"Uma vez eu li que um escritor tem apenas duas obrigações na vida: escrever sobre o que gosta e terminar o que começa."
Estes personagens não me pertencem, então por favor, não me processem! (Risos)
Depois de muito tempo sem escrever, resolvi voltar. Sei que estou muito enferrujado, mas prometo melhorar. Já estou estudando novamente sobre técnicas de dissertação.
Essa fic é sobre o meu casal favorito de X-Men Evolution, uma pena que nada se falou no final da 4ª temporada sobre eles. Uma pena. Aliás, se tem uma coisa que esta série peca são todos os casais mal resolvidos: Scott x Jean, Kitty x Lance, Rogue x Gambit e por aí vai...
Mas isso é assunto pra outraaaaaaaaaaaaa estória...
Esta estória se passa algum tempo após o término da 4ª temporada.
Boa leitura a todos ;D
Passaram-se apenas alguns dias desde a batalha contra o Apocalipse, todos ainda estavam em lenta recuperação de suas feridas. Remy (Gambit) e Colossus, a convite do Professor Xavier, estavam no instituto. Lance também resolvera voltar, a fim de ficar mais perto de Kitty. Desta vez, sem brigar com ninguém, especialmente Scott. Estava tão determinado que chegara ao ponto de pedir Kitty em namoro, algo que planejava desde o baile Sadie Hawkins. Gambit também teve seus motivos para se mudar, talvez apenas um, Vampira.
Aquela noite era de festa, Professor Xavier decidiu realizar uma pequena festa de boas vindas aos novos recrutas. Estavam todos presentes, até mesmo Magneto, me acredito que ele e o professor fossem bons amigos há alguns anos atrás.
Nada disso me interessava. Ao que parece, ninguém sequer notara a minha falta na festa. Eu já estava deitado no telhado do instituto há algum tempo, meus pensamentos voavam longe dali. Já se passaram alguns longos dias desde que falei com Amanda pela última vez. Mantínhamos nosso relacionamento oculto de seus pais, já que eles haviam a proibido de me ver. No entanto, eu temia o dia que eles descobrissem tudo, e a punissem por isso. Por algum tempo, cheguei a cogitar me afastar dela em definitivo. Desde que começamos a "namorar", a vida dela se tornou um inferno. Os alunos de Bayville High sempre a perturbavam, dizendo ser a "Noiva do Demônio" ou colocavam bombas fedorentas dentro de seu armário. Da última vez, os alunos furaram os quatro pneus de seu carro. Scott, Logan e eu o rebocamos com a X-van até o instituto para fazer os reparos naquele dia. Aliás, eu jamais imaginei em minha vida uma mulher andando num Plymouth Hemi Cuda 1.970. Obviamente, o carro era azul. Assim como eu, a diferença é que o carro não tinha pelos. De acordo com ela, o carro era herança de família, e eu achava um tanto inusitado (pra não dizer outra coisa) ver uma garota delicada como ela andando num muscle car dos anos 70, com quase 6 metros de comprimento. Todas as lembranças estavam voltando à minha memória naquela noite. O baile, a dança, os monstros, até o sorvete que tomamos depois que tudo acabou. Aquela noite fora incrível, acho que jamais a esquecerei.
"Naquela noite, quando saímos da sorveteria, Amanda me convidou para um passeio; voltamos até o estacionamento da escola para buscar aquele monstrengo (o carro dela) e fomos até o mirante, já fora da cidade. Na verdade, era apenas uma clareira no alto de um morro, próxima a saída de Bayville. O lugar estava deserto naquela noite, pois todos os adolescentes da cidade ainda estavam no baile, que creio eu, deve ter prosseguido após o incidente com os monstros. Foi naquele lugar, naquela noite, que eu pude ter certeza de que encontrara a mulher da minha vida. Amanda me beijou pela primeira vez naquela noite."
Um sussurro, no entanto, tirara Kurt de seu flashback. Era Jean.
"Kurt, o que faz aqui, sozinho?" – Perguntava ela, de maneira doce.
"Gute Nacht, liebe Schwester (boa noite, querida irmã) – Respondia ele – estou apenas pensando na vida."
"E algo me diz que essa vida tem a ver com Amanda, estou certa?"
Jean sentava-se ao lado de Kurt, e afagava-lhe o cabelo.
"Ich vermisse sie (sinto falta dela), apenas isso. Não tenho notícias dela há dias. Receio que os pais dela a tenham punido por me encontrar as escondidas."
Kurt virou-se de costas para Jean. Não deseja que ela o visse naquele instante, chorando.
Jean o abraçara, e novamente afagava-lhe os cabelos.
"Não fique assim, meu querido. Ela mesma disse que não desistiria deste romance, não foi? Não desista também, estarei sempre ao seu lado. E seus amigos também."
Kurt virou-se para Jean, e beijou-lhe o rosto. Em seguida, levantou-se, e estendeu-lhe a mão para que fizesse o mesmo.
"Danke für alles (obrigado por tudo) – respondia ele, com um discreto sorriso no rosto – Vamos para a festa então, não quero ser um desmancha prazeres."
Jean meneou com a cabeça, talvez fosse melhor que ele desabafasse tudo aquilo agora, mas não pretendia forçá-lo a nada.
Dentro do salão, a festa ainda prosseguia. A maioria dos alunos já havia se retirado, passava das 3 da manhã. Scott olhava para Jean e Kurt de longe, com um semblante preocupado. Esperou até que Jean ficasse sozinha, e foi até ela.
