Sinopse: Brigas, discussões, ciúme, raiva, reconciliações. No final o amor não passa de "eterno retorno"... Bem, para Camus, toda repetição ao lado daquele escorpiano singular era uma repetição mais que prazerosa..

Fanfiction yaoi, ou seja, relacionamento homoafetivo entre dois HOMENS, se não gosta, favor fechar a página. Obrigada!

Casal: Camus x Milo, se não gosta, VAZA também!

Fanfiction originalmente publicada no Nyah fanfiction e transcrita agora em um surto para o FF.

Att. Não betada, perdoem possíveis erros.

Boa leitura.

DéJàvu

Fanfiction de Sion Neblina

Casal: Camus e Milo

Romance – yaoi

O amor, esse círculo de sentimentos e ações inesperadas ou terrivelmente esperadas.

Quando se apaixonou por ele, achara que isso era uma maldição; temperamentos opostos. Certo que sempre se deram bem, ele sempre foi seu melhor amigo, aquele que expunha seus sentimentos tão bem guardados. Provocava-o até arrancar todos.

Nunca foi fácil, contudo. Desde a adolescência a convivência entre os dois era uma guerra, uma prazerosa e difícil guerra. Mas essa mesma guerra formava o equilíbrio perfeito que era a união de ambos. Ele: frio, tranqüilo, reservado. O outro: sedutor, manipulador, sagaz. Ele: inteligente, sarcástico e obstinado. O outro: inteligente, ardente e não menos obstinado.

Eram rivais poderosos e amantes fogosos, mas até aceitar que aquilo era amor, foram anos de convivência, sofrimento e trabalho. Brigas homéricas, acontecimentos trágicos. Tudo para no final, descobrir-se... Amando!

Ele sempre foi fiel, mesmo porque, nunca encontrou alguém que o interessasse mais que o outro. O outro não, ardente e orgulhoso, fazia-o pagar por sua indiferença exibindo um "brinquedinho" novo a cada semana.

Era isso: para Milo de escorpião, traição era uma brincadeira divertida; uma provocação, ao menos no começo da relação, quando ele achava que não era levado a sério pelo aquariano.

Camus se perguntava o que seria ser levado a sério para ele? Já que sempre o respeitou, prezou sua companhia e nunca o rejeitou. Pelo contrário, era ele, Camus, o rejeitado pelo inconstante escorpiano e, nem por isso, ficou com complexo de coitadinho.

Sorria ao pensar nesse termo: "complexo de coitadinho". O amante quase o esmurrou quando insinuara que ele sofria desse mal. Milo não aceitava o simples fato de não conseguir manipulá-lo. Na cabeça venenosa do escorpião, ele teria que ter o controle de tudo, assim como acontecia com todos os seus amantes, com todos a sua volta. Mas ele, Camus de aquário, era diferente.

Milo de escorpião se acostumou a sempre comandar os fatos. Era ele a subjugar os outros. Mas aquilo não acontecia com Camus. O escorpiano dizia amá-lo, mesmo que no começo o aquariano duvidasse disso. Na verdade, ambos passaram por duras provas até conseguirem acreditar no amor do outro. Mas, enfim conseguiram, porém, isso não tornou a relação mais fácil, pelo contrário, as brigas permaneciam. Eram dois gênios poderosos que entravam constantemente em choque e, embora, na maioria das vezes, ele, aquário, saísse vitorioso dos embates com o guardião da oitava casa, o francês sentia que para aquela guerra não havia vencedores. O genioso e manipulador escorpiano nunca se daria por vencido, então, preferia ignorá-lo a reconhecer a própria derrota.

O loiro da oitava casa tinha um prazer sádico em tirá-lo do sério. Do seu pedestal de gelo como ele gostava de falar e, diga-se de passagem, era a única pessoa no mundo capaz de realizar tal proeza.

Camus, na maioria das vezes, era quem procurava por Milo após as brigas. Achava muita infantilidade permitir que o grego ficasse longe de si, somente para "ter razão". Entretanto, daquela vez, ele não iria procurá-lo. Estava farto disso! Farto de ter que ceder aquele escorpiano orgulhoso e intransigente.

