Autor: Magalud
Beta: Ig Norado
Par/Personagem: Remus, Harry, Severus, Teddy. Nem todos são pares! O_o
Nº de palavras: 800
Classificação: R
Resumo: O pequeno Teddy Lupin faz dois anos.
Disclaimer: Personagens pertencem a JK Rowling, Warner Bros, e a quem mais de direito pertencer, menos a mim e ao cara do Lexicon.
Notas: AU. A voz é do narrador de Pushing Daisies. Feito para o Openfest 2008
Palavra: bexiga
O aniversário de Teddy
O pequeno Teddy Lupin tinha dois anos, três horas e dezessete minutos de idade quando começou a chorar a plenos pulmões nos braços de seu pai Remus, em meio a sua primeira festa de aniversário. No seu primeiro ano, Teddy Lupin não ganhou uma festa porque sua mãe tinha morrido há pouco tempo e seu pai ainda não tinha conseguido superar o luto. Mas as coisas mudam em um ano.
– Ele quer ir no colo de Harry – disse Andrômeda, vendo o menino apontando para o padrinho.
– Harry! – saudou Remus, pondo o pequeno Teddy nos braços do padrinho. – Você chegou.
– Desculpe a demora. Ginny se atrasou e eu perdi um compromisso. Espero que você não se incomode que eu tenha remarcado para cá.
– Aqui? Em plena festa de criança?
Harry deu de ombros:
– É meio urgente. Severus volta hoje à noite para Hogwarts.
– Severus Snape!... – Andrômeda fechou a cara, dizendo com despeito: – Harry, eu sei que você quer redimi-lo, mas...
Harry ia responder, mas Ginny interrompeu:
– Snape virou uma espécie de projeto de estimação de Harry.
Remus observou Teddy mudar seu cabelo para preto desarrumado e também ganhar uma cicatriz na testa antes de dizer:
– E não dá para condená-lo. Até Minerva McGonagall quer a "redenção" de Snape.
Harry lembrou:
– Ele sacrificou muito por todos nós. Quase morreu. Semimorto, ele salvou Remus, reconhecendo que lobisomens só parecem mortos.
Molly Weasley, matriarca de todo um clã, apareceu nesse instante, e Teddy mudou seu cabelo para ruivo.
– Feliz aniversário, Teddy – Ela beijou o pequeno. – Sua prima Victoire está aqui.
Harry nunca entendera direito as relações familiares.
– De novo, Molly, pode dizer como Teddy pode ser primo dos Weasley?
– Bem, você sabe que eu sou prima de Sirius Black, que é primo de Nymphadora, então isso faz do filho dela um primo da filha de meu filho.
Ninguém entendeu nada, mas Molly Weasley não ia perder a oportunidade de mostrar sua prole e as adjacências a Harry, de quem ela esperar mais um neto ou dois assim que fosse possível.
– Ele já fala alguma coisa, Remus?
– Oh, o de sempre: papai, vovó, sempre palavras soltas. Nessa fase, eles repetem muito, sem saber o que dizem.
Como se soubessem que estavam falando dele, Teddy apontou para o pai, fez o cabelo ficar grisalho e gritou:
– Papai!
– Sim, filho, sou eu. Agora deixe Harry e vá brincar.
Teddy quase pulou do colo do padrinho e misturou-se às outras crianças da festa, a maioria do jardim de infância que ele freqüentava por insistência de Remus, que queria vê-lo socializar mais com outras crianças da própria idade.
– Pena que Victoire ainda seja tão pequena... – suspirou Molly.
Andrômeda deu de ombros:
– Essa diferença é maior até uns cinco anos. Depois eles ficarão amiguinhos, tenho certeza.
– E ele agora imita também características das pessoas? Vi que ele imitou a cicatriz de Harry.
– Ele faz isso com amigos e conhecidos. – A campainha se fez ouvir acima da algazarra, e Remus disse: – Vou ver quem é.
Molly indagou:
– Harry, viu se Ron já chegou?
– Ele ia pegar Hermione.
– Harry!
O grito era do pequeno Teddy, que se jogou nos braços do Menino-Que-Derrotou-Voldemort sem cerimônia. Agora o menino mostrava um cabelo engordurado e um nariz adunco, com olhos pretos muito penetrantes. Harry teve que esconder o riso, e Remus anunciou:
– Harry, Severus está aqui.
– Obrigado, Remus. Agradeço ter vindo, Severus.
O ácido professor estava absolutamente lívido.
– Você não me disse que seria... uma ocasião festiva.
De novo, como se soubesse que falavam dele, Teddy Lupin escolheu esse momento para cruzar a sala gritando, seguido por outra meia dúzia de pimpolhos igualmente esgoelando-se como minibanshees em fúria.
Severus ergueu uma sobrancelha, como se desafiasse Harry a discordar de suas silenciosas relutâncias. Veio de Remus a sugestão salvadora:
– Por que não usam aquele quarto? As crianças não têm permissão para entrar ali e vocês terão privacidade.
– Vamos, Potter, não tenho o dia todo.
Os dois seguiram para o quarto oferecido, e nenhum dos adultos percebeu que Teddy se livrara da horda de minivândalos e seguia seu padrinho e aquele estranho amigo dele.
o0o o0o o0o
Remus supervisionava os feitiços para fazer bichinhos de bexiga quando Teddy surgiu, correndo e gritando:
– Chupa! Chupa!
– Aprendeu uma palavra nova, filho?
– Chupa! Chupa!
– Será que é algum pirulito?
– Não – sugeriu Molly. – Deve estar pedindo aquela balinha puxa-puxa. É puxa-puxa – repetiu ela, ensinando o pequeno.
– Chupa! Chupa! – insistiu Teddy.
– Mas do que ele está falando?
Não foi até que Severus e Harry aparecessem na festa e Teddy voltasse a exibir um cabelo seboso e o nariz adunco que os adultos boquiabertos conseguiram fazer a conexão.
– Chupa! Chupa! – insistiu Teddy, apontando para os dois homens.
Até aquele momento, ninguém jamais suspeitara que o sisudo Mestre de Poções da Escola Hogwarts de Magia e Feitiçaria fosse capaz de corar feito uma adolescente.
