Nossos Sentimentos…
Nota: iCarly é obra original de Dan Schneider. Dan é o rei e eu sou apenas a plebe!
O que são os nossos sentimentos? Apenas um de muitos sentidos que habitam nosso corpo humano, ou uma dádiva cedida por Deus? Saber aproveitá-los é bom, mas seria melhor ainda se eles fossem cultivados por pessoas que amamos.
É aí que entro. Eu, Freddie Benson, um garoto comum de 16 anos que estuda no colégio Ridgeway e que tem como colegas de classe a bondosa Carly Shay e a briguenta Sam Puckett. Juntos, comandamos o iCarly, um dos maiores sucessos da internet. Por incrível que pareça, nós três nos damos muito bem, mesmo que Sam às vezes abuse um pouco de mim. Mas a Carly tá sempre lá pra me salvar. Mas ultimamente… ando querendo muito receber um abuso especial de uma certa garota…
Capítulo 01: Os sentimentos de Freddie Benson
É mais um dia de aula na Ridgeway. Pra variar, uma aula "muuuuuuuito interessante" da Sra. Briggs sobre história. Francamente, como uma mulher que nem ela conseguiu ser professora para alunos do colegial?
Sua voz era bem irritante. Enquanto ela falava "…com a assinatura da declaração de independência…", já sentia vontade de estar fora daquela sala de aula."Credo… Como a Sra. Briggs pode ser tão chata?" pensei. Realmente, as aulas dela sempre me chatearam, mas parece que hoje eu estou pronto pra admitir que vou morrer de tédio crônico.
Olho para os lados da sala e vejo que há ainda alguns "heróis" (se é que posso chamá-los assim), que conseguem prestar atenção naquela velha bruxa ruiva. Outros, como de costume, estão conversando, como a Carly por exemplo. "Carly ainda é um sonho", disse em voz baixíssima, para que ninguém escutasse. Ela me olhou e sorriu, alertando "Cuidado com a Briggs, Freddie!". Fiz um sinal de ok e me virei. Ah Carly… Tá certo que ainda tenho uma esperançazinha de um dia namorar com ela. Mas por outro lado, tenho quase certeza de que quero ser apenas um dos seus melhores amigos.
Fito outros alunos da classe. Gibby, sempre atencioso; Jeremy… bah, esse daí vai espirrar daqui 0,5 segundo. O Rodney Rapa parece estar ganhando mais um "cliente", vendendo algo estranho. Mas a grande maioria dos alunos aproveitam a aula da Briggs para fazer apenas uma coisa: dormir. Acho super natural um ou outro aluno dormir em aula, mas essa professora consegue fazer até mesmo um hiperativo cair em sono profundo. E eu to quase embarcando nesse bonde. Até eu por meus olhos "nela".
Um dos meus bons amigos, Gibby, logo percebeu que eu estava olhando para "ela":
- "Hey Freddie, tá precisando de óculos?", perguntou meu camarada gorducho.
- "Não… claro que não. Enxergo muito bem.", respondi sem me virar para Gibby. "Por que me perguntou de óculos?". Ele riu.
- "É que você está olhando pro lado errado! Aquela lá é a Sam!" disse Gibby. Realmente, eu estava olhando pra ela, Samantha Puckett, ou Sam, como ela é conhecida por todos. Ela estava dormindo, como de costume. Mas ainda assim, eu a olhava para ela, vendo que por trás daquele jeito agressivo dela, havia uma menina muito especial. E sinceramente, ela é muito bonita também! Mas como todo mundo estranharia um dia ver eu e ela admitindo que nos gostamos, tentei disfarçar.
- "Ah, bem… sabe o que é Gibby…". Mas meu amigo bobinho não fez jus ao seu caráter e logo me indagou.
- "É impressão minha ou você tá gamadão na Sam? Hein Freddie?". Corei na hora. Queria muito dar uma resposta positiva, mas…
- "Não! Nem pensar! Tenho amor a minha vida!". Tive de mentir. Gibby deu um sorrisinho e logo se virou e eu voltei a fitar aquela loira agressiva, porém encantadora.
Porém, comecei a perder um pouco de concentração quando ouvi "Benson…". Nem liguei e voltei ao meu "afazer". "BENSON!". Ouvi novamente meu sobrenome sendo chamado, num grito irritante. Era a senhora Briggs. O gito foi tão irritante que acordou todos os dorminhocos e fez todo mundo ficar em estado de alerta. Bem, nem todos acordaram. Sam tinha um sono de pedra, hehehe.
