clube legal, velhos que deixaram suas esposas pra ir a prostibulos. Pessoas que saíam de casa achando que teriam a melhor noite de usas vidas e pessoas que voltavam pra casa com a sensação de terem tido a pior.

Pra Sai, as noites não era exatamente inesquecíveis. Eram só noites, com sexo e dinheiro, mas só. Ele não era exatamente algum menino puro. E nem tão menino assim, já tinha 18 anos e trabalhava na Atomic há algum tempo. Era um lugar aonde os caras iam para procurar meninos. Eles podiam dançar ou ficar em algum canto mais reservado ou então ficar conversando. Não que alguém realmente só fizesse a ultima opção. Você vai à Atomic pra pagar caro pelos meninos e para ter sexo. Ninguém abusa de ninguém e você só faz o que quiser e sinceramente, não tinha nenhum lugar como aquele lugar.

Sai olhou no visor do celular e viu que a casa já abriria. Acelerou o passo e, mesmo esbarrando em algumas pessoas, chegou ao local que ficava numa rua paralela a avenida principal. O lugar não possuía filas em sua entrada, como o costume de todas as casas noturnas. O Atomic era um lugar para empresários e velhos magnatas. Ou então playboys que iam dizendo apenas que queriam ter uma experiência diferente, mas que não tinham coragem de admitir que gostavam mesmo da coisa. O prédio era grande, mas sua aparência por fora era velha, como se estivesse caindo aos pedaços e o dono do lugar fez questão que fosse assim. O nome da casa estava em um letreiro não muito grande em violeta neon, logo acima da porta de entrada.

Ele caminhou até a viela ao lado da casa, onde ficava a entrada dos funcionários e adentrou o local, já ouvindo a música um pouco agitada mais ao mesmo tempo hipnotizante tocar. Os dois barmans estavam já no grande bar e os garçons bonitinhos estavam sentados nas mesas apenas esperando abrir. Os "garotos", as verdadeiras atrações do lugar, estavam conversando num canto qualquer. A Atomic era grande para o seu propósito. Havia uma pista de dança no meio do lugar, ao lado estavam mesas e cadeiras e o bar logo a frente. No andar de cima, alguns sofás e puffs ficavam junto com um bar menor. A Iluminação era muito baixa, e a música nunca era realmente agitada. Sempre era uma trilha sonora pra sexo. Ou seja, nada tão animado que te de vontade de pular, mas nada fúnebre que te de vontade de morrer. A Atomic era perfeita e todas as noites que abria, recebia homens ricos a procura de menininhos com carinha de inocente pra que estes, pelo menos por uma noite, pudessem aliviar sua frustração sexual.

Kimimaro abriu as portas e logo pode-se ver carros chegando em frente ao local. Não demorou muito para a boate lotar. Homem de várias as idades, de todos os jeitos estavam ali. Alguns sozinhos, outros em grupos. Alguns já saíam abraçados com algum menino, outros faziam questão de flertar antes. Mas flertar pra quê? Se no final tudo acabaria do mesmo jeito. Os garçons andavam de lá pra cá com bebidas e, raramente, comida, par aos clientes.

Aquela noite estava sendo nostálgica para ele porque quando Sai foi embora de casa, as coisas mudaram. A maioria dos pais não desejariam que seus filhos fossem gays, ok, mas eles tornaram a situação insuportável, até que ele teve que sair de sua cidade e vir pra capital. Não há muito o que um garoto de 16 anos possa fazer, ainda mais na era onde todos tem que ter experiência em alguma coisa. Como ele iria comer, onde ele iria morar... Foram questões que só apareceram quando ele sentiu fome e frio e não tinha idéia pra onde ir.

Não que a idéia de se prostituir lhe agradasse. Na verdade, amor e todas essas porcarias sentimentais sempre foram algum objetivo oculto a ser alcançado. Mas a vida é tão dura que por vezes você não pode se dar ao luxo dessas coisas e a coisa foi tão mais simples que ele imaginou. Nessa profissão o que conta é apenas o seu rostinho bonito e nada mais e toda sua bagagem emocional e seu passado, não importam. E não há muito a se contar, exceto que ele logo aprendeu a como trabalhar naquele meio e se arranjou de alguma forma. Muitas vezes, é claro, dormira com gente que não queria. Muitas vezes fez coisas que sinceramente, não faria se não precisasse.

Com o tempo a coisa foi ficando tão natural quanto escovar os dentes e todo o sentimentalismo foi embora. Não que Sai fosse alguém frio, na verdade, era bem o contrário. Ele apenas não se envolvia com ninguém sentimentalmente. Tanto que nunca largaria seu emprego por causa de algum cara. Já acontecera o contrário, mas ele não se importava tanto assim.

Quando o salão lotava, os meninos ficavam ainda em uma enorme roda conversando, mas aos poucos eles saiam pra encontrar clientes. No final da noite, todos já tinham sido requisitados e nenhum ficava. Muitas vezes ficavam perto do bar, observando a entrada e escolhendo quem atenderiam. Sai gostava muito de ficar ali, no meio dos garotos da Atomic. Talvez porque eles o estendessem. Não o olhavam com aquele olhar espantado ou surpreso que todos faziam quando ele contava sua profissão.

Kimimaro se aproximou, provavelmente para avisar que alguém havia sido requisitado ou que algum cliente novo havia chegado.

- Sai, mexa essa sua bunda branca e vá atender a mesa 9. – Kimimaro disse e logo foi designando outros clientes para o resto dos meninos.

Sai caminhou até a mesa 8, esperando encontrar algum homem acima da casa dos 40. Esperou encontrar algum velho, geralmente os mais velhos eram designados para ele, por ele ser o mais novinho e a fantasia dos titios do lugar. Sua surpresa foi encontrar um homem estonteante, na verdade. Qual seria a classificação para ele?

Sai não fazia idéia.

