Disclaimer: Eu não possuo Harry Potter ou qualquer um dos personagens. Nem a história de Harry Potter e a Câmara Secreta. Tudo pertence à magnifica J. K. Rowling. - Mas eu sonho que James Potter me pertença, ao menos em sonhos ;)
A / N: Os trechos originais do livro estão em negrito.
Olá povo, eu sei que muitos querem me matar pela demora, mas eu realmente não conseguia começar esse livro. A Câmara Secreta é, na minha opinião, o livro mais chato da série. E fazer bons comentários nele me parecia muito difícil. Então fui ler outra coisa, (House of Night 08 pra ser exata), e quando terminei magicamente me senti inspirada de novo. Daí finalmente consegui começar esta fic.(começar pra mim é sempre a parte mais difícil na hora de escrever). Fiquem tranquilos eu não desisti. xD e vou tentar postar todos os dias pra compensar ;)
Obrigada aos elogios no ultimo capítulo de Lendo o Futuro, eu fiquei literalmente corada de vergonha. ;)
C.L. Hashehoff: Pela reação da Lily em Reliquias da Morte na conversa com o Snape, eu acho que ela sabe do Remus, só não sei se o Remus sabe que ela sabe ;), mas Lily não sabe nada sobre os animagos. E Alice e Frank ainda não sabem de nada.
Agradecimentos a M. Alice Lovegood por ter feito uma capa linda para a fic que eu vou colocar no meu perfil assim que terminar de postar esse capitulo, e a Mrs. Mandy Black por revisar os capítulos antigos e me ajudar com a arrumação dos novos.
Boa leitura (embora eu realmente não goste desse livro) e até amanhã (Sim, dessa vez é realmente até amanhã. Estou começando o capitulo agora pra ter certeza disso)
...
No momento que Sirius se sentou em seu local de costume, o livro brilhou com uma luz azulada e as letras pareceram se embaralhar rapidamente. Quando a luz finalmente sumiu o título do próximo livro era claramente visível para que todos lessem: Harry Potter e a Câmara Secreta.
...
– Eu achei que a Câmara Secreta fosse apenas uma lenda. – reclamou Lily nada feliz com o titulo desse livro. Parecia que seria tão perigoso quanto o anterior, ou talvez mais já que ninguém sabia qual era o monstro que supostamente existia na Câmara.
– Talvez seja algo relacionado a história da Câmara Secreta e não a localização da Câmara em si. – Alice tentou consolar a amiga.
Mas Lily tentando se resignar ao fato que seu filho teria outro ano extraordinário, abriu o livro no primeiro capítulo. Antes de ler o título em voz alta, ela forçou a calma e convocou os pergaminhos vingativos usados no livro anterior, dando um para cada pessoa na sala. Depois se acomodou melhor ao lado de James que entendeu que o título seria algo muito ruim para a ruiva ter essa atitude. Depois que todas essas medidas foram tomadas Lily finalmente leu o título do capítulo em voz alta: Capítulo Um: O Pior Aniversário
Todos entenderam as ações da ruiva. E James não pode evitar o pensamento que esse era apenas o primeiro capítulo e já começara de forma terrível. Deixando a mão pronta para escrever as vinganças no pergaminho, esperou Lily começar a ler:
Não era a primeira vez que irrompia uma discussão à mesa do café da manhã na Rua dos Alfeneiros número 4. O Sr. Válter Dursley fora acordado nas primeiras horas da manhã por um pio alto que vinha do quarto do seu sobrinho Harry.
– É a terceira vez esta semana! – berrou ele à mesa. – Se você não consegue controlar essa coruja, teremos que mandá-la embora!
– E como você espera que ele controle a coruja? – zombou Sirius – Elas são animais inteligentes que agem por vontade própria.
– Eu duvido que Dursley leve isso em consideração. – respondeu Frank.
Harry tentou explicar, mais uma vez.
– Ela está chateada. Está acostumada a voar ao ar livre. Se eu ao menos pudesse soltá-la à noite...
– É só usar o bom senso. Você também ficaria inquieto se tivesse que ficar trancado numa gaiola noite após noite. – comentou Alice.
– Eu tenho cara de idiota? – rosnou tio Válter, um pedaço de ovo pendurado na bigodeira.
– Cara, corpo e todo resto. – concordou Sirius com a voz falsamente solene. James e Remus acenaram veementemente com a cabeça em concordância.
– Eu sei o que vai acontecer se você soltar essa coruja.
– Ela vai voar e deixar de fazer te incomodar a noite. – Remus disse como se fosse óbvio.
Ele trocou olhares assustados com sua mulher, Petúnia.
Lily revirou os olhos enquanto lia. Quanto drama.
Harry tentou argumentar, mas suas palavras foram abafadas por um alto e prolongado arroto dado pelo filho de Dursley, Duda.
– Duda continua uma criança adorável – falou Severus com sarcasmo.
– Quero mais bacon.
