Disclaimer: Naruto não me pertence, e sim ao Kishimoto Masashi. Mas eu ainda não desisti de roubar o Neji! XD

Nota da Autora: Olá pessoinhas!! Como vão?! Bem, como podem ver, estou com um projeto novo (mesmo que ainda não tenha terminado o UA de Inu Yasha XD)! Prometo que não vou esquecer da Kimi dake, mas é que eu realmente estava com vontade de escrever algo diferente! Dessa vez temos um UA de Naruto, com o casal principal sendo Neji e Tenten, é claro! Morte aos NejiHina!! Muahuahuauhauhahua XD Bem, eu me baseei em muitas coisas para criar a historia dessa fic. Algumas das obras que mais merecem crédito são A Mediadora, da Meg Cabot, e a série Ghost Whisperer. Já vou avisando que a historia não tem nada a ver com nenhuma das duas acima, eu apenas utilizei algumas das idéias sobre os fantasmas.

De qualquer modo, espero que gostem! Boa leitura!! n.n

Believe – Capitulo 1 - A garota que via fantasmas

Sentei-me na beirada da cama ainda meio sonolenta, sentindo a garganta seca. Uma onda de frio subiu pelos meus pés descalços quando eles tocaram o chão, e rapidamente procurei pelos meus chinelos felpudos. Já calçada, fui praticamente me arrastando até a cozinha. Maldita hora em que eu fui ficar com sede... E que fui esquecer de botar uma jarra de água no meu criado mudo. Já um pouco mais desperta, olhei o relógio do DVD player para ter uma noção de quanto tempo ainda teria para dormir, e soltei um palavrão ao ver que já eram 3:20 da madrugada. Eu simplesmente odeio acordar no meio da noite, ainda mais quando tenho que acordar cedo no outro dia.

Ainda resmungando baixinho por ter que levantar dali a 2 horas e 40 minutos graças ao inicio das aulas da faculdade, cheguei à bancada que separava a cozinha da sala, e enchi um copo com água fresquinha. Mal tinha dado dois goles quando uma mão tocou meu ombro por trás, fazendo com que meu corpo fosse invadido por uma sensação de frio mil vezes maior do que o choque térmico que eu sofrera ao tocar o chão com os pés anteriormente. O copo de plástico que eu segurava foi ao solo com um baque, espalhando o liquido por todo o piso.

- Maldição Ryuu!! Já disse para não me assustar desse jeito!! – falei quase sem fôlego, me escorando na bancada para me recuperar do choque – Além do mais, o que você ainda está fazendo aqui?! Achei que eu já tivesse resolvido todos os seus problemas!

O rapaz de olhos e cabelos negros, cujo corpo emitia uma leve aura brilhante, não respondeu e desviou o olhar, aparentemente em um pedido mudo de desculpas. Suspirei exasperada, pegando um pano para limpar o chão. Lá se iam mais minutos preciosos do meu soninho... Será que eu realmente merecia um karma desse? Não entendeu nada? Então continue lendo que vou explicar direitinho.

Meu nome: Mitsashi Tenten. Idade: 18 anos. Residência: Tóquio, prefeitura de Nakano. Ocupação: Estudante do segundo período da Faculdade de Direito da Toudai. Atividade extra-curricular: Mandar almas penadas para o outro mundo.

Não, jovem padawan, você não leu errado. Desde quando eu me entendo por gente (ou seja, lá pelos 3 ou 4 anos), meus dias e noites são pontuados por aparições nada convenientes de seres desencarnados em busca ajuda, respostas, ou muitas vezes apenas para me encher o saco. E meu trabalho é, em poucas palavras, simplesmente resolver seus assuntos pendentes para que eles possam ir para o Céu, o além, ou o raio que o parta.

Já deve ter dado para perceber que eu não gosto muito desse meu "dom" de interagir com fantasmas. Vovó Xiao Nan, que também possui a mesma habilidade (a única diferença é que ela gosta dela), diz que é coisa de família, e que se manifesta em algumas gerações. Eu já acho que a entidade superior que nos governa olhou para mim e disse: "Tenten vai ser uma garota de estatura normal, rosto de beleza normal e corpo com formas normais. Ah, mas só para ela não ficar tão normal, vou fazer com que ela veja fantasmas, olha só que legal!!" Legal o caramba! Passar a vida toda sendo psicóloga de alma penada não é a minha idéia de futuro perfeito. O problema é que não é como se eu pudesse calmamente deletar o programa "Interação com os mortos" do meu cérebro, então eu tenho que me conformar e ir vivendo.

