Título: Sempre é de noite / Siempre es de noche

Autora: Darkneko / Ki chigai neko

Tradutora: Halkfield
Pairing:
SasuNaru
Gênero: Angst / AU / Romance / Lemon / Shota / Tortura / BDSM – sexo não consensual.
Classificação: MA – conteúdo impróprio para menores de 18 anos

Disclaimer: Tenho total consentimento da autora para traduzir esta fic. Naruto não me pertence e todos os personagens aqui presentes são de Kishimoto-sensei.

Advertência: Esta fic contém cenas de sexo explícito e conteúdo adulto, além de violação e outro temas pesados. A quem não se sentir a vontade, está dado o recado.

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- Capítulo I -
Meu Primeiro Entardecer... O Dia em que te Conheci

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- Aqui está bem...? – perguntou uma jovem, quem levava pela mão a um pequeno loiro de olhos azuis.

- Hai... arigato... – contesto cortesmente o pequeno enquanto se sentava no banco do parque, onde o pôr-do-sol podia-se observar em todo seu resplendor.

- Mais tarde o Sai vai vim te buscar, de acordo? – pergunto a de cabelos rosados e como resposta obteve um assentimento de cabeça.

A jovem se dirigiu rumo ao edifício, novamente deixando para trás o loiro, quem só desfrutava da brisa que passava por ali. Quando chegou as portas do edifício onde o parque podia ser visto, deixando a vista do pequeno em um moro, esperando a culminância do dia, os passos da jovem foram freados por outra pessoa que posou a mão em seu ombro para dirigir-lhe as palavras.

- Sakura... – chamo um jovem de olhos negros como a noite e o cabelo da mesma cor, com um pequeno sorriso nos lábios, que não mostravam em nada felicidade, embora sempre aparentasse estar feliz, não era. Aquele sorriso tinha um grande sentimento de tristeza, enquanto que seus orbes negros se posavam com cuidado na figura da pessoa loira no parque.

- Diga... Sai... – contestou a jovem, olhando para o rapaz, posando sobre seu rosto um sorriso cheio de melancolia.

- Ele sempre vem a este lugar... disse que quer ver o entardecer... mas... – as palavras se afogaram em sua garganta. Não podia imaginar como era possível que nesse estado se preocupasse pelas coisas tão simples como um simples entardecer.

- Não se preocupe, Sai... logo chegará a luz de seu dia... você vai ver... chegará feliz ao "ver" o entardecer... – contestou a jovem, retirando com sumo cuidado a mão de seu companheiro de seu ombro, para caminhar, mas antes de entrar, porém, dedico um sorriso sincero para seu amigo. - Espero que desta vez ele consiga. Espere um pouco, para que eles se despedirem... é o único que o faz feliz... você deveria ajudá-lo... embora seja difícil para você... – cerro os olhos. Estas palavras lhe doíam, sabia o que seu companheiro sentia pelo loiro e isso lhe doía muito, mas, não diria nada.

- Eu tentarei, mas não gosto que esse sujeito se aproxime... me dá calafrios... – inquiriu Sai, mirando ao loiro que se encontrava em total paz naquele lugar e só por um segundo, as luzes jogarão com os olhos do moreno. Juraria que observo claramente como o moreno de olhos azuis de seus sonhos tinha umas lindas e grandes asas. Esfrego os olhos para melhorar sua visão e aquelas lindas asas já não se encontravam mais.

- Te protegerei... meu anjo... – sussurrou para si mesmo rumo aonde sua companheira de trabalho havia partido.

Naruto se encontrava pensando no fatídico dia em que seu mundo se tornara em escuridão absoluta. Tratando de esquecer aquela dor que não se afastava de sua mente, queria esquecer, sua maior ânsia se perdera naquele acidente, nem sequer Kakashi, o homem que regularmente lhe visitava e quem lhe ensinava os últimos acontecimentos das coisas que lhe interessavam, o faria esquecer.