– Tem mais na frigideira, fofinho – disse tia Petúnia, voltando os olhos úmidos para o filho maciço. – Precisamos alimentá-lo bem enquanto temos oportunidade... Não gosto do jeito daquela comida da escola...
– Tuney, se continuar o alimentando desse jeito vai atingir o tamanho de um filhote de orca. – Lily comentou indignada antes de voltar a ler.
– Bobagem, Petúnia, nunca passei fome quando estive em Smeltings – disse tio Válter animado. – Duda come bastante, não come filho?
– Ele come mais que Sirius, e isso é muita coisa. – James tirou sarro do amigo.
Duda, que era tão gordo que a bunda sobrava para os lados da cadeira da cozinha,
Todos fizeram uma careta imaginando o menino com essa descrição.
sorriu e virou-se para Harry.
– Passe a frigideira.
– Meu filho não é seu empregado. – resmungou James.
– Você esqueceu a palavra mágica – disse Harry irritado.
– Tuney não vai gostar disso. – comentou Severus ganhando os olhares estranhos sempre que mostrava conhecer a família de da ruiva.
Lily suspirou, Tuney sabia que Harry não poderia usar magia fora da escolha, mas tinha certeza que isso não impediria sua irmã de fazer drama.
O efeito desta simples frase no resto da família foi inacreditável.
Duda ofegou e caiu da cadeira com um baque que sacudiu a cozinha inteira; a Sra. Dursley soltou um gritinho e levou as mãos à boca; o Sr. Dursley levantou-se com um salto, as veias latejando nas têmporas.
– Ele quis apenas dizer "por favor". – reclamou Frank que não conseguia entender uma reação tão exagerada para uma simples palavra. Parecia demais até mesmo para os Dursley.
– Eu quis dizer "por favor"! – explicou Harry depressa. – Não quis dizer...
– QUE FOI QUE JÁ LHE DISSE – trovejou o tio, borrifando saliva pela mesa. – COM RELAÇÃO A DIZER ESSA PALAVRA COM "M" NA NOSSA CASA?
– A palavra com M? – zombou James – Qualquer um pensaria que Harry tinha acabado de falar o nome de Voldemort.
– Mas eu...
– COMO SE ATREVE A AMEAÇAR DUDA! – berrou tio Válter, dando um soco na mesa.
– Ele não ameaçou seu precioso porco de peruca. – reclamou Alice – apenas tentou ensinar um pouco de educação, algo que vocês parecem ter esquecido!
James e Sirius já escreviam furiosamente nos pergaminhos. E Pontas parecia estar se esforçando para escrever por dois, já que Lily estava lendo e não poderia escrever.
– Eu só...
– EU O AVISEI! NÃO VOU TOLERAR A MENÇÃO DA SUA ANORMALIDADE DEBAIXO DO MEU TETO!
– Meu filho não é anormal. – Lily disse com uma voz calma e mortal. Com um simples gesto ela apontou a varinha para o pergaminho que James escrevia e um texto apareceu escrito, fazendo o moreno levantar as sobrancelhas enquanto lia. Ele esfregou circulos nas costas da ruiva numa tentativa de acalma-la percebendo que essa frase tinha deixado Lily realmente chateada.
Severus inaugurou seu próprio pergaminho. Ele sabia o quão forte isso bateria em Lily, tendo sido chamada de anormal pela irmã varias vezes. E agora era obrigada a ler seu filho passar pela mesma coisa.
Harry olhava do rosto purpúreo do tio para o rosto pálido da tia, que tentava pôr Duda de pé.
– Está bem – disse Harry –, está bem...
– Não está nada bem. – resmungou Sirius enquanto escrevia ainda mais furiosamente.
O tio Válter se sentou, respirando como um rinoceronte sem fôlego e observando Harry com atenção pelos cantos dos olhinhos penetrantes.
– Acho que os rinocerontes são menores. – Alice alfinetou.
Desde que Harry voltara para passar as férias de verão em casa, tio Válter o tratava como uma bomba que fosse explodir a qualquer momento, porque Harry Potter não era um menino normal. Aliás ele era tão anormal quanto era possível ser.
Lily mordeu os lábios. Ela odiava sua irmã nesse momento, por fazer seu filho pensar assim.
Harry Potter era um bruxo – um bruxo que acabara de terminar o primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. E se os Dursley se sentiam infelizes de tê-lo ali nas férias, isso não era nada comparado ao que Harry sentia.
James suspirou. Eles teriam que ler como Harry era infeliz com os tios a cada começo de livro?
Sentia tanta falta de Hogwarts que era como se tivesse uma dor de barriga permanente.
Sirius assentiu compreendendo completamente a sensação. Ele também se sentira assim até ir morar com Pontas nessas férias.
Severus teve a sensação incomoda que sempre acontecia quando ele se identificava com Harry.
