Esta é mais uma história fictícia envolvendo os atores Cory Monteith e Lea Michele de Glee, ou simplesmente Monchele. Fatos, lugares, pessoas e quaisquer semelhanças com a realidade são mera especulação. Não possuo nada e nem ninguém. Seus comentários são muito bem vindos e, desde já, agradeço a sua visitinha pra acompanhar essa história. Prometo muito romance, com pitadas de humor, drama, suspense, talvez um pouquinho de ação, e outras coisinhas mais picantes...rss.
1. Prólogo
Depois de mais um longo dia de filmagens de Glee, todos se recolheram aos seus devidos trailers. Luzes apagadas, tranquilidade e calmaria era o que perpetuava naquela mini vila dos atores. A noite fria de inverno não acorajava ninguém a sair da sua 'casa'. Apenas de um dos trailers se percebia pouca iluminação inebriando alguns ruídos, quebrando o silêncio total daquela madrugada.
"Ei, espere, temos que conversar...desse jeito assim, às escondidas, não é certo!" Lea tentava se desvencilhar dos braços de Cory enquanto ele a beijava deixando-a sem ar. "Eu estive pensando nos últimos dias Cory...pare!...me ouça!" Lea empurrou-o quando ele estava lhe tirando a blusa.
"O que foi?" ele perguntou meio assustado.
"Cory, a gente não se conhece direito ainda, faz só uns dias que nos conhecemos...acho que estamos indo muito rápido com tudo isso! Gosto de ficar com você, adoro como me beija me deixando perdida, sem ar ...mas eu não sou como essas meninas aqui de Hollywood que hoje estão com um amanhã com outro, sou uma garota séria, de compromisso, ... e pelo que estou percebendo de você, gosta mesmo é de farra, está sempre por aí com o Mark nas baladas, parece que veio aqui a passeio!..." dizia ela encontrando um olhar incrédulo do companheiro.
"Você não me conhece mesmo! Acho que é você que está querendo ir rápido demais! Nos conhecemos outro dia!" ele argumentava ofendido.
"Lea...Lea...Lea Michele Sarfati!" Jonathan gritou no ouvido da morena lhe tirando dos seus devaneios.
"Oi Jon, desculpe, o que você estava mesmo dizendo?"
"Aonde você esteve nessa última hora? Estive falando aqui sozinho! Ah, espere... aonde não, em quem você esteve pensando? Nem precisa me responder, eu já sei... num canadense alto moreno, acertei?"
"Ah sim, você estava me pedindo sobre Theo, se ficou tudo bem entre nós...sim, depois de tentarmos uma viagem romântica pro Havaí, dele vir pra cá, Los Angeles, pra ficarmos mais perto, nada deu certo, percebemos que já não nos amávamos, pelo menos não como homem e mulher... tinha virado um amor de irmãos. Está tudo bem, continuamos amigos!" Lea tentava desviar a conversa.
"Você e o Theo nunca se amaram! Pelo menos você nunca amou aquele banana! Eu te conheço Lea Michele, você é minha melhor amiga, sei mais de você do que de mim mesmo. Você enfiou os pés pelas mãos, deixando escapar alguém que você amava, daí pegou o primeiro que apareceu e tentou colocar no lugar. Não tente me enganar!"
"Ah papai, só você..." Lea assentiu sorrindo ao amigo.
"Três anos se passaram Lea... muita coisa aconteceu desde aqueles pegas de vocês dois no trailer... tudo bem, que aquela noite você foi uma idiota pelo que você me contou, imprensar o rapaz, querer compromisso se vocês nem se conheciam? Você é louca Mrs. Sarfati! Bem feito, mordeu a própria língua! Nunca vi um rapaz mais sério, centrado, humilde e querido. Todo mundo do meio gosta dele porque não é de se achar e nem sai por aí se metendo em confusões como a maioria das celebridades! Com o passado que ele tem, vivendo nessa selva, cheia de drogas e mesquinharia... ele é um herói! Você sabe quantas garotas correm atrás dele? E você teve a chance e jogou no vento..."
