A brisa da noite fria , passava selvagem pela minha cara ,graças janela aberta do meu quarto , causando um certo desconforto , o meu corpo deitado na cama reclamava por um pouco mais de calor .Que eu nao estava nem a para o dar, fechando a janela e cobrindo-me.
A katana na minha mao brilhava , pela luz da lua cheia que se formara mais ao menos duas horas .
O pano de camurça, que eu utilizava para a limpar , estava gasto , velho e com alguns cortes , graças sua lamina afiada , que havia cortado tantas cabeças de criaturas desumanas , primitivas , insuportáveis e incrivelmente mortíferas , estou falando de Vampiros.
Aqueles sugadores de sangue, bastante atraentes para as suas vítimas caírem nos seus encantos, bastante interesseiros para amarem, bastante nojentos para sugarem aquele sangue, que circula nas veias do pescoço, que mais tarde lhes escorregara pelos cantos da boca.
Reparei o telemóvel tocar já quase no refrão da musica " Dance, dance dos Fall out boy. Tirei imediatamente o telemóvel velho debaixo dos quadris , desbloqueando-o a atendendo sem a preocupação de ver quem era.
-Alô ?- pedi , enquanto levantava o tronco , sentando-me assim na cama .
*-Ino , sou eu , o shikamaru -disse a voz do outro lado .*
-ah , oi , shika que se passa ?-perguntei , levantando-me e pousando a katana em cima da secretaria , ao lado da sua bolsa , para depois me virar de costas e apoiar-me na mesma.
*-Encontramos mais dois .*-disse enquanto bocejava do outro lado .
-Mais dois , onde ? -mais dois isso no era nada bom , com estes dois , já dá um total de 11 este mês .Pensei, preocupada.
* -Perto do colégio de konoha , situado na serra .-disse .-Precisamos de ti imediatamente , estou mesmo a chegar a tua casa - o som de uma buzina , foi ouvida do outro lado -SEU FILHO D...*- desliguei o telemóvel dando um sorriso de canto , esse shikamaru nao mudava mesmo .
Desencostei-me da secretória de madeira de cerejeira , procurei pelos meus all-stars pretos pinchados de branco como se fosse correctivo , debaixo da cama e calçei-os .
Peguei na mochila preta , e a coloquei em cima da cama abrindo-a completamente , andei com passos apressados até o banheiro, tirei as chaves do bolso das calas abrindo a porta , retirei a capa preta característica dos slayers, do penduro preso na porta .
Os slayers um grupo caçadores de vampiros, que só algumas pessoas no mundo conhecem , actualmente estávamos em tréguas , com o acordo de apenas se alimentarem de sangue de animais .Mas muitas pessoas estao a morrer , aparecem no meio da serra sem uma única pinga de sangue , ja para nao falar da marca característica das suas presas, ou seja os vampiros andam a quebrar a trégua.
Vocês perguntam , porque ser uma slayer , porque ajudar esta organização ? Eu respondo: quero vingança .
Meus pais foram mortos numa guerra contra aquelas criaturas, elas mataram-os , e agora vão sofrer as consequências , porque tudo na vida se paga.
Atirei a capa para dentro da mochila , peguei na katana deixada pela minha me antes de morrer , ela tambem era uma slayer, assim como meu pai , foi lá que se conheceram , foi lá que deram o primeiro beijo , talvez até foi lá mesmo onde me fizeram .
Coloquei a katana com a pega roxa no saco , juntamente com uma ou duas injecções tranquilizantes, isto deve chegar.
Fechei a mochila e pu-la sobre o ombro , corri até entrada ,do apartamento onde morava, com minha tia , tsunade, desde os seis anos , ou seja desde a morte dos meus pais . Foi ela que me colocou nos slayers , já que ela era a directora dessa mesma organização.
Tínhamos um apartamento , longe do centro de konoha , lá era sossegado e tranquilo , o que era óptimo para mim , porque eu nao gostava lá muito das confusões da cidade e assim no dávamos tanto nas vistas .
