THE MALFOYS: SAY MY NAME

Disclaimer Joanne Kathleen Rowling é a legítima dona dos personagens e elementos do best-seller Harry Potter. Pandora Black (eu) é a dona dos Clãs Vampíricos, dos personagens originais e de toda a trama. É necessária permissão para usar os Originais e os Clãs.The Malfoy's: Say My Name faz parte do projecto My True Family (ver profile).

Warnings Muitos personagens Originais e OoC. Muitas mortes, acontecimentos inesperados e acções inimagináveis. Sexo explícito detalhadamente descrito. Mortes detalhadamente descritas. Albus Dumbledore é manipulador. Os Malfoys são bons. Os Weasleys – excepto os gémeos e Charlie – são invejosos e cruéis ou indiferentes (Bill e Percy). Hermione é uma enciclopédia faladora e invejosa. Severus Snape é bom. Sirius é paternalmente incrível e infantil. Remus é um doce, mas rabugento. Charlie tem um lado novo. Bellatrix e os irmãos Lestrange são uns anjinhos. Andromeda é uma Black autêntica e Nymphadora tem dupla personalidade e protagoniza um papel de irmã mais velha para o/a protagonista. Kingsley é um bombom. Draco é um príncipe rebelde. Dahlia é uma adolescente com TPM (mais adiante, vão ver!). UA.


Prologue

"Quero terminar."

"Porquê?" Perguntou ele. " O meu casamento é só daqui a um mês…"

"Porque eu quero. Preciso de espaço."

"Espaço?! Nós falámos sobre isto. Tu disseste que entendias o que tinha planeado fazer. Disseste que não te incomodava, desde que não me esquecesse de ti. E não me esqueci. Sempre pensei em ti e continuo a pensar. Porquê complicares? Até mesmo durante o casamento… podemos continuar juntos."

"Não seria justo para a Narcissa. E, por favor, não me faças perder a paciência. A minha decisão está tomada. Parto hoje à noite."

"Para onde vais?"

"Não é da tua conta."

"Creio que não me entendeste… Eu ordenei-te que respondesses, Belinda."

"É-me indiferente o que ordenas ou deixas de ordenar. Nunca farei os teus caprichos. Nunca os fiz e não é agora que os farei."

"Belinda… Por favor, diz-me o que te incomoda!"

"Não implores Lucius. Não é bom para tua imagem."

"Achas que a minha imagem me preocupa agora, Bel? Tu é que me importas."

"É tudo muito comovente, mas tenho que me ir embora. Manda cumprimentos a Narcissa."

"Belinda…"

"Adeus, Lucius. Espero que sejas feliz; tu mereces. Outra coisa…" Pausou. "… Foi bom enquanto durou."

"Belinda…"

Não correspondi ao último chamado. Sempre odiei despedidas e não seria naquele momento que mudaria de opinião. Já era bastante duro para mim ver o amor da minha vida a implorar-me, triste, de joelhos vincados ao chão e a chamar-me, debilmente, para regressar para ele. Eu queria ir para os seus braços. Não era o matrimónio com Narcissa que me preocupava; ela sempre soubera do nosso amor e sempre nos dera confiança. Ela era a minha melhor amiga e lamentara imenso quando os pais dela e os pais de Lucius decidiram casá-los para assegurar a estabilidade dos dois clãs. Sempre soubera que o casamento seria uma farsa para a criação de um herdeiro, preferencialmente varão, que cuidasse da fortuna Black e Malfoy. Tínhamos dezasseis anos, ao menos eles. Eu, com um corpo de vinte, tinha, na realidade, dois mil anos. Sim, sou velha.

Como estava a dizer, eles eram menores de idade e os pais decidiram por eles. O casamento foi facilitado porque, tanto Lucius como Narcissa eram amigos muito chegados. O sentimento nem chegava a amor. Confessando-vos, eu sempre planeei ser a amante dele, até que uma observação maliciosa do meu irmão mais novo, Sebástien, fez com que me sentisse horrorizada.

"Que tanto olhas para mim, Sebástien?"

Estávamos numa sala completamente obscura, iluminados por fracos candeeiros que flutuavam ao nosso redor e emanavam luz suavemente. Era a sala de armas e nós íamos iniciar um duelo. O meu irmão, e melhor amigo, fitava o meu estômago e fazia-me sentir idiota. Sebástien sempre fora directo. Nem sequer pensava nas consequências. Excepto naquele momento.