Estava compenetrado em algum pensamento, pois não se dava ao trabalho nem de olhar o lugar. Vestia um terno caro, Hugo Boss, pelo que Sai pôde perceber. Sua pele era alva e seus cabelos eram longos e negros, estavam presos num baixo rabo de cavalo. Estava bebendo um uísque e fumando um cigarro. Seus olhos também eram negros, como os da cor dos olhos de Sai, a única diferença era o olhar. Ele olhava as coisas como se elas fossem todas parte de uma foto de cartão postal, uma foto de calendário de cozinha. Sua expressão apática e entediada, combinava com seus traços que eram fortes, mas não rudes.

Sai se aproximou, logo teve a atenção do homem charmoso e bonito para ele. Eles se olharam por um instante, mas em nenhum momento a expressão do homem mudou. Ele continuou tragando o cigarro e bebericando o uísque enquanto Sai se deu ao trabalho de sorrir de uma forma um pouco sacana e ao mesmo tempo gentil.

- Posso me sentar? – O homem assentiu com a cabeça enquanto bebia um gole do seu uísque. – Meu nome é Sai. E o seu?

- Itachi. – Ele respondeu simplesmente.

Ok, o que um cara daqueles estava fazendo num puteiro gay? Porque até um hétero toparia em transar com ele. Ele não precisava estar ali pra conseguir algo ao contrário de alguns velhos que estavam caindo aos pedaços e só conseguiam alguém por serem milionários. Sai se perguntou enquanto o observava. Cruzou os braços e olhou ao redor: sentiu-se um pouco vaidoso. Viu algum de seus colegas flertando homens com idade para serem seus avós, homens rudes e idiotas. Mesmo que Itachi tenha trocado apenas uma palavra com ele, Sai sentia que ele não era rude ou idiota. Distante, provavelmente, mas não rude.

- Você nunca veio aqui antes, né? – Itachi a essa hora já tinha acabado com o cigarro e com o uísque e o fitava um pouco intensamente demais. Sai não teve certeza, mas sentiu uma corrente elétrica correr pelo seu corpo. O negocio não era a cor dos olhos dele, mas o jeito que ele te olhava. Ainda sim como uma paisagem de cartão postal, mas de modo tão intenso, que o fez se sentir desconfortável, estranho.

O homem levantou simplesmente, dizendo que o alugaria pela noite. Não perguntou preços, a maioria deles nunca perguntava mesmo, eles tinham dinheiro e não se importavam em pagar caro. Colocou o sobretudo preto e os dois saíram em direção a rua que estavam estacionados todos os carros, a maioria carros de luxo. Encostou-se à Mercedes de Itachi enquanto ele pagava o manobrista. Acendeu um cigarro enquanto olhava pro céu, observando a neve cair vagarosamente. Lembrou-se daquela música cuja cantora diz que nas noites frias de inverno precisa-se de um amor pra se esquentar. Sorriu e depois voltou sua atenção para a rua.

Não havia muitas pessoas ali, alguns caras se amassando na viela, outros até fazendo sexo. Risos e sussurros miscigenados ao silêncio quase que triste daquela noite. Foi afastado de seus pensamentos, quando Itachi mandou que entrasse no carro preto. Ele entrou e logo Itachi deu partida para algum motel provavelmente. Sai achou incrível que ele não tentasse puxar assunto. A maioria dos caras gostava de conversar sobre banalidades. Gostavam de dizer seus dias, como se Sai e os outros meninos da Atomic se importassem e, no momento que se é requisitado, você passa a se importar, mesmo que se for por uma noite, uma hora apenas. Você se importa. Você é pago pra isso mesmo. Então que seja o companheiro perfeito, a pessoa perfeita.

Passaram por vários motéis, e foram se aproximando da área nobre da cidade, onde as pessoas ricas moravam e onde, pelo que Sai sabia, não havia muitos motéis. Na verdade, ele não conhecia algum naquela área da cidade. Cada vez mais via-se apenas prédios luxuosos e não muitas pessoas nas ruas. Apenas alguns jovens com suas namoradas e rolos ou algum bando de filhinhos de papai usando maconha. Sai não sentia exatamente necessidade de conversar, principalmente porque Itachi não fazia questão de conversa, mas teve que abrir a boca e quebrar com todo aquele silencio.

- Itachi-san... – Sai abriu um sorriso gentil. – Eu não creio que haja algum motel nessa parte da cidade. – Itachi não respondeu de imediato, olhava as ruas até que foi diminuindo a velocidade e entrando na garagem de um prédio enorme, extremamente luxuoso e bonito.

- Não gosto de motéis, não me sinto confortável neles. – Itachi disse enquanto manobrava o carro no estacionamento do lugar.

Que estranho, então ele o levara para o seu próprio apartamento. Então ele não tinha alguma esposa em casa e com certeza não tinha filhos. Subiram pelo elevador, quando Itachi apertou o 38º andar. Nenhum dos dois falava muita coisa. O que havia para falar? Sobre o tempo, sobre a noite? Não, muito obrigado. Apesar de que Sai conseguia ser um ótimo ator quando queria. Poderia falar de qualquer assunto e agir da forma que o cliente queria. Se ele queria alguém mais romântico, então Sai seria esse garoto, ou então mais lascivo ou reservado.

Engraçado, Itachi não pedira para ele se portar de alguma forma.

O corredor possuía apenas dois apartamentos. As portas possuíam senhas, e o lugar era calmo. Desde que entrara ali Sai não vira uma pessoa sequer a não ser o próprio Itachi que logo digitou o código e abriu a porta.

O apartamento de Itachi era impessoal. Nenhuma fotografia na parede a não ser a dele com pessoas com traços idênticos aos seus, sua família provavelmente. Os móveis modernos e quadros na parede não diziam nada sobre ele. As paredes pintadas de branco. A arquitetura contemporânea predominava no lugar. Aquela casa poderia ser de qualquer um e não seria de ninguém. Apesar das coisas caras que possuíam lá, aquele lugar fez Sai torcer um pouco a expressão, estava um pouco desconfortável. Mas logo a expressão normal voltou e ele acomodou-se no sofá, enquanto esperava as ordens de seu cliente.