Sentia falta do castelo, com seus fantasmas e suas passagens secretas, das aulas (exceto talvez a de Snape, o professor de Poções),
Lily mudou ligeiramente o tom de voz ao ler isso e Severus entendeu que ela estava mais uma vez apontando as falhas do Snape futuro com a esperança de corrigi-las.
do correio trazido pelas corujas, dos banquetes no Salão Principal, de dormir em uma cama de baldaquino no dormitório da torre, das visitas ao guarda-caças, Hagrid, em sua cabana na orla da Floresta Proibida nos terrenos da escola, e, principalmente, do Quadribol, o esporte mais popular no mundo dos bruxos (seis postes altos pata delimitar o gol, quatro bolas voadoras e catorze jogadores montados em vassouras).
James não pode deixar de sorrir, Quadribol era a segunda coisa que ele mais sentia falta nas férias, a primeira era a ruiva sentada ao seu lado.
Sirius sorriu para o amigo, pensando na semelhança entre pai e filho.
Todos os livros de feitiços, a varinha, as vestes, o caldeirão e a vassoura Nimbus 2000, último tipo, pertencentes a Harry tinham sido trancados no armário debaixo da escada pelo tio Válter no instante em que o sobrinho pisara em casa.
Lily lutou para deixar a menor quantidade de raiva possível escapar no seu tom de voz. Não parecia lógico odiar sua irmã e seu marido por algo que teoricamente ainda não tinha acontecido, mas ela não conseguia evitar.
Que importava aos Dursley se Harry perdesse o lugar no time de Quadribol da Casa porque não praticara o verão inteiro?
– Você é um natural filho, não vai perder o lugar no time por não praticar uns meses. – James tentou se consolar nesse pensamento, mas na verdade se sentia triste por seu filho ser impedido de fazer uma das coisas que mais gostava.
O que significava para os Dursley que Harry voltasse para a escola sem os deveres de casa feitos?
Lily sentiu um pequeno sorriso se formar ao perceber que Harry se preocupava com os deveres, mas o sorriso morreu ao lembrar que a irmã não o deixaria faze-los.
Os Dursley eram o que bruxos chamavam de trouxas (sem um pingo de sangue mágico nas veias) e na opinião deles ter um bruxo na família era uma questão da mais profunda vergonha.
Remus começara a escrever no seu pergaminho agora.
Tio Válter havia até passado o cadeado na gaiola da coruja de Harry Edwiges, para impedi-la de levar mensagens para alguém no mundo dos bruxos.
– Alguém está ficando paranoico. – zombou Severus.
Harry não se parecia nada com o resto da família.
– Graças a Merlin por isso. – disse James.
Tio Válter era corpulento e sem pescoço, com uma enorme bigodeira preta;
– Eu realmente fico impressionada com o bom gosto da sua irmã. – zombou Alice.
a tia Petúnia tinha uma cara de cavalo e era ossuda; Duda era louro, rosado e lembrava um porquinho.
– Harry faz as melhores descrições. – elogiou Sirius,
Já o Harry era pequeno e magricela, com olhos verdes vivos e cabelos muito pretos que estavam sempre despenteados.
– Troque a cor dos olhos e poderia estar descrevendo Pontas aos doze anos. – Remus implicou com o amigo, sabendo que James não gostava de ser lembrado que fora baixinho e magricela.
Usava óculos redondos e, na testa, tinha uma cicatriz fina em forma de raio.
James sentiu uma estranha apreensão a menção da cicatriz. Ele não tinha esquecido as dores misteriosas no livro anterior. E como tinha piorado durante o confronto com Quirrell.
Era esta cicatriz que tornava Harry tão diferente, mesmo para um bruxo. A cicatriz era o único vestígio do seu passado muito misterioso, da razão por que fora deixado no batente dos Dursley, onze anos antes.
Todos na sala se preparam para ouvir a historia de como Harry conseguira a cicatriz novamente.
Com a idade de um ano, Harry por alguma razão sobrevivera aos feitiços do maior bruxo das trevas de todos os tempos, Lord Voldemort, cujo nome a maioria dos bruxos e bruxas ainda tinha medo de pronunciar. Os pais de Harry morreram ao serem atacados por Voldemort,
Lily se esforçou para manter a voz neutra enquanto lia sobre sua morte e o ataque a Harry. Ela sentiu a mão de James em seu cabelo e soube que a lembrança também o incomodava. Os outros na sala pareciam completamente deprimidos ao serem lembrados disso novamente.
mas o garoto escapara com a cicatriz em forma de raio e por alguma razão – ninguém entendia muito bem – os poderes de Voldemort tinham sido destruídos na hora em que não conseguira matá-lo.
Frank se perguntou se o livro explicaria o que havia acontecido em algum momento, Mas preferiu não levantar essa questão em voz alta, já quer era um tema sensível para todos na sala.
Assim, Harry fora criado pela irmã e o cunhado de sua falecida mãe. Passara dez anos com os Dursley, sem nunca compreender por que fazia coisas estranhas acontecerem o tempo todo sem querer, acreditando na história dos Dursley de que sua cicatriz resultara do acidente de automóvel que matara seus pais.