- "Fredward Benson! Logo um dos alunos mais aplicados da sala… Perdeu alguma coisa pelos lados do sr. Haddaway e da srta. Puckett?", disse a senhorita Briggs, se aproximando de mim. Alguns alunos começaram a dar risadinhas, levando para um lado mais malicioso.
- "Não senhora…", respondi em voz baixa e com um certo medo.
- "Então preste mais atenção em mim e deixe a srta. Puckett… dormir? SAMANTHA, ACORDAAAA!!!", disse Briggs, berrando. Imaginem, se a voz dela normal já é irritante, imaginem um super grito. Aquilo fez com que Sam acordasse. Voltei a olhar pra ela. Seus olhos abriram lentamente, mostrando uma cor azulada que de um tempo pra cá, comecei a apreciar. Ela estava meio zonza.
- "Nham… Já é hora do café hein?" perguntou Sam, recobrando a consciência. Briggs enfurecida respondeu em tom sarcástico.
- "Claro que sim Samantha! E teremos sabe o que hoje?"
- "Presunto?", perguntou Sam, toda inocente.
- "DETENÇÃO PARA QUEM NÃO PRESTAR ATENÇÃO NA AULA!", gritou a professora. Sim, ela conseguiu por medo em muita gente. Confesso que até em mim.
Mas Sam nem ligou. Ela resmungou algo como "Velha chata!" e também começou a prestar atenção na aula. Carly me cutcou e perguntou o porque de eu estar olhando para Sam. Fiquei sem jeito de ter que falar a verdade e menti, dizendo que estava distraído e planejando pregar uma peça na Sam. "Freddie, você é doido mesmo!" respondeu minha amiga de cabelos negros. Só tive tempo de dar um pequeno sorrisinho e voltar a prestar atenção naquela aula chata.
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- "Nossa! Essa foi a pior aula da Sra. Briggs!" reclamei para as meninas.
- "Quase não acompanhei. Então…", disse Sam, se esticando.
- "E alguma vez você já acompanhou alguma aula?" perguntei, pra provocá-la. Mas acho que não foi muito boa idéia.
- "Fica difícil acompanhar aula com um nerd querendo se mostrar!" disse Sam, me pegando pelo colarinho. Foi estranho: ao mesmo tempo que doía, eu estava gostando daquilo. "Aliás… devo te surrar!", ela complementou.
- "P-por que?" perguntei amedrontado. Mesmo sendo uma garota, ela tinha uma mãozinha pesada. Nem quero me recordar do último soco que levei dela, hehehe.
- "Sam…", disse Carly, tentando salvar minha pele e contendo a amiga. Em vão.
- "O nosso Esquizofreddie aqui fez aquela bruxa ruiva me acordar e…" disse Sam, interrompida pelo toque de seu celular. Era uma música que se não me falha a memória, chamada Homeless Heart. Tive sorte naquela hora de não levar um soco e Sam rapidamente atendeu o telefone dela, enquanto eu me recompunha, com a ajuda da Carly. "Tá tudo bem aí?" perguntou-me Carly. Apenas acenei com a cabeça que estava e logo, acompanhei minha amiga até o armário dela, enquanto via Sam, ainda no celular.
Enquanto Carly estava guardando os livros em seu armário, me peguei de novo prestando atenção em Sam. Podia parecer loucura, mas ela estava me chamando muita atenção. Ela não se vestia como uma garota comum, sabe… Seu estilo mais urbanizado dava a ela um ar diferente, mas que ainda assim, me provocava. Seus cabelos estavam soltos, como de costume. Seu sorriso, por mais que fosse raro de ser ver (a não ser quando estava fazendo alguma maldade comigo), era muito bonito. Epa! Sam sorrindo? E sem me agredir? Alguma coisa está errada! Até que ouvi um estalo de dedos…
- "Freddie!", chamou-me. Era Carly. Nossa, que mico! Fiquei aqui babando na Sam, diante da Carly. Será que ela já tá sabendo de algo?
- "Ah! Oi Carly!", respondi assustado.
- "Você anda muito distraído garoto!", disse minha estimada amiga, sorrindo. Dei um sorrisinho também. Não havia como não sorrir para Carly Shay.
- "Talvez sim…", disse, mirando a figura de Sam ao telefone. Estaria comentendo um erro ao fazer isso? Bem…
- "Hum… Agora que eu percebi… Você estava olhando pra Sam?", perguntou Carly, mantendo sempre aquele sorriso bonito. Gelei na hora.