"Acho-te redonda."

Evidentemente que estar redonda não era o problema. Sabia instintivamente que havia mais qualquer coisa. Pestanejei, exigindo o resto da especulação.

"Não te ofendas, mas é que não é um pouco. Até acho que o fato te está apertado."

Franzi o sobrolho e, com a mão esquerda, criei um espelho. O que ele dizia era verdade. A minha barriga estava saliente apesar da pesada armadura de duelo que faz com que pareçamos mais fortes. Sebástien também olhava para o espelho e assustei-me quando a mão dele tocou na minha gorda barriga. Esperei sentir magia, mas não notei nada de esquisito.

"O que foi?"

"Não te assustes, Belinda, mas creio que tens uma criança no ventre."

Antes que prossiga com a minha narração, devo falar-vos um pouco de mim e dizer-vos que isto não é um diário. É apenas uma narração que vos estou a oferecer de mim e que pouca gente sabe. Pouquíssima, devo dizer. O meu nome é Belinda Maria Catherine Elyzabeth Blacksnake XIV. Sou a décima quarta líder feminina do poderoso clã de vampiros, Dark Kingdom, e também o mais perigoso. Tenho dois mil anos e desde que nasci que sou vampira. Para uma pessoa normal, tenho vinte e quatro anos.

A minha falecida mãe, Elyzabeth, notou que disparava magia acidentalmente e, então, quando atingi uma idade equivalente a quinze anos, fui para Hogwarts. Apesar de não saber nada sobre aquele mundo, fui para Slytherin – uma casa obscura – e foi onde conheci grandes amigos.

Tive a maldição de me apaixonar por Lucius Malfoy, o prometido quase certo de Narcissa Black, a minha melhor amiga, com quem vivi um tórrido romance. Narcissa, por sua vez, compreendeu perfeitamente os meus sentimentos e continuou ao meu lado. Ela era a única que sabia quem eu era realmente. Aquela vampira sanguinária de dois mil anos de idade. Lucius revelou-me que era umDevorador da Morte ¹, uns vassalos que servem o Senhor das Trevas, mais conhecido como Lorde Voldemort. Confesso que fiquei sempre ao seu lado, ainda que me desagradasse a ideia. Vivêramos sempre felizes, até que os pais dele lhe ordenaram que se casasse com Narcissa. Nunca vira a minha amiga chorar e assustara-me terrivelmente ao ver o desespero dela quando foi ter comigo.

Quando soube que estava grávida, perdi a cabeça. Com franqueza, eu abomino crianças. Irritam-me os seus rostos perfeitos, os sorrisos inocentes e os olhos límpidos de qualquer vestígio de tristeza, obscuridade e medo. Não consigo perceber como é que conseguem viver perfeitamente e ignorando os perigos mortais lá fora, no exterior. Muitos dizem que é por serem pequenas, que não entendem nada. Todavia, não é função dos pais prepararem as crianças para o futuro? Qual é o problema se, aos quatro anos, sabem o que são violadores e assassinos? Ao menos estão preparadas e não interpretam ignorantes. Mas vocês pensam, certamente, que sou maluca para ter pensamentos tão impróprios, não é?

Lucius não sabia que eu era vampira e ele estava para casar! Não podia dizer-lhe que iria ter uma criança dele e que, ainda por cima, tinha fortes hipóteses de ser igualzinha a mim. Teria um filho bastardo e sei perfeitamente que, apesar do que possa dizer, preza perfeitamente o apelido que tem. Jamais o arruinaria. Foi por isso que terminei.

Com a ajuda de Sebástien e os meus camaradas, fui vivendo a gravidez. Revelo-vos, com grande pesar, que tentei abortar e que fiz de tudo para não ter a criança. Não senti aquela alegria que as mães sentem quando notam que têm uma vida dentro de si. Continuei normal e parecia nem notar que tinha, mês a mês, a barriga a aumentar. Não fazia ecografias ² porque, sendo vampira, o meu filho ou filha não se reflectiria no monitor, portanto, restava-me esperar.