Sai não era o menino mais bonito de todos. Sua pele era tão branca, pálida e seus olhos eram negros. Era alto e seu corpo não era musculoso, mas na medida certa. Possuía, na maioria das vezes uma expressão sorridente no rosto. O que não queria dizer exatamente que ele estava alegre o tempo todo. Seus lábios eram finos e não muito rosados e suas sobrancelhas finas mas alongadas e curvilíneas e seu nariz fino lhe davam um ar aristocrático. Suas roupas eram modernas, nada esfarrapadas ou estranhas ou então afeminadas. Geralmente, uma calça jeans, uma camiseta simples, um all star e uma jaqueta de couro era o que ele usava. Seu cabelo era negro e curto. Era alguém com aparência normal, nada que chamasse realmente a atenção. Exceto por ser tão comum que despertava o interesse nos lugares que freqüentava.

Itachi logo voltou para a sala. Dessa vez, sem o paletó e sem a gravata. Sua camisa estava entreaberta e seu cabelo estava solto. Aproximou-se de Sai e, quando este foi lhe dizer qual o preço por hora, Itachi lhe puxou e tomou-lhe os lábios de forma intensa e rápida. Uma das mãos de Itachi subiu para a nuca de Sai e enroscou-se no seu cabelo, enquanto a outra tirava a jaqueta de Sai e ia passeando pela pele pálida do rapaz.

- Eu ainda... – Sai tentou falar, no intervalo entre um beijo e outro. Suas línguas se enroscaram enquanto a mão de Sai ia desabotoando o resto dos botões da camisa de Itachi. – Ainda não disse o meu preço.

- Dinheiro não importa. – Itachi disse num sussurro quando mordeu de leve o lóbulo da orelha de Sai.

Sai suspirou um pouco alto quando a boca de Itachi desvencilhou-se da sua e foi descendo até o pescoço, mordendo-lhe e lambendo. De vez em quando chupando sua clavícula. Itachi rodeou o braço pela cintura de Sai e aos poucos, Sai não soube muito bem como, foram chegando ao quarto de Itachi, provavelmente. No meio do caminho, a camisa de Itachi, a jaqueta e a blusa de Sai ficaram.

A porta foi aberta e Sai não reparou muito no local, porque antes que pudesse notar, estava sendo jogado na cama. Ficou de costas para Itachi e este notou a grande tatuagem que Sai possuía nas costas. Duas asas de anjo, e ao ver isso, sorriu de canto. Deitado de bruços, sem saber o que viria a seguir, Sai suspirou ao sentir os beijos na nuca e a mão de Itachi serpenteando sua pele. A pele dos dois se chocando era como um choque térmico. A pele de Itachi era fria, e causava arrepios gostosos em Sai, que possuía a temperatura oposta. Itachi agora beijava suas costas e seu cabelo caia nele como se fosse um manto negro e suave. Deus, como aquilo era gostoso.

De vez em quando, Itachi arranhava os dentes na pele sensível de Sai, de modo que sua pele ficasse vermelha, marcada. Assim como ele mesmo, Sai pôde sentir a ereção de Itachi e mal pode esperar pras calças de ambos estarem em outro lugar exceto neles mesmos. Logo foi virado de frente de novo e dessa vez, entendeu o recado quando Itachi sentou na beirada da cama. Sai se levantou e foi até Itachi. Os dois se olharam por alguns instantes, e Sai logo beijou o pescoço de Itachi, lambendo e descendo a boca deixando um rastro de saliva primeiro pelo pescoço, depois sobre o dorso do moreno. Sai observou que Itachi assim como seu rosto, possuía um corpo extremamente desejado, cheio de músculos, nada exagerado, mas forte. Desceu a boca até os mamilos do homem a sua frente e deu atenção especial a eles. Primeiro os lambeu e depois os mordiscou de leve, percebeu que o moreno suspirava baixinho e fechava os olhos; não era alguém escandaloso. Sai sorriu de forma sacana enquanto brincava com os mamilos dele. Um ele apertava de leve enquanto o outro ele ora lambia, ora mordia ou chupava.

Foi descendo a boca mais um pouco quando notou que Itachi já começava a ficar impaciente. Ele lambia a pele fria de Itachi enquanto este segurava o cabelo de Sai com força pela nuca, de vez em quando até forçando a cabeça dele um pouco mais para baixo: Sai sabia muito bem onde ele queria que ele chegasse. Desceu um pouco até o cós da calça dele, nessa hora olhou para cima de viu o olhar impassível de Itachi sobre si. Devagar, tirou o cinto do moreno, desabotoou os botões, e abaixou o zíper e, de um jeito bem lento, foi tirando a calça de Itachi até o final. Ele já começava a olhar para Sai de forma irritada, como se estivesse impaciente, como se quisesse que Sai fosse direto ao ponto, e queria mesmo. Porque quando Sai abaixou a cueca de Itachi e pegou seu membro com as mãos, Itachi o olhou, satisfeito.

Sai enfim tinha chegado onde Itachi queria. Acariciava seu membro com as mãos, de vez em quando, roçando as unhas devagar, de forma que Itachi mordia o lábio perante aquela tortura.

- Faça isso logo! – Itachi logo advertiu e se irritou ao ver o sorriso ainda mais sacana de Sai. Ele realmente sabia como provocar, esse garoto.