- "Qu-quem? Eu? Não…"
- "Freddie…", disse ela, me fitando, seriamente.
- "Estava sim!", respondi, baixando a cabeça. Cara, as vezes a Carly consegue me persuadir de um jeito… Teria que ser muito forte, mas… "Mas Carly… nem comenta nada com ela", pedi, com um pouco de receio.
- "Sem problemas", disse minha amiga. "Mas se ela souber, é bom já ter um testamento pronto!", complementou, tirando sarro de mim.
- "Engraçadinha", disse, fazendo uma careta pra Carly.
Rimos daquele momento. É bom estar com os amigos por perto em todos os momentos. Mas fico meio que com o pé atrás quando se trata de falar de garotas com uma garota. Carly é minha melhor amiga, mas não era de qualquer garota que eu estava falando. Era Sam.
Sim, a Sam que sempre me odiou (se bem que até hoje eu não sei o motivo pra tanta raiva de mim). Acho que nunca me imaginei desse jeito sabe… Olhando para uma garota agressiva e irritante. Mas de um tempo pra cá, comecei a ter outra imagem dela. Não sei ao certo o por que. Será que estou apaixonado pela Sam?
Logo, vi ela desligar o celular e vir toda feliz em nossa direção. Seria um encontro? Não hesitei em perguntar…
- "Que felicidade toda é essa?"
- "É Sam! Me conta… é algum garoto que te convidou pra sair?", perguntou Carly, em sequência. Torci muito para que a resposta não fosse "sim".
- "Meu pai! Ele vem me visitar! Nossa, quanto tempo que não o vejo!", disse Sam, eufórica.
- "Que legal Sam! Faz tempo que não o vejo também!", disse Carly, cumprimentando a amiga. Fiquei bem curioso em saber quem era.
- "Pensei que seu pai morava com você Sam", comentei.
- "Pensou errado, pamonhão! Meu pai e minha mãe são separados. Tanto que ele não mora na cidade. A sua 'doce' Melanie mora com ele, sabia?", disse Sam, com um tom bem provocativo. Fiquei um pouco tenso. Não pelo insulto e sim porque ela comentou da Melanie, o "oposto perfeito" dela. Por mais que a Melanie fosse um amor de pessoa, eu não queria ter olhos para ela e sim para a sua contraparte, ou seja, Sam.
- "E quando ele vem?" , perguntou Carly.
- "Amanhã. Nossa, não vejo a hora de dar um abraço no meu velho! O grandão era um barato!", disse Sam, muito animada. Bem, já deu pra notar que ela prefere o pai dela do que a mãe, que ao meu ver, é uma desleixada de marca maior. Percebi que Sam tirou uma foto de sua mochila e logo, mostrou para mim e pra Carly. Era ela, bem pequena, no colo de um cara enorme e musculoso, de cabelo loiro arrepiado.
- "E-esse é teu pai, Sam?"
- "É sim.", respondeu ela, calmamente. Nossa... me deu um calafrio. O cara era imenso e tinha um jeito de ser malvado.
- "Eu lembro dessa foto! Foi a última vez em que vi o pai da Sam!", disse Carly.
- "Faz tempo mesmo, né amiga?", perguntou Sam, toda feliz.
- "Agora eu sei de onde vem esse seu jeitão Sam! Deve ser influência do seu pai. O cara parece aqueles lutadores profissionais, todo carrancurdo!", comentei. De fato, fiquei com medo do pai dela. Ele com certeza botaria medo em qualquer pessoa. E Sam piorou as coisas para mim…
- "É Freducho… Ele é bem malvado. Imagina só quando ele souber que você beijou a minha irmã?", comentou Sam. Meu coração quase parou quando ela comentou aquilo. Fiquei imóvel e pensando "Se a Melanie contou, fedeu tudo! Eu vou morrer!".
- "Ai Sam, não põe medo nele.", disse Carly. Sam deu uma risadinha e bateu em meu ombro.
- "Tonto! To brincando. Mas ele é bem ciumento em relação a mim e a minha irmã, então… nada de comentar da Melanie perto dele!".
- "Fica tranquila… Nem tenho pensado nela!", disse, mexendo os ombros. Sam me encarou e perguntou:
- "Tá pensando em quem então?
- "Er… acho que não vai querer saber!", respondi, com muito medo daquele olhar severo da Sam. Imagina se eu falo que to pensando nela? Aí sim era velório! A minha sorte é que Carly estava lá pra amenizar as coisas.