Iruka, quem havia o cuidado desde antes do acidente podia lhe devolver aquele semblante alegre que tanto o caracterizava, aquele sorriso que tanto ansiava ver as pessoas e pelo qual, se desdobravam tentando animar ao pequeno.

- Flash back -

Um pequeno loiro ia de passageiro em um carro junto com dois adultos, um muito parecido ao loiro, de olhos azuis e um lindo sorriso que tranqüilizava a quem o visse e o outro passageiro era uma mulher de não mais de 22 anos.

Era uma noite chuvosa e o pequeno de olhos azuis de não mais de 4 anos mirava as gotas de chuva que escorriam pela janela do carro cerrado, enquanto os adultos só relaxavam escutando um som clássico no rádio, se fazia tarde para que o pequeno seguisse desperto.

A carreta molhada fazia um tanto difícil conduzir, por sorte Kaseiyo era um homem muito responsável de 24 anos de idade que sempre esteve pendente da segurança de sua família, mais agora que seu pequeno alegrava-lhe a vida, queria que seu bebê sempre sorrisse, se deprimia muito quando o sorriso de seu pequeno era substituído por um gesto de dor ou tristeza, mostrando em suas orbes azuis brilhantes como as estrelas, cheias de lágrimas que opacavam sua beleza.

Ainda com toda a preocupação que tinha era impossível que chegassem a seus destinos sãos como esperavam, era fim-de-semana e muitos jovens saíam de suas casas para passar um bom momento, alguns indo a boates e bares e outros simplesmente bebendo em casa de amigos, tinham que ter mais precaução, haviam terminado sua reunião com Iruka, sempre se reuniam em casa para poder passar um momento ameno, já que o pequeno Naruto adorava ficar com o moreno que sempre lhe fazia rir.

Sua casa se encontrava um pouco longe da de Iruka, mas pelo sorriso de seu pequeno valia a pena. O problema era o retorno, embora Naruto nunca fora um pequeno malcriado e desobediente, rogava com seus grandes orbes azuis para ficar mais tempo e era difícil fazê-lo entender que tinha que ir embora e quando entendia isso já era de noite.

Passavam da 11pm e o pequeno não dava sinais de ter sono, mirava com muito interesse a água que caia pela janela, sua respiração contra o cristal formava uma fumaça, fazendo com que o vidro se esfumace e pudesse desenhar nele, por ele não queria dormir ainda. Em uma curva fechada, se escuto um carro ao contrário ao do casal, um carro correndo a grande velocidade e derrapando em cada oportunidade, Kaseiyo pediu que colocassem o cinto de segurança e mantivessem a calma, nada lhes passaria, lhes assegurou com um sorriso tranqüilizador a sua bela esposa Ichigo e a seu pequeno que o olhavam com um pouco de medo através do espelho retrovisor.

Quando Kaseiyo deu a volta para seguir seu caminho, essa curva era perigosa e do lado que vinham a proteção tinham uma falha. As luzes de um automóvel perdendo o controle e derrapando a uma alta velocidade sobre a mesma curva foi o único que viram, com grande rapidez, tentou esquivar do golpe, mas foi inútil, o carro se estrelou do lado de Kaseiyo e parte de onde Naruto vinha, provocando com o impacto e a velocidade que o carro vinha, terminasse por cair, golpeando no processo em um arbusto, o que ocasionou que a cabeça de sua mãe fosse impactada com tal força que morrera ao instante ao igual que seu pai, e com o impacto, os cristais de vidros partiram-se sobre-passando a janela e cortando o rosto do pequeno, deixando três marcas visíveis em ambos os lados de suas bochechas.

Acima, o carro que causo o acidente, baixou um homem de cabelos negros e olhos amarelos, certamente pela injeção de álcool, o pequeno alcançou a ver um sorriso de felicidade por ver seu trabalho antes de cair na inconsciência dentro do carro.