"Você está querendo me deixar mau? Ok, obrigada, está conseguindo!" Lea tentava em vão engolir o nó que se formava em sua garganta. Jonathan tinha razão, ela fora uma boba...mas era tarde demais pra voltar atrás.
"Não é tarde nada! Eu sei que é bem isso que você está pensando. Ah mamãe, não desista! Eu sei que você gosta de verdade daquele desengonçado".
"É complicado!" ela abaixou o rosto pro amigo não ver que ela segurava uma lágrima.
"E não ouse chorar!" ele ergueu o rosto da amiga e beijou-a no nariz fazendo ela sorrir da molecagem." Pelo que sei vocês já superaram aquela noite, se tornaram amigos, muito bons amigos eu diria, amadureceram de certa forma juntos nesse tempo, cada um seguindo sua vida, mas compartilhando suas experiências... até onde sei, ele não tem namorada, pelo menos não oficial... não existe segredos entre os dois, vocês conversam sobre tudo!"
"Nem tudo...eu nunca disse pra ele que ainda o amo, que jamais lhe esqueci!"
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"Ei cara, eu e uns amigos vamos ao show do RED hoje, vai se aqui perto, vamos junto com a gente?"
"Obrigado Mark, mas acho que não, vou descansar, combinei com o pessoal lá de casa, vamos fazer uma macarronada com muito frango, e colocar a conversa em dia".
"O que? Jantar em casa? Pare Cory. Só se é jovem uma vez na vida! Vamos sair, aproveitar que amanhã é nossa folga e amanhecer por aí".
Cory sorriu da empolgação do amigo.
"Entre sair pra farra com você e ficar num lugar mais sossegado com uma turma, sem dúvida, fico com a segunda. Você me conhece, prefiro sossego".
"Você é uma vergonha pra classe machista solteira!" Mark não acreditava que o amigo estava recusando seu convite. "Você é louco!".
Enquanto os amigos discutiam e riam um do outro, suas atenções foram capturadas pelo carro que estacionou perto deles. Era Lea e Dianna que chegavam pra mais um dia de gravações nos estúdios da Fox. Elas acenaram pra eles de longe.
"Eu só iria recusar um convite pra uma mega noitada pra ficar em casa só se eu tivesse uma gata como elas! Aí sim eu ficaria...a Di depois que cortou o cabelo ficou ainda mais sexy, pena que ela se faz de difícil...e a Lea, depois que largou aquele mané parece que desabrochou, está cada dia mais linda, pena que ali comigo ficamos nos zero a zero, ela não me dá moral!"
"Nem eu te dou moral às vezes..." Cory riu incomodando o amigo.
"Cala a boca!" Mark deu um tapa em Cory. "Agora, eu sei que tem um cara aí que mexe com ela..." Mark puxou o amigo perto de si pra lhe falar seu segredo baixinho "...você!"
Cory desgrudou de Mark.
"Ficou louco! Já bebeu agora cedo?"
"Não se faça de desentendido. Eu percebi, todo mundo já percebeu que entre vocês dois tem alguma coisa a mais...mais que amizade! Até os fãs perceberam! Só quero saber quando é que vão largar de fingimento e assumir que se gostam, que estão juntos..."
"Endoidou de vez, só pode! Dá onde você tirou isso? Somos amigos e só! Não existe nada entre a gente além de amizade, admiração".
"Conversa. Duvido que nunca ficaram juntos! Eu bem vi que antes dela começar a namorar aquele playboyzinho da Broadway vocês dois estavam sempre por aí, juntos. Não vai me dizer que não rolou nada?"
"Nada", Cory nunca contou pra ninguém sobre seu curto 'namoro' com Lea. Sempre foi muito discreto com sua vida pessoal, nem os amigos mais íntimos sabiam sobre seus romances.