Aquário suspirou. Já havia se passado cinco dias que não ficavam juntos. Viam-se nas reuniões e na arena, mas Milo mal o cumprimentava. Daquela vez ele estava realmente determinado a tirá-lo do sério.

Orgulhoso até os ossos o grego! Mas Camus não ficava atrás em seu orgulho e insolência. Então, passaram-se dias até que o aquariano resolvesse procurar o amante. Na verdade, resolveu fazê-lo porque não suportava mais. Seu corpo não suportava mais, afinal, não era gelado como o outro pensava, e agora, além da saudade natural a amantes fogosos como eles, havia o fato de que em breve viajaria e não queria deixar o santuário brigado com seu escorpião.

Toda e qualquer missão envolvia perigo, por mais "normal" que ela fosse, e Camus não gostaria de morrer sem que tivesse beijado os lábios carnudos do amado uma última vez. Por isso, lá estava ele, na calada da noite, adentrando o templo de escorpião a procura do seu dono.

Milo estava no jardim, admirando a noite. Camus chegou por trás e lhe tocou os cabelos cacheados; o loiro tão se virou para olhar em seus olhos com um misto de malícia e ironia.

Aquário sorriu com o canto dos lábios; sabia que ele o esperava, embora nunca fosse admitir. Com certeza, Milo não dormiria aquela noite também, sem falar com ele.

O francês sentiu uma sensação de déjàvu. Sempre a sentia quando fazia as pazes com o grego, depois de brigarem por qualquer tolice. Sim, tolices, porque sabia que um era completamente e filhodaputamente perdido de amor e tesão pelo outro, então isso deveria bastar, mas... Complicados todo fim!

— Você por aqui, Camus? — a voz fria e levemente irônica chegava mesmo a divertir o ruivo; "você por aqui, Camus?" Ele falava como se isso não se repetisse a cada briga tola. Era um ciclo inexorável e levemente prazeroso.

— Sim, eu por aqui, Milo, já se passaram cinco dias e você não voltou à minha casa, ainda chateado por causa daquela discussão estúpida?

O grego se afastou da sacada e caminhou em direção ao seu templo, fazendo pouco caso do ruivo.

— Cinco dias? Sabia que nem percebi? — falou com escárnio.

— Bem, se não está disposto a conversar, vou embora, é isso que quer? Agora seja mais objetivo — provocou Camus, já sabendo que ele não deixaria que saísse (dájàvu).

— É isso que quer? — perguntou Milo com um meio sorriso, e Camus ficou observando detalhadamente o seu rosto. O queixo forte e arrogante, os lábios carnudos e os enormes olhos esverdeados. Não podia negar que era fascinado por ele desde a infância. Seu jeito livre, jovial e insolente de ver a vida, onde tudo era uma aventura, sem direito a palavra medo, aliás, somente uma coisa causava receio ao escorpiano, e aquário sabia bem o que era, o sentimento que ele sempre nutriu pelo guardião da décima primeira casa e que, muitas vezes, Milo achou não ser correspondido. Bem, escorpião tinha suas esquisitices e, ao contrário do que todo o santuário pensava, não era nada fácil conviver com um escorpião temperamental distribuindo ferroadas sempre que era contrariado. Camus era ponderado, racional, embora tivesse um peculiar senso de humor; Milo, não, era rígido, radical e intransigente, beirando o extremismo.

— Milo, a questão é: o que você quer? — indagou Camus. — Você sabe que não conseguirá me persuadir e nem me manipular a achar razões em suas atitudes, e eu sei que não conseguirei convencê-lo de que não há motivos para brigas. Simples assim. Agora se você quiser ficar brigado comigo por mais dois anos, tudo bem, eu volto para meu templo e deixo que me procure quando a sua raivinha passar.