Quando desperto, não podia ver nada, só escutava muitos ruídos ao seu redor, ouvia como a gente que se encontrava cerca murmuravam coisas como; "pobre criança... agora está sozinho", "esse pequeno está só neste mundo..." ele não entendia o que se passava.

Sentiu uma mão em seu ombro e por ato reflexo salto assustado, a voz tranqüilizadora de Iruka o acalmou.

- Naruto... seu papai e sua mamãe... já não vão regressar... se foram de viajem por um longo tempo, mas não se preocupe... eu estou com você... gostaria de ir viver com tio Iyuka? – pergunto com medo ao pequeno que seguia perturbado por não poder ver nada.

- Tio Iruka... – chamo em sussurro o pequeno loiro, tomando total atenção do maior quem só mirava com tristeza, tão pequeno e sofrer a perda de sua família e aparte, a perca da visão, não sabia como racionaria.

- Diga pequeno... – lhe invito a terminar, só observo como Naruto levava suas mãozinhas até a cabeça, tentando ver o que tinha nos olhos que lhe impedia de ver, toco uma venda que estava sujeitada fortemente em sua cabeça.

- Por que tenho isso nos olhos? Não posso ver com isso... – estas palavras fizeram que o coração do moreno se partisse em mil pedaços. Como explicaria a uma criança que apenas conhece as coisas básicas da vida que pode perder a visão? No supôs o que responder, não queria responder abraço ao pequeno o mais forte que podia, tinha medo, medo de que ele se entregasse aos braços da morte por uma depressão.

- Não se preocupe... não é nada grave... vamos jogar um jogo, ok? – lhe mentiu com a voz quebrada.

- Que jogo...? – pergunto baixando as mãozinhas de sua cabeça para colocá-las no peito feito pequenos punhos, emocionado pelo jogo, ao mesmo tempo, que estava cansado pelo sucedido, os anestésicos estavam cobrando sua energia e não tardaria em dormir.

- Esta venda aqui... – disse tocando o pano, fazendo que o pequeno assentisse de maneira que entendesse que o escoltava. – Não tem que tirá-las... é uma parte muito importante do jogo, certo? Só as pessoas de maior podem tirá-la... – a voz de Iruka se rompia cada vez mais, o pequeno assentiu e se deixo vencer pelo sono, no entanto tinha um pequeno sorriso nos lábios e antes de cair totalmente rendido aos braços de Morfeu, susteve fortemente a camisa do maior, acomodando-se entre seus braços.

- Obrigado tio Iruka... te amo muito... se ganho o jogo, me compra um gatinho? – pergunto o pequeno quem foi fortemente apertado contra o corpo maior, enquanto respondia uma e outra vez com a voz cheia de dor.

- Tudo... tudo o que quiser... mas nunca se esqueça de sorris, por favor... – suplicava o maior, molhando o rosto cheio de cicatrizes do pequeno dormido em seus braços.

Iruka firmo a custódia do pequeno e sobre tudo, os papéis de óbito de seus pais, que não eram família por laços sangüíneos, Iruka era o padrinho, por tanto não custo muito que lhe deixassem a cargo.

Desde esse dia o pequeno permanecia no jogo, esperando algum dia que o jogo terminasse; como lhe disse Iruka, o jogo terminaria quando a noite caísse e pudesse ver a madrugada, o problema é que para o pequeno loiro de olhos azuis, todos os dias eram de noite.

- Fim do Flash back -

Um moreno caminhava pelo parque rumo a sua casa, fixo seus olhos em um jovem um pouco mais jovem que ele, que mirava incessantemente o horizonte, esperando com ânsias o entardecer, seus cabelos loiros eram balançados com delicadeza pelo vento, enquanto sua pele era envolta por um fleche de luz que se desenvolvia no lugar, as tonalidade que se apreciavam em sua pele, faziam querer tocá-la.

Não resistiu a tentação de falar com esse jovem, era a primeira vez que o via e se cativo com sua presença, o jovem o escuto se aproximar, voltou a cabeça, o observo por alguns segundos e depois regresso seu olhar azulado ao horizonte.

