Essa é uma fic de criação própria, apenas Samantha Drina Couborgh-Goutha é de criação de Dark-Okami.Os vampiros que aqui aparecem são inspirados nos do filme Van Helsing, onde podem sair durante o dia, se este for chuvoso ou nublado, ou seja, sem sol.

A chuva caía incessantemente, era tarde e logo mais o famoso clã Couborgh-Goutha iria se juntar ao clã Larousse. Ryan Couborg-Goutha se casaria com Clarice Larousse, ele era vampiro de sangue puro, ela mestiça, sua mãe era uma humana. Nem todos viam esse casamento com bons olhos, não aceitavam o fato de Clarice ter sangue impuro dos simples mortais, um desses clãs era os Russeau.

Ryan estava nervoso, vestido impecavelmente, mexia nos longos cabelos negros enquanto olhava a chuva cair, seus olhos eram finos e verdes.

- Vai perder os cabelos assim...- Diz uma garota sentada em um sofá, vestia um longo de época vermelho, que deixava os ombros à mostra, os cabelos negros estavam presos em um coque com algumas mechas caindo sobre os ombros e rosto, usava um tapa-olho no olho esquerdo, o olho à mostra era verde.

- Sabe que estou nervoso Sam...- Diz Ryan à sua irmã, Samantha, que apenas sorri.

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Duas carruagens corriam pela estrada de terra, estavam em meio à um bosque fechado, o da frente levava Reymond Larousse e seu primogênito Evan, os olhos claros do ancião estavam com um brilho melancólico, que não passou despercebido por Evan, este vestia uma roupa branca com camisa azul clara, seus cabelos eram no meio das costas e loiros bem claros.

- O que foi pai? Não está feliz?- Diz Evan, analisando a reação de seu pai com seus olhos azuis claríssimos.

- Não é nada Evan...- Diz o velho Reymond.

"Tem algo estranho...", pensa Evan, olhando mais uma vez para a outra carruagem.

A outra carruagem levava Clarice e uma dama de companhia, vestia um belo vestido branco de mangas longas, os cabelos claros tinham cachos bem feito nas pontas e uma tiara de brilhantes junto ao véu completava o arranjo. Os olhos azuis brilhavam de felicidade, amava Ryan tanto quanto esse a amava e esse era o dia mais feliz de sua vida.

Assim que a primeira carruagem saiu do bosque, a outra foi barrada por homens vestidos de negro, o cocheiro tentou dizer algo, mas teve a cabeça decepada. A dama de companhia estranhou a brusca parada e tirou a cabeça para fora, afim de saber oque se passava, mas nem um grito pôde dar, pois em segundos sua cabeça rolava pela lama. A porta é arrombada e a jovem arrastada pelos homens para o meio do bosque.

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Ao ver que apenas uma das carruagens chegara à mansão, Ryan pressente algo e corre escadas à baixo, Samantha o acompanha preocupada.

- Onde está Clarice?- É a primeira coisa que Ryan pergunta.

- A carruagem dela estava logo atrás...- Diz Evan olhando em direção ao bosque.

Sem dizer nada, Ryan corre em meio à chuva, Evan tenta ir atrás, mas é segurado por Reymond.

- É tarde...- Diz o ancião Larousse com um suspiro triste.

- O que você fez pai? É sua filha!!!!!- Evan puxa o pai pela gola.

- Fiz para o bem de todos...- Reymond não conseguia encarar o filho.

- Fez bem... Era uma impura...- Diz um homem de cabelos ruivos e olhos cinzas, Pierre Russeau, estava junto de seus filhos, os gêmeos Frederic e Leonel e sua filha Isadora.

- Pois mais impura que fosse, não tinha o direito de fazer isso com a própria filha!- Samantha encara Pierre.

- Não se preocupe Sam, eu irei consolar Ryan...- Diz Isadora ironizando o nome da garota. Era um jovem de cabelos cor de fogo e olhos cinzas.

- Velho bastardo!!! Você e sua família são sujas!!!!- Samantha explode de raiva.

- Suja? Diga isso à seu pai também. Ele sabia de tudo, é mais sujo que nós... Aceitou a morte da mulher que o próprio filho amava...- Diz Pierre.

- Pai? Isso é verdade?- Samantha olha para o velho Richard, com a esperança que ele negasse.

- Isso foi decidido pelos anciões, Sam, não podia fazer nada... Seria um perigo misturar uma impura com nós, iria sujar o sangue dos vampiros puros... Entenda Sam... Espero que um dia possa me perdoar...- Diz Richard.

- Tente o perdão de Ryan, pois o meu não terá!- Diz Samantha, um filete fino de sangue desce por seu rosto alvo. Richard a olha com pesar, esperava por isso, ele suspira e vê Samantha entrar na mansão. À essa hora todos os convidados estavam na entrada com o boato que o casamento estava acabado.