"Ok, me engane, vou trabalhar", Mark saiu indo em direção à entrada do estúdio, passando pelas meninas que ainda estavam ali conversando. Cory continuou onde estava, apenas olhando Lea, se perdendo em seus pensamentos, suas lembranças. Se passaram 3 anos desde a última vez que ele teve aquela pequena morena enlaçada em seu corpo, mas se ele fechasse os olhos ainda podia sentir o seu cheiro, seu toque, o calor dos seus beijos, o riso em seu ouvido, as mordidas que latejavam por todo o seu corpo...ainda estava tudo aquilo vivo nele, 3 anos... pareciam 3 horas! Não que ele não a beijasse, tocasse, conversasse, mas era profissional, nunca misturaram nada. Cada coisa no seu lugar! Desde então eles passaram por várias situações que se fundiram numa amizade tão sincera, tão bonita, no final das contas foi melhor que suas vidas tomaram esse rumo. "Com certeza não teria dado certo, nós viemos de mundos tão diferentes", Cory sempre pensava.
Ele suspirou. Achou que com o tempo poderia esquecê-la, substituí-la com um novo amor...bobagem, a cada dia ele ficou mais e mais encantado com ela, quanto mais a conhecia, mais se apaixonava. Nunca teve coragem de falar com ela francamente, lhe expondo como se sentia, ainda mais que ela era comprometida até outro dia. "Mas ela não está mais!", ele se surpreendeu consigo mesmo pensando na possibilidade de agora fazer o que devia ter feito há tempos atrás. Nesse instante, Lea e os outros chamaram Cory para entrar. Ela por sua vez, deu um imenso sorriso, lhe chamando. Ele sorriu de volta. "Jamais vou conseguir ficar sem esse sorriso na minha vida! Não posso arriscar o que tenho, não mesmo! A amizade que temos é algo tão incrível, tão forte. Tanta coisa se passou, ela nem deve mais pensar em mim além de colega de trabalho, no máximo amigo. Nosso tempo passou. Vou guardar pra mim o que sinto, é o melhor a se fazer!", Cory refletia enquanto se aproximava dos amigos.
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"Estava pensativo ainda a pouco, algum problema?" Lea pediu a Cory baixinho enquanto se preparavam pra iniciar o dia de trabalho, enquanto os outros estavam distraídos.
"Nada não, bobagem" ele respondeu desconversando.
"Sabe que pode contar comigo, se tiver algum problema..."
"Eu sei, digo o mesmo", Cory beijou a mão dela agradecendo a atenção, "só estava pensando que quando isso tudo acabar vou sentir muita falta de tudo aqui, principalmente de vocês!"
"De mim não vai dar pra sentir falta, esqueça se pensa que vai me jogar pra escanteio!", ela começou a rir contagiando ele. "Eu não vou largar do seu pé!"
"Você não é fácil...nem ouso te deixar pra trás"
"Minha mãe sempre me disse que tem certas pessoas que a gente tira da nossa vida jamais, mas só vim a entender esse ditado quando te conheci, você é uma pessoa muito especial pra mim! Então...saiba que nunca vou te tirar da minha vida..." ela sorriu e em pensamento completou a frase '...nem do meu coração!'
"Você também é muito especial pra mim, digo o mesmo, nem passa pela minha cabeça te tirar de perto de mim...você é uma das minhas melhores amigas", e também pra si ele completou o que não conseguia dizer em alto e bom som: '...e a mulher que eu amo!'
Se estava difícil de dizer em palavras, os olhos brilhantes dos dois já se confessavam sem vergonha nenhuma, sem temor do que pudesse acontecer, sem medo se o sentimento que cada um deles nutria a tanto tempo pelo outro era mútuo ou coisa da sua imaginação. Faltava coragem pra dar o primeiro passo ou desculpa pra abrir o coração sabendo que o outro poderia não estar a fim da mesma maneira? Só o tempo poderia responder essa pergunta que afligia tanto Cory como Lea, fazendo com que a razão travasse uma luta diária com suas emoções. Só o tempo...