Desci as escadas correndo , peguei no casaco , que estava em cima do sofá de couro branco , e saltei o mesmo , apesar do sofá ser um pouco alto eu ja estava acostumada a este tipo de alturas ou até maiores .
Abri a porta da entrada , vendo o Hummer preto estacionado no meio da rua , reconheci shikamaru , dentro do veiculo do lado do condutor .
Como sempre bocejava , enquanto se confortava no banco, desde que o conheço , nunca o vi um dia sem bocejar .
Desci uns cinco degraus , já que morava no primeiro andar , abri a porta, com algumas gotas de agua , olhei com mais atenção e com a luz de um candeeiro de rua pude ver as gotas da chuva , rápidas e esguias caírem .
Corri , fazendo com que os meus all-star fizessem um som esquisito no cimento da rua .Shikamaru abriu a porta e eu entrei no carro .
Dentro do carro ouvia-se a chuva persistente lá fora e Hotel Room Servicedo Pitbull , reduzi um pouco o volume da musica , despertando shikamaru de mais um dos seus momentos de descanso.
-Para onde vamos agora ?- perguntei , olhando para a rua molhada e para as pessoas que corriam com os guarda chuvas na mao ou abrigando-se em alguns cobertos de prédios , enquanto shikamaru abria a janela deixando a brisa fria entrar.
- Já foram todos avisados , penso que já se estejam a dirigir para lá -disse ele acendendo um cigarro .
O cheiro do cigarro , incomodava-me , olhei com uma cara fingida de incredulidade para ele e amacei o cigarro ainda na boca dele .
-Certo, então vamos , sem fumo .-disse atirando o cigarro pela janela aberta anteriormente por shikamaru.
Alguns minutos antes ...
As grades frias e molhadas pela chuva , faziam as minhas mãos escorregar pelas mesmas , a minha testa tendia a cair para um dos lados , já para nao falar que estava completamente molhada , fazendo com que os meus cabelos loiros tivessem o mesmo destino .
Levantei-me passando a manga de camisola pela testa , mas pouco adiantou ,visto que a mesma estava molhada , com passos lentos voltei para dentro do meu quarto se assim se podia chamar .
Na televisão passava mais um videoclip do justin bieber e do usher , cantavam em frente de um painel , com o kanji do amor atrás .
Os meus olhos pararam , para depois começarem a rodar velocidade da luz até ficarem quase brancos , sinal que ia ter outra previsão , shit.
Como de costume a dor de cabaça forte , atingiu-me como um trovo caído dos céus. Ficou tudo escuro para depois tudo ficar aclarear .
A viso estava um pouco desfocada , apenas via um borro vermelho , uma especie de rosto pálido dois olhos verdes , ou eram negros .
Ouvia alguem chamando por mim , porem no conseguia reconhecer a voz .
A visão começou a focar-se lentamente , estava numa especie de floresta, a chuva caía sobre os meus cabelos e corpo, porem o meu rosto estava um pouco húmido mas no tanto como o resto do corpo .
Um rosto masculino me observava , um rosto pálido , com olhos Verde-Agua , delineados por lápis preto grosso, uma cabeleira vermelha tapava a tatuagem do kanji tatuada na testa do lado esquerdo .
Era ele , depois de mais ao menos 7 anos , o que no era muito para a nossa especie, ele voltou .
Com as mos toquei-lhe o rosto pálido e com a expresso de preocupação estampada, como eu o conhecia o suficiente para saber que ele me iria dar uma bronca depois da minha recuperação e como sabia , que por mais ferida que estivesse ele nunca desistiria de salvar a irmã mais velha .
-Tu ...Vol-Voltas-te G-Gaara -ele deu-me um sorriso de canto , pois um sorriso era quase impossível se ver naquele rosto.
-Eu prometi que te ficaria sempre a seu lado , quando precisasses , Temari .-eu sorri, ter o meu irmão mais novo de volta era sem dúvida muito motivador para mim.
