Título: Bones, Stars and Stripes
Autor: k4m1k4zs
Categoria: Angst/ Romance/ B&B
Classificação: PG-13
Completa: Não
Advertência: Violência
Bones, Stars and Stripes1
Sinopse:
É feriado do quatro de Julho em Washington, DC. Muitos americanos comemoram o dia da independência dos Estados Unidos. Porém, a equipe do Jeffersonian e o FBI terão que correr contra o tempo. Um envelope é deixado no Instituto Jeffersonian. Um suspeito quer se vingar dos Estados Unidos. Brennan foi seqüestrada. Booth e os squints terão pouco tempo pra descobrir o porquê ou então ela morre.
Capitulo 1 – Alguém tem que pagar
- Não consigo enxergar, não estou conseguindo respirar.
Já não estava mais sentindo frio, nem mesmo o seu corpo já há algum tempo. Quanta paz. Não sinto mais medo, não sinto mais nada... Não quero mais lutar.
Uma voz suave sussurra em seu ouvido:
- Calma. Shh.
Uma mão acariciando os seus cabelos.
- Esta cansada, eu sei. Shh. Calma, vai acabar e logo logo não vai sentir mais nada... nunca mais.
02 de Julho.
nstituto Jeffersonian. Washington, DC.
19h36min PM
Mais um dia havia chegado ao fim. Daria tempo de sobra para ir ao supermercado comprar algumas coisinhas pro apartamento e seguir para a casa do pai. Finalmente chegou o feriado de quatro de Julho que iria comemorar com seu pai, Russ, a esposa do irmão e as sobrinhas. Faria uma surpresa para as meninas comprando balões e brinquedos. Sim, este ano não passaria sozinha no Jeffersonian ocupada trabalhando pra esquecer que não tinha família, pois agora ela tinha uma família de verdade. Família. Até pouco tempo atrás não fazia idéia o que essa palavra significava. Não fazia parte do seu mundo. Mas tinha certeza que seria diferente, podia sentir. Tirando dos pensamentos, seu celular tocou. Já fazia idéia de quem era.
- Brennan. – disse.
- Bones! – um entusiasmado Booth disse e acrescentou – Soube que surgiu mais um conjunto de ossos para ser exposto no museu do Jeffersonian. Meus parabéns – Booth elogiou.
Ela havia feito a reconstrução de um conjunto ossos achado em uma escavação e descobriu se tratar de um índio. Ao que tudo indicara, os ossos pertenciam a um homem que morreu há 400 anos.
- Obrigada – agradeceu. – Soube que também foi muito bem com o seu caso. – ela disse.
Booth estava em um caso onde o principal suspeito era um técnico de futebol americano estudantil que havia assassinado a chefe das líderes de torcida de uma escola. Ele simplesmente havia se entregado, poupando a Booth e o FBI uma grande investigação.
Devido aos casos distintos, tiveram pouco tempo para se falar nos últimos dias.
- Mas e ai, me conta, o que vai fazer neste feriado? – Booth quis saber.
- Bom, no momento estou indo ao supermercado e em seguida vou pra casa. Tenho que arrumar minhas coisas. Vou passar o feriado com meu pai, Russ e a família. – respondeu e prosseguiu com uma pergunta. - E você, vai buscar o Parker pra passar o feriado com você não é? – perguntou.
- Mais é claro. Vou levá-lo para acampar, afinal, ele adora.
- Deve ser bonito assistir aos fogos de um acampamento – Brennan disse.
Booth não parou de falar o quanto fora feliz indo acampar quando criança com os amigos. Brennan percebeu que Booth estava animado com a possibilidade de passar o feriado com o filho. O trabalho, estresse e a ex sempre o deixavam com muitas saudades do filho. Por causa do trabalho, nunca tinha oportunidade de passar com ele um feriado, porém, havia resolvido pedir alguns dias para ficar com o filho e aproveitar o feriado para acampar em algum lugar na cidade.
- Sabe – ele continuou - o Parker esta crescendo muito rápido e nós dois precisamos passar mais tempo juntos. Ter aquela de "pai e filho" sabe, afinal não é sempre que posso fazer isso. Então devo ficar três ou quatro dias fora com ele.
- Isso se alguém não morrer certo? – perguntou ela.