Acontece que, quando um fantasma problemático aparece no meio da madrugada, eu não vou exatamente sair por aí feliz soltando fogos de artifício.

Não mesmo.

Depois de limpar a bagunça molhada, suspirei profundamente buscando me acalmar, e me virei para o meu visitante inesperado.

- Bem, Ryuu, vamos aos negócios – disse tentando parecer simpática, mas na verdade a minha vontade era de esganá-lo. Tegoshi Ryuu era um fantasma complicado. Como ele raramente falava (ás vezes os mortos são assim, simplesmente calam a boca e dificultam meu trabalho), eu tivera que passar toda a ultima semana de férias por conta de achar informações que pudessem me ajudar a atravessá-lo. Finalmente, na tarde do dia anterior eu descobrira que o que o prendia aqui era o fato de ele não ter pedido desculpas à mãe por ter brigado injustamente com ela no dia anterior ao acidente de carro que o matara. Mas aparentemente não era só isso que o estava impedindo de partir – O que mais posso fazer por você?

Ele abriu a boca como se fosse dizer algo, mas nenhum som saiu. Senti que aquilo ia demorar, então me acomodei no sofá de três lugares que tinha na sala e fechei os olhos. Sete noites sendo impedida de dormir mais do que três horas seguidas por um morto que exigia atenção não fazem nada bem para uma pessoa. Foi aí que me ocorreu que ficar preso entre esse mundo e o outro talvez não fizesse nada bem para o morto também. Não custava nada ser um pouco mais compreensiva, custava?

E também, se eu fosse mais gentil talvez ele fosse embora mais rápido e me deixasse dormir.

- Olha, tá tudo bem. Eu vou ficar sentada aqui e você fala quando conseguir, ok? – disse olhando para ele, na esperança de lhe passar alguma confiança.

E então ele fez algo que eu nunca o tinha visto fazer em toda essa semana de convivência, nem mesmo ao se desculpar com a mãe.

Ele sorriu.

Antes que eu tivesse a menor reação, ele se inclinou numa pequena reverência e disse baixinho apenas três palavras.

- Hontou ni... Arigatou.

Aquilo me deixou ainda mais sem reação, se é que era possível. Era a primeira vez que um fantasma me agradecia pelos serviços prestados! Normalmente eles apenas viravam as costas e vazavam sem nem ao menos dar tchau. Tentei dizer um "Não há de que", mas ele sumiu antes que eu pudesse fazê-lo.

Voltei para a cama ainda meio chocada com a demonstração de gratidão inesperada. Depois de um tempo pensando no que tinha acontecido, não pude deixar de sorrir orgulhosa por ter ajudado alguém (mesmo que esse alguém estivesse morto há alguns dias). Talvez esse "dom" não fosse totalmente inútil afinal.

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Ok, eu retiro o que disse antes. Perder a primeira aula do semestre porque a maldita fantasma de uma velha muxibenta e escandalosa queria que você fosse até a casa dela, salvasse um cachorro pinscher raivoso de nome Fofy (que tipo de pessoa dá um nome desses pra um cachorro feio de dar dó, e que ainda por cima é macho!?) da morte certa por inanição, o levasse até o canil municipal e se certificasse de que ele seria muitíssimo bem tratado não faz nada bem para uma pessoa normal. Agora, era ajudar a velha ou escutar ela berrando no meu ouvido a manhã inteira. Como eu sou uma jovem sensata, preferi a primeira opção. Mas ninguém mencionou nadinha no contrato que o serviço incluiria um dedo sangrando horrores e os braços todos arranhados. E justo no dia que eu estava de blusa de alcinha, e não tinha levado casaco! Nossa, Tenten, como você é sortuda! Agora todos vão pensar que você tem algum problema com masoquismo!

Ainda resmungando porque a vagabunda da velha tinha acabado com meu dia, e porque ela nem ao menos agradecido por tudo que eu tinha feito por aquele bicho estúpido dela, fui para a cantina esperar a aula terminar. Coloquei meus fones de ouvido e o som do Fall Out Boy vindo do meu mp3 player logo me jogou em um leve transe. Nem tinham se passado 15 minutos quando uma jovem de compridos cabelos negro-azulados e olhos cor de pérola sentou-se timidamente numa cadeira ao meu lado. Tirei os fones e sorri para ela.