Logo tudo voltou a ficar escuro, por momentos, parecia ter ficado sem chão e cair num poço de memórias.
Meus pais, meus irmãos, minha casa, minha terra natal, meu povo, tudo veio tona.
Despertei no chão frio do quarto, levantei o tronco com uma das mãos na cabeça, tentando suportar a dor, sentada no tapete preto e felpudo fiquei algum tempo.
Logo o som de sapatos subindo as escadas foram ouvidos, uns provavelmente deviam ser sapatilhas, por causa do som característico da borracha e pelo facto de subir mais rápido as escadas que o outro par.
A porta foi aberta, por um moreno, os cabelos negros e bagunçados, balançaram pelo vento trazido pela janela, os olhos vermelhos depois de observar todo o quarto e retomarem para mim deram lugar a uns cor de ônix, o mesmo se abaixou, colocando a mao no meu ombro.
-Outra previsão – suspirou, olhando para mim, quando tudo me veio mente sorri, e o abracei.
-Ele voltou, Sasuke – exclamei, desmanchando o abraço, o mesmo que fazia uma careta por lhe ter abraçado, mudou a expressão para curiosa.
-Quem, tema? - Ele perguntou, esticando o braço, com a mão aberta.
-O Gaara, ele voltou, eu vi -disse aceitando a mão e fazendo força para me levantar.
-Tema, por vez...-ele foi interrompido pela figura que acabava de entrar pela porta de meu quarto.
-Eles está desaparecido á mais de oito anos, achas mesmo que irá voltar assim do nada -perguntou a mulher de cabelos brancos, os olhos negro levemente estreitados, na pele pálida, até demais, eram visíveis uma maior quantidade de rugas á volta dos olhos, será que esta mulher nunca ouviu falar em cremes anti-rugas.
-E porque não – perguntei dando um leve empurrão sem sasuke e andando até a mesma.
-Ahahahahhahahah- a mulher riu com sarcasmo .- Provavelmente está morto, morto. Com tal está no fim do inferno. - Os meus olhos viraram vermelhos, uma shiruken se formou neles, característico do clã Sabaku.
-O que você disse, sua velha dos infernos? - Automaticamente passei a uma posição de ataque, as minhas presas surgiram por entre os lábios pintados de vermelho.
Ela olhou para mim e sorriu, aquele sorriso era desprezível, detestava quando ela vinha com aquele ar superior para cima de mim.
A mulher começou a fazer uma especie de selos para depois movimentar as mãos calmamente, merda, eu conhecia aqueles movimentos.
Antes que pudesse recuar, estava presa, não me conseguia mexer, meu pescoço queimava, meu corpo parecia estar nos quintos do inferno.
Tentei olhar para meu pescoço e aí percebi, uma especie de liquido prateado, que formava uma dor de tal tamanho que fazia com que dos meus olhos sangue saísse .
Sasuke, vendo aquilo agarrou as mãos da velha, empurrando-a para uma cadeira , desfazendo o jutsu.
Caí no chão ofegando, com uma mão no pescoço, tentando acalmar a dor, o sangue já não saia mais de meus olhos, agora apenas restava algum seco formando um rasto.
Sasuke olhou o líquido espalhado no chão, cheirou, uma ou duas vezes, e voltou os seus olhos para a velha, que tambem ofegava na cadeira.
-Humpf. - Murmurou ele – Prata líquida, que golpe baixo dona chiyo. -disse a olhando.
-Tsc -reclamou a velha se levantando, e caminhando para fora do quarto.
Sasuke que seguia a velha com os olhos, se virou abanando a cabeça negativamente de olhos fechados, ainda nesse momento murmurou:
-A decima quinta idade – apesar da dor, um pouco mais, calma, ri, me levantando.
- Bem, vamos trincar qualquer coisa? - Perguntei, ele assentiu, e saímos correndo pela floresta.