Lily podia sentir a tensão de James e sabia que ela não estava num estado melhor. De certa forma era pior ler sobre a vida de Harry com sua irmã do que sobre sua própria morte. Ela sabia que morreria um dia, e tinha morrido para proteger seu filho. Mas nunca pensara que sua irmã criaria seu filho algum dia, ou que seria tão amargurada em relação a uma criança.
Então, há exatamente um ano, Hogwarts escrevera a Harry, e a história toda fora revelada. O garoto ocupara sua vaga na escola de bruxaria, onde ele e sua cicatriz eram famosos... mas agora o ano letivo terminara, e ele voltara à casa dos Dursley para passar o verão, voltara a ser tratado como um cachorro que andara se esfregando em alguma coisa fedorenta.
– Os cachorros não andam por ai se esfregando em coisas fedorentas. – defendeu Sirius e Remus teve que controlar a vontade de dar um tapa no amigo. Se ele continuasse a fazer esses comentários estranhos as pessoas poderiam desconfiar.
Lily estranhou esse comentário, mas Sirius nunca fora o que ela chamaria de normal então continuou lendo.
Os Dursley nem sequer se lembraram que hoje, por acaso, era o décimo segundo aniversário de Harry. Naturalmente ele não alimentava grandes esperanças; seus parentes jamais tinham lhe dado um presente de verdade, muito menos um bolo – mas esquecê-lo completamente...
James se sentiu completamente deprimido. Seu filho nunca teria um bom aniversario, como qualquer outra criança? Lily encostou a cabeça de leve no ombro do moreno, buscando algum conforto para que pudesse continuar lendo.
Severus sentiu a estranha sensação novamente, ele sabia como era ter seu aniversario ignorado pela família.
Sirius estava tendo os mesmos pensamentos, mas desde que conhecera os marotos, tinha os melhores aniversários que poderia imaginar. Os amigos de Harry com certeza não deixariam essa data passar em branco.
Naquele momento, o tio Válter pigarreou cheio de pose e disse:
– Hoje, como todos sabemos, é um dia muito importante.
– Apenas eu tenho o pressentimento que não tem nada a ver com o aniversario de Harry. – perguntou Alice e todos concordaram sabendo que Dursley era incapaz de ser amável com o menino.
Harry ergueu os olhos, mal se atrevendo a acreditar.
Lily sentiu seu coração doer por Harry, ele ainda tinha a esperança que seus tios pudessem ser amáveis.
– Hoje talvez venha a ser o dia em que vou fechar o maior negócio de minha carreira.
– Imbecil. – murmurou Sirius.
Harry tornou a se concentrar em sua torrada. Naturalmente, pensou com amargura, tio Válter estava falando daquele jantar idiota. Não falava de outra coisa havia duas semanas.
– Apenas um homem que não tem imaginação e vive uma vida completamente chata poderia falar de um jantar durante duas semanas. – comentou Remus.
Um construtor rico e sua mulher vinham jantar e tio Válter tinha esperanças de receber um grande pedido (a companhia de tio Válter fabricava brocas).
– Acho que devemos repassar o programa mais uma vez – disse ele. – Precisamos todos estar em posição às oito horas. Petúnia, você vai estar...?
– Ele precisa programar um jantar? – perguntou James chocado. Os velhos amigos de seus pais, alguns importantes funcionários do Ministério da Magia apareciam para jantar com frequência e ninguém nunca programou nada. – Qual a dificuldade de se sentar a mesa e conversar casualmente enquanto comem?
Lily pensou por um segundo em explicar para James que tudo que importava para sua irmã eram as aparências. Mas sabendo que James cresceu cercado por tudo que o dinheiro podia comprar e provavelmente jantares eram coisas absolutamente normais não achou que ele fosse entender.
– Minha irmã é uma idiota. – respondeu a ruiva como se isso resumisse tudo.
– Na sala de visitas – disse tia Petúnia sem pestanejar – esperando para dar as boas vindas como manda a etiqueta.
– Petúnia deveria contar isso a minha mãe, Ela jamais esperou para dar boas vindas a quem quer que fosse. – comentou Sirius ironicamente.
James teve que se esforçar para controlar o riso ao imaginar alguém tentado dar lições de etiqueta a Walburga Black.
– Ótimo, ótimo. E o Duda?
– Vou esperar para abrir a porta. – Duda deu um sorriso desagradável e hipócrita.
"Posso guardar os seus casacos, Sr. e Sra. Mason?"
– Pelo tamanho dessa criança, eu me preocuparia com ele comendo os casacos. – James comentou fingindo seriedade.
– Eles vão adorá-lo! – exclamou tia Petúnia arrebatada.
– Eu acho impossível alguém adorá-lo – contradisse Remus.
– Excelente, Duda – disse tio Válter. Em seguida dirigiu-se zangado a Harry. – E você?
