Os personagens desta fanfic não me pertencem. Mas eu não pretendo comercializá-los ou ganhar qualquer coisa por ter escrito esta fic além de comentários preciosos.
Desafio: I Chall de Fetiches do 6v, mestrado pela Mila B.
Ship: Harry/Draco; Rabastan/Harry/Draco; Harry/Draco + um monte de pessoas.
Capa: http : / bit . ly / oQdT9O (retire os espaços), por Dark K.
Sinopse: Presos um ao outro pelo desespero, o calor e o toque. A salvação se encontra nos detalhes mais improváveis.
Spoiller: 7 – despreza o Epílogo.
Beta: no one
Finalização: 24 de fevereiro de 2011
Quantidade de capítulos: 22
Avisos: Essa fic faz juz ao "M" ali em cima. Assim, na verdade, pode elevar ao quadrado, ao cubo. M²¹¹²²³¹²³¹²³¹. Ela contém cenas de violência, morte, sexo não consensual, homossexual e heterossexual e relação física e emocional de dependência entre pessoas. Eu não deixaria meu filho ler isso. Agora, se você é um adulto responsável e gosta dessa temática, fique à vontade.
Ah, e Trapped tem uma fic-irmã. Não, não é uma produção em conjunto ou uma continuação nem nada assim, somente uma fic gerou a outra: Glass Cage, da Dark K. Leiam, a fic é linda e vale cada segundo de apreciação *o*
Trapped
Capítulo 01 – Vésperas
Algumas coisas são tão típicas do ser humano que às vezes chega a ser difícil definir se determinadas atitudes são traços de personalidade de uma pessoa ou algo que qualquer um faria em situação semelhante.
A busca pela felicidade, por exemplo.
Felicidade não está exatamente entre as necessidades básicas do ser, como se proteger, comer ou se reproduzir. Você pode sobreviver sendo simplesmente infeliz. E, no entanto, é algo que se busca com tanto afinco que chega a ser absurda a quantidade de sacrifícios que se faz para atingir aquilo, que, supostamente, te faria feliz.
Harry Potter era alguém que merecia a felicidade simplesmente por todos os sacrifícios que já fizera. E, em algum ponto de seu ser, ele esperava pelo dia em que ela a alcançaria, uma vez que já havia cumprido a sua parte naquele estranho tratado: ele lutara, ele abrira mão de simplesmente tudo, ele morrera e voltara para tentar ser feliz. Então, a felicidade viria, em algum momento, era só uma questão de manter o foco.
E, naquele dia, Harry Potter estava muito feliz. Pessoas a quem ele tinha muito carinho atingiram, enfim, um patamar a mais nesse caminho estranho que leva à felicidade: Ron e Mione iam, finalmente, se casar.
Por isso, ele andava apressado pelos corredores do Ministério da Magia procurando pelo idiota do seu amigo que, no lugar de tirar folga e ir para casa experimentar pela última vez as vestes feitas sob medida pela primeira vez na vida, conferir os presentes que já recebera e se preparar para a despedida de solteiro que havia planejado para ele no dia seguinte – o dia anterior ao grande dia -, ainda estava trabalhando. E Harry classificaria isso como uma forma de perder o foco na felicidade, porque certamente Hermione ficaria irritada.
E ele se obrigou a sorrir porque sabia que, no fundo, ela também precisaria de um esforço muito grande para não trabalhar, mesmo que na véspera de seu casamento.
Eles seriam felizes juntos.
- Seamus. – Harry cumprimentou o amigo ao entrar no quartel dos aurores e recebeu um sorriso de volta.
- Pronto para amanhã, Harry? Quero ver você cair de bêbado!
- A festa não é minha, cara!
- Sim, mas daqui a alguns meses pode ser, é bom ir treinando.
Harry sorriu sem graça e continuou seu caminho. Aquilo era bem verdade. Seu casamento com Ginny parecia algo óbvio, previsível e iminente, e ele mesmo acreditava que poderia acordar no dia seguinte e ser informado que ele aconteceria em poucas horas.
E a naturalidade com que tudo aconteceu – o reatar do namoro, a intimidade e a familiaridade da Toca, sua ascensão profissional paralela à de Ginny, a convivência e o carinho mesmo quando não estavam no mesmo país cotidianamente – fez com que acreditasse que talvez aquele fosse seu melhor caminho também.