Terreno perigoso, menosprezar a cólera do escorpiano era como menosprezá-lo e aquilo poderia gerar duas reações: a explosão total, e isso significaria que ele, aquário, seria arremessado da oitava para a décima primeira casa com um golpe ou, ao contrário, Milo baixaria o olhar reconhecendo que estava fazendo tempestade em copo d'água, porém, mudaria de assunto e não admitiria o erro. Sim, ele nunca admitiria...

Para sorte de Camus, ele teve a segunda reação, baixou o olhar com um meio sorriso e balançou a cabeça.

— Ah, Camus, como você é irritante, às vezes...

— Por que não faço o que você quer e não dou razão as suas idéias absurdas? — sorriu o aquariano.

— Camus, eu só gostaria que você não tivesse que fazer essa viagem, só dessa vez. — bufou Milo.

— A caso se fosse você o escolhido para essa viagem, você não iria, Milo? Você não pode reclamar disso, é muito mais certinho que eu em relação às normas do santuário. Não é você que vive a me lembrar das minhas obrigações e deveres, como se eu não soubesse todos?

— Eu sei de todas as nossas obrigações! — tornou o loiro — Só que nos últimos tempos essas viagens têm se estendido demais, além disso, a última durou exatos três meses, e para piorar a situação, Athena lhe deu a opção de não ir, e você escolheu ir quando qualquer outro cavaleiro poderia fazer isso, você me ignorou em sua decisão!

— É uma missão importante. — explicou o ruivo.

— Todas as missões são importantes — devolveu o loiro. — Mas eu realmente queria que não fosse dessa vez, só dessa vez.

— Você acha que não sentirei sua falta, também? — indagou Camus com um meio sorriso sedutor.

O escorpiano sorriu também com a declaração feita da mesma forma fria do seu amado iceberg, mas nem por isso deixou de ser uma declaração. Já estava acostumado ao jeito de Camus e sabia ler o que estava "por trás" de cada frase daquele tipo.

— Eu sei que sente... — murmurou e riu erguendo a cabeça para olhar dentro dos olhos do amado. — Acho que terei que matar a Athena para ter você só pra mim...

— Você já me tem só pra você, Milo, sempre teve... — falou Camus com voz rouca, tomando os lábios do amante que esqueceu a irritação e aceitou o beijo com ardor, puxando o francês para dentro do seu templo, melhor, para sua cama.

Milo emaranhou os dedos pelos cabelos escuros de Camus, aprofundando mais o contato e saboreando a língua cálida que ia de encontro a sua. Camus segurava o rosto bronzeado entre as mãos com carinho. Poderia parecer exagero, mas alguns dias sem beijá-lo, estando tão perto dele, era mais que uma tortura.

O loiro ergueu-se um pouco para livrá-lo da camisa sem parar o beijo. Camus ergueu os braços se vendo livre da fina peça de algodão, sentindo as mãos hábeis de o escorpiano passearem por seu peito definido em movimentos sensuais. Logo estavam nus, totalmente livres para o carinho um do outro.

— Você é um tolo, escorpião... — murmurou enquanto descia os lábios pelo pescoço moreno — Tolo por pensar que prefiro qualquer viagem a ficar assim com você...

Milo sorriu entre os gemidos que os lábios e as mãos de Camus arrancavam da sua garganta.

— Ah, Camie... lições agora não... — gemeu enquanto o outro descia as mãos e apalpava suas nádegas firmes. Abriu as pernas para acolhê-lo no meio delas de forma mais aconchegante. Já não se lembrava por que brigaram... Ah, sim! A tal missão.

Naquele momento, contudo, aquilo era o que menos importava; sentir a pele, a língua, os sussurros e gemidos de Camus era tudo que Milo precisava para se acalmar. Repetir o gesto de tê-lo inteiro pra si era somente o que queria. O aquariano manipulava seus instintos como amante nenhum conseguiu; sua língua, mãos, saliva e músculos conseguiam levá-lo a um universo inimagináveis de sensações.

