É TUDO DA MAMY STEFF, ESTOU APENAS BRINCANDO DE BARBIE, OK?
Não é engraçado como seus pais podem ser cada vez mais chatos e controladores do que você poderia imaginar? Quer dizer, é qualquer coisa negativa, menos engraçada. Ter 17, quase 18, anos, ser reservada, contida e qualquer coisa, menos uma adolescente descontrolada e fútil, deveria ser uma bênção de todos os santos para quaisquer pais, menos para os meus.
E é por isso que estávamos a caminho da terapia.
– Mas mãe...
– Sem "mas", querida – ela suspirou – seu pai e eu só queremos o seu bem, Bella. Você vai adorar a terapia, é muito bom ter alguém para conversar. Não é mesmo, Charlie?
– É isso mesmo – meu pai disse num tom divertido – além do mais, minha filha, nós não vamos ficar sabendo de nada que você conversar durante a sessão. É tipo aquela coisa... Segredo... Como é mesmo, Renée? Médico e paciente?
– É bem por ai, Charl – ela riu – ora Bella, é apenas uma horinha, não tem com o que se preocupar. O doutor Cullen é excelente com seus pacientes. Ouvi maravilhas sobre ele!
– MÃE! – exaltei – MÃE PELO AMOR DE DEUS!
– O que foi Bella? – ela virou o pescoço para me encarar – O que houve?
Eu respirei fundo.
– Mãe – e respirei – qual é o seu problema? – e respirei de novo.
– Por que, querida? – meu pai se intrometeu.
– Como assim "POR QUE"? – me desesperei – pai, vocês estão primeiramente me levando para uma terapia, o que já é péssimo considerando que eu sou completamente normal e minhas faculdades mentais estão em ótimo estado.
– Em segundo lugar vocês estão querendo que eu divida todos os meus pensamentos, aflições, opiniões e todas as outras coisas com uma pessoa totalmente estranha. Não só uma pessoa totalmente estranha, mas um HOMEM totalmente estranho – tomei fôlego – e em terceiro lugar: perceberam que é um homem? Eu estarei todas às terças confidências para um cara! E eu vou perder Saturday Night Live! – exclamei.
– Bella – Charlie sorriu divertido – Saturday Night Live só passa aos sábados.
– Programa idiota! – bufei.
– Caso encerrado. Doutor Cullen será seu psicólogo daqui para frente – Renée riu.
Então nós tivemos mais quinze longos minutos de estrada até a clínica do tal Cullen. E eu aproveitei esse tempo para pensar num tópico que possivelmente poderia se tornar o assunto da sessão.
E pensei...
Pensei...
Pensei...
E continuei pensando...
Nada.
Isso vai ser constrangedor.
– Pronto Bella, chegamos! – Renée disse fodidamente alegre.
– Certo, lá vou eu – bufei abrindo a porta do carro – pai, desde quando você sabe a programação da TV? Quer dizer, desde quando você assiste alguma coisa além de jogo?
E ganhei uma risada.
– É Bells, surpreenda-se com seu velho. Até mais tarde!
– Boa sorte, querida! – minha mãe gritou pela janela do carro enquanto eles saíam do estacionamento. De repente eu me senti como uma criancinha completamente assustada, prestes a encarar o terrível primeiro dia de aula.
– É... Vamos nós – murmurei.
– Oi, meu nome é Isabella Swan. Eu tenho um horário marcado com o doutor Cullen às dezenove horas.
– Muito bem dona Isabel... – Bella – interrompi sem graça a recepcionista – Prefiro Bella, sem o "dona", por favor – sorri brevemente.
– Certo Bella – ela sorriu – informarei a ele que você já chegou. Pode se sentar, daqui a pouco ele vai lhe atender.
– Ok... Ahm... Eu devo acertar algum valor com você? Ou com ele?
– Não, não. Seus pais já deixaram tudo acertado, não se preocupe.
– Certo, então... Obrigada, vou lá me sentar.
Eu estava com o coração na mão. Quer dizer, qualquer adolescente normal estaria. Meus pais queriam que um cara mais velho e totalmente desconhecido fosse a pessoa a quem eu confidenciaria minhas coisas, Não era pra isso que eu tinha Alice? Afinal, ser confidente também faz parte da função de melhor amiga, não é? E é completamente mais fácil para conversar com ela.
Esse é um bom ponto a ser discutido assim que eu chegar em casa.
A imensa porta branca com a maçaneta cromada se abriu, me obrigando a parar meu irônico e incrivelmente alto metal pesado que falava de coisas "quase fáceis". Como eu disse: Irônico.
Enfim, surgiu ao lado da porta um homem fodidamente lindo e maravilhoso com uma aparência jovem demais com aqueles desalinhados, porém não menos sexy, cabelos cor de cobre e olhos esmeralda, corpo totalmente viril e definido por baixo das roupas, feição jovem, porém máscula e grande porte acolhedor, continuando... Aparência jovem demais para que eu pudesse supor que fosse o tal doutor Cullen.
Mas o mesmo fodidamente lindo homem sorriu para mim e disse: – Isabella? Vamos?
.Deus.
– Bella – corrigi timidamente enquanto entrava em sua sala.
– Muito bem – disse fechando e porta – sente-se Bella.