Tinha previsto o nascimento para finais de Março e inícios de Abril, mas a minha gravidez prolongou-se demasiado e entrei em trabalho de parto em 17 de Maio de 1980. Foi um parto normal e nem muito trabalhoso, segundo disse a minha parteira. Tive uma menina. Quando a tive nos braços, não me identifiquei com ela. A pele dela era branca, os seus claríssimos fios de cabelo indicavam que seria loira platinada como Lucius. Os seus olhos, no entanto, eram uma incógnita. Ainda assim, não me identifiquei com ela. Era apenas uma coisinha minúscula, com duas mãos de cinco dedos cada e dois pés, cinco dedos cada, duas orelhas e um nariz arrebitado. Nada me alegrava, nada me era familiar.

Dei-lhe o nome de Dahlia Maria Catherine Elyzabeth Belinda Blacksnake, cumprindo a tradição de toda a família Blacksnake colocando o nome da mãe por último.

Nunca me reconheci como mãe, nem seria naquele momento. Amamentei-a, brinquei com ela uma vez ou outra. Talvez a tenha amado, mas não sei dizer. Nunca mostrei carinho para com ela. Os meses foram passando e, do meu grupo de amigas, ninguém soube que havia tido um bebé. Excepto ela.

Lily Evans, uma velha amiga, casara com Potter, um Sangue Puro, e estivera grávida dele. Descobri que ela perdeu a criança. Era um menino e tinham pensado dar-lhe o nome de Harry James Potter. Talvez tenha agido do modo mais cruel, mas vi naquele momento uma oportunidade para me desfazer de Dahlia. Fui ter com Lily e contei-lhe tudo. E disse que ela podia ficar com a minha filha. Lily e James recusaram, mas eu convenci-os. Se havia alguém capaz de lhe dar uma vida boa, eram eles. Não lhes disse que podia ser uma vampira.

Quando cheguei à mansão, Sebástien perguntou pela sobrinha e eu disse-lhe que a havia dado. Nunca me senti tão magoada como naquele momento. Ele ousou levantar-me a voz, insultou-me e, antes de ter saído do quarto, disse-me: "Ofereceste a tua filha. És cobarde, estúpida e eu espero que morras da pior maneira que existe. Não sentirei a mínima pena."

Quando estava por fim sozinha, olhei em volta. Não escutei nada, tudo estava em silêncio. Não ouvi a gargalhada dela. Não vi o peluche dela. Não vi, sequer, uma peça de roupa dela. A realidade acertou-me cruelmente. Dei-me conta que havia cometido o pior erro da minha vida. Não podia ir ao pé da Lily e exigir a minha menina. Não seria justo para ela. Olhei pela janela e vi que o sol nascia. Era uma maneira dura de perder a imortalidade.

No jardim bem cuidado, abri os meus braços como se fosse voar. Não chorava, mas sentia uma profunda solidão e tristeza interiormente. Estava a entregar-me ao sol, pronta para abandonar a minha imortalidade e perder tudo o que havia conquistado. Senti a presença de Sebástien atrás de mim, mas não me movi. Ele também não se atreveu a puxar-me do jardim. Fixei os meus olhos naquela esfera dourada e murmurei para o meu irmão:

- Cuida dela, irmãozinho.

E depois gritei de dor. Sentia-me derreter. Ao mesmo tempo, notei presenças dos meus companheiros. Muitos tentaram salvar-me, mas tinham medo do sol. Deixei-me morrer.

To Be Continued

¹ Devorador (es) da Morte, na versão Portuguesa, corresponde a Comensal (ais) da Morte na tradução Brasileira.

² Não aprofundei muito a questão de como as feiticeiras são diagnosticadas na maternidade, muito menos as vampiras – porém, vamos supor que é por ecografias.

Notas:

Olá a todos!

Gostaria de vos pedir um enorme perdão pelo meu atraso constante, pelas minhas constantes correcções na história, pelo meu atraso, pelas correcções, enfim, por tudo!

Espero que gostem da versão melhorada, espero que gostem da fic em si que me faz envelhecer a cada segundo e espero os vossos reviews! E lembrem-se: escrevam tudo o que tiverem necessidade de escrever: críticas (de preferência construtivas), sugestões, curiosidades, …

Lemo-nos lá em baixo e boa leitura!

Pan