Dangerous
Por Rei MG
Prólogo
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Conversas Particulares.
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23:30 PM – Hotel Paradise.
"Vamos, Kagome. Faça logo o que você foi destinada a fazer desde o início." Aquelas palavras fizeram minha mão tremer enquanto eu apertava a arma. Sorri sarcástica, tentando esconder minha ansiedade. "Ou será que a poderosa Kagome está com medo de me matar agora? Estará ela tardando minha morte?"
"Muito pelo contrário, InuYasha. Eu gosto de fazer minhas vítimas se sentirem confortáveis em seu último momento." Eu não me deixaria levar por um criminoso como ele — era minha missão. Tinha de me lembrar constantemente de que aquele homem era um assassino sangue-frio.
"Agora sim está falando como uma verdadeira assassina." Ele sorriu e girou sua própria arma nas mãos, guardando-a no bolso. "Seria bom tê-la em minha equipe – sabe como é – se eu não fosse morto."
"Não me compare com seus capangas descerebrados, InuYasha. Sou muito mais capaz do que aqueles cretinos." Dei um suspiro exausto enquanto revirava os olhos. "Adeus."
"É. Disse bem. Adeus." Ele fez uma pose dramática e gargalhou, compulsivamente. Arqueei uma sobrancelha — seria aquilo uma amostra de sua loucura? "Será um prazer ter você como carrasco, Kagome."
Então, ele simplesmente se aproximou de mim e pegou minha mão livre, beijando-a como se não houvesse acontecendo nada naquele quarto de hotel. Era um local simplório e mal freqüentado — geralmente por bêbados. Revirei os olhos e aproximei a arma de sua cabeça.
"Até a próxima vida, InuYasha." Ri quando ele fez um floreio.
O som ensurdecedor de um tiro fez meus ouvidos arderem e uma lágrima saiu de meus olhos – apesar de tudo, eu até que gostava dele. Era isso o que sempre acontecia... Após matar mais uma pessoa, chorava. Afinal, meu trabalho era matar quem matava as pessoas – porém, sempre no fim, lembrava-me de que era igual a eles.
Foi então que senti algo frio ser pressionado em minha nuca e abri os olhos. Lá estava InuYasha, apontando um rifle em minha direção e com somente um arranhão na bochecha. Como poderia ter cometido um erro daqueles? Era óbvio que ele não morreria tão facilmente – era um hanyou, de fato.
"Sabe," Ri, levantando as mãos e jogando minha arma no chão. Estava me rendendo. Livrando-me daquela vida. "É sempre no fim que relembramos do início."
"Pois é." Ele sorriu cinicamente. "Sabia que eu ia dizer a mesma coisa antes de você atirar?"
Depois disso, eu não ouvi mais nada... Porque entrei em transe profundo.
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Eu olhava para aqueles olhinhos castanhos piscarem para mim com tanta ternura. Eu o queria. Era irresistível. Aproximei meu rosto do vidro, deixando-o embaçado por causa da respiração. O rabinho preto e peludo balançava de um lado para o outro rapidamente, enquanto ele dava seus latidos histéricos.
Peguei minha bolsa enquanto via o preço do pequeno cachorro. Suspirei quando percebi que o quanto havia ganhado naquele dia de trabalho era insuficiente para metade do que a loja pedia por ele. Lancei-lhe um sorriso triste e acenei — talvez da próxima vez...
Quando me virei para voltar para casa, vi notas de papel em minha frente. As abaixei e vi o sorriso travesso que InuYasha me lançava. Sacudi a cabeça, negando qualquer ajuda sua. "Vai negar dinheiro oferecido por vontade própria, Kagome?"
"Vou. Dinheiro seu não presta, InuYasha." Sorri quando vi seu semblante indignado. Ele apenas murmurou em consentimento e virou as costas para mim, entrando na loja. Arregalei os olhos. Não. Ele não podia fazer aquilo!
Mas ele fez. Voltou com o filhote preto nos braços, o estendendo em minha direção. Olhei para InuYasha furiosa, porém ele pareceu não notar – estava ocupado demais tentando não ser alvo de lambidas.
InuYasha era meu amigo de infância – meu melhor e mais próximo amigo. Havíamos nos conhecido através de nossas mães e, a princípio, nos odiávamos inconseqüentemente. Com o tempo, porém, fomos nos acostumando com a presença um do outro e viramos amigos. A partir de então, não nos largamos mais.
"Você é tão estúpido!" Ri, pegando o cachorrinho das mãos de InuYasha, que naquela altura do campeonato estava todo babado. "Mas também faz algumas coisas que valem à pena."
"Pois é. Agora eu já não tenho tanta certeza disso." Ele resmungou, enquanto limpava a baba que estava em sua bochecha. "Então. Qual será o nome do peste?"
"Peste? Está falando de você?" Perguntei sarcástica, acariciando as orelhas do pequenino. "Creio que... Luke. Acha apropriado para um cachorro, InuYasha?"
"Tanto faz." Ele deu de ombros, como se não se importasse. "Agora vamos para casa. Está esfriando." Então ele simplesmente pegou a minha mão e começou a me puxar pelas ruas de Tókio, quase me fazendo derrubar Luke.
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Acordei assustada e com o suor escorrendo pela testa. Eu ainda estava naquele quarto imundo de hotel. Não havia nem sinal de InuYasha. Levantei-me e fui até o banheiro jogar uma água no rosto.
Estava pálida.
O que foi aquilo? Por que me lembrei de quando ainda éramos unidos? Por que havíamos terminado aquela amizade duradoura? Não me recordava de nada e a dor de cabeça que me acompanhava desde que acordei não contribuía com nada.
Quando voltei ao quarto, peguei minhas coisas e saí logo dali. Olhar para aquele quarto, onde eu quase matei meu ex-melhor amigo, dava-me náuseas. Simplesmente náuseas.
No dia seguinte, tinha uma reunião com meu chefe... Por mais que quisesse desabafar com alguém sobre tudo o que aconteceu, estava mais que disposta a guardar aquela noite só para mim.
Era tão humilhante... E só ficaria entre InuYasha e eu.
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Olá!!
E aí, como vão? Espero que tudo bem! Aqui está o Primeiro capítulo do que, espero, seja uma grande Fic! Também gostaria muito que vocês comentassem para alegrar esta humilde pessoa que vos escreve!
Não é muito difícil:
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Mais uma vez, obrigada pela atenção que vocês me dão quando lêem meus trabalhos! Gostaria que "Dangerous" fosse um trabalho tão bom quanto os outros!!
Matta ne, Rei-chan
