Título: Segredo em dose dupla

Autor: Fernanda

Categoria: Bones, B&B, 4ª Temporada, angst/romance, meio AU.

Advertências: Sexo

Classificação: MA / NC-17

Capítulos: ainda não sei

Completa: [ ] Yes [ ] No

Resumo:Temperance toma uma decisão, que acaba sendo precipitada...

Primeiro capítulo curtinho, pois é só a introdução da fic, os próximos serão mais longos.

I hope you enjoy...

Capítulo 1

Flash back on

"Estava me acostumando com as alucinações. Eu fico sozinho."

"Você vai ficar bem, Booth. Dr. Jurzik é um dos melhores."

"Você vai estar lá comigo? Na sala de operação?

"Não, eu te vejo na recuperação."

"O que você vai ficar fazendo? Ficar sentada na sala de espera lendo aquelas revistas antigas

por horas?"

"Não sou neurologista, Booth. Ou cirurgiã."

"É, mas você é um gênio. Está bom o bastante para mim. Além de você saber se eles estão fazendo algo errado."

"Vou perguntar."

Flash back off

_ Dra. Brennan, a senhorita me ouviu ? – o jovem médico perguntou.

Temperance saiu de seu devaneio e enxugou uma lágrima que escorreu por seu rosto.

_ Sim. Eu ouvi. O senhor tem certeza ? – ela perguntou com uma ponta de esperança na voz.

_ Infelizmente sim, Dra. Brennan. As chances dele voltar do coma são praticamente nulas agora. O corpo dele não reage a estímulos e seu cérebro está morrendo. Precisamos de algum membro da família para desligarmos os aparelhos. Acredito que em duas semanas teremos toda a papelada pronta. Precisamos saber também se ele gostaria que seus órgãos fossem doados...

Temperance já não ouvia mais o médico. Apenas sentia um imenso vazio em seu peito, como se todo o ar tivesse sido sugado para fora dela. E a dor, uma dor desconhecida e dilacerante que a atravessava por inteiro.

Ela pediu desculpas e seguiu na direção do elevador, precisava sair dali o quanto antes. Estava no saguão, já saindo do hospital, quando Ângela a encontrou. Pelo estado dela a amiga adivinhou as notícias.

_ Brennan, o que aconteceu ? – ela perguntou com um toque de pânico na voz.

_ Acabou, Ângela. – ela disse e correu para fora do hospital, antes que a amiga perguntasse mais alguma coisa.

Temperance entrou no carro e deu a partida, a visão embaçada pelas lágrimas. Seu celular tocava sem parar no bolso de seu casaco, mas ela não se incomodou em desligá-lo.

Dirigiu por horas, até o marcador de combustível de seu carro indicar a reserva. Aí ela parou em um posto para abastecer e entrou na loja de conveniência. Pegou um hambúrguer vegetariano para viagem e voltou para seu carro.

Flash back on

"Fome."

"Sexo."

"Whoa."

"Cavalo."

"Caubói."

"Criança."

"Bebê."

"Booth."

"Você acha que sou um bebê?"

"Você é pai."

"Mãe."

"Nascimento."

"Felicidade."

"Esperma."

"Esperma? Isto não está ficando meio estranho ?"

"Não, continuem."

"Certo, óvulo."

"Eu quero um bebê."

"Whoa!"

"Cavalo."

"Espere. Espere um minuto. Sim, nós podemos parar por aqui."

"Eu na verdade achei isso bastante interessante. Você quer ter um bebê?"

"Sim. Eu quero. Eu apenas...Eu acabei de perceber isso. Eu deveria procriar. É muito egoísta se eu não o fizer."

"Egoísta?"

"Sim."

"Você não precisa um...você sabe, cara para...?"

"Apenas do esperma. Você seria um ótimo doador, potencialmente."

"Eu?"

"Mas você precisaria ser testado, É claro. Tem alguma coisa errada?"

"Sim. Você não sai simplesmente pedindo pelo esperma de alguém."

Flash back off

Temperance dirigiu por mais alguns quilômetros, indo parar no parque em que Booth costumava levar o filho. Ela observou as mães com as crianças durante muito tempo. Ficava repassando seus últimos diálogos com Booth como um filme. Não conseguia racionalizar, imaginar um futuro sem ele era simplesmente inaceitável e doloroso demais.

Flash back on

"O que há de errado?"

"Olhe, Bones, se eu não sobreviver..."

"Booth, você vai ficar bom."

"Sim, mas se eu não ficar... Quero que pegue o meu negócio. Sabe, para nosso filho.

"Booth !"

"Eu quero. Você será uma ótima mãe."

"Você ficará bem, Booth. Estarei bem aqui."

"Estou pronto."

Flash back off

Temperance percebeu que estava divagando novamente quando um guarda bateu no vidro de seu carro perguntando se ela estava bem. Ela disse que sim, enxugou as lágrimas e deu a partida no carro, resolvida a voltar para casa.

Ela entrou em casa e notou o aviso piscante da secretária eletrônica. Mas não queria falar com ninguém, por isso o ignorou. Foi direto para seu quarto, abriu uma das gavetas de sua cômoda e pegou uma pasta. Ela procurou e encontrou o telefone que precisava.

Depois da ligação ela foi tomar um banho. Novamente sua mente divagou e ela viu o rosto dele, os maravilhosos olhos castanhos, o sorriso de deboche que ela tanto adorava. Como ela viveria sem vê-lo, sem ouvir sua voz ao telefone, sem seus conselhos, sem sua presença ? As lágrimas dela se misturaram com a água que caía.


Dia seguinte...

Temperance chegou cedo ao Instituto Jeffersonian e foi falar com sua chefe. Cam estava sentada na frente de seu computador, os olhos vermelhos e a cabeça baixa denunciavam seu estado de espírito.

_ Dra. Brennan.

_ Cam, eu preciso de uma folga.

_ Claro. Eu entendo. Tire quantas semanas precisar. Foi um baque para todos nós...

_ Apenas dois dias. – ela retrucou interrompendo sua chefe. – Só preciso de dois dias.

Cam a olhou sem entender, mas não perguntou os motivos.

_ Ok, sem problemas.

_ Obrigada.

Ela saiu de lá e foi direto para a Clínica de Fertilização do outro lado da cidade. Temperance entrou na sala e foi direto falar com a recepcionista.

_ Bom dia. Sou a Dra. Temperance Brennan. Tenho hora marcada para inseminação.

Continua...

Nota da autora: Fic nova, não é tradução, essa é minha mesmo. Aceito comentários, inclusive críticas. Como não uso beta, a culpa é toda minha...