Sai abocanhou o membro e começou a fazer o que sabia fazer muito bem, modéstia parte. Ele sugava, mordia, lambia e Itachi estava de olhou fechados, sussurrando baixo e de vez em quando mordendo o próprio lábio. Segurava os cabelos de Sai empurrando a cabeça dele contra seu próprio membro. Sai sabia muito bem o que fazia, e chupava tão bem, que Itachi até parecia um adolescente transando pela primeira vez. Tinha que se controlar pra não gozar naquela hora mesmo. Sai brincava com seus sentidos, porque enquanto o chupava, arranhava a coxa de Itachi e o olhava de vez em quando, sorrindo maliciosamente toda vez que constatava que ele estava gostando. Itachi sentindo que ia gozar a qualquer momento, tirou Sai daquela posição.

- Ué, Itachi-san, achei que quisesse que eu continuasse. – Sai sorriu enquanto Itachi o puxava para si.

- Não vai ter graça se for tão rápido assim. – Itachi disse simplesmente enquanto desabotoava o jeans de Sai. Itachi ainda estava sentado na cama e Sai estava em pé, de frente para si, os dois estavam eretos e nus.

Itachi não pode conter o pequeno risinho quando viu que Sai possuía outra tatuagem, dessa vez na virilha, uma estrela. Aquele garoto possuía o corpo todo personificando a tentação. Seu jeito muitas vezes inocente contrastava com o jeito lascivo com que estava se portando na cama. Itachi beijou suavemente a barriga de Sai e depois mordiscou, fazendo com que Sai suspirasse. Era divertido ver como a pele de Sai podia ficar tão marcada, lhe satisfazia deixar a marca em alguém daquele jeito. Primeiro, Itachi começou um vai e vem no membro de Sai, depois, com um movimento um pouco rápido demais e um pouco brusco, Itachi o jogou na cama e subiu em cima dele. Continuou o movimento lentamente com as mãos enquanto descia beijando a virilha do garoto.

Sai entendeu: ele estava revidando. O torturaria da mesma forma como ele mesmo o torturara. Sentiu Itachi mordiscar sua cintura, logo depois a lambeu. Itachi foi descendo a boca até a coxa de Sai e, depositando beijos leves, começou a ouvir de Sai para que ele o penetrasse de uma vez por todos. Ele sorriu de canto, não era bem isso que ele estava planejando fazer, não de imediato. Alternava entre beijos e mordidas pela coxa de Sai, a parte interna dela até chegar com a boca em perto dos testículos de Sai. Lambeu toda a extensão do membro antes de abocanhá-lo enquanto iniciava um movimento de vai e vem na parte onde sua boca não alcançaria. Sai gemia baixinho e seus dedos estavam entrelaçados no cabelo longo de Itachi, mas ele estava tão compenetrado no que fazia, que nem se importou com os puxões fortes.

Itachi notou que Sai estava próximo ao gozo e que não gostou nada dele ter retirado sua boca de seu membro. Ele então saiu de cima de Sai e foi procurar alguma coisa, que Sai sabia o que era: camisinhas e lubrificante. Itachi logo voltou com as coisas necessárias na mão e pediu que Sai ficasse de quatro, dizendo que gostaria de ficar olhando pra tatuagem. Sai, na verdade, estranhou, muitos dos seus clientes não gostavam dela, só da estrela, mas, como de costume, Itachi continuava sendo diferente nessas coisas.

Logo ele sentiu os dedos de Itachi lambuzados de lubrificante encostarem em sua cavidade. Logo Itachi penetrou um dedo, depois dois e ficou assim por um bom tempo. Sai estava sendo mais torturando ainda. Quase estava gritando para que Itachi fizesse aquilo logo. Itachi então rasgou a embalagem da camisinha com os próprios dentes.

- Coloque em mim. – Itachi pediu, mas quando ele pedia algo, soava mais com uma ordem. Uma ordem que, na concepção de Sai, te faz obedecer com o maior prazer.

Sai levantou-se de sua posição e ficou de frente para Itachi. Desenrolou toda a camisinha pela extensão do membro de Itachi e logo foi ordenado para que voltasse àquela posição mais uma vez. Dessa vez, ele sentiu o membro do mais velho roçando em sua entrada e Sai se moveu para trás, quase que implorando para que Itachi o penetrasse de uma vez.

Itachi o penetrou, lentamente. Não com medo de machucá-lo, mas a fim de torturá-lo ainda mais. Toda vez que olhava para aquele garoto tinha vontade brincar com ele, torturá-lo e usá-lo. Sentia que, não importando qual o valor que ele cobraria, aquele dinheiro estava sendo muito bem gasto. Um bom investimento, como ele diria em seu trabalho. Debruçou-se sobre as costas de Sai e mordiscou suas costas, enquanto se mexia dentro dele. As estocadas variavam: ora eram rápidas e superficiais, ora eram lentas e profundas ou então se alternava. Sai começou a se mexer a fim de proporcionar a Itachi e a si mesmo ainda mais prazer.

- Mais... for... – Sai disse com os olhos fechados. Mal agüentava abrir a boca pra falar, porque sentia que poderia gritar a qualquer momento. Suas mãos enroscaram-se num travesseiro qualquer. Deus, como aquilo era gostoso. –... Forte. Mais forte!

Itachi levantou seu tronco mais uma vez e pediu que Sai virasse um pouco mais o rosto para o lado para poder ver o seu rosto e se deliciou ao ver a expressão de prazer que Sai fazia. Enquanto Sai falava palavras desconexas, Itachi debruçou-se novamente sobre ele apenas para dizer sacanagens em seu ouvido. E o mais gostoso era sentir o cabelo de Itachi pousando em suas costas, provocando um carinho involuntário, provocando ainda mais prazer. Gemendo um pouco alto demais, os dois chegaram ao gozo juntos. Itachi soltando um urro abafado e Sai dizendo o nome de Itachi. Ambos caíram exaustos na cama, ofegantes.

Sai descansou um pouco, mas logo anunciou que estava indo embora e que era hora de Itachi pagar para ele.