– Vou ficar no meu quarto, sem fazer barulho, fingindo que não estou em casa – disse Harry monotonamente.
Lily conseguiu terminar de ler a frase antes de explodir. – Quem infernos você acha que é para mandar meu filho fingir que não está em casa! – a ruiva não podia acreditar no tratamento que seu filho estava tendo, e sua irmã era conivente com isso.
– Nós podemos mudar isso, foi um dos motivos pelo qual recebemos os livros. – James comentou baixinho como se tivesse medo de atrair a fúria de Lily para ele.
A ruiva abriu a boca para retrucar que era o filho dele que estava recebendo esse tratamento quando reparou que os punhos de James estavam tão apertados que as veias se destacavam na pele. "Ele também está incomodado." – Lily pensou – "Só está se controlando porque não há muito que possamos fazer nesse momento.". Apontando novamente para o pergaminho ela escreveu todas as maldições que lhe vieram a mente para usar em Dursley quando encontrasse com ele.
Severus não pode evitar se sentir mal pelo garoto, mesmo contra sua vontade. Afinal era um filho do Potter. Mas ele próprio tinha fingido ser invisível mais vezes do que poderia lembrar.
Sirius estava quase tremendo de raiva, sua adorável mão tinha tentado isso algumas vezes. O que fazia Sirius se comportar da forma mais visível o possível nesses momentos. Ele pagaria depois pela desobediência, é claro. Mas valia a pena apenas pelo prazer de irritar sua mãe.
– Exatamente – disse tio Válter, sarcástico. – Eu levo o casal para a sala de visitas, apresento você, Petúnia, e sirvo os drinques. Às oito e quinze...
– Eu anuncio o jantar – disse tia Petúnia.
– Eu me pergunto o que aconteceria se uma das visitas tivesse uma dor de barriga às oito e catorze. – perguntou Sirius em tom de zombaria – Eles têm algum plano B no caso de atraso?
– E Duda, você vai dizer...
– Posso acompanhá-la à sala de jantar, Sra. Mason? – disse Duda oferecendo o braço gordo a uma mulher invisível.
– Meu perfeito cavalheirinho! – fungou tia Petúnia.
Alice revirou os olhos para o comportamento de Petúnia.
– E você? – perguntou tio Válter malevolamente a Harry.
– Vou estar no meu quarto, sem fazer nenhum barulho, fingindo que não estou em casa – respondeu Harry sem emoção.
Lily sentiu a mão de James nas suas costas e sabia que o moreno estava tentando acalma-la e se acalmar.
Severus fez outra anotação no seu pergaminho.
– Precisamente. Agora vamos procurar fazer uns elogios realmente bons ao jantar. Petúnia, alguma sugestão?
– Válter me contou que o senhor é um excelente jogador de golfe, Sr. Mason... Onde foi que a senhora comprou o seu vestido, me conte, por favor Sra.
Mason...
– Que original. – murmurou Frank.
– Perfeito... Duda?
– Que tal... Tivemos que fazer uma redação na escola sobre o nosso herói, Sr. Mason, e eu escrevi sobre o senhor.
James mordeu os lábios, mas não conseguiu prender o riso, Sirius nem sequer tentou estava segurando a barriga de tanto rir. Os olhos de Remus brilhavam e ele estava sorrindo. Alice enxugava falsas lagrimas de orgulho com um lenço imaginário. Frank olhava incrédulo para o livro como se não acreditasse no que ouviu. Severus não conseguia acreditar que esse garoto era sobrinho de Lily. A ruiva apenas balançava a cabeça, sabendo que sua irmã provavelmente acharia maravilhoso esse comportamento.
Essa foi demais tanto para Petúnia quanto para Harry. Tia Petúnia debulhou-se em lágrimas e abraçou o filho, e Harry mergulhou embaixo da mesa para que não o vissem rindo.
– E você, seu moleque?
– Meu filho tem nome. – disse James com raiva, de forma tão baixa que apenas Lily poderia escutar.
Harry fez força para manter a cara séria enquanto se endireitava.
– Vou estar no meu quarto, sem fazer nenhum barulho, fingindo que não estou em casa.
Lily pensou quantas vezes ela conseguiria ler isso antes de fazer algo drástico com o livro.
Severus escreveu no seu pergaminho pela terceira vez.
– E pode ter certeza que vai – disse tio Válter com vigor. – Os Mason não sabem que você existe e vão continuar sem saber.
– Ele esconde que tem um sobrinho? – comentou Frank horrorizado. Harry definitivamente teria ficado melhor em outra casa.
Quando terminar o jantar, você leva a Sra. Mason de volta à sala de visitas para o cafezinho, Petúnia, e eu vou puxar o assunto das brocas. Com alguma sorte, o contrato vai estar assinado e selado antes do noticiário das dez. Amanhã a estas horas vamos estar procurando uma casa de férias em Majorca para comprar.
