"Grandes Impérios sempre somem."

O português estava ali deitado à cama. Doente... Imóvel... A única reação do mesmo eram as lagrimas que às vezes saiam de seus olhos.
Antonio cuidava dele sempre que podia. Era simplesmente horrível para o espanhol ver ser irmão estirado naquela cama.
- Manu... -falou baixo enquanto acariciava o rosto dele.
Era um tanto tranquilizador o ver dormindo. Era melhor do que ver suas agonias de dor.
O maior olhava o outro e suspirava, logo cuidava de tudo por ali, dava de comer ao outro, dava-lhe banho, trocava-o. Havia virado a baba do português... Era irônico e ao mesmo tempo humilhante. Afinal, quem diria que depois de tantos anos... O grande império português estaria jogado em uma cama a beira da morte.
Bom... Dizem que países não morrem, eles passam para outra face. Era nisso que o Carriedo acreditava... Era melhor.
E pensar que poderia ter amado muito mais o irmão... Pensava se ele ainda sentia raiva de si pelas coisas do passado.
Havia sido horrível com o outro, desde quando era pequeno. Mesmo assim, o Brangaça ainda dizia apaixonado pelo outro... Ele também ignorou isso.
- Eu não vou aguentar sabia? - disse o português em um tom baixo e tossindo logo em seguida.
- Como?
- Não irei aguentar você me olhando com essa cara de dó... - ele falou serio, apesar das dores tentava falar o mais nítido possível.
- Ei, não estou com cara de do.
-Esta sim... Fiz tudo sozinho até aqui. Não precisa ficar... Vá embora. -disse este virando o rosto.
- Manuel! Pare de birra,
hombre! - ele falou um tanto irritado.
- Não quero me ame agora. -disse ainda baixo, mas o outro lhe ouvia
- Do que esta falando? - indagou.
- Não quero que se diga que me ama agora... Não depois de tudo. - o tom que saiu de seus lábios foi triste.
Não demorou em o espanhol pegar a mão dele e segurar com força.
- Me perdoe. - disse este deixando as lagrimas descerem e logo as mãos do menor foram até seu rosto segando as lagrimas.
- Antonio, Eu ainda te amo... Só não queria que me visse assim. - acariciava o rosto do outro com fragilidade.
- É bom ouvir isso... - Sorriu, mas se sentia um egoísta. Manuel havia lhe dado de tudo! Tudo que se possa imaginar. Realmente apaixonado...
- Antonio- o português o chamou fazendo-o despertar dos pensamentos.
- Sim?
- Desculpe-me por não ter te amado ainda mais.
- Não diga bobagens...
- Adeus... - ele suspirou fechando os olhos, sentiu que breve iria "embora". Aquilo vez o espanhol chorar ainda mais, abraça-lo, não queria perde-lo.
- Perdoe-me você. E-eu que devia ter te amado mais. Eu devia ter cuidado melhor de você... - ali ele chorou e chorou... A ultima coisa que pode ouvir sair ainda mais baixo dos lábios do outro foi um ultimo eu te amo.
Sacudiu o português em desespero, vendo que este não reagia mais de maneira alguma, levantou-se desesperado a procura de um medico... Mas quando os dois chegaram ao quarto. O Corpo do português havia sumido.
- Em um lugar simplesmente distando.

- Bem vindo, netinho. - Soou aquela voz familiar.
- Vo-Vovô! - o português sorriu abraçando o tão estimado Império romano.
- Haha Manu - abraçava-o de maneira apertada.
- Onde estou? E cadê o Antonio? - questionou olhando para os lados.
- Você esta longe dele... Sinto muito. - suspirou.
Olhando em volta, havia pessoas ali, que o mesmo não via há anos. Outros que nem se quer conhecia.
- Que lugar é esse?
- Bom... Bem vindo. Você esta na Historia o lugar para onde todos os países, estados acabam depois de "sumir". - disse ele com um belo sorriso no rosto.
- Fim -.