- Quem disse que você já pode ir? – Itachi perguntou sério, enquanto acendia seu cigarro. Um cigarro importado, pelo que Sai pôde ver. – Eu te requisitei pela noite toda e eu ainda não acabei.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Sai acordou pela manhã, exausto. Olhou ao seu lado e viu Itachi dormindo profundamente, também, não fazia nem duas horas que tinham realmente ido dormir. Sinceramente, desde que entrara naquele trabalho, aquele foi uma das poucas vezes que realmente gostou da transa. Na noite passada, fizeram tantas vezes que Sai pensou que iria morrer de prazer e ao pensar naquele riu consigo mesmo, porque aquilo era tão piegas. Olhou na cabeceira ao seu lado e lá estava o equivalente a todas as horas que havia trabalhado.

Se vestiu rapidamente e pegou o dinheiro e saiu. Não havia essas coisas como despedidas e avisos. Seu serviço ali estava completo e ponto.

Assim como a noite passada, aquele dia estava sendo gelado. Colocou as mãos no bolso e pegou um táxi. Tinha que passar na Atomic e pagar Orochimaru os seus 50% e o resto ficaria com ele. A Atomic ficava um pouco longe daquele lugar e seu salário da noite iria boa parte embora depois que ele pagasse a corrida de táxi. Não que ele se importasse muito. A vida na noite havia lhe proporcionado sua casa e as coisas que ele possuía. Trabalhava de dia numa loja de discos, apesar de aqueles próximos dias ele não estar indo trabalhar. Ele tinha que fazer algo para se manter ocupado. Na verdade, até sobrava dinheiro para ele. Sai não era um pobre coitado, não era inocente e não era um idiota. Coisa que muita gente pensava das pessoas que estavam naquele meio.

Ao chegar à Atomic, viu que tudo estava calmo de novo. Ninguém passava por aquela rua, estava vazia àquela hora da manhã. Exceto a Atomic que ainda tinha seus funcionários trabalhando.

Entrou e recebeu assobios dos seus amigos.

- Sai, seu puto. – Disse Kiba rindo enquanto comia alguma coisa. – Levou a melhor ontem. Deve ter tido uma noite boa, hein?

- Eu realmente não gostaria de dizer pra você. – Sai ignorou Kiba enquanto procurava Orochimaru para lhe dar sua parte. Sabia que aquele cliente era o mais desejado entre os garotos, se todos pudessem experimentar o que Sai havia experimentado, aí sim que o cara seria desejado mesmo. Até pelo próprio Orochimaru, que era alguém que gostava dos bem mais novinhos. – Alguém viu o Orochimaru? – Sai perguntou enquanto acendia um cigarro.

- Deve estar mais o Kabuto no escritório dele. Estão lá há um tempo. Aquele desgraçado... – Kiba xingou... – Me designou um velho com o pé na cova ontem. – Nesse momento Sai deu risada. – Não sei que porra você acha graça. Eu não achei. – Ele revirou os olhos. – Se eu fosse você não esperaria. Eles ainda vão demorar.

- Que seja, vou deixar aqui no caixa. Diga que foi o lucro da noite. Tchau.

Sai foi embora enquanto Kiba ficava reclamando do cliente que teve na noite passada. Na verdade, muitas vezes os meninos da Atomic tinham vontade de recusar seus clientes, eles não eram, exatamente os caras mais incríveis do mundo. Até porque um cara que é atraente, não precisa ir até um prostibulo, com exceção de Itachi. O homem de poucas palavras que Sai sinceramente adorou conhecer e atender.

O centro de Tóquio naquela hora da manhã parecia um formigueiro de pequenos robôs de escritório. Homens e mulheres andavam pelas ruas com roupas de cores iguais, com os olhares parecidos. Sai realmente agradecia por não fazer parte daquela merda, não fazer parte de todas aquelas pessoas mecanizadas que faziam todo dia a mesma coisa. Quer dizer, ele até fazia a mesma coisa toda a noite, mas sempre saia algo diferente. Sexo não é igual; varia de pessoa pra pessoa e sinceramente, ele estava naquele meio porque era bom naquilo. Não que ele saísse dizendo o que fazia pra todo mundo. A maioria das pessoas ficaria ultrajada.

Sai pegou um ônibus até seu apartamento um pouco mais afastado do centro da cidade. Não era um prédio luxuoso, mas não era algo que se estivesse caindo aos pedaços. Era um prédio velho, mas até que bem conservado. Pessoas normais viviam ali, nada de bandidos e muito menos de milionários, mas Sai gostava dali. Aquele lugar era seu canto.

Ao entrar na casa, foi recebido por sua gata preta "Lullaby"², que rodeou seu tornozelo miando e procurando carinho. As paredes de sua casa eram pintadas de creme. Alguns pôster estavam colados na parede. Pôsteres de bandas e filmes... Na estante, alguns livros e discos. Os móveis todos conseguidos em lojas de segunda mão. A Televisão velha e o toca discos estavam numa estante que deveria ter uns 50 anos ou mais e ele gostava assim. Todo aquele lugar até mesmo sua gata, dizia que aquilo era dele. Tinha sua cara. Deitou no sofá e dormiu o resto do dia.

- SAI! – Os gritos vinham acompanhados de fortes batidas na porta. – Seu bmerdinha, abre a porta, porra! – Mais batidas fortes na porta.

Aos poucos Sai fora acordando. Ouviu seu nome e depois abriu os olhos, lentamente. O sol já estava se pondo. Lullaby miava olhando para a porta e ele não conseguiu raciocinar direito nos primeiros instantes até que reconheceu a voz do outro lado da porta. Era Danzou e seus homens, provavelmente estavam ali pra pegar o dinheiro. Mas como diabos ele arranjaria 300 mil ienes? Só se ele se prostituísse para o Imperador ou então para o Presidente dos EUA. E ele não valia tudo isso, ele sabia. Pensou um pouco... Eles iriam arrombar a porta e provavelmente matá-lo. Não chamaria a policia porque eles sempre querem saber de tudo e não seria nada bom dizer que algum dia tivera alguma ligação com Danzou.

