Desafiando Deus

Capitulo 1 – 'A desastrada e solitária artista.'

Tóquio, agosto

– aqui esta senhora – disse um homem entregando-lhe um embrulho.

– arigatou "quem é a senhora aqui? Quantos anos acha que eu tenho,velho? Você deve ter o triplo da minha idade. Céus... preciso me conformar com a minha cara de velha..." – bufou e entrou em seu apartamento. Jogou-se no sofá e rasgou rapidamente o embrulho. Dentro deste havia uma caixa de veludo negro e um bilhete.

'Creio que gostará do pequeno presente meu anjo.

Foi feito especialmente para você.

Saudades...'

Abriu um sorriso satisfeito. Ele nunca se esqueceu dela. Mesmo depois de anos sem se verem. Mesmo depois de nem mesmo saber onde ele estava. Ele sempre dava um jeitinho de mandar presentes. Caros. Muito caros na opinião da moça. Mas este em especial, com certeza fora o mais caro de todos. Abriu a caixa deparou-se com um maço de papel. Fez uma careta. Onde estava com a cabeça para mandar-lhe papel? A curiosidade foi maior e começou a ler.

– OH MY GOD!! – o grito ecoou pelo pequeno apartamento. A própria dona encolheu-se com o som. – oh my god! Oh my god! Oh my god!! – não sabia se ria ou chorava. Sentiu uma vontade imensa em sair pulando pelo cômodo e derrubar tudo a sua frente. Em suas mãos tinha a escritura de uma mansão. E o melhor em seu nome. – o que eu faço? Pense! Vamos pense! Certo, o que me prende aqui... n-a-d-a! uhu! Meu amor me espere que eu to chegando! – disse referindo-se a casa, claro. Via aquele homem generoso apenas como um amigo. Tinha um carinho imenso por ele. Conheciam-se desde... Desde... Desde quando mesmo? Oh sim! Desde sempre! Não lembrava do dia em que se viram pela primeira vez, era um bebe ainda. Ele cinco anos mais velho que ela. Dizia também não se recordar de tal fato. Então chegaram à conclusão de que isso não importava.

Arrumou as malas e partiu uma semana depois rumo a sua nova moradia. Deixou pra traz todo seu passado sofrido. Trancou todas as lembranças ruins dentro de seu antigo apartamento.

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Desceu do táxi e olhou novamente para o papel em suas mãos.

– céus... é aqui mesmo... – murmurou boquiaberta. A sua frente um longo bosque que tinha um estreito caminho entre as arvores. – isso deve ser um breu de noite... – empurrou o gigantesco portão enferrujado e adentrou. – pra onde foi que você me mandou heim, 'meu anjo'? – depois de cerca de quinze minutos de tropeços e escorregões avistou a casa. – ora, ora... ele sabe que eu tenho claustrofobia... deve ser por isso que esse lugar é tão exageradamente enorme... pra que tudo isso??

Aparentemente era uma mansão secular muito bem conservada. Subiu a escadaria e parou em frente à suntuosa porta principal.

– onde é a campainha..? – antes que pudesse procurá-la a porta se abriu.

– não temos campainha, minha senhora... – uma idosa bem vestida a recepcionou. – creio que seja a nova proprietária...entre...

– é... sou sim...

Kagome se deparou com um enorme salão e uma escadaria. Depois de certo tempo boquiaberta com o lustre de cristal a senhora se manifestou.

– me chamo Kaede, sou a governanta, a senhora seria..?

– Kagome, Higurashi Kagome... tudo aqui é enorme...

– é por que essa mansão foi construída no século XVI – a menina arregalou os olhos – venha, vou mostrá-la tudo...

– oh claro! Estou morrendo de curiosidade!!

Andaram por aproximadamente meia hora, de cômodo em cômodo. A cada lugar que passavam Kagome fazia um comentário devido ao tamanho.

– vejo que não esta muito acostumada com quartos tão amplos...

– ah é que no Japão é tudo tão pequeno e simples...

– entendo... ah este aqui é o melhor quarto! – disse abrindo um porta de mogno maciço e trabalhado com desenhos abstratos.

– é o maior de todos!! – exclamou a púbere desgostosa. – eu já nem arrumava o meu antigo que era 3 por 3...

– temos cerca de vinte empregados, senhora...

Kagome sorriu sem graça. – ah que bom... sorry, eu tenho o péssimo habito de pensar alto! Eu sempre morei sozinha...

– a senhora é a patroa, haja como quiser.

– errr... pode me chamar só de Kagome...

– como queira senhora Kagome...

– "conforme-se Kagome, você tem cara de velha..."

– bem... a sacada da para o bosque. Em noites de lua cheia a vista é muito bela! – comentou Kaede.

– Onde será que eu posso montar meu ateliê..?

– recomendo o ultimo andar... esta vazio e tem uma linda vista do jardim...

– é acho que lá ta bom... "Pare de falar o que pensa!!"

– creio que esteja cansada... tome um banho e descanse. Vou até a cozinha verificar o almoço...

– oh okay... "parece que tudo aqui parou no tempo..."

– ah senhora Kagome!

– sim?

– recomendo que não desça ao porão...

– por quê?

– o lugar é assombrado...

Kagome segurou o riso. – "realmente este lugar parou no tempo" que bobagem Kaede baa-san! Fantasmas não existem!!

– eu não disse fantasmas...

Kaede se retirou deixando Kagome só em seu novo quarto.

– foi como se ela tivesse dito 'vá até o porão, senhora Kagome'.É lógico que eu vou lá! Não agora, mais tarde...

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Já fazia uma semana que se mudara para o local e ainda não tinha decorado os corredores.

– "que maravilha, Kagome! você se perdeu pela milionésima vez em sua própria casa!!"

Continuou andando pelo corredor mal iluminado. Parou diante de um vitral que há assustou um pouco.

– os antigos donos tinham um humor macabro...

O vitral mostrava a imagem de um rapaz com as roupas cobertas de manchas vermelhas. Aos seus pés o corpo de uma mulher, provavelmente morta. E no céu escuro uma espécie de anjo com longas asas, que apontava uma espada na direção do primeiro homem.

– tudo bem que minha memória num é lá aquelas coisas, mas eu nunca estive aqui antes!! – olhou ao seu redor tentando buscar uma saída. – ah uma escada! Mas... eu não me lembro de ter subido nenhuma escada... então eu deveria estar no térreo... por que isso ta descendo?? Ah que se dane!!

Pôs-se a descer os degraus. Quanto mais adentrava no local, mais escuro ia ficando.

– ta escuro... ta apertado... o ar ta acabando... eu to ficando tonta... socorro!!!

O grito ecoou em meio a escuridão. Ninguém respondeu. Kagome desceu um pouco mais e se deparou com uma porta.

– aahhh agora eu vou abri isso, e a luz do salão central vai ilumina tudinho e eu vou pode respirar...

Ela estava enganada...

Continua...

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Domo!

Mais uma fic doida! xP Acho que vai ser bem legal escrever essa fic. É a minha primeira desse tipo. Pra quem já leu outras fics minhas sabe que eu escrevo capítulos curtos e adoro suspense! Todos os caps vão ter mais ou menos esse tamanho ok!? Espero que gostem n.n Aiai... Mais uma hated M... Será que eu nãos ei escrever historunhas inocentes?? hihi Bjos!

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O que aquela porta esconde?

Próximo capitulo: 'Sangue e morte', o livro que não deveria ser encontrado...

Se não for pedir muito deixe uma review n.n

by Sanetoki-san