Mas ainda estava tentando entender porque a felicidade que sentia por Ron e Mione era diferente da que sentia pela iminência de seu próprio casamento.
Os olhos verdes correram a grande sala repleta de repartições e o mezanino improvisado mais acima sem conseguir identificar nenhum traço ruivo. Estranhou e consultou o relógio, se dando conta de que o expediente já estava no fim. Era para Ron estar ali.
Deu meia volta e se dirigiu ao andar superior, já quase vazio, encontrando a secretária do Ministro organizando memorandos como um dos últimos afazeres daquela quinta-feira.
- Olá, Eliza. O Kingsley está ocupado?
- Não, senhor Potter, pode entrar.
Após a guerra, todo o quadro de funcionários do Ministério teve de ser revisto. Um trabalho de peneira delicado e que Kingsley conseguiu conduzir com destreza. O departamento dos aurores havia sido um dos mais afetados, devido principalmente às baixas da guerra somadas à corrupção, e ele resgatou o senhor Jenkins, veterano da primeira guerra que estava aposentado, para chefiar o departamento durante aquela reestruturação.
Jenkins, apesar de competente e ter um ar que lembrava a Harry um pouco de Moody, estava realmente cansado, e depois de cinco anos sofreu um infarto fulminante durante uma missão e não sobreviveu. Kingsley ainda não havia eleito um substituto ao cargo, liderando ele mesmo a seção provisoriamente, e as paredes do Ministério ressoavam os bochichos de que ele estava aguardando somente Harry Potter terminar o curso para despontar já como Chefe dos Aurores.
Harry não gostava daquilo, mas o pensamento tinha a lógica de que, sim, ele terminaria o curso ainda naquele ano e que, sim, ele era o melhor aluno da sala – por sua própria competência e treino de toda uma vida -, e, sim, se isso ocorresse seria bem vindo para, por exemplo, apressar seu casamento.
Mas ele preferia ignorar os sussurros das paredes.
- Kingsley? – encontrou a porta aberta e o Ministro já de pé, fechando sua maleta.
- Olá, Harry. Ainda aqui?
- Eu estava em uma missão externa na Escócia, voltei agora, vim me encontrar com Ron.
- Ah, sim, o casamento. Recebi o convite e vou tentar ir. Já enviei um presente, acho que Molly deve estar se divertindo cuidando dessa parte.
- Deve. – Harry sorriu – Ele devia estar cuidando disso também, mas tem ficado até tarde no departamento. Vim tirar ele daqui, mas não o encontrei. Você sabe se ele saiu mais cedo ou algo assim?
Kingsley franziu a testa e abriu uma gaveta, consultando alguns formulários de aparência oficial antes de se voltar novamente para Harry.
- Em uma missão de reconhecimento ontem, tivemos uma baixa. Nada grave, mas o rapaz vai passar o fim de semana no hospital. Ele era um investigador e estava colhendo dados. Era importante que fosse a um encontro com um suspeito hoje. Algo relacionado com roubo de objetos mágicos, pelo visto. Ron se candidatou a ir no lugar dele, deve estar na rua. Avise a Mione para não esperá-lo acordada, mas que, depois disso, ele será todo dela até o fim da lua de mel.
Harry sorriu e se despediu do Ministro, voltando mais calmo até o Átrio para aparatar para a Toca, onde ainda estava morando desde que a guerra acabou.
Ele montaria sua casa quando decidisse ser feliz com alguém. Por enquanto aquele cheiro constante de assados, o barulho que cresce e decresce, mas nunca pára, a escada bamboleante que equilibra todos os cômodos resumiam bem o seu conceito de "lar". Um conceito que ele sabia que nunca conseguiria aplicar à Grimmauld Place, por exemplo, ou a um apartamento qualquer onde decidisse morar sozinho.
Por enquanto, era lá que ele estava mais perto da felicidade.
- Ah, Harry, querido, que bom que chegou. – Molly entrou na cozinha vinda da sala carregada de pacotes – Por favor, dê um jeito nisso, ok? Não sei para quê todas essas embalagens no serviço de postagem trouxa.
A mulher deixou a pilha de caixas em seus braços e começou a circular pela cozinha antes de sumir para a sala de novo, falando continuamente.
- Aliás, fico feliz que tenham encontrado nosso endereço, ou a família da Hermione simplesmente teria que inventar uma forma de enviar os presentes. Arthur está adorando, certamente, saiu até mais cedo do trabalho hoje. Falando em trabalho, você viu Ron?