- Estou ficando louco dattebayo... – suspiro, baixando sua vista ao solo, o moreno não entendia nada desta ação, o miro e ainda assim ele não lhe dava importância. – Agora escuto passos. – termino de murmurar, enquanto tentava adivinhar se o sol começava a ocultar-se como tantas vezes Iruka lhe disse que sucedia.

- Por que me ignora? – pergunto o de olhos negros que havia sido ignorado ao principio.

- Desculpe não era minha intenção 'tebayo... – se desculpo o pequeno, sorrindo um pouco ao novo intruso.

- Não minta... você me viu e me ignoro... não sabe quem eu sou? – pergunto o moreno ao que o loiro só abaixo o olhar, como explicá-lo que desde muito já não via, ele mesmo não compreendia.

- Não era minha intenção, é só que estou num jogo dattebayo. – contesto diminuindo a voz consideravelmente.

- Jogo? – pergunto incrédulo.

- Sim... um jogo... – suspiro levantando a vista.

- Que tipo de jogo? Ignorar a todos que se ponham a sua frente? – pergunto com o tom mais sarcástico e sério que pode ter em sua voz.

- Eh? Ah... não... pois, veja... não posso ver nada... até que veja a noite se converter em madrudaga. – pronuncio o pequeno, tratando de esboçar um sorriso de alegria, mas só se via uma munheca de dor.

- Não vê nada... se refere que está... – mas foi interrompido por outra pessoa.

- Naruto-kun... precisa de algo? Ele está te incomodando. – pergunto encarando o moreno.

- Não se preocupe... Sai, é só que o jovem veio jogar comigo... né? – obsequio aos presentes um sorriso dos mais lindos.

- Ah... hai. – duvido em responder.

- Está bem Naruto-kun... depois venho buscá-lo, quando a lua saia e a noite comece, de acordo... tem que descansar... lembre-se que amanhã irão te visitar Iruka-san e Kakashi-san. – pronuncio o moreno enquanto mirava com tanto carinho ao pequeno frente a ele.

- Sim, eu sei... muito obrigado 'tebayo. – foi então que Sai se acerco ao visitante e lhe disse com voz séria sem que o loiro escutasse.

- Não te perdoarei se lhe fizer algo... ele não sabe que perdeu a visão e não é necessário que diga... entendeu? – o outro individuo só assentiu um tanto assustado pela reação do sujeito. Acaso o loiro não se dava conta de que estava cego?

- Poderia... dizer seu nome? – pergunto timidamente o de olhos azuis, ladeando a cabeça em torno da figura do moreno.

- Meu nome é Sasuke, Uchiha Sasuke. – se apresento tomando a mão do loiro e depositando um terno beijo no torço desta, fazendo com que o loiro se ruborizasse um pouco.

- Eu me chamo Naruto... Uzumaki Naruto. – anuncio com um sorriso em seus lábios, a mais linda que o moreno jamais havia visto.

- Né, Sasuke... tem tempo de sobra? Gostaria de pedir-lhe um favor. – murmuro Naruto voltando seu rosto de novo a onde os raios de sol podiam ser sentidos.

- Diga. – foi a resposta por parte do moreno quem não podia acreditar que existisse tal beleza, esse jovem a pesar de ter pelo menos 2 anos a menos que ele, se comportava como um pequeno que necessitava de proteção, proteção e felicidade que queria entregar ao moreno de olhos negros.

- Poderia, me contar... como é o entardecer? Como você o vê? No jogo posso tocar as coisas, mas o entardecer... está longe do meu alcance... por mais que estire minhas mãos não o alcanço... me vejo na necessidade de pedir ajuda, mas as pessoas de lá sempre estão muito ocupadas dattebayo... – sua mirada triste deixava um grande nó na boca do maior presente, miro o horizonte e começo seu relato.

- Pode sentir os raios de sol? – pergunto duvidoso, como resposta recebeu um cabeceio por parte do loiro, isso fazia as coisas mais fáceis de explicar, penso.

