FanFic: Harry Potter e a Filha da Lua

Autora: Alice Versiani

Tipo: Geral – Romance

Shipper: Original Character/Harry Potter; Ronald Weasley/Hermione Granger

Classificação: Desaconselhável para menores de 13 anos.

Disclaimer: Com exceção aos 'Original Character' dessa fanfic, todos os personagens e trama pertencem à Tia Jô! Afinal, é ela que REALMENTE ganha alguma coisa (ou MUITA coisa!!! O.O) escrevendo...

Resumo:

Voldemort retornou.

Com ele sentimentos antes esquecidos pela comunidade bruxa renascem: medo, angústia, ódio.

O mundo passa a viver o caos de 15 anos atrás e apenas um garoto pode determinar o fim definitivo do império do Lord das Trevas, um garoto predestinado desde seu nascimento.

Essa fic tem o objetivo de mostrar uma das etapas fundamentais da formação de um ser humano: o seu amadurecimento. A fase de transição, onde aprendemos a dar valor a verdadeiras amizades, a definir nossos princípios e, principalmente, a determinar o caminho que seguiremos.

Harry Potter, como todo o garoto nessa faixa etária, também enfrentará esses conflitos, mas em uma escala tremendamente superior a de qualquer garoto normal, pois o caminho trilhado por ele não afetará apenas sua vida, mas a de todos. Ele precisará enfrentar seus fantasmas, medos e angústias. Aprenderá a confiar mais em si mesmo e a dar sentido à suas ambições. Precisará se guiar no meio de informações torpes e pessoas duvidosas para conseguir a verdade. Aprenderá sobre conceitos antigos e profundos, e conhecerá seres novos que o fascinarão e despertarão uma força interior que não conhecia. Precisará abrir seu coração para aprender a utilizar a melhor arma contra as forças das trevas: sua luz interior.

Em seu sexto ano em Hogwarts Harry conhecerá novos inimigos e aliados. Será apresentado a uma pessoa que mudará seus conceitos sobre prioridades e, aos poucos, o conquistará por completo.

Todo esse desenvolvimento do nosso determinado e corajoso grifinório você acompanha aqui, em Harry Potter e a Filha da Lua.

Capítulo 1: Encarando a realidade

Eram 2 horas da manhã. Harry estava deitado na cama, ainda completamente vestido. Ele não conseguia dormir, pensando em tudo o que acontecera durante o dia. Várias emoções perturbavam seu coração – ódio, tristeza, vingança, rancor – mas havia um sentimento diferente, não estranho, mas completamente novo...

(Remontando o dia anterior...!!!)

Ele acordara normalmente com tia Petûnia gritando para o garoto descer a ajuda-la com o café. Era 31 de julho, aniversário de Harry, e nada além de um dia normal na casa dos Dursley. O menino trocou de roupa desanimadamente e desceu as escadas. Pela madrugada recebera os presentes de seus amigos: um livro de azarações avançadas de Hermione (com uma carta de recomendações para não usá-lo fora de Hogwarts), uma caixa com artefatos anti-trevas do pessoal da Ordem (incluindo outro bibilhoscópio, mas bem melhor do que aquele que Rony havia dado...), uma caixa de doces da Dedos-de-Mel de Hagrid, um bolo de aniversário dos Weasley e uma miniatura de um campo de Quadribol, com vassourinhas que voavam de verdade, do Rony. Lembrando do presente do amigo Harry se animou e entrou na cozinha preparado para agüentar a tia:

- Vá a padaria para mim! Válter tem uma reunião importantíssima e precisa de um bom café. - vendo que o garoto não se mexia a tia se irritou – ANDA LOGO MOLEQUE!!!!!

Harry saiu de casa, a padaria era dois quarteirões abaixo, atravessando a travessa entre o Lardo das Magnólias e a Alameda de Glicínias. Ao passar por lá Harry se lembrou dos malditos dementadores que atacaram ele e Duda no verão passado, e nisso seu pensamento correu para Hogwarts e os acontecimentos do ano: de Voldemort, de Sirius (e nisso seu coração se contraiu dolorosamente) e em Umbridge. Um sorriso fraco percorreu a face de Harry ao se lembrar da antiga professora de DCAT e pelo que ele soube ela se encontrava no St. Mungus e não tinha previsão de cura!

O menino resolveu ir devagar, aproveitando a tranqüilidade das ruas logo pela manhã e imaginando que este era, considerando onde estava, um bom começo para o dia do seu aniversário, afinal, Harry fora terminantemente proibido por Dumbledore de dar seus passeios noturnos; ele preferia ver o garoto seguro dentro de casa e com os membros da Ordem vigiando-o.

Nessa hora Harry escutou um estalido logo atrás dele, e com o barulho surgiu um enorme cheiro de bebida no ar:

- Bom dia Mundungo! Já começou seu turno de hoje? – perguntou o garoto com um sorrido maroto no rosto.

- Ahh!!!... Como você percebeu? ... A capa está deixando alguma coisa aparecer? – respondeu a voz do homem a uma certa distância de Harry.

- Hahahaha... não Dunga, a bebida o denunciou! – completou Harry, divertindo-se com o constrangimento do homem.

- Você não pode ficar andando assim na rua garoto! Há uma guerra aqui e o cara quer te pegar... você entende isso? – disse Mundungo, que reparava fixamente as transformações no rosto de Harry, pensando se deveria contar a ele os ocorridos da noite passada.

