Teen Wolf AU - A realeza em meu sangue não vale nada para mim. (É um tipo de AladdinAU, eu acho...)
Par: Derek Hale/Stiles Stilinski, Scott McCall/Allison Argent, (Erica/Boyd? Não sei ainda)
[Rated between K and T] (Pelo menos até o Capítulo Quatro ou Cinco.)
N/A: ...No final da página.
Capítulo Um.
Era verão, então seu pai estava super ocupado. Logo após o almoço que Stiles conseguiu escapar dizendo que não estava com fome, um de seus empregados veio a bater em sua porta com o pretexto de entregar-lhe um prato de frutas como substituto se sua refeição. Costume comum que o príncipe fez aos 12 anos quando seu pai começou a ter problemas nutricionais e ele demandou que um prato de frutas fosse entregue toda a noite após a janta. Mas quando o empregado abriu a porta de seu quarto, ele não viu ninguém. Stiles não estava lá.
O empregado suspirou. Sebastião não era seu nome, mas Stiles só o chamava assim, então acabou se acostumando. O príncipe mais novo não estava lá. Stiles havia fugido, denovo, pela janela do quarto.
E ele tinha muita sorte de que Sebastião gostava dele o suficiente para não contar á seu pai sobre suas constantes fugas, mas é obvio que ele chamava alguns de seus guardas para procurar e tomar conta do rapaz.
Stiles tinha 19 anos quando conseguiu fugir pela primeira vez.
Não, ele tinha 14, mas daquela vez deu muito errado e ele só conseguiu machucados e broncas de seu pai, com alguns meses de castigo.
E aos 19 anos de idade, Stiles estava lá, de pé, do meio do povo da Arábia, no meio da cidade de seu pai que contornava seu castelo. E aquilo era incrivelmente legal.
As barracas de vendas, as crianças brincando. Mulheres á janela. Pessoas gritando, barulho de animais e carroças. E ele não sabe o que fazer primeiro. Ele tem dinheiro, ele podia comprar algumas coisas, lembranças. Seu pai provavelmente o perguntaria onde arranjou, ou não, provavelmente não, já que faz alguns anos que ele nem entra no quarto do filho, muito menos questiona seus gostos. Quer dizer, questionar ele questiona, o tempo todo, mas apenas aquelas que infligem diretamente com o gosto do Rei, então até aquele momento, nada que prejudicasse.
Mas não agora, Stiles pensou que seria melhor comprar mais tarde, afinal, ele com certeza voltaria. Uma vez ali, ninguém mais o conseguiria segurar. Nem um acidente, mesmo que isso o impossibilite por mais 5 anos, algum dia, ele com certeza voltaria.
Um grito foi ouvido, masculino, mas quando Stiles notou, ele não conseguia mais identificar o que ele queria dizer. Talvez um comerciante estrangeiro, um vendedor itinerante, ou talvez o povo dali tinha um dialeto próprio. Ele não saberia responder.
Uma bola passou correndo á seu lado e ele serviu de obstáculo para um jogo de futebol, e aquilo era tão legal. Seus olhos brilharam imaginando uma cena daquelas conhecendo consigo. Um amigo das crianças dali, todas sujas mas ninguém ligando, apenas sorrindo e se divertindo.
Aquilo era mais do que legal. E ali, ele não era príncipe nem nada real, ele era um cidadão, e ninguém estava olhando para ele. Claro que ele tomou o devido cuidado de cobrir seu rosto com uma toca, um pano por cima da cabeça e outro cobrindo sua boca. Ele era quase irreconhecível, até seus guardas ali, á uma considerável não tão grande distancia, não o reconheciam.
Era claro que ele sabia de seus guardas. Ele não era burro. A propósito. Ao contrario disso. Talvez ele fosse o segundo filho mais inteligente de seu pai, e provavelmente o mais esperto. Ele nunca ganharia de sua irmã Lydia no xadrez,claro, mas ele conseguia engana-la no Poker. Um jogo de cartas conhecida bastante no ocidente, que seu irmão mais velho trouxe de uma de suas viagens.
E ele sabe que foi Sebastião que mandou os guardas o procurar, é sempre ele. Que bom que é sempre ele. Ele gosta do Sebastião mais do que de qualquer outro empregado do castelo. Até da cozinheira Maria, que esta em segundo lugar de sua lista. E só para constar, Peter estava no final da lista. Literalmente último. Ele preferia baratas como ajudante real, ao Peter.
Não tinha a menor ideia do porque o último braço direito de seu pai, um homem gentil chamado Chris Argent, foi expulso do cargo. Ele simplesmente não sabia, mas algo dizia que foi um motivo injusto, sem justa causa, e ele culpa tudo isso em Peter. Porque ele odeia Peter e todos os seus planos para dominar o mundo que Stiles sabe que ele tem.
