Súmario: "Eu só quero caminhar para fora deste mundo...
Porque todo mundo tem um coração envenenado."
Categoria: Drama/Romance
Shipper: Mello e Near
Avisos: Sim, é YAOI! Sim, Contém partes LEMON! Sim, foi escrita por mim O.O
Alguns trechos foram tirados das músicas:
"New World - L'Arc en Ciel" e " Poison Heart - Ramones".
As partes em Itálico são fragmentos das lembranças de Near, ou seja, pequenos trechos. FlashBack's de suas noites quentes com Mello ;D.
Disclaimer: Death Note não me pertence, este incrível mangá foi me roubado enquanto eu pensava sobre o porque do porquinho roncar ¬.¬
Fanfic betada por Nah Ryuuzaki.
Presente para Hiei-and-Shino.
Boa leitura...
. Poison Heart .
"Eu só quero caminhar para fora deste mundo...
Porque todo mundo tem um coração envenenado."
(Ramones – Poison Heart)
Estava ofegante... Sentia seu corpo queimar. Ele o dominava, tinha que confessar.
Beijos libidinosos e lúbricos eram travados entre ambos, onde línguas duelavam por espaço entre as bocas...
Ele conhecia a escuridão e o veneno que nela existia.
Conhecia a escuridão que cobria a terra quando o sol se escondia e também a escuridão da alma humana. Cujo coração é tão negro quanto à própria escuridão.
A primavera chegou de modo tão súbito como a aurora e o crepúsculo nos trópicos. Mas a primavera não era sua estação preferida – era curta demais e incerta demais, e poderia ficar mais turbulenta de uma hora para outra. Mesmo assim, alguns dias de Abril são tão inesquecíveis quanto ao toque da pessoa amada... Porém, o único problema daquele jovem era que aqueles dias de primavera já haviam sido esquecidos, igual ao seu amado.
Sugava a pele deixando marca na tez clara. Demarcaria seu território.
Mello pertencia a ele... Um pertencia ao outro...
"Isso é um pecado" – Esse era seu pensamento no momento...
Mas desde quando Near ligava para tal coisa? Desde quando Mello se deixava preocupar?
Beijou-lhe o pescoço delicadamente, sentiu o corpo arrepiar-se abaixo do seu, isto o intrigava... Ao mesmo tempo em que lhe excitava...
Cercado pelo ruído, o som me acorda.
Rasgando a escuridão e que apreende a abundância de luz
Agora estava sozinho sentado no assoalho em meio à escuridão, sentado de forma estranha, com a perna próxima ao corpo servindo de apoio para uma de suas mãos enquanto a outra enrolava uma mecha branca de seu cabelo.
O quarto estava quieto e mórbido.
Uma imensa janela com enormes cortinas brancas denunciava onde o jovem e seus brinquedos estavam. Olhava a cidade pequenininha, com seus carros e prédios parecendo borrões de luz em meio ao mar negro que é à noite. A cidade não tardava a parar – as tarefas não esperavam. Ainda com a lua sob a linha do horizonte e a escuridão sobre a terra, as atividades nunca paravam. O único som em seu quarto era o de sua própria respiração misturada aos sons de buzinas e pessoas gritando ofensas umas com as outras.
A sua frente estava um enorme quebra-cabeça, com peças brancas e sem vida. Nele só se podia ver a escrita de um grande 'M'. Já perderá a conta de quantas vezes havia montado e desmontado aquele grande quebra-cabeça, não tinha sentido ficar ali com aquele brinquedo, o único motivo existente para aquilo agora já estava morto...
Seu perfume era entorpecente... Seu corpo tão próximo causava-lhe sensações que não haveriam palavras para descrevê-las aqui...
Suas mãos frias iam subindo lentamente pelo corpo quente deitado ao seu lado, explorando cada parte...
"- Não me provoque Near."- A voz era rouca, tentadoramente rouca, Mello falara fazendo questão de encostar a boca no lóbulo de sua orelha...
Estou acordando num mundo novo...
Nate River, esse era seu nome. Um simples nome que ele fizera o favor de esquecer.
Near esse era o seu novo nome. Nome que todos faziam o favor de não deixá-lo esquecer...
Ao seu lado jazia uma pequena caixa, esculpida delicadamente. Dentro dela havia lembranças. Envenenadas lembranças, de um passado já distante que insistia fazê-lo lembrar de coisas doloridas demais para um ser humano.
Tudo na vida tinha um começo, um meio e um fim. Ele só não esperava que na vida deles o fim chegasse tão rápido.
Sentia ódio de Mello. Ódio por uma promessa feita e não concretizada.
Ódio por ter descoberto o pior – na concepção dele, sentimento do mundo. O amor...
Near esquecera-se de Nate. Mello o fizera lembrar.
Near não apresentava emoções. Mello o fizera apresentar.
Near era um gênio não precisava de nada para conseguir o que pretendia. Mello o fizera perceber que para conseguir o que queria necessitaria de Nate.
Sentia ódio de Mello, sentia ódio de Nate.
Mello que era o mesmo de Mihael Keehl...