Um silêncio reinou pesado entre eles, até que Harry resolveu perguntar o que o estava preocupando:

- Houve um ataque ontem... quantos morreram? – disse o garoto, virando-se para a direção em que vinha a voz de Mundungo.

O homem ficou em silêncio por alguns minutos até que respondeu, com a voz profundamente abalada:

- Ontem aconteceu um ataque simultâneo. O Lorde das Trevas, desde que ressurgiu só atacou trouxas, mas ontem... ontem ele dizimou três famílias bruxas que apoiavam Dumbledore desde o começo... Samuel Becker era um dos nossos.

A notícia de que Voldemort finalmente atacara bruxos abalou a convicção de Harry de que os bruxos do Ministério, agora que acreditavam em Dumbledore, reteriam o poder de Voldemort com mais eficiência. Mas dois meses haviam se passado e o Ministério não tinha conseguido evitar nenhum ataque aos trouxas, e a maior preocupação de todos era evitar que os trouxas percebessem algo de errado.

Harry sabia que a guerra só acabaria quando Voldemort morresse, mas ele só poderia morrer de uma forma: alguém, predestinado desde o nascimento por uma profecia, deveria matá-lo... e esse alguém era ele, Harry Potter.

O coração de Harry se comprimiu e suas entranhas ficaram pesadas quando pensou no assunto, e uma enorme dor afligiu seu peito. Ele só pensava nisso, desde o fim do ano letivo e o desastre na sala do Departamento de Mistérios do Ministério da Magia.

A dor de mais uma perda parecia ter endurecido o garoto. Após os ataques de histeria, Harry se refugiara na sua tristeza, isolando-se até de Rony e Hermione, e trancou-se em seu quarto estudando arduamente para se esquecer dos acontecimentos; só parava para comer, ir ao banheiro e ler o Profeta Diário, que agora estava muito mais confiável, e a comunidade bruxa inteira estava a par dos ataques dos Comensais de Voldemort.

Mas, um dia Harry pareceu acordar de um sonho muito ruim para cair em uma realidade ainda mais terrível: Sirius havia morrido, mas muitas pessoas estavam morrendo e ainda poderiam morrer com toda essa guerra; e Harry tinha certeza que Sirius não ficaria nem um pouco feliz com essa atitude egoísta do garoto e Harry resolveu mudar. Estudava agora o máximo de DCAT que pudesse e Lupin estava ajudando muito com os livros e dicas que mandava para Harry (o ex-professor havia dito que estava muito feliz com a mudança e com o amadurecimento do garoto e apoiava sua decisão, evitando que ele entrasse mais uma vez em depressão).

Harry também estudava com afinco Transfiguração e Poções (seguindo alguns conselhos de Tonks!) e já se preparava para os N.I.E.M.S., pois agora estava mais decidido que nunca a ser Auror...

XXXXX

Harry caminhava tranqüilamente ao lado de Mundungo e pensava nos muitos bruxos que já haviam morrido. Dumbledore disse-lhe que agir agora diretamente contra Voldemort era muito precipitado, o que eles precisavam fazer era enfraquecer as forças do Lord das Trevas e impedir que este aumentasse seu exército.

O garoto entrou na padaria e Mundungo foi atrás coberto pela capa. Harry pegou tudo que sua tia pedira e, saindo da loja teve que desviar rápido para que não tropeçasse em uma garota que entrava correndo, mas não adiantou, pois passos atrás a menina pareceu bater de frente a algo e cair no chão:

- Aiiii!!! – exclamou a garota, massageando a cabeça – Só podia ser você, não é Dunga? – disse ela, olhando zangada para um ponto mais alto (para a completa surpresa de Harry!!!)

Mundungo riu baixinho e disse para os dois garotos saírem da loja para conversarem. Eles andaram até uma área deserta perto do parque onde poderiam conversar sem serem interrompidos. A menina parecia ansiosa. Mundungo retirou a capa:

- Melissa, o que você faz aqui? Você deveria estar na Ordem! Hoje é o seu dia de vigília.

- Me desculpe Dunga! – exclamou a garota com uma expressão nervosa – mas é que o prof. Dumbledore pediu para chamá-lo, aconteceu alguma coisa e ele solicitou uma reunião de emergência! Eu ficarei a encargo de Harry

- Tudo bem. – disse o homem, estendendo a capa para a garota.

- Não Dunga – disse a menina parando a gesto do homem com apenas um olhar – Obrigado, mas a capa é para que os trouxas não achem estranho um homem como você andando com um garoto. Mas comigo não tem problema! Além disso, - completou a menina com um sorriso e olhando de soslaio para o garoto – eu gostaria de conversar com ele!

Harry, que até agora acompanhava o diálogo boquiaberto, se assustou e olhou intrigado para a menina

- Então se é assim... – disse Mundungo com um sorriso maroto no rosto e se cobrindo com a capa – eu me vou! Ah, Harry! ... Feliz Aniversário!!! – e desaparatou.

Agora Harry estava ao lado de uma garota que nunca havia visto, mas ela não despertava desconfiança no garoto, pelo contrário, transmitia uma aura muito forte e de um calor muito bom. Harry estava doido para saber o que tanto ela queria conversar com ele.