Harry não conseguiu se animar muito com a idéia. Não achava que os Dursley fossem gostar mais dele em Majorca do que gostavam na Rua dos Alfeneiros.
Lily deu um suspiro triste, parecia impossível sua irmã gostar do seu filho onde quer que fosse.
– Tudo certo, estou indo à cidade apanhar os smokings para mim e Duda.
– Apenas imagine o tamanho dos smokings – comentou Sirius.
E você – rosnou ele para Harry –, trate de ficar fora do caminho de sua tia enquanto ela está limpando a casa.
Harry saiu pela porta dos fundos. Fazia um dia claro e ensolarado. Ele atravessou o jardim, se largou em cima de um banco e cantou baixinho:
– Parabéns para mim... parabéns para mim...
Lily teve que respirar fundo antes de continuar lendo, era apenas errado uma criança passar por isso. Ela percebeu que James cantava parabéns baixinho, como se de alguma forma pudesse chegar até Harry. "Nós vamos mudar o futuro de Harry para algo mais feliz". Pensou a ruiva antes de continuar.
Nada de cartões, nada de presentes e ia passar a noite fingindo que não existia.
Ninguém soube o que dizer, todos na sala se sentiam deprimidos e esse era apenas o primeiro capitulo.
Ele contemplou infeliz, a sebe do jardim. Nunca se sentira tão solitário. Mais do que qualquer outra coisa em Hogwarts, mais até que do jogo de Quadribol, Harry sentia falta dos seus melhores amigos, Rony Weasley e Hermione Granger. Mas parecia que os amigos não estavam sentindo falta dele. Nenhum dos dois lhe escrevera o verão inteiro, embora Rony tivesse dito que o convidaria para passar uns dias em sua casa.
James estreitou os olhos para isso.
– Talvez a casa tenha algum feitiço de proteção que impeça corujas de chegarem, é certo que tinha algo assim no passado. – comentou Frank.
James assentiu com a cabeça distraidamente, mas Lily sabia que essa parte era mais difícil para James. Ele valorizada muito a amizade e saber que seu filho se sentia sozinho o machucava mais que a ela.
Inúmeras vezes, Harry estivera a ponto de usar a magia para destrancar a gaiola de Edwiges e mandá-la a Rony e Mione com uma carta,
– Não é uma boa decisão. – disse Remus – Vai te colocar em problemas com o Ministério da Magia.
mas não valia o risco. Bruxos menores de idade não podiam usar a magia fora da escola. Harry não contara isso aos Dursley; sabia que era apenas o terror que sentiam de que ele os transformasse em besouros bosteiros que os impedira de trancá-lo no armário embaixo da escada com a varinha e a vassoura.
– Tuney sabe que Harry não pode usar magia fora da escola. – comentou a ruiva.
– Mas isso não impede que Harry quebre as regras e faça assim mesmo. – respondeu Alice.
Mas, nas primeiras semanas de sua volta, Harry se divertira em murmurar palavras sem sentido, baixinho e em observar Duda sair correndo da sala o mais depressa que suas pernas gordas podiam agüentá-lo.
– O sangue maroto dando mostras em Harry. – disse Sirius numa voz falsamente emocionada.
James e Remus sorriram felizes, ambos gostavam de uma boa brincadeira. Lily apenas agradeceu mentalmente que Harry tivesse mais bom senso que seu pai na hora de brincar com os outros.
Mas o longo silêncio de Rony e Mione fizera com que Harry se sentisse tão desligado do mundo da magia que até atormentar Duda tinha perdido a graça
James murchou novamente, ele queria que Harry pudesse ter férias normais, se divertindo como a maioria das crianças.
– e agora os dois amigos tinham se esquecido do seu aniversário.
– Tenho certeza que há uma explicação. – Remus tentou defender os amigos de Harry. Depois de tudo que eles passaram juntos no ultimo ano não parecia normal que não mandassem ao menos uma carta.
O que ele não daria agora para receber uma mensagem de Hogwarts? De algum bruxo ou bruxa? Conseguiria até se alegrar com a visão do seu arquiinimigo, Draco Malfoy, só para ter certeza de que tudo não passara de um sonho...
– Ele quer ver Draco? – perguntou Sirius surpreso. Harry estava realmente deprimido.
Não que o ano todo em Hogwarts tivesse sido uma brincadeira. No finzinho do último trimestre, Harry se vira frente a frente com Lord Voldemort em pessoa.
James passou o braço pelo ombro de Lily, os dois se estremecendo com a lembrança.
O bruxo poderia ser astuto, ainda estava decidido a retomar o poder. Harry escorregara por entre as garras de Voldemort uma segunda vez, mas fora por um triz,
– Ele realmente tem que nos lembrar dessas coisas? – perguntou Sirius vendo o clima de medo cair novamente na sala.
e mesmo agora, semanas depois, Harry continuava a acordar à noite, encharcado de suor frio, imaginando onde estaria Voldemort neste momento, lembrando-se do seu rosto lívido, dos seus olhos arregalados e delirantes...
