Buquê

Castiel não entendia o que significava quando a pessoa pegava o buquê em uma festa de casamento, nem ao menos se importava, mas quando ouviu uma das moças de verde, combinando com as outras quem ficaria na frente para pegá-lo, sentiu aquela curiosidade roer seu cérebro.

Perguntou para Dean, mas o loiro apenas desconversara dizendo que não era nada importante, afirmando que era tudo 'coisa de mulherzinha', terminou por fazer uma careta e abocanhar mais um pedaço de um sanduíche, que ele tinha pegado sabe Deus de onde.

Castiel entortou os lábios e se encostou na parede, ainda queria saber, mas para quem perguntaria?!

Sam estava se arrumando e não conhecia absolutamente ninguém ali, eram todos amigos de Amélia e Sam. Suspirou enquanto chutava uma pedrinha, aquela curiosidade estava o matando de dentro para fora.

_Cas? – Amélia apareceu ao seu lado de branco e sorrindo grande. – O que ainda faz aqui? Dean já está esperando você.

_Mas...

_Os padrinhos não podem atrasar. – ela disse sorrindo segurando o braço do moreno.

_Amélia... – não fazia muito tempo que a conhecia.

_Sim? – e olhou para ele com aqueles grandes olhos castanhos.

_Por que as moças querem tanto pegar o seu buquê?

Amélia riu da ingenuidade do anjo e arrumou-lhe a gravata.

_Porque a pessoa que pega o buquê... É a próxima a se casar. – respondeu.

_Ah.

_Agora vai, ou Dean vai ficar mais vermelhos que essas rosas. – ela brincou, indicando o buquê que tinha nas mãos.

Castiel sorriu tímido e se foi, parando ao lado do loiro ao lado do altar.

_Dean. – chamou baixinho enquanto via Amélia andar devagar no tapete vermelho.

_Shhhiiiii, Cas! – o loiro resmungou baixo, as mãos entrelaçadas na do anjo. – O Sam vai ter um dos ataques dele se vir a gente conversando no casamento dele.

_Mas eu queria saber... – se calou quando viu Sam encará-los.

_O que? – perguntou, quando o irmão finalmente se virou para frente de novo.

_Eu posso pegar o buquê?

Dean avermelhou e tossiu, desconfortável demais para respondeu. Sentiu tapinhas sutis em suas costas e viu que eram as mãos de Castiel. Ficaram em silencio por um tempo enquanto o padre dizia algumas palavras.

_Dean... – Castiel chamou olhando para ele. – E então...? Eu posso? – sussurrou.

_Nhá. – e fez uma careta. – Isso não é importante, Cas.

_Tudo bem.

Quando a cerimônia acabou, Castiel e Dean sentaram em uma mesa mais afastada e ficaram apenas vendo Sam e Amélia dançando valsa, e então várias moças e mulheres se aglomeraram no meio do salão, as mãos para cima enquanto Amélia ia para frente delas, sempre sorrindo.

Dean olhou para o anjo e viu o semblante triste enquanto via todas aquelas moças lá.

_Tudo bem, Cas, você pode ir. – disse e girou os olhos ao vê-lo sorrir.

Amélia piscou para Castiel antes de finalmente virar-se e jogar o buquê para o alto. Castiel viu tudo acontecendo em câmera lenta, todas aquelas mulheres com braços esticados e puxões de cabelo, viu os homens que faziam caretas engraçadas quando alguma de suas companheiras encostava os dedos nas flores vermelhas do buquê.

Foi nas mãos de Castiel que ele veio parar.

_Cas? – Sam e Dean disseram em uníssono, o mais novo tinha ido conversar com o irmão e agora estavam os dois, lado a lado de boca aberta.

_Cas! – Amélia só faltava dar pulinhos de felicidade. – Com quem vai casar Cas? – perguntou rindo, sem reparar no olhar assustado de Dean.

O anjo sorriu e olhou para o loiro que ainda mantinha os olhos arregalados no buquê vermelho, que estava nas mãos do namorado.

_Com o Dean. – ele respondeu sorrindo e Dean não conseguiu evitar sorrir também.