LOVE PSYCHOLOGY BY UNBROKENHEART

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Sasuke pega o bloco de anotações. Mais uma vez, aquela garota veio até ele para conversar. Sakura fecha a porta atrás de si e senta na poltrona mais confortável em sua opinião. Ela suspira e logo se levanta para pegar água. Volta e deixa a bolsa preta em uma mesinha de vidro. Sasuke abre um sorriso pequeno para recebê-la. Ela retribuiu.

"Bom dia." Diz ele. "Você teve uma semana agradável? Conte-me o que a fez voltar." Ele põe o modo "intrigado" em ação. Sakura revira os olhos e olha para o chão.

"Não. Eu perdi cinquenta dólares no caminho para casa, ontem. Eu não consigo um emprego há três semanas. Meu pai me manda o dinheiro, como disse, mas eu não quero depender dele." Ela repete os mesmos problemas que contou desde que veio. Sasuke acena para que ela continue. "Eu terminei com Naruto." Ela cora quase imperceptivelmente. Ele não demonstra emoção.

"E você ficou triste?" Ela diz que não. "Ficou feliz, então." Ele fala. Sakura balança a cabeça com quem diz "mais ou menos". Sasuke anota alguma coisa. O silêncio é constrangedor, mas ela consegue quebrar o gelo.

"Eu me sentia sufocada. Queria terminar a relação, mas ele não deixava." Ela suspira alto. "Sentia-me péssima quando estava com ele." Ela vai até o banheiro e lava as mãos. Sasuke anota mais algumas coisas e olha para ela enquanto seca as mãos.

"Sabe, ele não é um cara ruim. Só não somos parecidos em coisas que um casal deveria concordar. Não quis me casar com ele e nem quero." Ela busca álcool em gel e oferece a Sasuke. Ele nega com a cabeça.

"Eu estou muito cansada hoje. Parece que o dia não acaba nunca. Nem sei como consegui coragem para estar aqui. Minhas pernas doem e não tenho vontade de sair de casa. Não quero falar com ninguém e sinto que ninguém quer tampouco." Desabafa. Sasuke diz que entende.

"Quer me dizer mais alguma coisa, Sakura?" Ele fala.

"Não."

Sakura mexe de forma desconfortável na poltrona e brinca com o cabelo. Sasuke estrala os dedos e vai até o seu computador. Depois de alguns segundos ele volta a encarar o rosto dela, buscando ser pacífico.

"Você não acha que precisa de uma motivação para sua vida? Existe algo que goste de fazer e não faz por falta de coragem ou incentivo? Ir no parque, ao shopping ou acampar? Ler um livro que sempre teve vontade de ler? Tem alguma amiga para combinar de ir no salão de vez em quando? Algo que queira realmente fazer?" Ele pergunta. Sakura reflete. Ela concorda com a cabeça, mas permance calada.

"Eu costumava a passear muito. Mas desde que encontrei Naruto isso não acontece. Talvez..."

"O seu noivo era fiel?" Ele pergunta e põe a caneta na boca.

Sakura sente um arrepio na espinha. Ela coloca a mão na boca para indicar surpresa.

"Eu não acho que isso seja..." Sasuke olha para ela com um brilho diferente. Sakura sente que ele diz, sem usar das palavras, que a pergunta precisa de resposta e que não está colaborando. "Eu acho que sim."

Ela pensa e esconde o rosto de vergonha. Ele faz questão de que ela note que está observando. Sasuke anota algumas coisas e olha novamente, com mais intensidade.

"Seu noivo tratava você bem?"

"Acho que sim."

"Gostava de você?"

"Bem, posso dizer que sim." Fala com incerteza notória.

"Existe algo que queira compartilhar comigo?" Pergunta.

"Não."

Ele suspira pesadamente.

"Então você quer ir embora." Ela acena, positiva. "Vai marcar para amanhã?"

Sakura levanta e anda um pouco. Diz que sim. Fala que vai voltar amanhã. Sasuke não está convencido.