Sentiu a unha rubra de o seu indicador crescer quando a boca cálida e a língua devassa chuparam um dos seus mamilos com uma erótica lentidão. Deslizou-a cuidadosamente pelas costas brancas, sentindo o ruivo se arrepiar numa mistura de excitação e apreensão que o levava ao delírio.

— Milo... — gemeu Camus com a respiração suspensa sentindo a gostosa carícia da unha descendo por suas costas e começando a circundar suas nádegas firmes. Caso aquele louco perdesse o controle, sentiria uma dor terrível e a excitação que o perigo lhe causava era demolidora, mesmo que a ideia de ter uma agulha escarlate cravada em seu traseiro não fosse nada convidativa.

— Calma, amor, não vou envenená-lo... Não dessa forma... — murmurou o grego sensualmente debochado.

O que o loiro não sabia era que o ruivo já estava definitivamente envenenado por ele. Envenenado por seu corpo quente, por sua língua despudorada e seu olhar sempre febril e carregado de desejo.

Camus afundou a boca no pescoço de Milo, cravando os dentes, chupando, fazendo-o gemer alto. Foi descendo os lábios, circundando os mamilos, sentindo o corpo do escorpiano se entregar ao seu dispor. Foi lambendo, trilhando com a saliva a pele quente, a barriga rija, até se concentrar onde o amante mais queria. Lambeu de leve e soprou o ar frio enquanto encarava a reação de Milo que jogou a cabeça pra trás, gemeu e estremeceu de desejo com o contraste gostoso da saliva quente e o hálito gelado em seu falo. Aquário logo estava sugando seu membro com tesão extremo, fazendo-o quase gritar em delírio e se apoiar em seus ombros, atirando-se de encontro aos seus lábios.

— Ahhhh... Camus... Ahhh... — gritava ensandecido de um tesão violento que era reforçado pelo olhar devasso que o aquariano lhe lançava.

A boca faminta continuava sugando, lambendo, descendo até seu saco, mordiscando e subindo para sugá-lo novamente. Milo se agarrou aos cabelos vermelhos, intensificando as estocadas na boca pequena e habilidosa. O escorpiano sentiu seu corpo estremecer, engolfado pelo prazer que vinha em ondas elétricas.

— Camie, sua boca é uma delícia, eu vou... Ahhh... — não completou a frase, com um grito alto, se derramou na boca do ruivo que engoliu seu sêmen e se afastou lambendo os lábios, subindo para beijá-lo e compartilhar com ele o próprio sabor. Camus sugava a língua do grego de forma intensa, enquanto apalpava seu corpo, beliscava os mamilos, querendo que ele continuasse excitado, coisa que não foi difícil. Milo gemeu sentindo o corpo reagir e reclamar ao mesmo tempo pela falta de descanso. Era como se cada poro vivesse um frenesi particular tamanha era a sensibilidade de sua pele diante das carícias quente do mago do gelo. Era sempre assim; o sexo pós-briga era o melhor dentre outros maravilhosos!

Sentiu os lábios de o ruivo deslizarem para o local sensível entre suas nádegas, molhando com a saliva, beijando, enfiando a língua, o enlouquecendo. Milo se agarrava aos lençóis agora, gemendo e mordendo os lábios em delirante prazer. O francês então se afastou um pouco e entrou lentamente no corpo do loiro, sentindo-o estremecer a cada centímetro que ganhava dentro da cavidade apertada. Milo gemia baixo, os dedos se contorciam a cada movimento lento do ruivo. Camus começou a se mover devagar, já entrando inteiro no amante, sentindo as contrações febris do seu corpo esmagando-lhe o membro, o torturando de excitação. O cavaleiro do gelo era um amante quente e habilidoso, sabia como levá-lo ao vértice do prazer e Milo o seguia, abraçando sua cintura com as pernas, rebolando, o ensandecendo também.