- Ohayou, Tenten-chan! – ela disse no seu habitual tom calmo – Porque faltou à primeira aula hoje? Quando eu passei no seu apartamento mais cedo você já tinha saído, achei que você tivesse vindo para cá.

- Ah, eu tive que resolver umas coisas na rua, ai só pude chegar agora – menti na maior cara de pau. Mesmo considerando-a a minha melhor amiga, não acho que seria muito bom compartilhar meu segredinho (normalmente, se você diz para os outros que pode ver gente morta, eles te internam em um hospício). Hyuuga Hinata era linda, inteligente, delicada, rica e todos os outros bons adjetivos que você pode imaginar. O único defeito era ela ser um pouco tímida demais para uma estudante de Direito, mas como todo o clã dela era formado por advogados, acho que ela não teve muito livre arbítrio na hora de escolher o curso. Éramos amigas desde a época do cursinho, e quando ambas passamos no vestibular, ela decidiu que queria sair da casa principal, se mudando para o apartamento em frente ao meu. Viramos assim vizinhas de corredor, e a única diferença básica era que o pai dela tinha comprado as duas kitnets que ficavam lado a lado (o nosso prédio é 3 por andar) e as unido, o que fazia com que o apê dela tivesse só o dobro do tamanho do meu. Dava pra acomodar muito bem uma família de quatro pessoas lá dentro. Exagero? Que isso, nem um pouquinho.

Mas no final do semestre passado parecia que finalmente os Hyuuga tinham achado uma utilidade para toda aquela área vazia no apartamente. De acordo com Hinata, o único primo dela estava voltando de um intercambio de meio ano nos Estados Unidos ainda esse mês, e ele tinha conseguido transferência direta para a faculdade de Economia da Toudai. Assim, ele se mudaria para o quarto vago na casa dela. Acabaram-se os problemas de desperdício de espaço!

- Né, Tenten-chan, sabia que o Neji-nii-san vai chegar à Tóquio hoje à noite?! – Hinata comentou toda animada (ela só perdia a timidez quando estava comigo ou com as pessoas da família dela). Pelo jeito que ela falava do primo, parecia admirá-lo muito. Para mim, toda vez que eu pensava em curso de Economia e transferência direta para a Toudai, a primeira imagem que vinha na minha cabeça era a de um cara muito nerd, de óculos fundo de garrafa e camisa pra dentro da calça. Não era nada bonito.

Bem, mesmo se ele for feio, pode ser que ele seja muito legal!

Por favor, que ele seja pelo menos muito legal!!

- É mesmo, Hina-chan!? Que bom! – espantei a imagem do nerd da minha cabeça. Resolvi que seria melhor enfrentar o desconhecido o mais rápido possível – Nós duas podíamos fazer um jantar de boas vindas para ele então, o que acha?!

- Que boa idéia, Ten-chan!! – os lindos olhos de Hinata brilharam de felicidade. Como ela consegue ser tão fofinha naturalmente?!!? Mesmo se eu treinasse a vida toda na frente do espelho eu não conseguiria fazer essa carinha indefesa. Acho que meu destino é ser uma morena sem sal pelo resto da vida... Talvez na próxima encarnação eu me dê melhor – Vou aproveitar e chamar o Naruto-kun também! Nós podíamos fazer yakisoba, ele ia adorar!

Uzumaki Naruto era o namorado de Hinata há cinco meses. Também aluno do segundo período, só que do curso de Artes e Ciências, Uzumaki era impulsivo, imprevisível e bem escandaloso, totalmente o oposto da Hina-chan. Mesmo sendo bem irritante na maioria das vezes, tenho que admitir que ele é um cara legal e um bom amigo. Mas ainda não entendo que o Hina viu de mais nele, ela podia conseguir tanta coisa melhor! Parece que realmente o amor é cego (e nesse caso surdo também, o cara grita o tempo todo!).

Conversamos mais um pouco e logo fomos com o resto da turma para a segunda aula do dia. Meu semestre ia finalmente começar.

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Estava esparramada no sofá de couro macio que havia na sala da Hinata-chan. Logo após o final das aulas, nós duas tínhamos ido direto para casa, e finalmente eu pudera me jogar na cama e dormir a tarde inteira. Ah, há quanto tempo eu não tinha direito a 5 horas diretas de sono... Fui acordar só as 19:00, tomei um banho rápido e coloquei uma roupa mais arrumadinha, além de soltar meus cabelos dos habituais coques que usava, para que os fio não ficassem ondulados (ei, não é porque o cara é um nerd feioso que eu tenho que ficar horrível também, não é?). Peguei a tigela de brigadeiro que tinha preparado antes de ir dormir e saí de casa.