Naruto não cabia em seu assombro, cerro os olhos imaginando tudo aquilo que Sasuke estava lhe contando, um sorriso cruzo por seus lábios, podia vê-lo perfeitamente, parecia que as palavras de Sasuke se convertiam em ações e que seus lábios eram seus olhos, sentia a cálida luz do sol apagar-se ao mesmo tempo que o moreno explicava como as luzes do astro maior se apagavam dando lugar as cores mesclados; cálidos e também frios.

A voz do Uchiha era muito suave sem deixar de ser varonil, acariciavam o ouvido do menor com tanta facilidade que sentia por uns instantes que não estava em seu jogo, o mundo deixava de ter essa cor escura e se enchia de lindas cores e uma bela paisagem se transmitia através daquelas palavras, tudo tão belo a cada momento, tão puro, tão cheio de cor, de vida.

Naruto abriu os olhos mirando o horizonte, pensando que via, que o jogo tomo uma pausa no relógio para permitir-lhe ser feliz na escuridão e, por um momento, todo era como as escassas recordações de sua meninice, tudo era lindo, tudo bonito, queria seguir assim.

Por sua voz, denotava que tinha seguramente a mesma idade que ele ou talvez um pouco mais, mas seguia sendo da idade, a forma com que se expressava denotava que tinha muita dor em seu coração, por que razão, só ele conhecia, muito sentimento em suas palavras o faziam denotar uma pessoa sensível, tinha vontade de tocá-lo, assegurar-se de que se encontrava ao seu lado.

O imaginava de pele branca, terça, suave, seus olhos de um escuro profundo ao igual que seu cabelo, sério, mas sem chegar a ser petulante, não pelo menos com ele.

-... os últimos raios de sol, deixam ver aquelas cores entre vermelho e violeta mesclar-se a perfeição com os distintos azul do céu, as estrelas começam a brilhar e a lua resplandece em seu lugar, uma noite tranqüila e perfeita, se tem com quem comparti-la. – e desta maneira o mundo do pequeno Naruto regresso a penumbra, sorriu com tristeza, gostava de estar nesse mundo de cores, cores que já quase esquecia e as palavras do moreno reviveram em sua memória.

- Arigato... este foi o meu primeiro entardecer em muito tempo... creio que seja tarde... né? Alguém deve estar te esperando em casa. – lamentavelmente não se equivocava, pouco depois os passos de Sai se fizeram presentes, mas se detiveram em seu caminho ao ver que o invitado seguia com seu amigo.

- Sim, deveria ir... ela deve estar me esperando... sempre está... mas... tudo bem se você ficar sozinho? – pergunto com medo a flor da pele, pensar nessa pequena criatura ficando sozinho, desprotegido na noite, naquele parque lhe aterrava de certa forma sem saber o porquê.

- Não se preocupe... Sai em seguida virá por mim... perdão, te fiz perder seu valioso tempo. – baixo o olhar enquanto sentia como de novo a escuridão invadia seus olhos e seus sentidos, mas de certa forma se sentia feliz, depois de tanto tempo voltar a ver um entardecer, o mais bonito que já havia visto até agora.

- Não foi uma perda de tempo, me senti feliz de fazê-lo. – isso tomou por desprevenido ao loiro, que se pudesse ver seu rosto neste momento houvesse notado como as bochechas do maior se tingiam ligeralmente de um tom carmesim.

- Obrigado... fazia muito tempo que eu não via um entardecer tão bonito, desde que comecei o jogo... – sussurro o menor, com um rubro em suas bochechas, essa pessoa realmente o fazia se sentir muito bem.

- Se quiser, posso vir amanhã descrever novamente como é o entardecer. – o pequeno ficou desconcertado.

