Eu não possuo Saint Seiya/Cavaleiros do Zodíaco!Eles são propriedade de Kurumada, Toei e Bandai

Estavam se divertindo. Depois de tanto tempo longe do santuário Mu e Shaka estavam de volta. Não que a viagem pela Ásia com o querido amigo não tivesse sido agradável mas, como bom virginiano que era, Shaka não gostava muito de mudar sua rotina. Na verdade, só consentiu em ir por que Mu insistiu muito. Além disso, o santuário ficaria vazio por um bom tempo pois, todo mundo de repente resolveu viajar!

Foi bom experimentar outros ares, ver outras pessoas e fazer coisas diferente mas, também é muito bom estar de volta! De todos que haviam viajado eles foram os últimos a voltar e uma festa havia sido organizada. Assim que chegaram foram encaminhados ao salão que havia após a 12ª casa. Lá os outros cavaleiros já desfrutavam da festa que prometia varar a noite. Miro foi quem os recepcionou daquela forma toda hospitaleira que lhe era tão característica.

- Ele não mudou nada... – disse Shaka sorrindo.

- Pois é! Já deve estar com umas duas na cabeça! – comentou Mu também rindo e olhando pro escorpião que cambaleava entre os convidados.

Os dois foram para o bar. Mu pediu um martini e Shaka preferiu água. Sentaram-se e começaram a observar os velhos amigos e como eles estavam mudados. Mu estava olhando para Aldebaran enquanto comentava com o indiano:

- O Deba emagreceu ou é impressão minha?Sei lá... Ele parece estar um pouco menor,... Shaka, você ta me ouvindo?

Quando Mu olhou para o amigo este estava de olhos abertos fixando um ponto determinado no salão.

- Credo Shaka, oque aconteceu?

Quando virou o pescoço para ver quem o indiano estava olhando tão concentrado viu que o cavaleiro da 11ª casa acabara de entrar no salão.

- Kamus!

- Ele está diferente não está?

- Bom, não sei... Não vejo nada de anormal... Mas, vamos lá falar com ele, Kamus!

- Não grite Mu, não quero falar com ele! Mu...

Não adiantou, o ariano nem o ouviu já o havia puxado para junto de Kamus.

- Olá messieurs. Como estão?

- Bem! Foi para França nesses tempos de folga? – perguntou Mu animado

- Sim, fui visitar velhos amigos... E vocês por onde andaram?

- Viajamos pela Ásia... Passeamos bastante...

Enquanto os dois conversavam Shaka parecia bastante incomodado. E não falava quase nada. De repente ouviu seu nome ser chamado.

- Shaka? – Disse Kamus procurando os olhos do virginiano.

- Sim? Desculpe... Estava perdido em meus pensamentos...

- Está feliz em voltar?

- Sim! – Pela primeira vez seus olhos se encontram. Shaka sentiu a franqueza dos olhos azuis encarando os seus. Sentiu o quão cálido e o quão gélido eles eram mas, acima de tudo sentiu vontade de ficar ali o resto da noite. – Muito feliz!

Kamus sorriu sem graça e voltou o olhar para Mu que tagarelava incessantemente. Shaka também sorriu, sentiu o rosto queimar de vergonha e desejou não ter sido tão enfático e indiscreto. O ariano acabou levando-os para uma mesa onde mais cavaleiros já estavam sentados e a conversa ficou ainda mais barulhenta e animada. Shaka já estava bem a vontade rindo das piadas quando reparou os olhos azuis em si. Kamus não se demorou em seu olhar e disfarçou logo respondendo qualquer coisa que Afrodite havia perguntado. Tudo era muito excitante e muito confuso. O loiro não sabia se o outro estava sentindo o mesmo que ele. E, afinal de contas, o que ele estava sentindo? Nem mesmo isso Shaka poderia responder com clareza. É claro que Kamus o estava atraindo de uma forma diferente mas, não tinha certeza de seus verdadeiros sentimentos nem mesmo de suas vontades. Decidiu evitar os olhares do francês. Visto que talvez, tudo não passasse de uma falsa impressão e uma tolice dessas não deve ferir a relação de amizade entre eles.

A noite passou sem maiores desconfortos. Todos muito animados demoraram em se deixar ganhar pelo cansaço e a festa foi até tarde da noite!

Depois de acompanhar um muito bêbado Mu até sua casa Shaka foi andando distraidamente pelo Santuário em direção a seu templo. Seus passos ecoavam alto pois, todos já estavam acomodados em suas camas se preparando para a ressaca do dia seguinte. O indiano apesar de não ter falado nem trocado olhares com Kamus o resto da noite não conseguia, por mais que quisesse, tirá-lo da cabeça. Será que Kamus estava confuso assim também? Será que sentira o mesmo que ele? E o que será que ele mesmo, Shaka, estava sentindo? Muitas dúvidas perturbavam a cabeça do normalmente tão seguro e tranqüilo cavaleiro. Já bem próximo de sua casa ouviu sons estranhos, vinham da casa de Libra. Mais por curiosidade do que por precaução foi ver quem estava lá. Miro estava cantando e rindo no meio da 7ª casa. Parecia que a festa pra ele ainda não tinha terminado. Resolveu ir ajudar o amigo e entrou no templo do mestre ancião.

- Miro?

- Oi Shaka! Querido, o seu cabelo ta lindo! – disse Miro rindo cada vez mais alto.

- Obrigado Miro. – Shaka viu que a situação tava feia e resolveu induzir o escorpiano logo até a sua casa. Colocou o braço envolta dos ombros deste dizendo que já era tarde.

- Nossa... E como cheira bem. – Miro passou a cheirar e tocar os cabelos de Shaka.

- Muita gentileza sua – falou um Shaka já bastante incomodado com toda aquela situação embaraçosa. – Agora vamos, você precisa de um bom banho e dormir um pouco...

- Você vai me dar banho?

- É claro que não!

- Ah, por que? Me ajuda vai... Somos amigos ou não?

- Miro, pare com isso! Você está bêbado!

Depois de mais um pouco de conversa fiada o grego se convenceu a ir pra casa. Shaka o estava acompanhando quando viu os olhos que o fitaram na festa com tanta expressividade brilharem na frente dele. Levou um susto e quase caiu com o amigo embreagado.

- Pardon. Não quis te assustar!

- Tudo bem... Estou ajudando o nosso colega aqui que resolveu ficar cantando na casa de Libra.

- Nossa! Você não toma jeito mesmo, né? – falou Kamus num tom de falsa represália para Miro que nem respondeu e já foi perguntando.

- E o que você está fazendo por aqui?

- Bom,... Estava sem sono e resolvi... Dar uma volta... – o aquariano respondeu sem maior importância – Quer ajuda Shaka?

- Sim, por favor.

E aconteceu de novo. Desta vez por um momento um pouco mais prolongado do que havia ocorrido na festa. Seus olhos se encontraram e os dois ficaram estáticos, admirando um o brilho do olhar do outro. Desta vez nem Shaka nem Kamus desviou o olhar se mantiveram firmes mas, sem nenhuma outra iniciativa. Miro se manifestou de repente.

- Se você quiser eu posso te dar um amor destes de cinema... Não vai te faltar carinho...

Os dois, como que despertados pela voz "maravilhosa" de Miro começaram a se voltar para a casa de escorpião!

Notas: Pessoal, esse é um começo um tanto longo mas, prometo me tornar um pouco mais direta! Espero que estejam gostando e, por favor, me digam o que estão achando... A opinião de todas é mais que bem vinda!

Beijos