"Você não vai voltar aqui. Está desconfortável? Eu sei que está. Lembre-se que os maiores medos só existem na nossa cabeça. E você ainda teme seus medos." Ele diz com suavidade. Suavidade cortante.

Sakura diz que entende e que está tentando melhorar. Ela começa a chorar. Muito pouco, mas chora.

"Eu pensei que estava feliz com o noivado. Ele dizia que me amava e acreditamos nisso." Funga. "Mas éramos adolescentes sonhando. Acordei somente agora. E quando vi, ele já estava apaixonado por outra pessoa."

Ele não diz nada, mas vai até seu computador.

Sua expressão é indiferente e fria. Distante, ele franze a testa quando digita algo. Sakura está acostumada com essas ações pouco convidativas e calorosas dele. Ela entende perfeitamente que ele não está ali para fazê-la pular de alegria ou consolá-la pelas decisões erradas que ela já tomou em sua vida. Sua mãe nunca aprovou o relacionamento dos dois, mas não impediu Sakura de ficar com ele. Sasuke acena para ela e caminha até um mini bar rústico. Traz água e busca alguns lenços e entrega. Encosta na mão dela por um minuto e ela olha para ele. Um pequeno toque foi capaz de surpreendê-la. Ela não esperava que Sasuke fizesse aquilo.

"Estou sendo gentil." Ele diz. "Seu noivo agia assim?" Pergunta.

"Não exatamente. Apenas no começo." Ela lamenta. Estavam só alguns centímetros longe um do outro. Ela começa a sentir o cheiro do sabonete dele. Era algo bem forte. Está imaginando com seria vê-lo tomar banho. Escondida e observando a água cair sobre o corpo dele. Seus cabelos escuros e molhados.

Ela pisca várias vezes. Nunca tinha imaginado tantas coisas inapropriadas a respeito do seu psicólogo.

Ele sabe que ela está pensando em algo. Bem profundo talvez. Mas seja o que for, fez ela ficar pálida, ele pensa.

"Você teria acabado com o noivado se ele tivesse sido gentil?"

"Não." Ela balbucia. Sua mente está vagueando pelo quarto, implorando por ar. A proximidade dos dois está matando ela.

"Você está desconfortável?" Ele pergunta. Sobrancelha arqueada.

"Está muito perto..." Ela fala, afastando-se. Sasuke vai até o seu bloco de anotações e escreve uma palavra. Sakura vai até a porta para respirar melhor. Está sem ar. Literalmente.

"Já acabou?" Ele pergunta. Sakura balança a cabeça, tentando disfarçar o nervosismo. Ele não quer assustá-la, mas era inevitável. Ela diz que voltará o mais rápido possível, mas ele continua desconfiando da coragem que ela insiste em dizer que possui. Sakura se despede e vai embora. Sasuke deseja uma boa noite.

Antes de fechar tudo, ele oferece uma carona a Sakura. Ela recusa. Não insistindo mais, desliga as luzes e tranca as portas. Saem do prédio e começa a chover. A casa de Sakura é, aproximadamente, cinco quilômetros dali.

"Entre no carro." Sasuke pede, mas tinha soado como uma ordem. Sakura estremece de frio e seca as gotas de chuva de seu rosto. Ela aceita depois de ter dito que não várias vezes enquanto estavam no prédio. Ela percebe o quão limpo o carro é. Não toca em nada.

"Obrigada." Ela diz, mas Sasuke não responde.

"Vou ligar o aquecedor. Tudo bem?" Ela balança a cabeça e ele aperta um botão. Nunca tinha estado em uma carro tão bonito, ela pensa. Sasuke sorri enquanto liga o rádio. A música de seu casamento.

Ino não sabia que Sasuke estava trazendo uma outra pessoa para casa antes de chegar na sua própria. Sakura encarou a aliança no dedo de Sasuke. Arqueou a sobrancelha e virou o rosto antes que ele perguntasse algo. Permaneceram quietos. Sakura sentia vergonha por ter sido a ultima pessoa a falar e deseja que ele fale algo. Sasuke sente desconforto e acomoda-se melhor no banco.

