A garota estava com os pés amarrados no chao esperando seu cliente. Ela deveria ter uns 6 anos. estava com sede e com fome e já estava a quatro horas trancada nua naquele quarto escuro. Lembrou-se de sua mãe e de como ela sempre caia de joelhos e chorava quando aquele homem a arrastava de novo para aquele lugar. sua mãe tinha medo dele e sentia que nao havia nada a ser feito. Ele sempre fazia ameaças. dizia que se elas nao o obedecessem ele matava a mae e a filha e que se elas tentassem escapar ele as achariam e elas teriam uma morte lenta e dolorosa. Ela sabia que as ameaças eram verdadeiras. Ele tinha meios para acha-las onde quer que elas se enfiassem odiava aquele psicopata com todas as forças.

ele chegou e sussurou em seu ouvido com um sorriso sadico:

viu filhinha, é isso que acontecem com crianças desobedientes, se voce me ajudasse com os negocios e fizesse tudo como te pedi isso nao estaria acontecendo, veja sua irmã, a vida dela é muito melhor nao é? ainda podemos mudar isso,

diga que quer fazer parte dos négocios da família e que será uma garotinha obediente e voce nao terá que passar por isso mais.

a garotinha lançou um olhar de odio com seus olhos escuros, iguais aos daquele psicopata e disse só uma palavra:

-NUNCA SEU FILHO DA PUTA!

ela preferia isso do que ter que fazer mal a pessoas inocentes. ela jamais conseguiria conviver consigo mesma se dissesse sim aquela proposta. a garotinha havia feito sua escolha e sabia que haveria consequencias mas jamais iria voltar atrás. ela tinha carater demais para isso.

- se vc quer ser uma menininha teimosa entao sofra as consequencias - ele disse com aquele mesmo sorriso sadico que ela odiava tanto

entao ele abriu a porta para o cliente, era um homem de uns 30 e poucos anos, com o cabelo arrumado e um terno alinhado. parecia um politico ou um advogado. quem o olhasse jamais seria capaz de imaginar que ele nao passava de um pedofilo pervertido fudido que deveria morrer assim como todos os homems iguais a ele.

ele pôs suas maos imundas nela e disse com aquela voz que lhe dava nojo:

- entao voce será minha garotinha hoje a noite? me chame de papai - e nisso ele lhe deu um forte tapa

ela nao reagiu. sabia que esse tipo de gente se divertia vendo as garotas se debatendo e gritando em vão, lhes dava a sensaçao que eles adoravam de que eles estavam a estuprando. por isso ela nao reagia nem gritava, ela nao queria lhe divertir.

- vamos começar a diversao - ele deu um sorriso perverso e tiro uma faca do bolso

a primeira coisa que ela pensou foi em tirar aquela faca de sua mao e esfaquea-lo, seria facil para ela fazer isso, mas entao ela pensou nas consequencias. Zala estava do lado de fora e nao a deixaria escapar, e ainda torturaria a ela e a sua mãe. tudo que poderia fazer era ficar calada e esperar.

ele amarrou a mão de Lisbeth a virou de costas e começou a esfaquea-la. quando o chão ja estava coberto de sangue ele pegou um chicote e bateu sobre as feridas abertas pela faca. a garota chorava de dor.

- chorar nao vai adiantar querida - ela sabia disso muito bem, por isso nao se lembrava de ter derramado uma lagrima que nao fosse de dor. Mas mesmo estas ela tentava reprimir ao máximo, ela sabia o prazer que dava a esses malditos psicopatas ve-la nesse estado.

ele a deixou toda marcada e começou a chicotear entre suas coxas. ela nunca havia sentido tanta dor. o homem enviou entao a faca bem fundo no seu pé. a garota gritou.

ela sentiu como seu grito o havia deixado com tesao, ele adorava ve-la sofrer, entao ele a penetrou por trás com tanta brutalidade que Lisbeth chegou a desmaiar. essa com certeza nao tinha sido a primeira vez que a haviam torturado. Zalackenko e alguns clientes sadicos dele ja haviam feito coisas parecidas com a criança inumeras vezes mas essa era a primeira vez que ela havia sido estuprada e infelizmente nao estava nem perto de ser a ultima.

quando ela acordou o quarto estava vazio, aquele idiota havia ficado lá quatro horas seguidas e ela estava exausta. imaginou ele no lugar dela e deu um sorriso, pensou nela o torturando com a faca e depois a afundando em seu coraçao e o matando. isso lhe fez sorrir.

depois pensou em seu pai. ele sempre dizia que se elas lhe irritassem ele as amarrariam dentro de uma cabana de madeira e as queimariam. ela entao imaginou-se pondo fogo nele, ele gritando e ela sorrindo, finalmente vingada. aquela ideia era muito atraente. só nao a executava porque tinha medo do que os capangas de Zala fariam com sua mãe. as vezes ela odiava até o amor inexplicavel que tinha por sua mãe, se nao fosse isso o psicopata ja estaria morto.

depois disso Lisbeth Salander teve que faltar uma semana na aula e ficou mancando por um mes. a faca tambem havia lhe deixado uma cicatriz nas costas, ela odiava aquela cicatriz. ela sabia que isso se repetiria ainda muitas vezes, afinal, era desse modo que a familia zalachenko ganhava dinheiro. Zala sabia de sua inteligencia acima do normal e de sua facilidade com computadores que ela estava começando a desenvolver desde a infancia. queria que ela o ajudasse no trafico de mulheres e ja queria que ela começasse desde pequena para que se tornasse uma boa capanga. mas ela sempre forá teimosa e sempre tivera um senso de moral intocavel, portanto sua resposta era sempre nao. ja camilla era mais facilmente manipulavel. E pensando bem sua irmã gemea era bastante manipuladora também, devia ser por isso que elas nunca tinham dado certo.

naquela noite ela sonhou com um fosforo e uma garrafa de gasolina. ela sonhou que estava queimando todos os psicopatas e sadicos do mundo e que agora poderia finalmente viver em paz em um mundo sem injustiças ou violencia.

e esse foi o dia em que lisbeth salander perdeu sua virgindade

nota da autora: esse é só o prologo, ainda tem muita coisa por vim! Comemtem por favor!