Notas da autora: A idéia dessa fic surgiu quando uma amiga disse que tinha um fake de Conde Cain e me contou a história dele e nessa época eu tinha cabado de ler o mangá Victorian Romance Emma. Como as duas histórias se passavam na mesma época achei que seria interessante fazer um cross-over dos dois mangás. Espero que gostem e desde já quero pedir desculpas por algumas falhas pois apear de ter lido conde Cain não manjo muito nem de sua história nem so personagem e tão pouco conheço venenos. O título saiu de uma música do Roxette, achei que a letra tinha a ver com os dois, futuramente eu coloco a letra como abertura de algum capítulo.
LITTLE MISS SORROW
CAPÍTULO 1
Por cinco anos, Emma tinha se trabalhado na casa da Sra. Lilly, durante esse tempo ela podia dizer que teve um lar de verdade, que se sentia feliz, até que um certo dia um antigo aluno de sua patroa veio para visitá-la e conhece a jovem empregada de sua antiga professora e se apaixona perdidamente por ela. Emma também parece retribuir os sentimentos ao rapaz, apesar da diferença de classes e apesar de saber desde o início que se tratava de um amor proibido.
Eis que um dia, o destino se vira contra Emma e sua patroa adoece e acaba por falecer. Desesperada e sem saber para onde ir, Emma vai a procura do seu amor, Willian Jounes mas eles se desencontram e ela acaba por acreditar que foi melhor assim. Como não pode permanecer na casa da sua antiga patroa pois a casa será esvaziada, ela junta seus poucos pertences e toda sua economia e decide voltar para o vilarejo de onde saiu há mais de cinco anos atrás.
Após pegar um bonde ela chega à estação Central de Londres, onde compra um bilhete de primeira classe e espera na estação lotada e barulhenta até o momento de embarcar no trem.
O trem não estava lotado, por isso ela estava sozinha em eu assento, assento esse que era na janela. Logo o trem começa a andar e ela vê Londres sumir de sua vista até se deparar com uma paisagem de pastagens verdes que pareciam não ter mais fim.
Mergulhada nessa paisagem bucólica, ela começa a se sentir um tanto quanto sonolenta até que se assusta ao ouvir passos no corredor. Ela se vira para olhar quem se aproximava e então observa os dois rapazes que passam por ali conversando animadamente. Ela pode observar que os dois rapazes parecem ter a mesma altura e que um deles tem cabelos claros e o outro cabelos escuros e que ambos estão ricamente trajados, parecendo se tratarem de nobres.
Já um pouco mais a gente do banco dela, o moço de cabelo escuro deixa cair um pingente e continua caminhando sem perceber que o objeto havia caído. Emma se levanta, pega o pingente e vai até os dois rapazes.
- Com licença – ela chama por eles
Os dois se viram e olham para a moça que vinha atrás deles.
- Sim?! – responde o rapaz loiro
- Os senhores deixaram cair esse pingente – ela estende o pingente em direção ao moço de cabelo escuro.
Cain pega o pingente – muito obrigada! – ele agradece enquanto repara na moça de vestes simples, mas de uma beleza rara, ele nota que ela parece ser bem jovem, tendo mais ou menos a idade dele.
Emma cora um pouco ao se sentir observada pelo rapaz que aparenta ser bem jovem e que tem belos olhos verdes.
- Muito prazer, sou o conde Cain Hargeraves. Mais uma vez obrigada pelo pingente, Mary não me perdoaria se eu perdesse isso. Qual seu nome?
- Emma – responde ela - muito prazer!
O rapaz sorri – Esse é Riff, meu serviçal!
- Muito prazer, Srta Emma – se apresenta o moço de cabelo mais claro.
Nesse instante o trem faz um movimento mais brusco e a garota quase cai. Cain a segura.
- Melhor nos sentarmos. Onde a Srta. Está sentada?
- Logo ali – ela aponta para o local onde estava sentada momentos atrás.