Pensou um pouco. Pegou o celular e ligou para a única pessoa que poderia ajudá-lo:

- Oi, sou eu, Sai. Venha rápido, eles estão aqui. – Sai escutou alguma coisa do outro lado do telefone. – Não dá. Porra, eles vão arrombar a porta, vão me matar. Uhum, espero.

Ele olhou em volta procurando um jeito deles não entrarem na casa. Merda. Sai arrastou o sofá que já estava do lado da porta para frente dela, impedindo que eles abrissem, se bem que com um pouco de insistência, qualquer um poderia entrar. Se ele chegasse rápido, Sai teria uma chance. Lullaby estava assustada, pois se escondeu no quarto e os gritos simplesmente não paravam.

- Sai, vamos logo, abra essa maldita porta! – Danzou dizia, alterado. – Se eu tiver que colocá-la pra baixo, sinto que você não vai gostar. Vamos, seu merda. – As batidas ficavam cada vez mais violentas e freqüentes. – SAI! Venha até aqui, garotinho. – Sai percebeu o tom de escárnio na voz do homem do outro lado da porta. – Eu vou derrubar essa porra! – Danzou nervoso era algo realmente assustador. O coração de Sai disparava. Ele realmente não sabia o que fazer. Sai esperava que ele chegasse e rápido. – SAI! Seu filho da puta!

Sai escutou um barulho vindo do outro lado da porta, não soube dizer muito bem o que era. Parecia uma briga, ele não sabia muito bem e depois de algum tempo, ouviu-se uma jura de Danzou que as coisas não ficariam daquele jeito e se fez silêncio. Francamente, Sai esperou que uma bomba fosse jogada em seu apartamento. Até que ele ouviu mais batidas em sua porta, mas dessa vez calmas.

- Sai, sou eu. A barra ta limpa. – A voz no outro lado da porta disse em tom baixo, cauteloso.

Rapidamente Sai tirou o sofá da frente da porta e a abriu se deparando com ele. Alto de cabelos alaranjados, vários piercings no rosto e na orelha, vestindo uma camisa branca, um paletó cinza e uma calça preta de couro ele estava parado na porta, cansado e com um corte no canto da boca. Alguns homens estavam no corredor, mas logo ele mandou-os ir embora. Pein apenas olhou carinhosamente para Sai. Como ele ficara preocupado... Se algo acontecesse a Sai ele não saberia nem o que fazer.

Ele rapidamente puxou Sai e fechou a porta atrás de si. O agarrou pela cintura e lhe beijou, capturando seus lábios de forma intensa, mas ao mesmo tempo o largou, segurando os ombros do menor firmemente. Pein o encarou nos olhos.

- Merda, você me preocupou. – Nesse momento Sai sorriu de canto. – Você realmente é um problema, Sai. Vamos sair pra algum lugar...

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Ele massageou as têmporas enquanto tomava um gole de café, revisou os papeis pela ultima vez. Não agüentava mais ficar naquele escritório, precisava sair. Toda hora chegavam mais e mais problemas da empresa, coisas a se resolver. Sempre algum funcionário indignado com algo causando problemas, alguém que cometeu erros nos cálculos de lucros. Ele simplesmente parecia que iria explodir. Apesar da noite maravilhosa, seu humor tornara-se negro assim que colocara os pés naquele prédio. Toda hora alguém entrava com uma noticia ruim, alguma coisa para se resolver. Itachi simplesmente não agüentava mais.

Ele trabalhava nas Indústrias Uchiha, indústria bélica que fabricava armamentos para o Estado. No Japão, aquela era a maior e mais poderosa empresa, uma vez que essa é a Indústria que mais se lucra. Itachi era o gênio e já estava no comando da empresa há sete anos.

Com 30 anos de idade, Itachi já havia conquistado mais do que muitas pessoas levavam uma vida inteira para conquistar. Era bonito e inteligente, desimpedido o que não queria dizer que causasse escândalos amorosos por aí. Apesar da mídia sempre procurar algum furo sobre ele. No ano de 2010 havia sido eleito pelas revistas o solteirão mais cobiçado. Sempre fora sério e reservado, apenas as pessoas mais intimas conseguiam ver o lado um pouco mais flexível dele. Geralmente, o comando das Industrias Uchiha o deixava de mau humor, mas poucos notavam aquilo em vista de que ele sempre estava sério.

Não que fosse exatamente gay, odiava esses rótulos. Dormia com homens e mulheres, dependendo de quem chamasse sua atenção. Já namorara, é claro. Mas todas as pessoas que namorara exigiam coisas dele que ele simplesmente não podia ou não queria dar. E, na realidade, foram poucas as vezes que realmente namorou sério. As pessoas que passavam por sua cama em sua maioria eram sem importância. Casos de uma noite e nada mais, e ele preferia assim, de qualquer forma. Às vezes, é claro se sentia sozinho, mas esses eram sentimentos inúteis que, com a mesma velocidade que vinham, iam embora.

Olhou o relógio, já era meia-noite. Deveria ir embora. Talvez passasse naquela casa da noite passada e alugasse o mesmo garoto, o garoto das asas. Um pequeno anjo... Itachi se achou um idiota ao pensar algo tão ridículo assim, mas era. Parecia um anjo, anjo ou demônio, não sabia direito e estava muito curioso. Desligou as luzes e vestiu o sobretudo. Foi embora, até passaria na tal Atomic mais uma vez, mas sinceramente estava tão cansado. Assim foi dirigindo até sua casa.