James abraçou mais a ruiva, querendo mais que tudo estar lá para falar para Harry que ficaria tudo bem. Poder tranquiliza-lo quando acordasse desses pesadelos. "Mas você esta com Harry de uma forma ou de outra" ele tentou se consolar com esse pensamento.
Harry endireitou-se de repente no banco do jardim. Estivera olhando distraidamente para a sebe – e a sebe estava olhando para ele. Dois enormes olhos verdes tinham aparecido entre as folhas.
– A sebe estava olhando para ele? – perguntou Alice sem entender.
– Provavelmente era algo verde, que se confundiu com a sebe. – argumentou Frank.
– Talvez um elfo-domestico? – chutou Remus.
– Mas o que um estaria fazendo atrás de Harry? – perguntou Sirius e ninguém soube uma resposta.
O garoto levantou-se de um salto no mesmo instante em que uma voz debochada atravessou o gramado.
– Eu sei que dia é hoje – cantarolou Duda, andando feito um pato em sua direção.
– Eu realmente espero que ele não esteja indo perturbar meu filho. – disse Lily com seu tom de voz mais ameaçador.
Os olhos enormes piscaram e desapareceram.
– desapareceram... realmente parece um elfo-domestico. – afirmou Remus.
– Quê? – disse Harry sem despregar os olhos do lugar onde os tinha visto.
– Eu sei que dia é hoje – repetiu Duda, aproximando-se.
James colocou a ponta na pena no pergaminho, já imaginando formas de descarregar sua raiva.
– Muito bem – disse Harry. – Até que enfim você aprendeu os dias da semana.
– E a língua afiada de Lily ataca novamente. – sorriu Alice para a amiga, sabendo que Lily daria uma resposta dessas.
Severus cruzou os braços sem conseguir entender como uma criança poderia parecer a Lily e a Potter que eram tão diferentes. E ele ainda se sentia incomodado por Harry ser filho de Potter e Lily.
– Hoje é o seu aniversário – caçoou Duda. – Como é que você não recebeu nenhum cartão? Será que você não tem amigos nem naquele lugar esquisito?
Remus teve que por a mão no ombro de Sirius para impedir que ele levantasse e rasgasse o livro. James estava escrevendo no pergaminho furiosamente e Lily podia sentir a raiva que irradiava do rapaz. A ruiva também estava furiosa, mas apertou a mão de James como se falasse que ambos precisavam se acalmar. E sentiu uma parte da tensão sair do rapaz, embora ele escrevesse furiosamente agora.
Alice e Frank não conseguiam entender como a irmã de Lily poderia criar o filho assim, e como Harry tinha conseguido se sair bem mesmo vivendo com eles.
Severus estava com ruiva de Duda porque sabia que Lily ficara chateada com o comentário.
– E melhor não deixar sua mãe ouvir você falando da minha escola – disse Harry com toda a calma.
– Calma? Me pergunto de quem ele terá herdado isso. – brincou Remus tentando descontrair o ambiente.
– Ele provavelmente pensou em uma forma de se vingar. – respondeu James sorrindo maliciosamente.
Duda puxou para cima as calças que estavam escorregando pelo seu traseiro gordo.
– Graças a Merlin, já que ninguém gostaria de uma descrição sobre a bunda gorda de Duda. – disse Sirius com falso pânico na voz.
– Por que é que você estava olhando para a sebe? – perguntou, desconfiado.
– Porque é melhor que olhar para sua cara feia. – falou Alice.
– Estou tentando decidir qual seria o melhor feitiço para tocar fogo nela – respondeu Harry.
Duda recuou aos tropeços na mesma hora, com uma expressão de pânico no rosto.
Sirius, James e Alice estavam gargalhando.
– Esse é o meu garoto. – aprovou James entre risos.
Lily sequer pode reclamar, já que ela havia gostado que seu filho não abaixasse a cabeça para Duda.
– Você não p-pode, papai disse que você não pode fazer mágicas, disse que expulsa você de casa, e você não tem para onde ir, você não tem nenhum amigo que possa ficar com você...
– Jígueri pôqueri – disse Harry com ferocidade. – Hócus pócus... esquíigli wígli...
– O que ele está tentado fazer? – perguntou Frank vendo Sirius uivar de tanto rir.
– Os trouxas acham que isso são palavras mágicas, Harry esta apenas dando um susto no primo. – respondeu Remus que também tinha um sorriso no rosto.
– MÃÃÃÃÃÃE! – berrou Duda, tropeçando nos próprios pés enquanto disparava para dentro de casa. – MÃÃÃÃE! Ele está fazendo aquilo que você sabe!
– Corra para mamãe, Dudoquinha. – zombou Alice.
Harry pagou muito caro por aquele momento de prazer.
Essa frase matou a risada de todos instantaneamente.