Eu me sentei como ele disse. Os primeiros momentos foram horríveis, nós apenas olhávamos um para o outro sem saber o que falar. Mas então o doutor resolveu se apresentar e explicar como funcionaria nossa terapia.
O nome dele era Edward Cullen, mas para mim – e somente para mim – seria McDreamy. Edward explicou todo o procedimento chato de que ele não iria me dizer o que fazer da vida, e sim me auxiliar; que o sigilo dele só poderia ser quebrado se a minha vida estivesse em risco; que nós teríamos sessões interativas, etc, etc.
– E então Bella... – ele sorriu para mim como se esperasse que eu começasse a falar alguma coisa.
O que me fez pigarrear e ajeitar minha postura no luxuoso e confortável estofado.
– Edward... Desculpe minha indiscrição, mas... Quantos anos você tem? – cocei a cabeça sem graça – digo, é que você parece tão jovem! Se eu o encontrasse na rua jamais imaginaria que você já é formado e tem sua própria clínica! – balancei-me constrangida.
McDreamy riu divertido de minha situação, o que fez tudo piorar de um jeito que minhas bochechas avermelhassem, entregando minha vergonha.
– Eu tenho 28. E você, Bella?
– 17 – apressei-me em completar – mas, farei 18 próximo mês.
– É uma excelente idade – ele pôs sensualmente a mão no queixo – diga-me Bella: Por que você acha que seus pais te sugeriram a terapia?
– Não sei explicar muito bem...
– Você acha que eles têm algum problema de confiança ou algo parecido? – questionou.
– Não, não! Muito pelo contrário – suspirei e recostei-me no sofá – deve ser justamente por isso. Meus pais acham que eu sou muito responsável e reservada pra minha idade, eles meio que não conseguem aceitar isso, sabe?
– É mesmo? – ele ergueu as sobrancelhas em curiosidade.
– É. Eles não conseguem aceitar o fato de que eu não sou dessas adolescentes que saem pras noitadas, enchem a cara da bebida e fazem... Merda. Por aí – fiz uma careta a contragosto.
– Mesmo? E por que você acha que eles são assim?
– Talvez porque eu não tenha muitos amigos... Ou namorados – bufei ao lembrar minha conversa constrangedora com Renée sobre namorados e camisinhas, e o caso que ela supunha que eu tinha com Mike Newton. Ow.
– Entendo. Vamos começar pelos namorados, Bella. Digo, a não ser que você goste de garotas. Ou garotos e garotas. Você sabe que muit...
– Não, por favor! – interrompi constrangida – eu não gosto de garotos. Nem de garotas. Eu gosto de homens.
– Como assim?
– Meninos da minha idade não me atraem. Meu tipo são aqueles já maduros... Tipo você! – ri nervosamente – não me entenda mal. Eu falo do tipo mais velho, inteligente e sensato. O tipo que não tem sexo e álcool como prioridade de vida. Isso que me atrai.
Edward sorriu satisfeito. – Muito bem, Bella! Você realmente soa muito madura, apesar da pouca idade... Não que eu seja tão mais velho, a diferença é mínima! – nós rimos.
O resto da sessão foi altamente tranquilo. Meu nervosismo acabou rapidamente e eu pude descobrir o quão maravilhoso e acolhedor Edward poderia ser. Expliquei para ele que meus problemas com amizade se deviam ao fato de que não era fácil encontrar pessoas que tivessem pensamentos parecidos com os meus. E por aí fomos tranquilamente, era quase como conversar com Alice. Quase.
– Então foi isso mãe, Edward é maravilhoso e nos demos super bem – sentei em minha cama exausta após contar para Renée como havia sido minha primeira sessão com o doutor McDreamy.
– Isso é ótimo, querida, seu pai vai adorar saber que você se deu bem com a terapia! Estávamos preocupados com você – ela riu – ele mais do que eu!
– É claro que sim, dona Renée – zombei divertida.
– Bella, seu pai e eu conversamos e achamos melhor você não contar da terapia para ninguém – ela sorriu contida.
– Por que, mãe?
– Ah, querida... Nem tudo da nossa vida nós devemos contar para as outras pessoas, sabe? Existem coisas que devem ser mantidas somente para nós, você entende?
– Entendo – sorri brevemente.
– Vai guardar segredo até mesmo de Alice?
– Vou sim.
– Promete?
– Prometo mãe! –ri impaciente de sua preocupação – não vou contar sobre a terapia, juro.
– Ótimo, meu amor. Tenha uma boa noite.
– Você também, mãe.
E então meu dia se encerraria assim. Deitada numa cama ansiando pela próxima terça onde eu veria meu doutor McDreamy.
E seus olhos de esmeralda...
E cabelo de pós-sexo...
E corpo viril...
E voz aveludada... – bocejo.
E... Sono... Profundo...
OOI PROVÁVEIS LEITORAS, então... desculpem o capítulo pequeno e monótono, mas é apenas uma "PRÉVIA". a partir do segundo capítulo haverá coisinhas mais interessantes e capítulos provavelmente maiores, ok? Então se você leu isso até o fim, por favor mande uma REVIEW pra que eu saiba que você está acompanhando, sim? *-*
ah, e desculpe se houver aqueles erros chatinhos, tá?
beijiiiiiiins