As ruas naquela noite não estavam tão cheias assim, as avenidas não tão lotadas. Itachi gostava de dirigir de noite, principalmente sozinho. Ele acendeu um cigarro enquanto olhava para frente. Freou de repente quando um grupo de garotos repentinamente atravessou a rua. Eram mais ou menos sete e todos estavam com uma garrafa de vodca na mão. Todos se vestiam do jeito moderninho, mas o que chamou a atenção foi que no meio deles estava o garoto da noite passada.

Ele usava coturnos e uma calça jeans rasgada. Uma camiseta de uma banda que Itachi não conseguiu enxergar bem qual era e a mesma jaqueta de couro. Ele ria enquanto os outros garotos zombavam de Itachi dizendo que ele deveria ter mais cuidado. Um dos garotos o abraçou e o beijou. Este não parecia ser tão novo assim. Itachi ouviu algo sobre chocar o motorista com um bando de viados na rua.

- O tio no carro vai chamar a policia por atentado ao pudor, Pein. – Sai falou enquanto o entrelaçava os braços pelo pescoço do tal Pein.

Itachi poderia até ficar quieto, mas já estava pensando em chamar o menino de novo para lhe prestar serviços. Agora que Sai havia aparecido em seu caminho, não ficaria quieto, simplesmente. E mesmo que o tal Pein fosse seu namorado, o Sai era um prostituto, o cara não iria se importar exatamente em emprestar um pouco o seu parceiro.

- Sai. – Itachi chamou, sério.

Sai se assustou. O cara então sabia seu nome, e realmente, lembrava de ter visto aquele carro em algum lugar, mas bebida havia lhe levado a memória temporariamente e ele não conseguia se recordar. Apenas achava graça do carro lhe ser extremamente familiar. A voz do homem era familiar, e que merda, ele não conseguia lembrar por mais que fizesse muito esforço. Se aproximou do carro, que possuía vidros escuros, e o vidro do lado do motorista se abaixou. Ah, então era ele, o homem sério e bonito da noite passada.

- Itachi-san... – Sai disse debruçando-se sobre a janela do motorista, apoiando-se de forma que seu rosto ficasse bem próximo ao de Itachi. – Vai passar na Atomic de novo para me fazer uma visitinha? – Itachi o olhava nos olhos. Com certeza não gostava daquela situação. – Ou então... – Sai sorriu de forma sacana. – Está voltando de lá, decepcionado por não ter me encontrado?

- Nenhum dos dois. – Ele disse sério. Itachi notou que todos os outros amigos de Sai pararam para prestar atenção neles e Itachi realmente não gostava daquilo. – Parei, na verdade, porque quero que vá comigo. – Ele notou o sorriso de Sai e que Sai realmente aceitaria. Então Itachi ouviu Sai protestar que ele não podia ir decidindo se Sai queria ir ou não. – Apenas entre no carro.

Sai sorriu. Não havia exatamente como protestar. Quer dizer, antes mesmo de Itachi pedir, Sai considerou a possibilidade de ir com ele, estava até pensando em se enfiar no carro dele antes mesmo dele perceber. Sai então pediu para que ele esperasse. Foi até Pein e se despediu, dizendo que surgira um serviço de ultima hora. Não é como se Pein gostasse do trabalho de Sai, mas ele não tinha escolha a não ser aceitar. Sai provavelmente terminaria com ele se ele pedisse que Sai escolhesse entre o serviço e ele mesmo.

Itachi abriu a porta do carro e, quando Sai sentou no banco a seu lado, Itachi capturou seus lábios, logo as línguas dos dois se entrelaçaram. Mas o beijo não durou muito, Itachi queria mesmo chegar em casa agora.

OoOoOoOoOoOoOoOoOoOoO

Ele estava acordando e rolou pela cama macia. Virou de bruços e sentiu o cheiro gostoso, cheiro que não era seu. Estranhou um pouco porque estava numa cama de casal enorme, não na sua cama de solteiro que rangia a cada vez que ele respirava. Sai então lembrou-se da noite passada. Porra, mais uma vez com o mesmo cara. Bem, dessa vez teria sido a ultima. Levantou com uma dor de cabeça dos infernos. Ele com certeza devia ter exagerado na noite passada. Sai sabia que nunca deveria beber muito, porque sempre acordava com dores de cabeça e mau humor.

Com dificuldades, abriu os olhos e viu que o Sol entrava pela janela. Apesar de aquele dia ser frio. Afinal de contas, estavam no inverno, um dos mais frios, diziam os metereologistas. Levantou-se e foi procurando sua cueca e suas roupas, não encontrou. Praguejou baixinho enquanto procurava no banheiro do quarto de Itachi. Que porra. Se ele lembrava bem, mesmo sua memória não estando muito confiável naquele momento, ele sabia que eles haviam tirado suas roupas no quarto.

Sem roupa alguma, ele saiu do quarto procurando suas roupas. Abriu cada cômodo do andar de cima e desceu para a sala. Ainda não conseguia encontrar nem sua cueca e nada. Ele desceu e procurou no sofá até nas estantes.

- Procurando alguma coisa? – Itachi disse, atraindo a atenção do rapaz para si. Itachi vestia roupas casuais, mas ainda sim elegantes. Segurava alguns documentos numa mão e uma xícara de café na outra. Seus cabelos estavam molhados e sua expressão estava apática, exceto pelo sorriso de canto que estava sendo formado em sua boca.

- Claro, minhas roupas. – Sai disse, irritado. Seu humor estava péssimo devido a ressaca. E aquilo divertia Itachi profundamente pelo que Sai notara. – Eu to morrendo de frio, inferno. Será que poderia me dar minhas roupas para eu poder ir embora?

- Estavam imundas... – Itachi disse enquanto tomava um gole de café. – Mandei-as pra lavanderia.

- E eu vou embora como? Pelado? - Nesse momento Itachi o olhou dos pés a cabeça. E assentiu. – Porque diabos você mandou minhas roupas pra lá?