Fiz uma longa viagem de três passos e entrei no apê da Hina-chan sem nem precisar bater, afinal nós duas sempre deixávamos as portas abertas. Dei oi para ela e Naruto, que estavam começando a fazer o yakisoba, deixei o brigadeiro na bancada da cozinha e me joguei no confortável sofá. Nossos jantares eram sempre assim, Hinata cozinhava os mais sofisticados pratos e eu levava o brigadeiro. É, espertinho, brigadeiro é a única coisa que eu sei fazer na cozinha.

Mentira, meu lámen de copinho é uma delicia também.

Assim, apenas me pus a observar como, mesmo com todas as gritantes diferenças, os meus dois amigos formavam uma casal bonitinho. A maluquice de Naruto era controlada pelo jeitinho meigo da Hinata... E a maneira como ele a protegia era tão kawaii...

OK, eu acho que estou precisando de um namorado.

Acho não, tenho certeza.

Mas não é hora de reclamar sobre a minha falta de vida amorosa. Além do mais, não creio que um relacionamento comigo tenha futuro. Imagina só, o cara me liga e eu respondo: "Olha, não posso falar agora porque tem um morto querendo que eu diga para a tia-avó dele que ele sente muito por ter quebrado o vaso de cristal dela quando tinha 5 anos de idade!"

Totalmente nada romântico.

A campainha da porta soou estridente, me tirando da minha sessão de auto-piedade.

- Tenten-chan, atende pra mim, por favor! – Hinata falou, mostrando as mãos sujas de molho shoyu – Deve ser o Neji-nii-san, ele disse que chegaria lá pelas 20:00.

Olhei no relógio de parede e vi que eram exatamente 20:00. Nerd pontual ele, não? Vai ser certinho assim lá na China!!

Opa, eu sou da China.

E não sou nada certinha.

Pulei do sofá e fui receber o cara. Abri a porta rapidamente e sem hesitar, decidida que era melhor enfrentar o monstro de uma vez só.

Bem, digamos que eu realmente fiquei totalmente chocada ao ver o rapaz que estava parado ali. Mas não foi porque ele era um CDF mais feio do que o que eu tinha imaginado.

Foi porque ele era o homem mais lindo que eu já tinha visto na minha vida.

Incluindo nessa conta o Johnny Depp.

E o Mike He¹.

Olhei para os lados esperando ver os câmeras e o diretor de TV. Aquilo só podia ser uma gravação de um drama! Aquele cara perfeito, de longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo displicente, usando uma camisa cinza de gola alta e uma calça preta que faziam com que ele parecesse um modelo da Calvin Klein só podia ser um ator famoso.

- Er, gomen... Acho que eu errei de casa... – disse ele com uma voz profunda, fixando os olhos perolados no meu rosto (que devia estar com uma expressão muito estranha na hora, afinal eu ainda estava desconfiada de que estava participando de uma pegadinha) – Sinto muito pelo incomodo...

Saí dos meus devaneios e já ia dizer que ele não tinha errado nada, quando Hinata passou correndo do meu lado.

- Neji-nii-san!! Hisashiburi!! – ela disse enquanto abraçava o primo. Vi um olhar raivoso pairar no rosto de Naruto, e rezei para que aqueles dois se soltassem antes que o loiro começasse a quebrar coisas.

E também, quem devia estar agarrando o moreno gostoso era eu, que sou solteira!

- Venha, Neji-nii-san, vou te apresentar para o pessoal! – ela puxou o primo para dentro e fechou a porta – Esse aqui é meu namorado, Uzumaki Naruto...

Como descrever essa cena? Naruto puxou delicadamente Hinata para o seu lado como se dissesse "Ela é minha, tira o olho", enquanto Neji simplesmente respondeu dando um olhar que dizia com todas as letras "Encoste mais do que deve na minha prima que eu mato você pessoalmente". Aparentemente Hinata não tinha mentido quando disse que Neji a tratava como uma querida irmã mais nova, e era bem protetor.

- E essa aqui é a minha melhor amiga, Mitsashi Tenten – Hina quebrou com sua voz doce o ar gelado que tinha se instaurado no local – Ten-chan, esse é meu primo, Hyuuga Neji.