Os guardas olharam em sua direção, mas Stiles agiu normalmente, porque só um idiota começaria a correr. É claro que isso deixaria óbvio quem você era. E ele não acreditava que havia pessoas que ainda faziam isso.
Como esse garoto a seu lado. O moreno de cabelos volumosos olhando as frutas na mesma barraca em que Stiles estava.
Laranjas, ele via um adolescente, provavelmente alguns anos mais novo, olhá-las. Devorá-las com os olhos. E de repende tudo aconteceu muito rápido.
Suas mãos agiram e ele curvou-se para juntar as frutas redondas em seus braços, apertou-as todas contra seu peito e correu.
Correu, literalmente correu, sem olhar para traz.
Isso não tinha nada a ver com Stiles. Nada. Mas o jeito que o dono da barraca gritou, olhando para Stiles assim que ele havia percebido que o adolescente ainda estava lá parado, estendendo um braço, uma mão aberta o literalmente obrigou Stiles á pagar pelo o que aconteceu.
O que?! Sua indignação estava óbvia. Ele tinha dinheiro, claro que ele tinha, Stiles é rico. Ele poderia comprar aquela barraca só com o saco de moedas de ouro que ele tinha no bolso. Mas ele não fez isso. Ele estava lá para se infiltrar, e não era como se qualquer um dali tivesse esse dinheiro todo.
Stiles chacoalhou a cabeça, olhou para a direção do menino que ainda estava correndo, mas rapidamente virou em um prédio e desapareceu. Os guardas reais estavam correndo atrás dele, desaparecendo junto após alguns segundos. O príncipe mais novo suspirou e tirou 1 moeda de ouro de bolso, entregou-lhe dizendo que poderia receber o troco em laranjas.
Stiles começou a pensar naquele menino. Ele não estava sujo, mas suas roupas sim, claramente usadas, a barra de sua calça rasgada e uma mancha mais clara na região dos joelhos que deixava claro que a quantidade de vezes que elas rasparam no chão era longe de serem poucas.
Stiles queria poder encontrar ele de novo. Eles não eram tão diferentes em idade, mas de mundos tão diferentes, que fez o filho do rei se sentir desafiado pela mãe natureza a aprender.
Ele queria aprender, sem ensinado, sentir na pele a experiência de vida dali. Ele não gostava de ter tudo que queria na mão, ele não gostava de ter que pedir para que Lydia o fizesse desafios psicológicos para ele ter o que fazer. Ele queria se aventurar. Aprender as coisas na marra. Ele queria errar! Errar muito, para no final conseguir e sorrir para si mesmo em satisfação.
Mas não era como se sonhos pudessem se realizar sem você perseguir eles, e obrigar eles a acontecer.
Por isso que horas depois do acidente, e mesmo pensando na possibilidade de que aquele menino talvez fosse uma má, péssima, influencia e tudo acabe dando errado, Stiles estava lá, correndo e ainda procurando o menino fugitivo.
O ladrão de laranjas.
Estava escurecendo. As luzes das ruas estavam ligadas, e o sol se pondo cada vez mais. Stiles precisava voltar antes que seu pai chegasse em casa. Isso o dava por volta de 40 minutos para voltar ao castelo.
Mas ele ainda estava com aquela rede de laranjas em sua mão. Pelo jeito as laranjas aqui eram muito baratas porque só o troco da moeda poderia alimentar uma família media durante um dia inteiro. Era muita laranja, e Stiles só conseguiu comer duas porque havia pulado o almoço e estava começando a ficar fraco de energia.
O príncipe decidiu voltar para o castelo, o resto das maçãs ele daria para Maria fazer um bolo. Ou ele mesmo poderia fazer um bolo. Maria disse que adorava cozinhar, e Stiles imaginava como seria essa sensação, ela era realmente boa. Claro, os outros empregados eram obrigados a limpar toda a bagunça que ele fazia na cozinha, mas seus pratos não eram tão ruins. Maria o ensinou muitas coisas, e ele aprendera, porque ele adora aprender.
No caminho de volta ao castelo, Stiles notou dois outros pré-adolescentes desconhecidos encostados no muro do castelo. Sua passagem secreta era exatamente á 3 metros dali e não teria como ele voltar sem eles notarem.
Ó desgraça.
Ele apoiou-se em um prédio, talvez ele devesse esperar, mas não podia.
As duas crianças apoiadas estavam impacientes, um deles batia o pé no chão enquanto o outro apenas ficava parado. Ambos de braços cruzados.
Um era uma menina, ele podia notar pelo cabelo longo e loiro. O outro era escuro, por isso não apareceu muito na sombra. Ele poderia até se camuflar em uma. Legal.
