8 de Março de 2014 - Nova York - 3:00 P.M
Nunca fui de escrever em diário ou algo nesse sentido, até porque não tenho tempo para isso, a vida artística é muito corrida, ter que representar um personagem tão notável e reconhecido é gratificante porém o trabalho é árduo.
Não lembro a última vez que tive férias, estou dizendo de férias de verdade, sem compromissos com retornos, sem previsão de volta, confesso que gostaria de sair por aí, conhecer novos lugares e não ter com o que me preocupar por no mínimo um ano. Aproveitar bem minha família que a tanto tempo estou distante, sinto que eles, principalmente minha mãe, sentem muito a minha ausência mas eu não quero e nem posso reclamar, me sinto abençoada por fazer parte dessa série maravilhosa, por ter fãs tão incríveis, por fazer parte de uma família, aqui , gravando, me sinto em casa. Se não fosse um único problema, tudo estaria perfeito, a Tamala uma vez ou outra me aconselha a deixar para lá, só que está aí o meu defeito, sou muito apegada as coisas e as pessoas, queria ser um pouco ''desprendida'', ligar o foda-se para tudo aquilo que me impede de ser feliz mas não consigo ser assim, essa pessoa não sou eu. Eu me importo. Eu me dôo em tudo o que faço. Eu me entrego e por isso me estrepo. Nem sei porque estou escrevendo tudo isso em um pedaço de papel, talvez porque esse seja meu jeito mais sensato de desabafar sem ter que encarar aqueles famosos olhares julgadores ou talvez porque eu queira ter esse diário como uma lembrança viva de tudo o que vivemos e não ter que esquecer nenhum detalhe. Tantos erros nos levaram até esse fim, lágrimas não são mais suficientes, gostaria que tudo fosse diferente mas nem tudo é como a gente quer e essa é a grande porcaria.
Me sinto ridícula em ser mais uma mulher estúpida escrevendo sobre seu coração partido, talvez eu devesse compor uma canção, será? Okay, esse não é o caso. E aqui começarei o meu relato de como tudo começou e como tudo chegou ao fim.
Espero que depois disso meu coração fique mais leve, eu preciso disso. Ele já seguiu em frente, não quero e nem posso ficar para trás remoendo uma história que claramente eu era a mais envolvida. Quem mandou eu ser trouxa o suficiente para me apaixonar justamente pelo meu companheiro de cena, o garanhão que vive sempre rodeado de mulheres, quem mandou eu ser idiota o suficiente para entregar meu coração a Nathan Fillion?
