Autor: Magalud
Beta: O chefe
Par/Personagem: Sirem, outros implicados.
Nº de palavras: 615
Classificação: G
Resumo: Remus aparece repentinamente na casa de Sirius.
Disclaimer: Personagens pertencem a JK Rowling, Warner Bros, e a quem mais de direito pertencer, menos a mim e ao cara do Lexicon.
Notas: Drama, mpreg
mencionado, traição. Ly pediu Sirem e me inspirou. Feto para o
Openfest 2008
Palavras: surpresa, bêbado
Amigos de verdade
– Remus? O que foi?
– Você tinha razão! Você tinha razão!
Remus saiu da lareira e se atirou nos braços de Sirius, pego de surpresa no meio da noite.
– O que aconteceu? Você está me assustando!
– Você tinha razão – conseguiu dizer o lobisomem, entre soluços. – Severus não presta!
– Shh. – Sirius o abraçava, ciente do corpo trêmulo que estava em seus braços. – Procure se controlar. E me diga: o que aconteceu?
– Ele desmaiou durante uma aula, e foi levado à enfermaria. Madame Pomfrey o examinou e não queria que eu visse.
– Então?
– Quando eu finalmente o vi, achando que ele tinha sido atingido por um feitiço ou uma poção, ele estava sorrindo. Disse que tinha uma surpresa para mim. E com a cara mais deslavada do mundo, ele me disse que estava esperando um bebê. Um bebê, por Merlin...!
Remus desabou a chorar, e Remus o abraçou com força.
– Ah, Remus...
– E ele... – Ele tentava dizer, aos soluços – ... ainda me disse... com a cara mais... cínica do mundo... que estava... f-feliz!
Mais soluços. Sirius tentou argumentar:
– Remus, parece óbvio que ele não sabe.
O choro dessa vez deu lugar a um grito irado:
– Não sabe? Não sabe que lobisomens são estéreis? Há quanto tempo nós estamos juntos? Como ele poderia não saber? Severus não é tolo! Ele está me traindo! Aliás, segundo Pomfrey, ele está me traindo há pelo menos oito semanas!
– Calma...
– Droga, Sirius. Eu sei que você ficou chateado quando eu escolhi Severus e não você...
– Não pense nisso.
– Eu deveria ter sabido que o maldito era um idiota, um...
– Pare com isso.
Uma voz diferente chamou da porta:
– Sirius. Ouvi um barulho. Está tudo bem?
O animago voltou-se para o afilhado:
– Harry, volte para cama. Remus está chateado.
– Aconteceu alguma coisa?
– Pela manhã conversaremos, está bem? Eu cuido disso. Não se preocupe. Volte a dormir.
– Está bem. Se precisar...
– Eu sei. Vá dormir agora.
Relutante, o rapaz obedeceu. Sirius voltou a se ocupar com o amigo e ofereceu-lhe o sofá:
– Vamos, sente-se aqui. Quer um gole? Ou quer muitos?
– Ficar bêbado pode piorar as coisas ainda mais. Não sei se seria uma boa ocasião para eu encher a cara.
– Essa, meu caro, é a ocasião perfeita para você encher a cara.
– Estou com raiva. E com dor. Não sei como consegui simplesmente entrar no Floo antes de quebrar a cara dele. Nem sei se fui forte. Se eu fosse um animago, eu teria me transformado em alguma coisa cheia de dentes e teria feito Severus em pedaços!
– Você sempre pode esperar até a lua cheia.
– Não diga isso nem brincando. Desculpe ter vindo. Não sabia para onde vir. Você foi a primeira pessoa que me veio à cabeça.
– Fez bem. Afinal de contas, para isso que servem os amigos, não é?
– É. Os amigos de verdade. Obrigado, Sirius.
Sirius foi até o armário das bebidas.
– Firewhisky? Ou Muggle whisky?
– Os dois?
– Assim é que se fala!
Pegou duas garrafas, serviu duas doses mais do que generosas e entregou uma delas a Remus, sentado no sofá.
Por trás do sofá, Sirius encarou Harry, que espionava, à espreita. Ele encarou o afilhado, fazendo contato visual. Harry ergueu uma sobrancelha, interrogativamente. Sirius disfarçou o sorriso com o canto dos lábios, sem que Remus visse. Mas gesticulou com o polegar para cima, em sinal afirmativo. Harry entendeu a mensagem e também sorriu.
Sim, o plano tinha sido um sucesso. Agora era só uma questão de bancar o amigo solidário, e Remus certamente terminaria comendo na palma de suas mãos.
Harry que se virasse para tentar conquistar o Seboso.
Ele bebeu um gole de whisky, observando Remus soluçar.
Oh, como era bom quando um plano dava certo.