- Também não irei te perdoar... Irei te odiar pelo resto da minha eternidade... Reymond Larousse...- Dizendo isso, Evan corre para o bosque.

- Não ligue para essas palavras, fez muito bem amigo Reymond...- Pierre coloca a mão no ombro de Reymond.

- Tire as mãos de mim, não me torne a palavra, não sou seu amigo... Não entende como estou... Fiz isso pelo bem de meus iguais! Contra minha vontade...- Reymond dá um tapa na mão de Pierre, se afastando deste.

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Ryan corria em meio à chuva, ao chegar ao bosque logo vê a carruagem e os corpos decapitados. Ao correr em meio às árvores logo encontra uma clareira. Seus olhos se arregalam, pendurada pelo pescoço e com uma estaca no peito, o corpo sem vida de Cecília balançava com o vento.

- Clariceeeeeeeeeeeeeee!!!!!- Ryan corre e abaixa o corpo de sua amada, lágrimas grossas e vermelhas escorrem pelo rosto pálido, ele grita e abraça o corpo frio de Cecília contra o peito.

Ele pega o corpo da amada e ruma para a mansão encontrando com Evan no caminho, ao ver a irmão morta, ele corre até Ryan.

- Clarice... Ryan eu...- Evan tinha lágrimas vermelhas brotando de seus olhos.

- Não me chamo Ryan... Não mais, Ryan morreu com Clarice... De hoje em diante sou Trinity...- Diz o moreno, seu olhar era frio e sem sentimento.

- Ryan... Eu... Meu pai, o seu pai...- Evan tentava dizer algo, mas estava confuso.

- Um dia eles me pagarão pelo que fizeram à Clarice... Espero que esteja do meu lado nesse dia...- Diz Trinity. Voltando seu caminho para a mansão.

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A festa estava acabada e os convidados haviam ido embora, muitos indignados, outros assustados, outros alegres.

Na sala, apenas Pierre e seus filhos que desfrutavam de uma taça com um líquido vermelho e grosso, em outro canto, Richard, este com o olhar distante. Reymond havia tomado seu rumo, para nunca mais ser visto, se corroendo de remorso e dor.

Trinity praticamente arromba a porta, e sem olhar para os presentes ou dizer uma palavra, se dirige para a biblioteca. Coloca o corpo gelado de Clarice em um sofá de veludo vinho e se ajoelha ao seu lado. Um livro cai da estante, e Ryan vai até este, era um livro de magia antiga, ao folhear algumas páginas ele vê algo que lhe interessa...

Pega uma adaga e se aproxima de Clarice, marcando um símbolo em seu braço, depois um igual ao de Cecília, ele faz o sangue de seu corte cair no corte da garota ao mesmo tempo que balbucia algo de olhos fechados.

-Ryan...- Samantha entra por uma passagem secreta e vê o que o irmão fazia.

- Ela voltará para mim Sam, voltará um dia... – Tinity olhava sério para sua irmã.

- O que você fez Ryan?- Samantha se aproxima.

- Me chame de Trinity, não sou mais Ryan... O que eu fiz foi salvar a alma de Clarice, era irá renascer algum dia, e será minha novamente... Estará comigo nesse dia Sam?- Trinity ainda olhava para sua irmã.

- Pode contar comigo...- Sam sorri.

Sem dizer nada, Trinity carrega novamente o corpo de Clarice até a passagem por onde Samantha havia entrado.

- Cuide de tudo até eu acordar...- E assim, Trinity sai.

Ele caminha por um corredor escuro e úmido que dava para os jardins, onde havia um cemitério, ele entra em uma capela e deposita o corpo de Clarice em um sarcófago, fechando a tampa em seguida, e se deita em um caixão ao lado, fechando a tampa e adormecendo, até o dia em que Clarice renascesse...

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200 anos depois, 20 de dezembro de 1802...

Um choro de bebê faz Trinity despertar de seu sono secular, ele sorri e levanta do caixão, sua amada Clarice havia renascido... Ao abrir a porta da capela, depara com um dia cinzento.

- Trinity... Ela nasceu... Se chama Dominique e está atualmente na Inglaterra...- Uma voz feminina faz o rapaz olhar para o lado, onde uma garota vestida com um sobretudo negro até a canela, deixando à mostra apenas o coturno preto, estava encostada à parede da capela, tinha os cabelos negros e presos em um rabo baixo, um tapa olho com uma borboleta de ferro tapava um dos olhos, o a mostra era verde...

- Sam...- Sorri Trinity.

- Está tudo em ordem, a mansão, as propriedades da família e negócios...- Diz Sam.

- Bom trabalho, minha irmã... Está diferente...- Diz Tinity vendo que Samantha usava roupas mais masculinas agora.

- Os tempo mudam irmão... Não sou mais aquela Samantha, tive que tomar as rédeas da casa...- Ela sorri de lado.