- O entardecer é o mesmo não importa que dia o veja... são as mesmas cores... – menciono, Sakura na vez que lhe pediu que falasse do entardecer por uma semana e já fazia vários anos que fazia isso, por tantos, sempre via um entardecer igual com os raios de sol, mas este dia havia sido diferente, este dia realmente havia sido um entardecer bonito.

- Está equivocado... igual as pessoas, cada dia e cada noite, assim como o amanhecer e o anoitecer são diferentes, isso posso te assegurar... é interessante esperar que o sol se oculte e descobrir o que há de diferente ao dia anterior... – menciono o maior sentado ao lado do pequeno, como quando começo o relato.

- Neste caso, seria uma grande alegria poder ver o entardecer em suas palavras dattebayo. – este comentário fez que voltasse mais vermelho do que já estava ao moreno que agradecia de muitas formas que o pequeno com cara de anjo que se encontrasse frente a ele não pudesse ver, seguramente riria da sua cara.

- Bem... então virei amanhã para conversarmos novamente... tudo bem... – o loiro mostrou um amplo sorriso por poder desfrutar novamente das cores e embora as palavras daquele rapaz fossem falsas e lhe deixassem esperando, ele recordaria cada palavra que daquele dia foram mencionadas, dessa maneira poderia ver uma vez mais ao entardecer.

Os passos de uma pessoa acercando-se deram passe para Sasuke ir embora, com um terno beijo na bochecha de Naruto se despediu, prometendo que voltaria ao dia seguinte, o loiro automaticamente levou a mão à bochecha, sentindo a suavidade que ela emanava, sentindo ao mesmo tempo, as cicatrizes que lhe recordavam daquele jogo que continuava.

- Sai... – murmuro o pequeno.

- Diga. – contesto sabendo qual seria a pergunta por parte do menor.

- De que cor é? – pergunto tocando com carinho o pano do casaco, roçando, ao mesmo tempo a mão do maior, quem sorriu pelo muito que conhecia ao pequeno que sempre quis.

- Laranja... da cor da fruta e em parte do entardecer. – contesto, enquanto colocava seu rosto a altura do ombro do menor, junto a seu rosto, o pequeno sorria,

- Sabe... o dia de hoje... eu vi o entardecer mais bonito... espero amanhã poder ver outro igual... – comento enquanto desfrutava da caria do maior.

- Pelo que vejo você passou muito bem. Quer ramem para o jantar? – pergunto enquanto abraçava o pequeno, este enquanto sorria sinceramente, desde muito se sentia feliz, mas hoje superava a qualquer dia, assentiu pela proposta da comida, que lhe fascinava.

- Depois temos que como tomar uma ducha... antes de ler um conto para que descanse... tudo bem? – o pequeno assentiu, dando a volta para passar seus braços pelo pescoço do maior, quem só o levanto com suavidade e o carrego nos braços, levando-o ao interior do edifício, para poder atender os assuntos da noite, esperando que dessa vez, o pequeno dormisse sem pesadelos, sem medo, sem más recordações.

Sakura havia decidido que Sai ficasse a lado de Naruto, já que não permitiam que outra pessoa que não fosse ela ou ele se acercassem, aparte claro, de Kakashi e Iruka e uns avôs que sempre chegavam a visitá-lo, dizendo que eram conhecidos de sua família e pela vozes Naruto os reconhecia como Jitaiya e Tsunade, sempre o fazia passar momento felizes.

Mas para toda a felicidade, existe uma tristeza ou um mometno amargo e para isso se encarregava Orochimaru, quem se encarregava de lembrá-lo a cada dia em que se encontrava sozinho, que Iruka o havia deixado neste lugar porque não o queria. Mas o menor tentava não lhe dar importância, coisa totalmente difícil para uma criança que aprende pelo sentido da audição quando quer tocar ou degustar das coisas com os demais sentidos.

Sofria todas as noites, por ele, Sai decidiu manter uma cama cerca da de Naruto no mesmo quarto, a pesar de ser contra as regras, esta vez quebraram os direitos ao saberem da história por detrás do pequeno, por tanto Sai se converteu no Onii-san do loiro.