- Eu deixei umas roupas pra você na poltrona, vá se vestir e tomar café. Duvido que tenha posto algo no estomago a não ser bebida desde ontem. – Itachi disse sério. Foi algo como um pedido, mas soou como uma ordem, mais uma vez.

Sai subiu de novo as escadas. A imagem era cômica, com certeza. Itachi era elegante e charmoso, se vestia bem enquanto Sai mesmo vestido, se vestia como um garoto. E perdera toda a moral bravo e pelado na frente dele. Se Itachi não fosse controlado, teria caído as gargalhadas ali mesmo. Sai, na verdade, nem tinha percebido a muda de roupas. Vestiu-se com a velha calça jeans e a camisa social. Que ficaram um pouco grandes nele. Ele desceu e se deparou com a mesa do café da manhã pronta pra ele.

- Na verdade, eu estava pensando em ir embora. – Sai disse.

- Vá depois de comer.

- Você por acaso é o meu pai ou algo assim? – Sai disse irritado. Quem aquele cara pensava que era? Quer dizer, tirando o fato dele ser milionário.

- Apenas sente e coma. – Itachi falou calmamente, com os olhos grudados nos documentos que ele ainda estudava. – Não seja um incomodo e teimoso.

Sai olhou irritado para Itachi, mas seu estomago roncou alto e ele teve que admitir que já estava na hora de comer alguma coisa. Comeu tudo que estava ali para ele: frutas, pães, biscoitos. Estava com tanta fome. Comeu tudo e sentia até vontade de repetir, Itachi até perguntou, mas ele negou dizendo que já tinha comido demais e que era hora de ir embora.

- Seus sapatos estão perto da porta e eu peguei seu número do celular para o caso de eu querer seus serviços. – Itachi na verdade, não perguntava as coisas. Informava-as apenas, concluindo que, não importava a opinião dos outros, ele faria as coisas do jeito que ele mesmo queria e objeções não eram levadas em conta. – Logo te ligarei para buscar as roupas.

- Quem é você para tomar decisões assim sem perguntar ninguém? – Sai perguntou, intrigado, enquanto calçava o coturno. Não que estivesse exatamente irritado, mas o comportamento daquele homem realmente era interessante. Sem desculpas, sem pedir permissão a alguém. Ele realmente fazia o que julgava ser certo. Não exatamente para os outros, mas para ele mesmo. Itachi não respondeu a pergunta de Sai, pois, na concepção de Sai, Itachi deve tê-la julgado desnecessária. – Enfim, não importa.

Sai realmente estava engraçado: a calça e a camisa eram folgadas para ele. Parecia sumir em meio as roupas de Itachi. Logo ele se encostou na parede, cruzou as pernas e os braços. Sorriu para Itachi porque, aquele cara era alguém que Sai realmente estava intrigado. Geralmente não dormia com alguém mais de duas vezes senão o próprio Pein, mas Itachi, se quisesse, o faria ir até lá. Sai se aproximou de Itachi e eles se beijaram mais uma vez, dessa vez um beijo, não carinhoso, claro, mas intimo e calmo.

Itachi o olhou estreitando os olhos, e Sai deu risada.

- Contanto que possamos nos divertir, Itachi-san, você pode me ligar a qualquer hora. – Dizendo isso, Sai deixou o apartamento de Itachi e deixou o moreno com um sorriso divertido nos lábios. Itachi com certeza ligaria.

It's in the water, baby, it's in the special way we fuck!
(Está na água baby, está no jeito especial que transamos)
It's in the water, baby, it's in your family tree
(Está na água baby, está na sua árvore genealógica)
It's in the water, baby, it's between you and me.
(Está na água baby, está entre você e eu)
Bite the hand that feeds, tap the vein that bleeds,
(Morda a mão que semeia, tape a veia que sangra,)
Down on my bended knees, I break the back of love for you
(Desça nos meus joelhos dobrados,)
I break the back of love for you!
(Eu destruiria o próprio amor por você!)
Post Blue - Placebo

continua...


Notas: ¹: Pierre Noire em francês quer dizer pedra negra. O cigarro do Sai é daqueles Black, sabe? +_+

²: Lullaby quer dizer canção de ninar.

Nota da autora: Meu Deus! Fanfic mais diferente que eu já escrevi. Vamos começar, eu sei que já tem muitas fics com prostituição por aí, mas eu realmente não estou interessada em fazer do Sai um anjinho, por isso a tatuagem, muito irônica. Quero fazer entrigas, quero fazer com que, mesmo sem perceber o Sai e o Itachi vão se aproximar cada vez mais. Vai ter gente querendo matar o Sai, gente querendo matar o Itachi. Quero fazer com que eles se gostem mesmo sem perceber, sabe?

E o que acharam do meu primeiro hentai? Nunca tinha escrito um, quanto mais lemon. Não sei se está muito bom, mas se não estiver, gente, peguem leve, nunca tinha escrito um antes. Foi muito na base da música Closer do Nine Inch Nails senão não saíria o negócio. AHUHUAUHAUHAUHA Eu adorei fazer o Itachi, quero a relação dele com o Sai bem legal, tipo o Sai é todo exagerado nas ações dele, ele é praticamente um pós-adolescente. Não é todo maduro e o Itachi o que mais é, é maduro. Logo mais personagems aparecerão. _o_

Eu sei, eu sei que eu tenho muita fic pra atualizar e não vou dar conta, mas não deu, tive que fazer essa, a ideia não saía da minha cabeça. '-' Ignorem os erros, eu revisei a fic duas vezes, mas eu sei que deve ter algum erro por aí. E gente, a maioria dos capítulos dessa fic terão como tema as músicas do Placebo porque eu acho que, além de ser tema pra yaoi, Placebo é muito Sai e Itachi. Enfim, minna, eu realmente espero que tenham gostado, que comentem, deixem opiniões, críticas, sugestões. Vocês sabem, a gente escreve mesmo é pra vocês.

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