Disclaimer: Não possuo nenhum direito autoral, o copyright não é meu.

Classificação do Capítulo: Sei que a fic em si está classificada como M, mas esse capítulo é completamente livre para qualquer público.

Observação: Ana Russel e Lethícia Parrington são personagens originais.

Tenham uma boa leitura!


~ A Nova Geração ~

Capítulo Um

Uma Longa Viagem

- Pronta? - Alvo aparecera à porta.

- Ah, claro - respondeu a prima que acabara de reorganizar seu malão e agora o fechava - Só falta eu?

- Imagino que sim. Os nossos pais estão meio impacientes.

- É sempre assim, você sabe que é.

Ela carregou o malão até a sala e todos pareceram a contemplar por um momento.

- Então vamos - disse Hermione, ajudando a filha a carregar o malão.

Foram todos, ainda como trouxas, em um carro magicamente ampliado por dentro, considerando que no ano anterior a tentativa de usar o Pó de Flu fracassara miseravelmente.

- Não está ligando...

- Por favor, Ronald! Quatro anos já se passaram desde que tirou sua carteira, e ainda não sabe que tem que rodar a chave para o outro lado? - Hermione disse, tentando ser paciente.

- Certo. Então... - ele tentou rodar a chave para o outro lado - Ah bem, agora foi.

Hermione bufou e põs os dedos na testa em sinal de impaciência.

As famílias Weasley e Potter, visivelmente muito próximas além de ligadas, chegaram na estação em cima da hora, atravessaram a parede que separava as plataformas nove e dez sem se importar se trouxas olhavam ou não e se despediram rapidamente.

Não demorou nem dez segundos e James já havia sumido com os colegas Sonserinos em uma cabine distante. Lilian, Hugo, Rose e Alvo se espremeram em uma cabine. Passaram alguns minutos em silêncio, contemplando uns aos outros, os rostos apreensivos como se estivessem indo à Hogwarts pela primeira vez, até que Lilian resolveu quebrar o silêncio.

- Isso é tão chato - ela disse, sem rodeios.

- O que disse? - perguntou Rose, que estava decididamente absorta, observando a paisagem se modificar pela janela.

- Eu disse - repetiu Lilian pacientemente - que isso tudo é muito chato. Vocês, sempre à frente, por serem mais velhos. Vejam só, ano que vem já podem até serem monitores.

- Lily - Alvo se dirigiu à prima antes que Rose o fizesse - eu duvido muito que vá me tornar monitor, então você ainda pode ser a primeira da família - ele sorriu - Quanto à Rose, não tem jeito, todos sabemos que ela só não é monitora por falta de idade.

Rose bufou.

- Alvo, já te disse milhões de vezes que você pode ser monitor se quisesse - ela começou, mas ao perceber o olhar do primo, mudou o rumo da frase - Mas é claro que Lílian vai ser a primeira da família Potter, porque... hm... Bem, a minha avó ficará orgulhosa de nós duas, já pensou?

- É, mas você pelo menos tem duas avós. Eu só tenho uma.

Ao ouvir o argumento de Lilian, Rose calou-se. Sabia que a falta de avós paternos magoava muito a prima, pois sabia que ela queria muito conhecer a inspiração para o seu próprio nome.

- Hugo, você tá bem? - Alvo perguntou ao ruivo que acabara de vidrar na porta, olhando corredor afora.

- Quem é ela? - perguntou o ruivo, apontando timidamente para a porta do corredor.

- Ah, sim, o nome dela é Lethícia - respondeu-o Rose.

- Eu acho que ele quer saber mais, está babando por ela - Alvo acrescentou para a prima.

- Nem adianta, Hugo, ela é mais velha. É quartanista, como a gente - ela indicou a si mesma e a Alvo - e está na Corvinal. Sem chances.

- Ei, não seja tão ! - Alvo repreendeu Rose ao ver o olhar infeliz de Hugo - Escuta, parece que ela ainda não arranjou onde sentar, que tal chamarmos ela pra sentar aqui conosco?

Porém, antes que Rose pudesse expressar sua opinião, Lethícia já estava entrando na cabine, a pedido de Alvo. Mas antes que ela pusesse completamente o corpo dentro da cabine, deu um belo berro corredor afora:

- Ana! Aqui! Achei um lugar pra gente ficar!

- A gente? - murmurou Rose no ouvido de Alvo.

Lethícia não tardou-se a sentar do lado de Hugo, os belos cabelos escuros pendendo em uma trança lateral.

Logo, a tão indesejada Ana entrou. Era um pouco mais alta que Lethícia, os cachos quase dourados batendo na cintura, o sorriso estampado no rosto.

- Ah, finalmente um lugar pra sentar! - exclamou, sentando-se por sua vez ao lado de Alvo Severo.

Naquele momento, a cabine estava extremamente desconfortável, com Rose, Alvo e Ana de braços colados e Lethícia, Hugo e Lílian na mesma situação diante deles.

- Bem - Ana começou, se endireitando - Será que não estamos mesmo incomodando?

- Claro que não - Alvo disse, sorrindo, como se tivesse sido a coisa mais boba que tivesse ouvido na sua vida - Não se preocupe com isso. Hm... Então, por que vocês estavam largadas no trem daquele jeito.

- Ah - Lethícia pareceu contrangida, mas deixou que Ana explicasse.

- Parece que, quando encontramos uma cabine vazia, digamos... - Ana parecia ao mesmo tempo envergonhada e intrigada - Não nos quiseram por lá.

- Entendi - Alvo pareceu ter finalmente compreendido que elas não eram muito populares e não se misturavam muito facilmente.

Uma onda de tensão pareceu invadir a cabine. Ninguém sabia o que dizer, ficavam se entreolhando e provavelmente imaginando o que deviam fazer agora.

Mas, de qualquer forma, não podiam continuar assim durante toda a viagem. Afinal, aquela seria uma longa viagem.


N/A: Como já puderam perceber, eu não dispenso uns bons diálogos nas minhas fics. Acredito que esse capítulo já é suficiente para deixar alguns curiosos...

Mereço uma review?

Já vou deixando claro que eu não deixarei de postar se não receber review em alguns dias, mas isso me deixaria extremamente feliz.

O capítulo dois ainda está em andamento, mas aguardem muitas surpresas!