Cain e Riff reparam que tem um assento vazio de frente para o assento dela.
- A Srta. nos permitira lhe acompanhar durante a viagem? Também estamos sozinhos – pergunta Cain.
Ela apenas sorri e retorna para seu lugar. Os rapazes a acompanham e sentam-se diante dela.
- Está viajando sozinha? – pergunta Cain
- Sim, estou voltando para o vilarejo onde nasci.
- Tem parentes nesse vilarejo?
- Não sei, faz muito tempo que saí dali, nem sei se minha casa ainda existe.
- Então vai fazer o que por lá?
- Não sei, mas também não tenho para onde ir.
- E onde você morava antes?
- Na casa da minha antiga patroa em Londres, mas ela faleceu e tive que sair da casa.
- Que tipo de serviços você fazia para ela? – se interessa Cain
- Todos. Faxina de modo geral e as compras da casa.
- Porque não vem trabalhar para mim? Estou precisando de uma empregada.
- Mas eu não tenho uma carta de apresentação – queixa-se ela
- Eu não me importo com essas formalidades, eu gosto de você e é isso que importa. Estou indo para a casa de campo para descansar um pouco e você pode começar a trabalhar para mim lá, quando eu retornar para Londres poderá me acompanhar se assim desejar.
- Eu realmente não tenho para onde ir, por isso eu aceito sua oferta.
Cain sorri, Riff também.
- Já almoçou? – pergunta Cain
- Eu não tenho fome- ela responde
- Ou está em dinheiro? Riff, por favor, traga dois almoços, o dela e o seu. Eu comerei algo quando chegarmos.
Riff se levanta e vai buscar o almoço para ele e para Emma, Cain, enquanto isso, se limita a olhar para a moça como se a analisasse por completo. Logo Riff retorna com os almoços, enquanto os dois comem, Cain dá para Emma as instruções de limpeza da casa de campo e do que ela deve e não deve fazer.
No final do dia o trem pára na estação da cidade onde está localizada a casa de campo da família Hargreaves, na estação os três pegam uma carruagem e se dirigem á casa de campo localizada um pouco mais afastada da pequena cidade. Assim que descem da carruagem, Emma observa a casa que tem um aspecto sombrio e misterioso, parecendo ser um tanto quanto escura apesar de ter um lindo jardim florido ao seu redor.
Os três adentram a casa, apesar da casa ser grande, ela é um tanto quanto escura por dentro e as imensas janelas são cobertas por cortinas densas e escuras.
À pedido de Cain, Riff leva Emma até suas acomodações e pede para que ela se apresente na sala dentro de uma hora para iniciar seus serviços.
Emma se senta na cama de solteiro um tanto quanto exausta da viagem e um tanto quanto pensativa, ao menos agora ela tinha onde ficar e trabalhar, mas seu coração ainda ansiava por Willian e tudo que ela mais desejava nesse momento era estar nos braços dele. Ela olha o quarto ao redor, ele parece bem mais arejado que o restante da casa e tem uma ampla janela que dá para o jardim florido.
Então ela acomoda suas coisas no armário no canto do quarto, retira seu vestido de viagem e coloca o uniforme de empregada, ajeita seus cabelos, lava o rosto e decide retornar para se apresentar formalmente para Cain.
Emma pede licença e adentra a sala. Riff tinha acomodado Cain no sofá e tinha lhe trazido um pouco de gelo para a febre, ele se senta ao ver Emma se aproximando.
- Perdoe-me – diz ele retirando a bolsa com gelo e se levantando – as instruções que tenho a lhe passar são simples, Riff lhe dirá o que deve fazer e qualquer duvida que tiver é só procurá-lo, além disso, nunca entre em meu quarto, somente Riff limpa meu quarto, e também nunca entre no meu porão.
- Sim senhor - responde ela.
- Agora comece por fazer uma faxina geral na casa, faz tempo que não venho para cá que está tudo muito sujo.
- Sim senhor - e ela se retira para cuidar de seus afazeres.