Harry localizou seu olhar no vão da porta, esperando por uma resposta.
- Ah... Ele vai precisar fazer uma hora extra hoje para compensar a lua de mel. – mentiu, sabendo que o amigo estaria em apuros para justificar aquela saída para alguém tão empolgado com seu casamento quanto sua mãe.
- Mas o que é isso? Vou ter que falar com o Kingsley depois, é o casamento dele!
Harry permitiu que a voz da senhora Weasley desaparecesse quando ele saiu para o quintal, sumindo com as embalagens com um aceno de varinha. Deu a volta na casa, entrando pela sala e pegando a escada disfarçadamente, vendo Ginny acenar para ele do outro canto, onde Molly agora reclamava da iluminação dos jardins.
- Me tira daqui. – a garota pediu, fazendo somente movimentos de lábio.
- Boa sorte. – Harry respondeu da mesma forma e lhe mandou um beijo quando recebeu um gesto rude da namorada.
Sorrindo, subiu para o quarto já muito familiar de Ron, pensando em descansar um pouco antes do jantar. Mas ao abrir a porta, parou, fascinado pela visão de Hermione trajando o vestido de noiva, provando um colar em frente ao espelho de corpo inteiro.
- Ah, Harry, que susto! Pensei que fosse o Ron. Não quero que ele me veja ainda, dá azar.
- Merlin, você está linda. – ele se sentou na cama do amigo para poder observá-la.
- Qual você acha melhor? – ela perguntou, alternando no colo nu do tomara que caia uma gargantilha de pequenas contas brilhantes e um colar de pérolas.
- Pérolas, mais seu tipo.
- Que tipo? – Hermione riu, colocando as pérolas e se olhando no espelho para ver o efeito.
- Tipo "mulher séria". – ela atirou um sapato nele, que desviou, rindo. Para em seguida ficar olhando para o moreno de uma forma estranha – O que foi? – ele perguntou, desconfiado.
- É que, assim, "mulher". Uau. – ela brincou – Para quem demorou para notar que eu era um exemplar do sexo oposto isso é meio... assustador.
Ele se levantou, abraçando a amiga e beijando sua testa.
- Você está me confundindo com seu marido. Você está linda, sério.
Ela sorriu, acariciando seu rosto por alguns segundos. Depois de tudo o que passaram, a simples presença de Harry lhe dava um conforto absurdo que nem ela entendia às vezes.
- Falando nele, - ela se afastou, colocando brincos para ver como ficava – ele vem para o jantar, pelo menos?
- Kingsley mandou o recado de que não é para esperar por ele acordada. – Harry disse com pesar.
- Ah, eu esperava por isso. Não me admira, eu passei o dia todo surtando também e fazendo listas de coisas pendentes para a festa no lugar de trabalhar. Quando a Molly me disse que deixaria a conexão da lareira ligada direto para economizar pó de flu de tanto liga e desliga, eu desisti e vim para cá.
- Então acha que ele pegou trabalho extra para aliviar a pressão do casamento? – Harry perguntou, finalmente deitando e deixando o cansaço do dia de trabalho lhe abater.
- Bem, é o que eu faria se eu não fosse a parte da relação que entende de decoração e comunicação trouxa. – o moreno riu, sentindo o sono cada vez mais próximo, mas se obrigando a despertar novamente quando a amiga o chamou diretamente – Mas, Harry, traga ele a tempo para o "sim", ok?
- Pode deixar, Mione.
Sim, ele garantiria pessoalmente que os amigos seriam felizes.
o0o
Harry chegou mais tarde no departamento. Estava cansado e ansioso e tomar café da manhã na Toca havia se tornado um desafio, principalmente considerando que Ron não dormira em casa. E isso fazia Molly aumentar seus discursos e Hermione começar a roer as unhas, mas não era motivo real para se preocupar.
Tornou-se quando encontrou o memorando do ministro pairando sobre sua mesa, o convocando para uma reunião urgente.
- Pode entrar, senhor Potter. – a secretária abriu a porta para o rapaz quando ele entrou na antessala correndo.
- Obrigado, Eliza. Bom dia, Ministro.
- Harry, que bom que você chegou. Não conseguia te encontrar e não queria contatar a Toca para não alarmar ninguém, imagino que esteja uma bagunça razoável por lá, mas já tinha tomado providências com outros departamentos enquanto você não aparecia. Sente-se, eu preciso te deixar a par de tudo antes.