"Então... Você está casado a quanto tempo?" Péssima pergunta, ela pensa. Mas não desvia o olhar com vergonha.

"Dois anos." Sasuke lembra do noivo de Sakura e pergunta-se sobre a intenção da pergunta. "Está lembrando do seu noivo?" Depois de perguntar, ri. "Não estamos em um consultório, Sasuke." Ele diz para si mesmo e dá ombros como desculpa. Ela não diz nada.

"Na verdade sim. Eu não quero falar sobre ele." Ela fala.

"Sinto muito."

"Como é a vida depois do casamento?" Ela pergunta.

"A mesma que tive quando éramos namorados." Ele fala. "Não muda muita coisa, mas para alguns que não moram juntos, é um grande passo. Eu já morava com Ino antes do casamento." O semáforo está indicando pare e eles sentem a frustração no ar.

"Entendo."

Rapidamente chegam na casa de Sakura e ele recebe uma ligação.

"Estou indo." Bufa. Sakura olha para ele em busca de uma resposta para o jeito irritado dele. Sasuke não parece ter se dado conta de que foi desagradável ao telefone. Ele diz que precisa ir e acena.

"A vida de casado não parece ser muito boa." Ela murmura para si mesma. "Parece que eu não perdi nada ficando longe de Naruto." Entra em casa e fecha a porta.

O celular dela toca em sua bolsa.

"Oi, pai." Sakura fala.

"Como está aí?" Animado, pergunta.

Passam alguns minutos falando do jantar na próxima semana e quão tristes estão por não estarem juntos. Sakura sorri um pouco mas está cansada demais para qualquer esforço. Ela ainda está pensando em Sasuke e sua esposa. Ela pode ser muito bonita. E jovem. Pode ter curvas muito sensuais e gostar de jázz. Ou indie. Pode ser aquelas mulheres independentes. Pode fazer o estilo submissa. Ela pode ser calma ou muito animada.

De qualquer forma, ela precisa se encaixar na personalidade fria e indiferente dele. Nenhuma mulher carinhosa demais iria se apaixonar por ele. Não que ele fosse muito chato, mas ele não faz o papel prestativo e generoso. É gentil porque tem educação, mas não quer dizer que gosta de gentileza. Sakura é receptiva, mas tem um gênio forte. Nunca poderiam dar certo.

"No que estou pensando, meu Deus?" Ela repreende a si mesma. "Ele está feliz com sua esposa e nada pode mudar isso." Cai na cama e tira as sandálias. Paixão platônica poderia definir o que ela sente? "Meu psicólogo não é um alvo." Sente dor nas costas e procura almofadas e edredom. Pensa na possibilidade de ter se apaixonado pelo lado sem sentimentos. Mas não foi exatamente por isso que ela deixou Naruto? Não foi pelo jeito idiota que ele agia? O que há de errado em gostar de alguém reservado?

O fato é que Sasuke não a deixaria chorar por dias e dias. Seu coração iria derreter e ele a consolaria. Diferente de Naruto que não consegue fazer nada além de exibir a si mesmo.

Ela precisa encontrar alguém como Sasuke, já que ele faz o tipo dela e está casado. Uma outra mulher chegou mais rápido e tomou as expectativas de Sakura.

"Quem iria gostar de mim além de Sasuke?"

No dia seguinte, a casa de Sakura continuava fria. Apesar do calor escaldante, não havia ninguém ali para dizer que o tempo está lindo e desejar um ótimo dia para ela. Eu preciso encontrar um homem que me deseje bom dia, ela pensa. Sasuke, definitivamente, diria isso. Ele sempre diz "boa noite" quando ela chega.