Agora ambos não gemiam, gritavam nos braços um do outro. Camus intensificava as estocadas, puxando o corpo de Milo pelas nádegas, saindo quase inteiro e entrando novamente o tocando fundo, fazendo o escorpiano ver estrela e contorcer-se num delicioso desespero, falando palavras ininteligíveis. Os movimentos intensos e devastadores levavam toda a sanidade, ateava um fogo que vinha do íntimo e percorria pele e nervos até o instante final.

Arqueando as costas e gritando ainda mais alto, Milo gozou, contraindo-se inteiro em volta do falo do amado que com um urro gutural se derramou dentro dele também.

O ruivo desabou sobre o corpo forte do loiro com a respiração ofegante, os olhos fechados, sentindo as batidas do coração dele que lhe afagava os cabelos lisos e despenteados.

— Vê se não demora muito dessa vez — sussurrou o loiro depois de um tempo.

— Sabe que isso não depende de mim — respondeu Camus ainda com a respiração forte.

— Camus... eu...

— Eu sei, mon ange, eu também sinto — respondeu o fracês, rolando para o lado e mirando o amado nos olhos.

Milo umedeceu os lábios e apertou as pálpebras para declarar:

— Eu te amo.

— Eu também.

Abraçaram-se. Camus sabia que aquela sensação que experimentavam agora era algo perturbador e natural na vida de cavaleiros; a sensação de inevitabilidade, de fatalidade implícita em todas suas ações. Suspirou profundamente, apertando Milo nos braços. Adormeceram depois de se amarem mais algumas vezes de forma louca e intensa como era aquele amor.

Camus se levantou de madrugada, vendo que o dia já principiava a clarear. Depositou um beijo nos lábios de Milo e sairia, quando ouviu a voz dele:

— Nem se despediria de mim?

Voltou e se sentou ao seu lado na cama.

— Não queria acordá-lo, ainda é muito cedo, mas viajo daqui a duas horas.

— Sentirei saudades — declarou o loiro sonolento.

— Eu também, mon ange.

— Ok, me dá um beijo? — pediu fazendo charme, e Camus obedeceu.

— Vê se não apronta muito na minha ausência — brincou o aquariano.

Milo se ajeitou na cama sensualmente e sorriu:

— Eu sou um bom menino, Aquário, você sabe que nunca faço nada de errado.

— Sei... — disse Camus com ironia e o puxou para um beijo demorado, sentindo o loiro querer prendê-lo mais nos braços como já sabia que aconteceria.

Era sempre daquela forma a cada viagem, a cada missão e ele tinha que admitir que simplesmente... ADORAVA!

Adorava toda aquela repetição deliciosa.

Depois de alguns minutos, forçou-se a se afastar sem fôlego e com o coração descompassado. A vontade de voltar para a cama, o dever de partir... Em fim o dever venceu.

— Tenho que ir, Milo...

— Estarei aqui esperando seu retorno.

O ruivo apenas assentiu com a cabeça e começou a caminhar para fora da oitava casa.

— Camus!

"Diz de novo?" O ruivo sorriu. Déjàvu.

Virou-se tentando esconder o sorriso que insistia em se insinuar em seus olhos.

— Sim?

— Diz de novo...

— Eu te amo.

Sim, as frases eram as mesmas, as ações também, mas o sorriso que se abria no rosto de Milo cada vez que ouvia aquelas palavras era único e preenchia o peito e as lembranças de Camus durante todas as horas, minutos e segundos de sua ausência.

Finalmente deixou o oitavo templo e horas depois deixava o santuário no avião da fundação ao lado de Saori para uma missão em algum país da Ásia.

O ruivo suspirou e apoio-se na poltrona do avião, fechando os olhos e pensando nas intensas sensações que experimentava nos braços do homem que amava e das quais nunca se cansaria. Sonhava com o retorno breve e com a repetição de tudo novamente.

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim

Que nada nesse mundo levará você de mim

Eu sei e você sabe que a distância não existe

Que todo grande amor

Só é bem grande se for triste

Por isso, meu amor

Não tenha medo de sofrer

Que todos os caminhos

Me encaminham pra você

Vinicius de Moraes

Fim

Sion Neblina

09/05/2011