- Sim, senhor. – Harry se acomodou na poltrona em frente ao gabinete do Ministro enquanto o homem se levantou, mostrando em estatura toda sua força.
- Ronald não voltou, Harry. – a voz grave sentenciou – O detetive a quem ele estava substituindo continua inconsciente e pelo visto o que o atingiu não foi algo tão inocente quanto pensávamos. Aparentemente, ele está sem magia.
- Sem magia? – Harry perguntou, confuso – Trouxa?
- Não, aborto. E ele não retoma a consciência aparentemente por algum tipo de trauma, os medibruxos estão trabalhando, mas o fato de ele não acordar fez com que menosprezássemos o caso. Foi um erro ter enviado Ronald nisso. Seria um erro enviar qualquer um se tivéssemos o laudo da profundidade da situação.
- O que aconteceu com o Ron? – Harry perguntou, se agitando.
- Ele simplesmente desapareceu. Encontramos a maleta dele no local onde ele deveria ter ido e isto. – Kingsley jogou sobre a mesa uma pequena pedra – Havia duas, uma eu enviei ao Departamento de Mistérios e já os convoquei para essa reunião. Espero ter uma resposta do que isso é.
- O que, exatamente, era esse trabalho? – Harry perguntou fazendo Kingsley sorrir.
Ele gostava daquela postura que o ainda quase menino a sua frente tomava quando algo se apresentava como um desafio para ele. Não era uma postura objetiva, como grandes aurores, ele próprio incluso, costumavam tomar, ou agressiva, como alguns outros costumavam ter. Harry tomava o problema quase como uma ofensa pessoal, qualquer coisa era uma questão de vida ou morte, ao mesmo tempo que nada o desesperava o suficiente para chegar a extremos.
Talvez porque ele já tivesse morrido, e nada se igualaria a esse extremo em sua vida.
O fato era que justamente essa postura que fazia com que Kingsley confiasse tanto nele, além de todos os seus feitos e atributos. Até mesmo para fazê-lo, muito em breve, Chefe dos Aurores, coisa que todos, menos o garoto, já pareciam saber. E, nesse caso em específico, Kingsley soube que Harry estava dentro quando ele encarou a pedrinha com aquela postura.
- O caso era que esse detive, Eric Jakobson, estava focado no mercado negro de material mágico. Uma área que tem andado agitada no pós-guerra, mas sobre a qual não podemos fazer muita coisa, temos outras prioridades. Mas todo campo de guerra atrai abutres e mercenários.
Harry fez um aceno de cabeça, confirmando que entendia.
- O que Eric percebeu que chamou a atenção foi que surgiu, da noite para o dia, um grande comprador. Durante toda a semana ele centralizou basicamente todo o comércio de poções ilegais e objetos mágicos não regulamentados.
- Onde? – Harry perguntou, objetivo, conjurando um mapa de Londres.
- Em todo o norte europeu. – os olhos verdes o encararam assustados – Com um foco principal na Inglaterra. Parece que ele trouxe a porcariada toda para cá. Eric achou que ele está desenvolvendo um grande projeto de qualquer coisa que não sabemos o quê, mas é ilegal.
- E quem é esse cara?
- É o que Ronald estava tentando descobrir para nós. Eric o identificou como "O Turco", claramente um apelido que não diz nada sobre ele, pois as fotos que ele tirou não mostram traços orientais. Ele é ocidental, inglês, provavelmente.
O ministro entregou algumas fotos para Harry, que examinou o homem de barba, chapéu e capa pretos e não conseguiu concluir muita coisa além do óbvio que Kingsley falava.
- Eric descobriu também que ele costumava negociar em bares, e, aqui em Londres, ele vai no Duke, uma birosca de beira de porto aqui. – apontou o mapa de Harry – E o trabalho de Ron era somente ir lá, pedir uma bebida e ouvir o máximo possível sobre nosso turco. Mas ele não voltou.
- Quando vocês acham que ele vai voltar no Duke? – Harry perguntou, e Kingsley viu no verde determinado que não importava mais nada, o moreno iria até a Turquia, se necessário, para resgatar o amigo.
- Segundo a lógica, ele voltaria lá hoje. Mas, se ele desconfia que está sendo seguindo...
- Ou ele não vem, ou ele vai armado até os dentes. Bem, eu conheço o tipo. Pode me dar cobertura?