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4 anos depois...

Uma garotinha de cabelos loiros claros e olhos azuis bem claros andava pelo corredor, era noite e vestia uma camisola branca de mangas longas, estava descalça e caminhava em direção à janela que dava para a sacada. A lua brilhava avermelhada e o céu estava limpo.

- Quem está aí?- Diz a garotinha, abrindo a porta devagar e saindo.

- Clarice, meu anjo...- Diz um rapaz moreno em pé sobre o pára-peito.

- Eu me chamo Dominique e não Clarice...- Diz a garotinha olhando o rapaz com curiosidade.

- Será sempre minha Clarice... Iremos nos encontrar novamente...- Diz Trinity, descendo do pára-peito e se agaixando em frente à garota, beijando-lhe a testa.

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Outono de 1823...

A chuva havia acabado de parar, em frente ao túmulo de seus pais, Dominique segurava uma besta, a água escorria pela arma abaixada, vestia um sobretudo preto mais justo na cintura, calças pretas e botas de salto fino. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, seus cabelos loiros e lisos estavam molhados e a franja longa grudava no rosto, ela morde os lábios. Fazia exatamente 1 ano que seus pais haviam morrido, na verdade, assassinados, um ser estranho havia invadido a mansão durante a noite e matado seus pais e os empregados da casa de forma cruel, Dominique sobreviveu apenas porque alguém a salvou, não conseguiu ver quem era, pois desmaiou em seguida, mas era um rapaz de cabelos loiros... Depois desse fato, ela aprendeu a lutar e manejar armas, largou os vestidos de corte fino por calças e camisas... Descobriu o que era aquilo que matou seus pais...Um vampiro, e sabia onde ele estava no momento.

Dominique engatilha a arma e com passos firmes se dirige à mansão onde estava esse tal vampiro. Ficava perto do cemitério, ela arromba a porta com um chute e vai em direção à um dos quartos, o vampiro que dormia no caixão se levanta com o barulho, mas não tem tempo de dizer nada, uma rajada de flechas lhe atravessa a cabeça. Ela engatilha mais uma vez e se aproxima do caixão. O vampiro pula com a cabeça sangrando e derruba a garota no chão, a besta é jogada longe e o monstro tenta morder o pescoço dela.

Dominique pega uma adaga presa à perna e enfia no peito do vampiro, o monstro perde as forças e solta o ombro que segurava, ela encrava mais a arma no peito e chuta o vampiro, que cai agonizando. Ela levanta e arruma os cabelos e limpa o sangue que manchava seu rosto, ela olha com raiva para o monstro caído e vai em direção à outro cômodo da casa, revira os armários até achar o que procurava, um fósforo, vai até a cortina e com um sorriso ateia fogo nele.

Com passos lentos vai em direção à saída enquanto as cortinas eram tomadas pelas chamas, estava perto da saída quando uma carruagem pára na entrada e duas pessoas descem dela.

- Quem ousa fazer baderna em uma de minhas mansões?- Um rapaz vestindo um sobretudo preto entra pela porta, tinha os cabelos negros amarrados em um rabo baixo, os olhos verdes olham assustados para Dominique.

- Trinity?- Samantha que vestia uma camisa branca com um colete preto por cima, calça preta justa e coturnos se aproxima do irmão.

- Então essa casa é sua? É um deles? Prepare-se para morrer!!!!- Dominique tem seus olhos tomados pela ira e engatilha a arma mais uma vez, mirando em Trinity.

Ele não se move e ela atira, Samantha usando sua velocidade vai atrás da loira e balbucia algumas palavras, fazendo-a desmaiar, aparando-a antes que caia no chão. Trinity desvia facilmente das flechas.

- Clarice... – Trinity pega a garota.

- Melhor saírem se não querem virar assado...- Uma voz vinda de fora.

- Evan...- Diz Trinity.

Samanhta e Trintity saem da mansão e encontram o loiro encostado à carruagem, vestia um sobretudo de couro branco , calças brancas e coturnos também brancos.

- À quanto tempo...- Diz Evan.

- O que faz aqui?- Pergunta Samantha.

- Calma Sam, não tive nada à ver com o passado e você sabe disso... Eu apenas estava protegendo minha irmã... Os pais delas foram mortos por um de seus vampiros... Eu a salvei uma vez, e ela veio se vingar como eu esperava... Só não esperava que vocês aparecessem por aqui...- Diz o loiro.

As nuvens começavam a se mexer, logo o sol iria sair por detrás elas, os três vampiros entram na carruagem junto com Dominique e deixam a mansão que logo é tomada pelas chamas...

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be Continued...

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Escrita ao som de Evanescense(Sweet Sacrifice) na primeira parte e NightWish(Where were you last night) na parte da Dominique adulta...

Agradeço à todos que lerem...

Bjnhos x3