Sakura marca uma consulta com Konan, a mulher da recepção. Ela faria o tipo de Sasuke se ele não fosse casado? Ela abre os olhos, muito cansada e toma um banho. Abre as cortinas. Hoje é um novo dia. Uma nova aventura, com certeza. Sorria pensando nas palavras de Sasuke na noite anterior. Ele tinha dito para que ela se divertisse. Voltasse a ter o mesmo sorriso de antes. Ela não poderia estar mais animada para começar a ser mais otimista. Estava dando tudo certo e queria mostrar a Naruto que ele não a veria chorar. Não mais, pelo menos. Uma saia lápis está estendida na cama e uma blusa pouco decotada. Ela pega um táxi quando sai. Liga para Hinata e convida-a para um dia das garotas. Elas não tinham quinze anos, mas fazer compras não tem restrição de idade. Sua conta bancaria não estava no vermelho. Desde que os pais conseguiram levantar a empresa, nunca mais ela ouviu falar em "economizar". Mesmo que sua mãe não fosse a favor disso, o pai de Sakura insistiu para ter uma chance de reorganizar a vida financeira da filha.

Mal acostumada, talvez?

Hinata está com as pernas cruzadas, na cafeteria, no shopping, e acena timidamente. Hinata seria o tipo de pessoa ideal para Sasuke? Será que ele gostava de mulheres fofas? De toda maneira, se ela sentia atração por Sasuke, significava que ela precisava encontrar alguém parecido com ele. Ela não está tendo sucesso, já que não tem ideia do que ele gosta.

"Bom dia!" Hinata diz. A sua mão direita está nas costas de Sakura, puxando-a para um abraço. As duas sorriem e sentam.

"Como está se sentindo?" Hinata fala, instigando Sakura a contar algo. Ela sabe que a amiga tem ido a um psicólogo e quer saber o progresso que andou fazendo.

"Muito bem. Obrigada." Ela fala com um garçom e pede um café expresso. "Estou com um novo psicólogo."

"Oh. Como é o nome dele?"

"Uchiha Sasuke."

Hinata engasga e tosse um pouco. Sakura arqueia a sobrancelha e pergunta se está tudo bem. A amiga diz que sim, mas continua com os olhos bem abertos, em choque. Sakura se pergunta o que houve para ela ficar assim e estende a mão com um guardanapo. Hinata agradece e diz:

"Eu o conheço. Você ficaria surpresa, na verdade." Ela dá um sorriso de desculpa.

"Por quê?"

"Ele já foi meu namorado." É a vez de Sakura engasgar.

Mas ela acaba rindo.

"O que tem de tão engraçado?"

O que tem de tão engraçado é que Sakura simplesmente não acredita que os dois já trocaram saliva e tocaram em locais que não são o rosto. Ela fica vermelha apenas em pensar os dois dormindo juntos e balança a cabeça para tentar apagar o pensamento. É horrível pensar que ele já esteve tão perto dela. Mas isso pode servir para descobrir de que tipo de garota ele gosta.

"Tem certeza que é o mesmo Uchiha Sasuke que eu conheço?" O garçom chega com o café e logo vai embora. Ela bebe um pouco e mantém os olhos em sua amiga. Não pode ser. Eles não poderiam ter ficado juntos.

"Eu tenho certeza que é ele." Aquela frase não soou muito bem aos ouvidos de Sakura.

"E como foi o namoro de vocês?" Hinata pede uma água com gás. Ela conta que durou um ano e isso já faz um bom tempo.

"Ele é mais frio do que antigamente. Nem ao menos me cumprimenta. Talvez seja a esposa dele é que muito ciumenta." Ela franze a testa enquanto fala.

"Você conhece a mulher dele?" Sakura, ávida por informações, não consegue conter a si mesma. Ela precisava evitar ser parecida com essa mulher. Sasuke não pareceu muito feliz quando atendeu ao telefonema que ela julgava ser da mulher dele. Seus lábios estavam em uma linha fina; os olhos, zangados. Como seria se ele a beijasse? Mesmo que ele estivesse com raiva naquele momento.