"O que aconteceu com Kurt? Ele está quieto demais, não faz mais piadas. Por acaso ele e Amanda brigaram?"
Todos no instituto sabiam do relacionamento dos dois, embora ninguém se achasse no direito de interferir nisso, até aquele momento.
Jean olhava para seu amigo peludo, de longe. Tinha vontade de ajudá-lo, mas não sabia nem por onde começar.
"Scott, vamos deixá-lo assim até que ele decida nos procurar, tudo bem? Eu sinto que ele está com o coração apertado, e precisa muito desatar alguns nós, mas ainda não está preparado."
"Tudo bem então". Respondia Scott, enquanto pegava algum petisco na mesa.
...
A festa acabou por volta das 4:30 da manhã. Aquela noite havia realmente "bombado".
Kurt foi até seu quarto, ainda cabisbaixo. Entrou e assustou-se com a presença de Lance, quase teleportando-se para algum outro lugar do instituto.
"Was machst du hier? (O que faz aqui?)" – Kurt disparou.
"Hey, o que você disse? Eu não falo alemão..." Lance parecia aterrorizado com a ideia de dividir o quarto com alguém que não fala o mesmo idioma.
"Ah, me desculpe Lance, me esqueci que a partir de hoje vamos dividir o quarto. E não estranhe, eu tenho essa mania de falar algumas coisas ainda em alemão, para não perder as origens, sabe?" Enfim, Kurt sorria naquela noite.
"Kitty me falou sobre isso, não precisa se preocupar. Você parecia um tanto chateado na festa, tá tudo bem?" – Lance lançou um olhar preocupado para seu novo amigo.
"Eu prefiro não falar sobre isso agora, boa noite Lance" – Kurt pulou em sua cama, a cobriu-se até a cabeça. Definitivamente, ele não queria mais falar sobre o assunto "Amanda" naquela noite.
"Tudo bem, de manhã então. Apenas saiba que eu estarei aqui quando precisar, prometo que desta vez não deixarei você, ou os outros X-Men, na mão."
...
Naquela manhã, todos acordaram bem tarde. Todos com os olhos avermelhados, alguns sofrendo pela ressaca da noite anterior. Logan sugeriu um treinamento de nível 3 na sala de perigo, sendo fulminado pelos olhares de todos os alunos. Ele ria alegremente, algo raro de se ver no instituto.
"Guten Morgen allerseits! (bom dia, pessoal)" – dizia Kurt, ao adentrar a cozinha.
"Parece mais animado hoje, elfo!" – Respondia Logan. "É bom te ver assim, espero que esse ânimo se traduza em aplicação durante o meu treinamento de hoje."
Todos riam alto, já imaginando se alguém conseguiria sobreviver por 5 minutos a uma sessão de treinamento naquele dia.
Kurt reparara em algo estranho, e dirigiu-se até a janela para ver melhor. Não tinha certeza, mas poderia jurar que o carro azul parado à frente da fonte, na entrada do instituto, era o Hemi Cuda de Amanda.
"Esse carro... Amanda está aqui?" Indagou o pobre garoto azul.
"Não Kurt, os pais dela estão aqui." – Xavier adentrara a cozinha naquele instante, em sua cadeira de rodas. Naquele mesmo instante, podia vê-los entrar no carro e sair lentamente do instituto.
"Venha até a biblioteca após o café, precisamos conversar."
Quando chegou a biblioteca, Xavier fora surpreendido por Kurt, sentado em uma das cadeiras, aparentando muita ansiedade, como se estivesse o esperando por horas.
"Kurt, não vou tomar muito do seu tempo, afim de que faça logo o que deve ser feito. Os pais de Amanda descobriram sobre seus encontros secretos, e a proibiram de vez de vê-lo. Tomaram-lhe o carro, e chegaram até mesmo ao ponto de colocar um detetive para seguí-la após o colégio, além de bloquear os telefones. Fizeram o que pais normais fariam, como já esperava. O que eles não esperavam é que Amanda adoecesse, de fato, ela está muito debilitada. Ela precisa de você, Kurt. E agora. Os pais dela me prometeram que não irão mais interferir no relacionamento de vocês, desde que você a traga de volta."
Kurt estava com a cabeça entre os joelhos, e chorava muito. Teleportou-se então para seu quarto.
Xavier retornou a cozinha, onde todos comentavam sobre o mesmo assunto.
Kurt retornou após alguns minutos, já utilizando seu indutor de imagem, a fim de parecer menos demoníaco. Seus olhos ainda estavam avermelhados pelo choro.
"Scott, você poderia me emprestar o seu carro? Não acho que será muito legal chegar lá me teleportando e..."
Antes mesmo que pudesse terminar, Scott jogou-lhe as chaves de seu Shelby Cobra vermelho.
"Tenha cuidado com a pintura, e mais cuidado ainda com o seu coração!" Scotty sorria e acenava positivamente para o amigo.
E então ele partiu, dirigia o mais rápido que podia. Era chegada a hora de encarar o que viesse pelo caminho…
"Warte auf mich, Engel, ich komme! (Me espere, anjo, estou chegando) – dizia ele, enquanto passava pelos portões do instituto.
Espero ter leitores suficientes pra continuar esta estória, embora eu vá continuá-la de qualquer forma.
Comentem, xinguem, elogiem... sua opinião é mais importante do que imaginam.
E não faço a menor idéia de qual seria o carro de Amanda, mas acho q ela tem estilo suficiente pra dirigir um Hemi Cuda *risos*
See ya o/
