O tombo e a foto
- Porque?
- Anda, garoto, faz isso logo.
- Porque?
- É simples. Vai logo.
- Porque?
- Se perguntar porque mais uma vez eu juro que azaro você.
O terceiranista corvinal sacudiu os cabelos louros-platinados e suspirou.
- Porque eu?
- Porque você foi a primeira pessoa que passou por nós, oras. Vai fazer ou não?
- Certo, certo.
Sirius virou-se para trás e fez um sinal de positivo com a mão direita, acompanhado de um sorriso ofuscante. Os três amigos retribuíram o sorriso de longe, Remus e James tocando as mãos animadamente.
- Venha aqui. – Chamou Sirius, e seguiu mais alguns metros até a árvore na margem do lago, o garoto em seus calcanhares trotando para acompanhar seus passos.
Ao se aproximarem o bastante, Remus puxou algo do bolso e entregou pomposamente nas mãos do menino, que se encolhia ligeiramente, ficando a aparentar mais baixo do que já era perto dos quatro sextanistas altos.
- É só apertar aqui. – Explicava Remus para o garoto, que segurava sem firmeza a câmera mágica.
O corvinal acenou com a cabeça e os quatro amigos se juntaram na frente da árvore. James olhou uma vez em volta antes de ocupar seu lugar. Aquilo parecia muito formal, e não era assim que eram os Marauders. Discretamente, uma idéia lhe veio á cabeça. Tomou seu lugar entre Remus e Sirius. Antes que a foto pudesse ser tirada, soltou o peso do corpo e se agarrou mais firmemente aos ombros dos dois amigos, levando-os para o chão.
- Prongs, seu idiota, o que... – Começou Sirius zangado, enquanto desenroscava sua perna de debaixo de James.
James sorriu inocentemente para o amigo e se levantou de um salto, ainda rindo da careta de Sirius. Peter desatou a rir também e em segundos os quatro apertavam o corpo contando as gargalhadas. Após uma breve recuperação, tomaram seus lugares frente á árvore e James passou cada braço pelos ombros de um dos amigos. Remus passou a mão pelos cabelos e secou uma lágrima de riso com a ponta dos dedos.
O garotinho louro ainda segurava a câmera hesitante, e só depois que James fez um sinal para ele prosseguir foi que ele focou os quatro amigos abraçados gargalhando em estilo Marauder e apertou firmemente o botão.
Assim que o estalido da câmera foi ouvido, uma substância pastosa e azul explodiu para fora da câmera diretamente para o rosto próximo do corvinal. O terceiranista soltou o aparelho, que caiu com um baque surdo na grama fofa e passou as mãos pelo rosto, de onde a tinta mágica era absorvida e a pele se tornava de um estranho e forte tom de azul anil.
- Vocês... Vocês... Eu vou...
Nada coerente saía pela boca dele, que saiu correndo em direção ao castelo, deixando para trás os quatro sextanistas gargalhando tão histericamente que chamavam a atenção de todos em volta.
Foi Remus quem conseguiu conter as risadas e andou até a câmera, apertando outro botão minúsculo e enfiando a câmera de volta da capa das vestes.
- Quero uma cópia. – Adiantou-se James, e Remus sorriu.
- Com certeza.
E ali, naquele alegre e informal momento, todos tiveram a certeza de que sempre contariam um com o outro, pois sim, eles eram bem mais do que amigos de escola.
Eram Marauders.
.fim.
N/A: Bom, não sei direito de onde veio a ideia, só achei que faltava alguma coisinha na história da foto e simplesmente saiu. Eu gostei dessa, me fez voltar a escrever coisas felizes. Obrigada por ler, e espero que gostem.
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