Você pode imaginar com é ter um irmão gêmio e não saber nem quem ele é? E depois de descobrir isso, porque a sua mãe te contou, a sua mãe foge e deixa você morando com a empregada? Pois é. Vivo assim.
Meu nome é Rachel Days, tenho 15 anos. Quando eu tinha Quatro anos minha mãe me disse que eu tinha um irmão gêmio que estava desaparecido. Ela fugiu depois disso, e hoje eu não faço a menor idéia de onde ela está. Ela me deixou na minha casa só com a minha empregada, a Grace, e foi embora. Grace me levou para a casa dos meus tios mais ricos. Não pense que só porque eles são ricos eu levo uma vida boa, não. Eu não acho que minha vida seja tão ruim assim, mas de qualquer forma muita gente acha. Meus tios moram em uma mansão gigantesca, mas eles não deixam eu tocar em verdade, acho que a última vez que entrei lá foi no ano passado. Enfim, meus tios construíram uma casinha para mim. Eu moro lá sozinha, como o meu cachorro. Eu não acho que seja ruim. É melhor do que ter que morar com os meus tios chatos, e meus primos chatos, Jackson e Jennifer, gêmeos também.
E até hoje eu vivo assim. Só que de um tempo para cá eu venho tendo uns sonhos muito malucos. Eu já sonhei com quase todos os deuses gregos. Eu acho que eu ando prestando muita atenção na aula de mitologia grega do professor Carlos.
Hoje o meu sonho foi mais estranhos que todos os outros. Eu estava correndo dentro de uma biblioteca. A biblioteca da escola. E ao invés da bibliotecária chata estar reclamando ela estava abaixada atrás da mesa gritando.
Quando olhei pra trás procurando alguém uma voz chamou: Não adianta correr criança. Você nunca vai fugir de mim. E antes que eu pudesse fazer alguma coisa um menino muito estranho que eu nunca tinha visto antes apareceu na minha frente com uma... Aquilo seria uma faca ou o que?
O menino gritou: corra. Mas eu não sabia pra onde correr então saí da biblioteca e quanto cheguei lá fora eu vi. Meu irmão gêmeo. Idêntico a mim. Eu não sei como mas eu sabia que era ela. Eu tinha certeza. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa uma voz conhecida me acordou:
-Acorde! – Dizia Jennifer enquanto batia na porta. – Você está atrasada.
-Já vou! – Consegui dizer enquanto esfregava meus olhos. Levantei abri a cortina e só assim percebi que estava muito claro pra ser sete horas da manhã. Olhei para o relógio e vi que já eram sete e quarenta e cinco e faltavam 15 minutos para a minha aula começar.
Comecei a me arrumar de presa. Botei a primeira blusa que eu vi e uma calça jeans. Peguei minha mochila, que eu esperava que já estivesse arrumada, e saí correndo.
Antes de fechar a porta, Ted, meu cachorro apareceu na minha frente com o meu casaco na boca.
-Ah, obrigada Ted. Já ia me esquecer do meu casaco.
Virei-me e saí correndo. Cumprimentei meu único amigo humano na casa, o jardineiro Geraldo. Subi na bicicleta e saí correndo. 10 minutos.
