Prólogo
Diálogo retirado do filme Prólogo do Céu.
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Eles nunca haviam concentrado o cosmo como naquele momento.
Primeiro veio uma forte luz e depois a gigantesca explosão.
Fecharam os olhos.
Não sentiram dor. A única coisa que sentiram foi a sensação de dever cumprido. De que tudo ia dar certo.
"Os cavaleiros de bronze vão conseguir, temos certeza. Eles vão salvar Atena e a Terra."
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Eles abriram os olhos. Estavam em um lugar escuro.
A água abaixo de seus pés tremulava enquanto andavam.
Formas distorcidas apareceram ao redor deles.
- Cavaleiros de ouro, vocês são apenas almas sem corpos – disseram os deuses. - Mas isso não significa que nós os deuses, perdoamos os seus pecados.
- Somos cavaleiros de Atena – disse Shion. - Mesmo sem nossos corpos, mesmo tendo despertado a ira dos deuses ainda somos cavaleiros de Atena e sempre seremos. Dedicamos nossas vidas a Atena.
- Os cavaleiros de ouro são os mais poderosos entre todos os cavaleiros, mas ainda assim não passam de mortais – continuaram os deuses. - Suas almas serão condenadas. Como lição para a humanidade que continua traindo os deuses, suas almas ficarão seladas aqui. E não conhecerão a paz por toda a eternidade.
- Mesmo na morte nossas almas estão com Atena – disse Dohko. - Mesmo presos em sofrimento eterno nada mudará nossa decisão.
- Vocês podem nos selar aqui, mas outros seguirão o mesmo ideal em nosso lugar – completou Shion.
- Ainda que outros humanos sigam os seus passos, não serão páreos para os deuses. Mortais, sejam humildes perante os deuses.
Depois disso, eles foram engolidos pela escuridão.
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Atena acordou assustada. Uma sensação horrível tomava conta de seu coração.
- Meus bravos cavaleiros! Então foi assim que aconteceu. Mas mesmo selados vocês continuam leais a mim! Obrigada.
Uma lágrima caiu sobre a mão de Atena.
- Preciso fazer alguma coisa! – ela se levantou decidida. – Não posso permitir que fiquem presos assim. Eu vou libertar vocês.
Atena já sabia aonde ir e o que fazer.
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- Minha irmãzinha, o que devo a honra de sua visita?
Um homem enorme e com o corpo cheio de fuligem saudou Atena. A oficina de Hefesto ficava no interior do Monte Etna, na Itália. Era um lugar quente, mas era ali que Hefesto se sentia bem.
- Como é bom ver você Hefesto, meu irmão! – disse Atena abraçando o deus. – Vim aqui pedir um favor. Você é o único que pode me ajudar.
- O que posso fazer por você?
- Lembra-se daquela vez, nos tempos mitológicos, quando eu e você criamos Pandora, a primeira mulher? – perguntou Atena.
- Claro que lembro, era uma bela mulher – disse Hefesto. – Mas o que isso tem haver com o seu pedido?
- Preciso de sua ajuda para recriar alguns seres humanos – disse Atena. – Meus cavaleiros de ouro que morreram para ajudar Seiya e os outros a ir para os Elíseos. Por favor, Hefesto. Você é o único que pode me ajudar.
- Mas Atena, as almas deles foram seladas pelos outros deuses – disse Hefesto.
- Irmão, eles eram fiéis a mim. Eles desafiaram os deuses para me salvar e para salvar a Terra. Eles não tiveram culpa, não tiveram escolha.
Hefesto começou a andar pela oficina de um lado para o outro. Ora ele colocava a mão no queixo, ora atrás das costas.
Ficou nisso alguns minutos. Até que parou e virou-se para Atena.
- Você quer que eu recrie doze cavaleiros de ouro?
- Bem, Hefesto, na verdade além dos doze que também gostaria que recriasse mais dois – Atena deu um leve sorriso envergonhado.
Hefesto sorriu.
- Tudo bem!
Atena correu para abraçá-lo.
- Obrigada, obrigada, obrigada!
Hefesto deu uma sonora gargalhada e abraçou sua irmãzinha com força.