Stiles ouviu passos correndo e uma pessoa parando na frente deles. Era o ladrão de laranjas. Que coincidência, Stiles sorriu. Mas ele não tinha certeza se deveria incomodar o que parecia estar sendo uma briga.
"-2 horas, Scott!" o príncipe ouviu a loira gritar. "Você é péssimo nisso."
"Foram os guardas!" o moreno de cabelos volumosos respondeu. "Demorei para fugir deles, ok?!" gritou.
"E cadê elas?" perguntou o de pele morena, que a gravidade da voz parecia deixá-lo mais velho.
O ladrão de laranjas que tinha nome de cachorro - Stiles não resistiu a notar isso. - abaixou a cabeça e sussurrou alguma coisa que Stiles não conseguia ouvir, mesmo com o eco.
"QUE?!" gritou a loira, auto, assustando o príncipe adolescente que se apertou mais contra sua rede de laranjas e tentou virar uma bola invisível. Ela dava medo.
"Desculpa!" Scott choramingou claramente triste e decepcionado consigo mesmo.
"E agora vamos ficar sem comer nada?" A loira perguntou entre dentes.
"Isaac está mal." o de pele morena disse, Stiles sentiu de algum modo que ele estava franzindo de irritação.
"Eu sei-Eu... Eu sei." Scott apertou suas mãos contra seu cabelo, e puxou, com força, suspirando e gritando consigo mesmo. "Porque isso teve que acontecer hoje?" ele se amaldiçoava.
Os três ficaram em silêncio.
Até Stiles ficou em silêncio, e isso era raro. Então veio com o vento. Um vento forte, fazendo Stiles fechar os olhos com força. Uma ideia, uma ideia simples e que ajudaria a todos.
Ele se levantou, e andou em direção aos três rapazes. O de cabelos castanhos volumosos logo o reconheceu, arregalou os olhos e sussurrou um palavreado indecente, antes de sair correndo. Deixando Stiles e os outros dois parados com expressões faciais confusas e amedrontadas. Será que eles deveriam correr também? Stiles tinha quase certeza que era isso que se passava na cabeça dos adolescentes mais jovens.
Antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, o príncipe interveio, claro que ele iria, porque ele tinha um poder incrível quando se tratava disso.
Seus braços se estenderam, ambas mãos segurando a rede de laranjas contida a horas.
"Não pude deixar de ouvir." Stiles sorriu, dando de ombros. Ambas crianças olharam para ele em descrença. Não sabendo o que fazer.
Bem, Stiles era um estranho oferecendo coisas comestíveis, não era como se ele esperava que isso fosse normal. Mas ele queria aquilo, queria que aqueles dois jovens pegassem a rede e desfrutassem dela. Eles com certeza aproveitariam muito mais. E pelo o que ele ouviu, o quantidade de pessoas que dependiam daquele furto não era limitado a três.
E não era como se Stiles não pudesse comprar mais. Na verdade, ele até sentia vontade de comprar mais. Era uma coisa dentro dele, alguma coisa que fez seu estomago ferver com a ideia. Com a ideia de ajudar e de dar.
O moreno estendeu o braço e enfiou seus dedos pelos buracos da rede e apertou-os, segurando-a.
Stiles a soltou.
"Façam bom proveito." O príncipe sorriu. E essa talvez tenha sido a palavra certa, porque ambos abriram seus olhos de admiração, felicidade, descrença. E o sorriso talvez tenha ajudado.
Ele ouvira uma vez seus empregados comentando sobre isso. Lembrava de um deles relacionar seu sorriso com o de sua falecida mãe. Um sorriso grande, verdadeiro. Não importava se sua boca ficava torta quando fazia isso, ou que não aparecia todos os seus dentes. Era um sorriso nascido e crescido em sinceridade. E Stiles não sabia como sorrir de outro jeito.
O moreno acenou com a cabeça, e com uma mão no ombro da loira, chamou sua atenção e ambos começaram a caminhar em direção á cidade.
Talvez um obrigado não teria matado, mas ele só suspirou e olhou para o muro de pedras. Sua sensação de felicidade ainda brincando em seus órgãos internos.
Era tão boa.
Ele pensava consigo mesmo que em pouco tempo, ele faria tudo aquilo de novo apenas para que aquela sensação voltasse. E faria mais e mais vezes, cada vez melhor, só para que ela ficasse, ali, para sempre.
E esse foi o teste...
Eu já escrevi mais alguns capítulos porque eu realmente gostei da ideia, mas se ninguem gostar eu posso começar de uma maneira diferente e tentar fazer a história ainda mais interessante.
Então... obrigada pela atenção. :D