E Near que agora era o mesmo que Nate River.
Já não tinha tanta certeza do que fazer, ele era apenas um... Voltará a ser Nate.
Fechou os olhos para aproveitar aquele momento... Tentava controlar sua respiração.
Deslizou os lábios pela face sentindo o perfume da pele, beijou-lhe a boca mordiscando o lábio inferior para depois sugar a carne da boca, sorriu internamente ao o ver suspirar com o beijo.
Ansiava por um contato maior e ele assentiu...
Fingimento, medo, fachada, tormento...
Com Mello descobrira que tinha um coração...
Descobrira um coração que pulsava fervorosamente dentro de si. Porém, junto desta descoberta, acabara de encontrar um pequeno coração que com o tempo havia sido envenenado...
Um traidor de coração envenenadoera isso que Mello se tornara pra Near.
Mello não era fraco. Não deixava ser preso por tantas coisas negativas.
Near aprendera muito com isso... Mas agora Mello estava morto.
E para Near, Mello se tornara um traidor.
Tudo por simples Promessas não cumpridas...
Era como uma dança, os dois corpos nus deitados, corpos que se reconheciam como Mihael e Nate. Uma fina camada de suor se formava entre ambos, se sentiam demasiadamente bem. Sua respiração ainda era descompassada, sentiu um certo alívio ao sentir o líquido quente em suas pernas, sorriu ao poder ouvir um gemido de prazer ao pé de seu ouvido...
Os corpos cansados repousavam um no outro. O sono lhe dominava os sentidos igual ao perfume que lhe embriagava...
Se aquilo era um pecado eles não se importavam de serem os mais desagradáveis pecadores...
Porém, no final isso não passava de uma vasta lembrança.
Mello era um trapaceiro que não conhecia a solidão. Near era só mais um no meio da escuridão...
Largou de mão o quebra-cabeça, naquele momento o brinquedo não o interessava mais. Abriu a pequena caixa, com cuidado. Havia um objeto nela que simplesmente queria jogar fora, livrar-se. Queria simplesmente esquecer da existência daquela caixa e da pessoa ao qual ela pertencera. Porém era impossível, sempre se pegava olhando aquele objeto, sempre se torturando por uma única memória antiga e agora, sem valor.
No centro daquela caixa havia simplesmente, uma carta...
Nate...
Sinceramente, a vida é bem mais curta do que podemos imaginar.
Sinto que um possível fim me cerca... E com ele nossa relação também.
Você me conhece muito bem para saber como me sinto em relação a tudo isso.
Sinto-me mal. O pior de todos os homens!
Sinto-me mal por você, Near. Sinto-me mal por mim...
Bem, eu só quero caminhar para fora deste mundo,
Porque todo mundo tem um coração envenenado.
Talvez seja egoísmo meu, e não nego.
Você sabe a vida realmente é um utensílio.
E os poetas reagem para tentar procurar sua alma, tentando focar seu 'Eu' interior em palavras. E é isso que eu estou tentando fazer agora...
Lágrimas amargas invadem meu rosto e despencam sobre o papel.
Eu jamais escolheria te abandonar, a humanidade está se degradando é o fim para todos...
Rasgando a escuridão que apreende a abundância de luz
Eu estou acordando num mundo novo.
Mihael Keehl
Toda via, quando lia aquela carta alguma coisa dentro de seu peito palpitava, uma dor agonizante invadia-lhe com ímpeto e se prolongava até transformar-se em amargas lágrimas.
Seria ele também um egoísta?
Queria Mello ali perto dele, queria sentir sua respiração ofegante em seu pescoço causando-lhe arrepios pelo corpo inteiro. Queria ouvir seu nome pronunciado ao pé de seu ouvido de forma tão provocante que lhe fizesse suspirar e se entregar sem rancor ou arrependimento.
Seria egoísmo seu?
Ter saudades das noites luxuriosas que passavam juntos... Seria um pecado ter saudades e guardar as lembranças dos dois deitados nus em cima daquela cama?
Ele não sabia...
Near sentia ódio de Mello. Um amor camuflado de ódio seria o mais sensato.
Sentia ódio por Mello o ter abandonado nesse mundo venenoso e cheio de armadilhas. Ódio pelo mesmo ter fugido para outro mundo...
Um mundo novo... O céu...
Ou o inferno?
. Owari .
Olá...
Não me estranhem, ok? Especialmente a senhorita Hiei-sama...
Essa estória foi inspirada na fabulosa fanfic "Origens" de Hiei-and-Shino, eu sinceramente não sei como isso aconteceu... E possivelmente daqui a dez anos continuarei não sabendo o.ò
Espero que a senhorita tenha gostado. Foi feita com muito carinho. n.n
Sinceramente acho que a fic ficou meio confusa, não?
Near sentia-se frustrado pela morte de Mello. Sentia-se frustrado por sentir falta daquele traidor. E Near é seme! Ou Uke?
Creio eu, que essa fic nunca chegará aos pés das suas fic's Hiei-sama... Porém estou feliz por fazê-la. Sinto-me estranhamente realizada. xD
É isso... Review's?
Tyki Moon.
