É um dia frio, as nuvens são cinzentas, e a vento frio batia em meus cabelos enquanto caminhava, o dia estava negro, como se algo terrível estivesse para acontecer. As árvores se curvavam com o vento forte, e mesmo com minha jaqueta, eu sentia o frio. Cruzei os braços para tentar me aquecer. Faltavam duas quadras para chegar. Olhei por cima dos ombros para ver se eu estava sendo seguido. Ninguém. A rua estava completamente vazia, todas as casas estavam com as luzes apagadas. Ou melhor, nem todas. Havia um pequeno casebre no final da rua em que eu já tinha notado antes, mas com o frio eu nem tinha percebido mais detalhes. Parei. Não sei por qual motivo, mas sentia que estou sendo observado. Observei ao longe o casebre. Era uma casa bem pequena toda feita de madeira. Parecia estar sem dono por muito tempo porque as tábuas estavam algumas quebradas e então percebi que as luzes se acenderam logo após que eu passei por ela, mas somente agora que eu notei isso.

Eu olho para a porta fechada daquela casa e depois olho de relance para a janela e vejo um vulto que se esquivou, como se ele estivesse me observando. Olho novamente para a porta, e sinto um arrepio na espinha. A porta agora está entreaberta. E eu sei que devo correr, sei que eu estou sendo seguido. Agora parece que o dia está mais frio. Se for quem eu penso que são eu sei que eles estão me seguindo, vou ter que despistá-los. Começo a andar mais rápido, e quando me dou conta já estou correndo. Apesar de ser um dia frio, o suor escorre em minha testa e eu corro ansioso para chegar logo em sua casa. Faltavam alguns metros para a esquina onde eu deveria virar, mas eu devia despistá-los. De qualquer maneira.

Decido então não virar. Eu sigo em frente, nenhuma ideia vinha em minha cabeça. Eu devia pensar rápido, até porque eu não conseguiria correr para sempre. Até que veio uma ideia em minha mente. Eu corro sem olhar para trás, e viro na próxima esquina.

Continuo correndo sem olhar para trás e nem sabia mais para onde eu estaria indo. Era uma questão de vida ou morte, e eu não poderia deixar que eles descobrissem o que eu estava levando. Pensamentos corriam por minha cabeça e eu estava totalmente distraído quando eu caí. Eu levantei e continuei a correr, e eu sentia que minha jaqueta não estava tão fria como antes, eu já estava bem mais a frente e já me preparava para virar na próxima esquina quando tudo fez sentido. Minha jaqueta não estava tão fria como antes? Como eu fui ignorante. Eu me retorcia somente de pensar que isso poderia ter acontecido. Não, eu não fui tão idiota assim para me distrair tanto. Na verdade eu não queria fazer o que eu estava pensando, era impossível e mortal se fosse confirmado. Mas eu não tinha outra escolha. Deveria sair de meu momento "Parando o tempo só um minutinho". Levei minha mão em meu bolso. E por um instante eu pensei que eu estivesse errado. Mas não.

O frasco não estava lá. E eu deveria voltar e pegar, porque aquele frasco valia a minha vida, era a minha missão. Ele só tinha me pedido isso, apenas pegar o frasco e levar até lá. Mas eu falhei e nada pagava por isso.

Mas infelizmente esse não era um momento de pensar e sim de agir. Eu me virei e comecei a correr no sentido contrário. Era uma coisa louca, mas eu deveria. Eu pensava quando Fiske disse aquela história de teste eu achei que seria fácil. Achei. O que poderia acontecer comigo? AAAAAHHHHHHH!
Pare de pensar e corra, seu idiota!

Corria cada vez mais rápido e eu já me aproximava do lugar da queda. Era somente virar uma esquina. Mas foi quando me voltou na memória instantaneamente o que eu estava para enfrentar. Eu só poderia fazer uma coisa.

Agora o que eu precisaria era de sorte, algo para que eu possa me esconder. E por sorte tinha uma casa com uma garagem bem grande, e dois carros estacionados. Eu corru atrás de um carro e me escondo. Agora só me resta esperar e rezar. Fico ali sentado, por alguns minutos, quando ouço passos passando ali por perto.

Eu tento não fazer nenhum tipo de barulho, isso poderia ser muito perigoso se realmente fosse quem eu esperava. Quando eles passaram, eu notei que eram três pessoas e só poderiam ser eles. A lembrança do frasco em meu bolso da jaqueta me deixava maluco, já tinha certeza que eles pegaram, mas algo me dizia que eu deveria fazer alguma coisa. E antes de tudo aquilo que estava para acontecer, passaram-se alguns minutos e tudo parecia que estava mais calmo. Parecia.


E então?
Esse capítulo é só pra deixar curioso...

Tentei fazer uma mais devagar e detalhada e o próximo capítulo vou escrever bem em breve para não perder o suspense..., só preciso de reviews..
Abraços..