- Sejamos positivos, Bones. Ninguém vai matar ninguém as vésperas do quatro de Julho. Se Deus quiser tudo vai ficar em paz nessa nossa ausência. Mas e ai, empolgada para um feriado com a família Brennan novamente? – perguntou ele não escondendo a curiosidade de saber o que se passava na sua cabeça.
- Acho que sim. Não posso fugir ao fato de ter uma família. Um pai, irmão e até sobrinhas – e sorriu lembrando como aquilo era novo - Isso é muito novo, mas, sei que tudo será muito bom pra mim, afinal, já passei por tantas coisas que um feriado com eles vai me fazer ficar mais interativa com relação à família, voltar a conhecê-los e me sentir novamente em uma.
Ela sabia que seria uma etapa muito significativa nesta nova fase da sua vida. Estava preparada pra isso. Pelo menos é o que espera.
- Isso é muito Bones. Não se esqueça de comprar um daqueles rojões, bombinhas e outras coisinhas pras suas sobrinhas. Crianças adoram coisas que fazem barulho nessa época. – Booth indagou, tentando explicar brevemente como deveria se portar lá.
- Sim Booth. E sei também a quantidade de acidentes que acontecem todos os anos por causa dessas "coisas que fazem barulho". Se bem me lembro, eu não sou louca – ela disse imitando uma irritação que não havia, era só pra deixá-lo sem graça. – Booth, vou desligar. Estarei indo pra casa do meu pai amanhã cedo. Espero que nada aconteça e que você tenha um ótimo feriado com o Packer. Ligue-me se precisar de alguma ajuda.
- Se acontecer – Booth apressou-se em dizer.
- Claro, se acontecer. – ela disse e prosseguiu - Feliz quatro de Julho Booth – Brennan murmurou.
- Feliz quatro de Julho pra você também Bones – murmurou – Nos vemos daqui a alguns dias. Cuide-se.
Ela desligou.
03 de Julho
Instituto Jeffersonian, Washington DC.
09h18min AM.
- O que esta acontecendo Cam? Pra que esse alvoroço todo? - Booth estava furioso ao encontrar Cam no escritório de Brennan com os squints2 no Instituto na manhã seguinte. Já estava com tudo carregado no carro para ir acampar com Packer. Já havia pegado uma das rodovias interestaduais quando recebeu a ligação da Cam para que retornasse imediatamente ao Jeffersonian. Mas olhando melhor para todos os rostos ali, sentiu a falta de um em particular.
- Cadê a Bones? – perguntou ele ao olhar pra todos na sala.
Cam se aproximou dele e começou a contar o que estava acontecendo.
- Alguém encontrou este envelope nos jardins do instituto. Pensou que fosse algo perigoso e chamou a segurança. Eles o abriram e acharam isto. – mostrando lhe uma mídia de DVD.
- Esta com o seu nome na capa, veja. – Cam mostrou.
- Tá, mas o que isso tem a ver com chamar todo mundo aqui? O quê que ta acontecendo? – Booth perguntou já visivelmente nervoso.
- Booth, acharam o carro da Drª Brennan a algumas quadras do apartamento dela logo cedo. Estava capotado. Há sinais de sangue no interior do veiculo, mas sem sinal da Drª Brennan. As malas ainda estavam em seu carro, junto com a bolsa e outros pertences. Já ligamos para hospitais perguntando sobre ela, mas ela simplesmente desapareceu.
Ângela se aproximou de Booth e olhando em seus olhos comentou.
- Booth, aconteceu alguma coisa de ruim com a Brennan, eu posso sentir. – Ângela disse angustiada com a sensação muito ruim antes mesmo de assistir ao DVD.
- Vamos assistir esse DVD logo.
Brennan acordava aos poucos. Sentia muita dor na cabeça e no corpo. Abrindo os olhos com cuidado para se acostumar com a claridade, teve que fechá-los. Em seguida tentou tocar-se, mas percebeu que mão conseguia se mover. Estava sentada e amarrada. Suas mãos e pernas estavam bem presos. Sentia-se enjoada, com um gosto ruim na boca. Abrindo os olhos novamente para ver onde estava, percebeu que estava em uma sala com alguns aparelhos e instrumentos cirúrgicos em volta. Sentiu pânico. O que estava acontecendo? Onde estava? Pensou. Sim, estava se lembrando vagamente de estar no carro, indo para casa de seu pai quando... branco total. Estava confusa. Sentindo se indo e vindo, tudo girando... estava drogada. Tinham na drogado com alguma coisa. Via pontos luminosos.