Digamos que a reação de Neji foi bem... normal. Ele me olhou de cima a baixo (e eu agradeci mentalmente por ter colocado uma calça mais nova e uma blusa verde tomara que caia que realçava a cor da minha pele), e depois estendeu a mão para um aperto, que eu correspondi educadamente. Pelo menos nós dois não tínhamos começado mal.

Mas teria sido bem melhor se ele simplesmente tivesse me lascado um beijão.

É uma pena que meus desejos não se tornem realidade com a mesma freqüência com que eu vejo almas penadas.

Foi um jantar extremamente divertido. Apesar das faíscas iniciais, graças à mediação de Hinata o relacionamento de Neji e Naruto tinha melhorado muito lá pelo final da noite. E eu descobrira que estudantes de Economia também podem ser extremamente simpáticos, apesar de pensarem em regras e fórmulas na maior parte do tempo. Mas tinha uma coisa que ainda me intrigava.

- Né, Neji-san – comecei a dizer, mas ele me interrompeu.

- Me chame só de Neji, por favor - disse ele com um leve sorriso – Os amigos da minha prima também são meus amigos.

Acho que não é necessário ressaltar que depois dessa eu quase derreti na cadeira.

- Ah, tá bem então... – meu cérebro tinha sofrido uma leve travada – Eu queria saber porque você está fazendo Economia, Neji. Hina-chan sempre me disse que a sua família era formada por grandes advogados.

- Eu nunca fui muito de seguir as tradições da família – ele respondeu sem nem pestanejar, mas percebi que ele não devia gostar muito do clã Hyuuga em sua totalidade – E como meu pai me deixou muitas ações, resolvi que era melhor saber como administrá-las decentemente.

- Entendo... – respondi, evitando esticar o assunto que o deixava sério.Ele ficava mais gato quando estava sorrindo.

- E você, Tenten-chan? – meu cérebro travou de novo ao ouvir o chan depois do meu nome – Hinata me disse que você é da China. O que veio fazer no Japão?

- Como papai é japonês, eu já tinha algumas raízes aqui. Então quando entrei no ensino médio, resolvi que queria estudar Direito, e como as faculdades daqui são melhores, me mudei. Eu nunca tive vontade de assumir a ferraria da família da mamãe, apesar de adorar usar armas brancas para treinar kung fu.

- Você luta também?! – ele pareceu bem surpreso. Tá certo que eu não treino faz um tempo, mas será que eu pareço tão fracote assim? – Eu estou querendo voltar a praticar, porque não treinamos juntos um dia desses?

- Claro, por mim tudo bem – aceitei na hora. Quantas chances de treinar com um cara lindo desses eu teria em toda a minha vida? Não muitas, pode apostar – Depois combinamos um dia.

Quando eu achava que a noite não podia ficar melhor, veio a sobremesa. O meu humilde brigadeiro. Aquele pobre coitado do qual eu sempre desdenhei.

- Foi você quem fez isso, Hinata? – perguntou Neji, depois de provar um pouco do doce.

- Não, foi a Tenten-chan – respondeu ela dispersa, passando uma colher lotada para Naruto.

Já estava até preparada pra esconder a cara no chão de tanta vergonha, esperando as piores criticas do mundo. Lá se iam todas as minhas chances...

- Parabéns, viu – ele disse, pegando mais uma grande colher de brigadeiro – Esse é o melhor brigadeiro que eu já comi.

Preciso dizer que depois disso podia cair até um meteoro na minha cabeça que eu ainda morreria feliz?

Eu e Naruto fomos embora às 23:00, já que teríamos aula no outro dia e Neji ainda teria que acordar mais cedo para poder receber e arrumar as coisas da mudança. Quando finalmente caí na cama pela segunda vez naquele dia, não pude deixar de pensar que devia milhões de agradecimentos à mamãe por ela ter tido a santa paciência de me ensinar a receita de brigadeiro.

E que, se isso fosse me render mais elogios vindos do Neji, eu aprenderia quantas receitas fossem necessárias.

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Nota da Autora: Fim do primeiro capitulo!! E ai, o que acharam? Bom? Ruim? Devo desistir da carreira de escritora e virar eremita? XD

Ah, como a maioria das pessoas não sabe quem é o Mike He, eu coloquei aqui dois links com fotos dele, só para o deleite de vocês n.n É só colar no navegador e tirar os espaços (madito FF que nao aceita links html u.u)

- http:// i2. tinypic . com / 6gdsuhg

- http:// i8. tinypic . com / 4zsr1hs.jpg