Prólogo: A visão de uma carta
- Syaoran!
A rapariga gritou, tentando puxar o rapaz para cima, para que não caísse na escuridão que se encontrava debaixo dele.
Da escuridão, saltou um tentáculo negro que se enrolou à volta do tornozelo do rapaz, puxando-o para baixo.
- Meilin! – Gritou o rapaz quando sentiu a mão da rapariga a fraquejar.
- …não sou capaz… – murmurou a rapariga. – Desculpa, Syaoran!
E largou a mão do rapaz. Este caiu na escuridão, que o engoliu como a água engole uma pedra.
Quando o rapaz desapareceu, a rapariga sentou-se.
- Syaoran… – lágrimas começaram a escorregar pela sua face. – Syaoran!
Lá em baixo, a escuridão dissolveu-se, até só restar uma pequena parte, que se transformou numa carta. A frente desta carta tinha um grande desenho com duas foices e uma caveira entre elas. Por baixo, estava escrito algo borrado, como se a visão humana não conseguisse ler essa palavra. O verso da carta era escuro como o céu nocturno.
A carta olhou para a rapariga. Sabia que era o seu objectivo provocar dor. Objectivo esse que tinha sido cumprido. Com um roçagar, voou para longe, deixando a rapariga no topo da torre do relógio chorando pela perda do rapaz. Quando olhou para baixo, viu uma pequena bola, do tamanho de uma noz.
A 3000 quilómetros de distância, numa cidade chamada Tomueda, uma rapariga de nome Sakura acorda com o despertador.