- "Acho melhor encerrarmos por aqui, né gente?", disse minha amiga.
- "Tá bom! Não quero estragar meu momento. Afinal, vou ver meu velho depois de 6 anos!", disse Sam, animada. Mas logo, ela se virou pra mim, e com aquele olhar severo de sempre… "Espero que não esteja com a cabeça naquela retardada da Valerie, viu? Se for ela, eu juro que transformo esse cabeção em troféu e dou ele de presente pro meu pai!". Argh! Que ameaça! E por que ela falou daquela louca da Valerie? Ela só falou comigo um dia porque queria uma dica de vídeo pro "showzinho dela". Ciúmes? Há, duvido. Sam Puckett com ciúmes de mim? É mais fácil eu espremer aquela verruga nojenta do Lewbert do que acreditar nisso. Mas o medo era maior…
- "Fi-fica tranquila", respondi, amedrontado.
Sam fechou a cara pra mim e logo, se despediu de mim e de Carly. Poderia respirar aliviado. "Mais uma vez, Carly Shay salva o dia!", disse Carly, me zuando. Toda vez em que Sam resolvia implicar comigo, ela conseguia intervir. Queria ter esse dom que a Carly tem para lidar com a Sam. Mas aí também é pedir demais.
Depois disso, fomos embora. No meio do caminho, carly encontrou-se com seu irmão, Spencer. "Hey Freddinho! Parece meio bolado!", ele comentou. E com essa palavra esquisita. Logo que ele percebeu que olhei feio pra ele, Spencer perguntou se eu queria ir com ele no Shake da Hora. Carly não hesitou e aceitou, mas preferi não ir. Me despedi deles e fui direto para a miha casa, no edifício Bushwell.
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Chegando em casa, cumprimentei minha mãe com um beijo no rosto e logo, fui para o meu quarto. "Querido, está se sentindo bem?", perguntou minha mãe. Acenei com a cabeça que estava bem. Estava um pouco cansado do dia de aula e me atirei na minha cama. Sensação coinfortável! Minha cama era muito boa…
Logo que deitei, me virei para a cabeceira da cama e olhei para uma foto em que estavam eu, Carly e Sam. Era uma foto que tiramos quando fomos pro Japão, receber aquele prêmio Web Choice Awards. Carly estava bonita na foto, mas reparei mais em Sam.
De novo a Sam. Cara, como minha cabeça mudou de um tempo pra cá. Antes eu era gamadão na Carly. Mas hoje, vejo ela mais como uma amiga e irmã que nunca tive. Já Sam, que antes era uma pessoa que eu odiava, hoje me chama muita atenção. Talvez seja fase. Talvez não. Ou pode ser… o beijo! Ah, só pode ser isso!
Lembro-me quando a Valerie me deu aquele beijo de meio segundo, ou quando ganhei aquele beijinho da Carly no nariz. Não sei porque mas foram situações que não mexeram nem um pouco comigo. Mas depois que eu e Sam trocamos o nosso primeiro beijo, eu senti algo diferente. Foi algo bem agradável. Não esperava que meu primeiro contato "real" com uma garota fosse logo com ela. Mas aquilo foi obra do destino. Teve de acontecer. Ela teve de revelar um segredo íntimo meu, para depois acontecer o que aconteceu.
Bem, no fim das contas, foi bom ter dado meu primeiro beijo com a Sam. Aposto que se fosse com a Carly eu estaria um pouco mais abobalhado… ou não. Mas a verdade é que gosto da Sam. Mesmo ela tendo feito maldades comigo desde que nos conhecemos, eu ainda fui amigo dela. Mas hoje, não quero só sua amizade… quero algo mais. Quero ter o amor dela! Quero poder sentir o calor do corpo dela junto ao meu!
Acho que agora eu estou tendo certeza dos meus verdadeiros sentimentos… espero que os dela também sejam assim… e melhor: que sejam por mim! É Freddie Benson, quem diria… você ama Sam Puckett!
Olá povo da Terra e do espaço! Bem, essa é mais uma fic minha de iCarly. Dessa vez, Sam e Freddie vão começar a descobrir que há algo mais entre eles do que apenas uma amizade. Nesse capítulo, vamos ver o ponto de vista de Freddie em relação ao que sente por Sam. Hum… será que nosso amigo camera-man tá afinzão da nossa loirinha briguenta? Só na continuação para saber…
24/08: semana especial! iCarly, novos episódios de segunda a sexta na Nickelodeon!
Abraços do Gúh!