De repente um homem saído do nada apareceu. Falava outro idioma. Não conseguia se quer focar nele, ver lhe o rosto.
- O que esta acontecendo? Quem é você? – murmurou debilmente.
O homem se virou novamente para algum lugar e continuou o que estava fazendo.
- Nada do que você não vá saber agora – disse o homem e completou – Ou sentir. Em seguida, colocou vários frascos sobre uma mesa. Pegou uma seringa, escolheu um dos frascos, sugou com a seringa o conteúdo. Uma pequena dose bastava, concluiu. Ela sentiu uma picada no braço, depois queimação seguida de uma dor no peito, o coração rápido, ela sentiu-se sem ar, e mais rápido. Instantaneamente ela começou a se debater fortemente a cadeira. Uma convulsão violenta. O homem olhava para ela com um olhar doce, quase gentil enquanto ela era sacudida desesperadamente. Do mesmo jeito que começou a convulsão ela parou. E não viu mais nada.
Booth entregou a mídia para Ângela. Rapidamente colocou no aparelho para reproduzir.
Apareceu uma imagem distorcida que se focou logo no monitor. Era Brennan amarrada a uma cadeira. Estava com um corte no supercílio esquerdo e um hematoma na face. Tinha o rosto bastante abatido e sem cor. Todos olhavam para o monitor sem respirar ou se quer piscar. De repente apareceu um homem na tela que foi logo dizendo para câmera.
- Bom dia. Como vão? Já perceberam é claro que eu estou com a Drª Temperance Brennan. Não tenho intenção alguma de me esconder de vocês. – então a câmera pegou melhor a fisionomia do homem. Aparentemente um rosto magro, caucasiano, na faixa dos 40 a 55 anos, calvo e com a barba muito bem feita. Um rosto comum e bem cuidado. Ninguém que olhasse para o homem suspeitaria de nada, pelo contrário. Parecia até bem comum e com feições simpáticas por assim dizer. Então prosseguiu a narrativa.
- Meu nome é Thomas Holber. Devem estar se olhando e perguntando: "Você o conhece? O que ele esta fazendo?" Bom, o agente especial Selley Booth me conhece.
Booth olhava o monitor sem piscar, tentando puxar da mente quem era esse homem. O que havia feito. O sujeito então prosseguiu.
- Sabe agente Booth, eu estudei muito sobre você. Li nos jornais, vendo seus pontos fracos e também o da equipe do Jeffersonian que trabalha auxiliando o FBI. E a chave de tudo é a tão famosa Drª Brennan.
Booth pôde perceber que Brennan não se mexia. Mas estava respirando, notava pelo baixar e levantar do peito.
- Sabe, eu fui um bom pai e marido. O homem prosseguiu com a conversa. - Mas o que será que aconteceu para um homem como eu chegasse a essa situação? – Ele então olha e aponta para Brennan amarrada à cadeira. Chega perto dela, pega uma seringa comprida na mesa e introduz no braço dela. Brennan se debate debilmente aos olhares angustiados do grupo que esta na sala assistindo impotentes. Thomas ajeita os fios de cabelo de Brennan em total desalinho em seu rosto machucado. Em seguida olha para o relógio e completa. – Você tem até as nove da noite do quatro de Julho para descobrir o que esta errado e nos achar ou caso contrário – ele olha para a Brennan e a câmera e prossegue - vou matar sua amiga da pior forma imaginável. Isso é claro, se ela não morrer antes. Brennan começa a gritar e a câmera se desliga.
A tela fica preta novamente. Ninguém consegue falar ou se mexer. Booth estava sentado na poltrona com as mãos na cabeça, falando como se não houvesse mais ninguém a sua volta, se perguntando.
- Meu Deus, o que foi que eu fiz?? Ele vai matar a Temperance! – ele diz sob o olhar de todos a sua volta.
Continua...
1 Uma referência a bandeira americana.
2 Apelido dado aos cientistas do laboratório.