Como nem Duda nem a cerca tinham sido molestados, tia Petúnia viu que ele não tinha feito mágica alguma,
– Você sabe que ele não poderia. – resmungou Severus sem entender como uma idiota dessas podia ser irmã de Lily.
mas ainda assim ele precisou se encolher quando a tia tentou acertar sua cabeça com uma pesada frigideira cheia de sabão.
A raiva era nítida na voz de Lily. James passou os dedos em seus cabelos para acalma-la, mas sua própria mão estava tremendo de raiva. Como alguém poderia fazer isso com o próprio sobrinho.
Em seguida ela lhe deu trabalho para fazer, com a promessa de que ele não iria comer nada até terminar.
Sirius parecia um fanático escrevendo como louco e murmurando coisas incompreensíveis que soavam parecido com chuva de frigideiras Como ela poderia castigar uma criança com comida.
Enquanto Duda ficou por ali apreciando e se enchendo de sorvete, Harry lavou as janelas, lavou o carro, aparou o gramado, limpou os canteiros, podou e regou as roseiras e repintou o banco do jardim.
– Harry não é um elfo-domestico. – reclamou Remus vendo que seus amigos e Lily pareciam que iriam explodir de raiva se falassem mais alguma coisa.
O sol escaldava lá no alto, queimando sua nuca. Harry sabia que não devia ter mordido a isca de Duda, mas o primo dissera exatamente aquilo que ele andara pensando com os seus botões... talvez não tivesse amigos em Hogwarts...
– Tenho certeza que há uma explicação. – disse Alice. Se não tivesse essas crianças provavelmente estrariam no pergaminho de Sirius.
Gostaria que eles pudessem ver o famoso Harry Potter agora, pensou com selvageria enquanto espalhava estrume nos canteiros, com as costas doendo e o suor escorrendo pelo rosto.
Lily fez o possível para não rasgar o livro enquanto lia. Harry tinha apenas doze anos e sua irmã o trava como um empregado. Ela nunca pensou que a raiva de sua irmã chegasse a tanto. A ruiva sentia a fúria de James ao lado dela, mas sabia que a única coisa a fazer nesse momento era continuar lendo para saber como mudar o futuro de forma que Harry sequer chegasse a conhecer Tuney.
Eram sete e meia da noite quando finalmente, exausto, ele ouviu tia Petúnia chamá-lo.
– Venha já aqui! E ande em cima dos jornais!
James já não conseguia mais escrever vinganças. Todo seu esforço era em controlar a raiva para que não colocasse fogo no livro por acidente.
Harry transferiu-se com prazer para a sombra da cozinha reluzente. Em cima da geladeira estava o pudim do jantar: uma montanha de creme batido e violetas cristalizadas. Um lombo de porco assado chiava no forno.
A boca de Sirius encheu d'agua.
– Coma depressa! Os Mason não vão demorar a chegar! – disse com rispidez tia Petúnia, apontando para as duas fatias de pão e um pedaço de queijo em cima da mesa da cozinha. Ela já pusera o vestido de noite salmão.
Lily sabia que seus amigos iriam fazer um comentário sobre a injustiça disso, mas ela continuou lendo antes que alguém tivesse a oportunidade. Se ela parasse agora se sentiria muito tentada a sair da sala e procurar Tuney. Algo que ela sabia que não poderia fazer.
Harry lavou as mãos e engoliu seu jantar miserável. No instante em que terminou, a tia retirou seu prato.
– Já para cima! Depressa!
Lily continuou lendo sem pausas, apenas querendo acabar o capitulo logo.
Ao passar pela porta da sala de visitas, Harry vislumbrou o tio e Duda de gravata borboleta e smoking. Mal acabara de chegar ao patamar do primeiro andar quando a campainha tocou, e a cara furiosa do tio Válter apareceu ao pé da escada.
– Lembre-se, seu moleque, nem um pio...
Severus discretamente fez mais uma anotação em seu pergaminho.
Harry foi para o seu quarto na ponta dos pés, se esgueirou para dentro, fechou a porta e se virou para cair na cama.
O problema foi que já havia alguém sentado nela.
Lily rapidamente fechou o livro com força passando-o para Severus. Ela estava tendo dificuldades de controlar a raiva.
– Talvez quem esteja sentado na cama, vá ajudar Harry. – disse Alice tentando animar a amiga.
Lily apenas acenou com a cabeça, mas não parecia estar ouvindo.
James se inclinou para sussurrar algo no ouvido dela, que fez a ruiva tomar uma grande respiração e tentar se acalmar. Dando uma boa olhada em todos na sala que dizia, não façam comentários agora sobre como Harry foi tratado, ou vão se ver comigo. Ele começou novamente a traçar círculos nas costas da ruiva para acalma-la.
Para evitar olhar para as pessoas ao seu lado, Severus abriu o livro e procurou rapidamente o próximo capitulo. Franzido o cenho para o titulo estranho, leu em voz alta: Capítulo Dois: O Aviso de Dobby.