- Harry, eu acho melhor...
- Senhor, o Inominável. – Eliza os interrompeu.
- Espere para ver do que se trata. – Kingsley pediu para Harry antes de fazer um sinal para que o convidado entrasse.
O moreno relaxou na poltrona, pressionando a testa em uma dor de cabeça iminente enquanto tentava focar todas as suas forças no caso.
- Dia difícil, Potter?
Aquela voz. Arrastada, com um quê superior, mas baixa sem ter ferocidade suficiente para efetivamente ser ameaçadora. Draco Malfoy.
Harry riu.
- Inominável? – ergueu a cabeça, o encarando.
- É. Eu ainda não me acostumei com isso também. Gosto do meu nome, sabe?
- Sim, sei. Você tem feito um bom trabalho sobre reerguê-lo e tal, por isso me surpreendi. Não esperava que o Ministério voltasse a abrir as portas tão fácil para vocês.
- Vocês quem, Potter? Pelo que eu sei, sou uma pessoa só. Ou essa coisa redonda que chama de óculos não funciona mais e anda vendo vários de tudo? Você deve se deleitar quando olha para mim.
- Malfoy conseguiu o cargo por mérito. – Kingsley encerrou o debate, olhando confuso de um para outro – Francamente, quantos anos vocês têm?
- O suficiente para trabalhar aqui, pelo visto. – Harry respondeu, contrariado – Então, onde estávamos?
- Conseguiu resultados, Draco? – Kingsley perguntou, indicando a poltrona à sua frente, mas o loiro ignorou o gesto, somente deixando um envelope sobre o gabinete.
- A pedra tem um poder peculiar. Ela neutraliza magia. Longas exposições a ela fazem com que qualquer bruxo, ser ou objeto mágico, perca suas propriedades. Não consegui determinar quanto tempo o efeito dura ou se há alguma forma de escudar suas consequências.
- Por que não acontece nada comigo? – Harry olhou a pedrinha em sua mão, curioso e meio assustado.
- Oh, não, você não é imune a isso também. – Draco debochou – As propriedades da pedra precisam ser ativadas por uma poção.
- Os ingredientes básicos batem com a lista de componentes traficados. Ótimo. – Kingsley constatou examinando o relatório de Draco – Alguma ideia de onde a pedra vem?
- Nenhuma. É raríssima, mas a partir de uma amostra e com material o suficiente disponível, pode ser produzida em laboratório em larga escala.
- Ah, e deixe adivinhar, o material necessário está na lista de roubos também, em grande escala. – Harry perguntou e Kingsley concordou – Ótimo. Para que alguém iria querer se expor a algo que anula magia?
- Não se expor, provavelmente, mas seria muito útil para neutralizar aurores supostamente poderosos, como você, Potter, cujas habilidades se restringem à magia.
- Ou Eric. – Kingsley fechou os olhos.
- E Ron. Eu vou no Duke, Kingsley. Essa noite. Vou sozinho, mas mantenha uma escolta por perto, se eu for neutralizado, ao menos esse ataque pode ser reconhecido.
- Ou todos podem ser neutralizados. Qual é o alcance dessa coisa, Malfoy?
- Depende da potência da poção, eu não tenho como saber. Mas o treinamento como Inominável me permite sentir a presença de uma pedra ativada antes que ela haja. É um abalo grande de magia.
- Ok, você vai com Potter. Se sentir alguma coisa, deem o fora de lá.
- O QUE? – Harry se levantou agressivamente.
- Você já trabalhou com parceiros antes, Harry. Qual é o problema?
- Sim, trabalhei com Ron e Seamus. Não com um Slytherin.
- Você não está mais no colégio. – Kingsley o olhou com reprovação – A percepção Slytherin pode ser muito útil nesse caso. – os olhos cor de mel acompanharam os dois homens se encararem em óbvia hostilidade – Sejamos francos, vocês já deviam ter superado isso, talvez seja uma ótima oportunidade de entenderem que não vai ser a última vez que vão ter que trabalhar juntos. E, Harry, se não quer fazer isso por questões pessoais, lembre-se que Ron depende de vocês dois.
E Harry faria qualquer coisa por Ron naquele momento.
Então ele concordou.
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NA: Primeiro capítulo docinho para vocês, meus queridos.
Espero que gostem da fic! Pretendo atualizar toda semana, junto com Moonlit.
Beijos e até!