Naruto sabia que deveria dormir em camas separadas, mas o medo dos pesadelos o fazia colocar-se a meia noite entre os lençóis do maior, quem o recebia com gosto e abraçava com amor, mostrando-o proteção, proteção que tanto necessitava.

Enquanto no outro lado da cidade um rapaz de olhos negro chegava em sua casa, sabia que não era bom que chegasse a essa hora porque poderia acontecer algo ruim, além do mais, preocupava seus pais, mas esse dia não lhe importava os castigos.

- Tadaima... – anuncio ao cruzar a porta e despojar-se dos sapatos na entrada da casa, em seguida uma mulher com o rosto muito preocupado o observava, buscando algum indicio de briga ou algo que se encontrasse fora do lugar.

- Que bom... não aconteceu nada, é perigoso ficar a estas horas na rua, pode acontecer algo de ruim... carinho... não volte a me assustar assim, certo. – dizia a mulher inclinando-se para ficar a altura do menor e posar a mão em sua bochecha.

- Okâ-san... daijobu... estou bem... é só que encontrei com uma pessoa interessante hoje e o dia passo sem eu me desse conta... – respondeu o menor, regressando um sorriso cheio de ternura, sua mãe por sua parte suspiro aliviada por só ser um descuido.

- Está bem... mas da próxima vez avisa, carinho... estava muito preocupada de que algo pudesse acontecer... – sim, essa era sua mãe, sempre preocupando-se por coisas pequenas.

- Sempre causando problemas irmãzinho. Nunca mudará. – respondeu uma voz detrás de sua mãe, enquanto o mirava estranho, como em tom de zombaria.

- Com certeza foi por uma garota. – zombo o maior.

- Nada disso... nii-san. É só que ele me pediu que lhe dissesse como era o entardecer. – respondeu baixinho, mas sua mãe chegou ao ouvir, dada aproximação que compartiam.

- Acaso não pode ver por conta própria? Não está doente, ou sim... não quero que se aproxime dele... – respondeu em seguia fazendo com que o menor de seus filhos franzisse o cenho.

- Mãe, não está doente é só que ele não pode ver... mãe... onegai... quero contar-lhe amanhã como é o por do sol, me sinto muito bem estando com ele... quero que seja meu amigo... onegai Okâ-na... – suplico, sua mãe suavizo seu olhar e o miro com ternura, obsequiando um beijo em sua bochecha.

- Está bem... agora vá pra cima e lave as mãos, vamos jantar... não vai querer que ele o veja sujo e desaprumado, né? – sua mãe era compreensiva, seu pequeno havia passado por algo realmente ruim, observo como um homem de pele pálida e olhos de serpente assassinava seu pai, desde então não havia o visto sorrir, tentou de tudo para tirar aqueles sorriso, mas nada funcionava e agora, chega com um sorriso lindo plantado em seu rosto, graças a uma pessoa que lhe pediu umas simples palavras.

- Sasuke-kun... pode ir ver esse garoto, mas sempre e quando Itachi-kun o acompanhe de acordo? As ruas estão bastante escuras ao por do sol... onegai. – aos irmãos não sobrou nada mais que resignar-se, um queria ver de novo aqueles olhos iluminar-se por suas palavras e o outro queria ver o quê tinha de especial em um garoto que em um só dia havia conseguido o que por 10 anos todos haviam tentado.

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Continua...?

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N/T: A continuação fica a veredicto de vocês. Eu, pessoalmente me emocionei muito com essa fic T.T É tão triste.

Se vocês estão achando triste já no primeiro capítulo, preparem o coração por que os outros são de roer as unhas. Gaa-chan é tããããoooo fofin!! i.i Mais da metade dessa fic eu passei chorando...

Me desculpem a quem mando reviews a minha fic pedindo continuação, mas o 3 cap já está meio andado. Depois que eu consigo desengatar a primeira marcha o desenvolvimento flui que é uma beleza. Bjs, a todos!