"Sim. Ela é uma conhecida, na verdade. Já fomos colegas de classe no Fundamental." Hinata sorri amigavelmente.

O celular dela toca e ela pede desculpas. Sakura corre os olhos sobre as lojas. São sempre perfumadas e lindas. Modernas como ela nunca tinha visto antes.

"Tenho um compromisso, Sakura. Sinto muito ter que te deixar aqui. Mas é coisa de familia, sabe?" Ela beija a cabeça de Sakura e a abraça rapidamente. A amiga sorri e vai embora. A única forma de se divertir, então, seria comprando algumas coisas. Ela vai até uma loja de perfumes e escolhe um bem forte.

Depois de analisar as outras opções antes de comprar o perfume, uma mão toca o seu ombro. Ela se vira e encontra a atendente da loja. Uma antiga conhecida. Conversam muito e Sakura acaba comprando um perfume mais fraco. Ela sai com uma sacola pequena, da loja, e caminha lentamente, observando todo aquele espaço ao redor. Vai até a praça de alimentação e escolhe um restaurante. Seu celular toca.

"Alô?"

"Esse perfume é muito bom." Sasuke diz.

Ela cora instantaneamente.

"Ino usa ele." O pequeno sorriso que está desenhado no sorriso de Sakura some e logo Sasuke chega até ela.

Desliga o telefone e observa o jeito como ele caminha. Ele sorri.

"Como vai?" O cheiro dele é definitivamente maravilhoso.

"Muito bem." Sakura vira o rosto rapidamente e ele senta ao lado dela dizendo "com licença". Eles voltam a olhar um para o outro e Sakura suspeita que Sasuke esteja brincando com ela. O sorriso dele tem uma emoção desconhecida. Ela engasga um pouco. "Não esperava encontrar você aqui."

"Eu percebi." Sakura cora brevemente, mas mantém a postura. "Vim para comprar um presente de aniversário para Ino."

"Oh. Entendo."

"Que tipo de presente você sugere?"

"Eu não a conheço, Sasuke." Surpreso com a frase ele vira a cabeça para um lado e pensa um pouco. Realmente, ela não apresenta vestígios da garota que estava em seu consultório. Parece mais viva.

"Certo. Ela gosta de flores e chocolates. Acha que isso ajuda?" Ele ri secamente.

"Talvez."

Os dois conversam mais um pouco e saem de suas cadeiras decididos a buscar um presente para Ino.

"A melhor forma de conseguir um presente para uma mulher é aproveitar todos os momentos em que ela diz: 'estou precisando tanto disso...'". Ele pensa sobre o que Sakura disse mas acaba não lembrando de nada útil.

"Acho que ela já tem tudo que precisa." Sasuke resmunga.

"Não seja assim! É claro que ela não tem tudo. Que tal um jantar? Vocês dois, apenas? Algo romântico assim não se tem todos os dias." Passam por uma loja de lingerie e Sasuke comenta:

"Essa seria a sua ideia de romântico?"

Sakura ri para não mostrar desconforto.

Após duas horas de sugestões e avaliações, ele resolve fazer um aniversário surpresa, convidando os amigos mais próximos e parentes.

No estacionamento, ele pergunta:

"Você gostaria de vir também?" Sakura pensa, mas ainda não está pronta para ver quem é Ino. Nem mesmo se a vontade de descobrir que tipo de pessoa ele gosta fosse imensa ela poderia correr o risco.

"Eu tenho um compromisso este domingo, mas eu iria. Sem dúvidas." Ela segura o ombro dele para enfatizar. Por um segundo, mas ela segura. Ele retribui o gesto com um sorriso.

Por que você está mentindo, Sakura?

Ele sabe que aquilo é uma farsa. Mas por que ela fez isso? Com o pensamento na cabeça, ele segue até o seu carro com uma sacola grande. Ela se vira e fala:

"Ah! Vejo você no consultório, hoje."