Sua mente trabalhava freneticamente e seus dedos batiam incessantemente no teclado com uma força descomunal. Para algumas pessoas, trabalhar para escapar de uma preocupação era algo completamente normal e naquele momento, Bulma fazia o mesmo. Era eficaz, entretanto, sempre que parava para refletir e resolver um problema, ela se lembrava.

Você vai treinar de novo, Vegeta?

O que você tem com isso?

O Trunks tem um evento amanhã, você deveria ficar por mais tempo e acompanhá-lo.

Por que você não vai? Eu preciso treinar no planeta do Bills.

Você está assim desde a luta contra o Black, Vegeta... Quando você vai perceber que Goku sempre estará um passo à sua frente? — Perguntou baixinho.

Cala a boca! — Falar de Goku era o bastante para deixá-lo ainda mais irritado. — Eu não vou superá-lo enquanto vocês me atrapalharem!

Então vai, anda logo! — Esbravejou e antes que pudesse dizer qualquer palavra de ódio, ele já tinha ido.

Durante anos, aprendeu a conviver com os Saiyajins, mas tinha que admitir que algumas vezes era impossível aturá-los. Estava cansada, mal-humorada e insatisfeita emocionalmente e fisicamente.

Ela gostaria que ele ficasse em casa mais vezes não apenas por ela, mas também por Trunks. Ele era um garotinho independente para a idade, mas ainda assim precisava de um pai.

— Bulma... — Ela virou o corpo para trás e encontrou Whis, que a encarava curioso.

Estava lá para saírem juntos. Com o passar do tempo, começou a gostar das visitas do anjo, mas aquela não era a melhor hora.

— Aonde vamos hoje? — Ele perguntou com um sorriso largo no rosto.

A cientista o encara silenciosa, reflete bem e chega à conclusão que ficar trancada em um quarto quente trabalhando o dia inteiro não iria ajudar. Sendo assim, ela decide levá-lo à um dos melhores locais da casa.

— Podemos ir para a piscina, o que você acha?

— Parece ótimo para mim. — Ele concordou com um sorriso.

— Me encontre lá, eu preciso vestir uma roupa mais confortável e, claro, pedir para fazerem algo para comermos.

Com isso, o sorriso no rosto de Whis se alargou ainda mais, conversar sobre comida sempre o deixava animado. Saiu da sala juntamente a Bulma, porém seguiram caminhos diferentes.

Ela dirigiu-se ao seu quarto e tomou uma ducha rápida, vestiu um biquíni e separou alguns objetos em uma sacola. No caminho, passou pela cozinha e pediu algo para os dois.

Chegando ao lugar combinado, ela inspira profundamente. O local arejado era ideal para quem queria relaxar e esquecer dos problemas.

Olhando em volta, ela encontra Whis sentado em uma das espreguiçadeiras próximas à beira da grande piscina. Costumava visitá-la tantas vezes que já sabia se orientar pela casa sem problemas.

— Acho que daqui a pouco os cozinheiros terminam. — Comentou sentando em uma espreguiçadeira ao lado.

— Eu mal posso esperar. — O anjo disse com os olhos brilhando.

— Então, como anda o treinamento? — Bulma perguntou parecendo pouco interessada.

— Você está querendo saber do treinamento ou do Vegeta, Bulma? — Perguntou com um sorriso maroto. A mulher simplesmente fez uma cara emburrada e virou o rosto, era o bastante para ele. — O Vegeta está cada vez mais empenhado em não deixar o Goku ultrapassá-lo.

Ela não esboçou reação e se limitou à responder um um "Hm!". Whis já a conhecia tempo o bastante para saber que não era a resposta que queria escutar, mas era a verdade.

— Gente, que calor é esse? — O anjo resmungou enxugando uma gota de suor de seu rosto com a manga da roupa.

— O dia está muito quente. Me surpreende que você tenha aguentado esse tempo todo usando essas roupas.

— Isso não será um problema. — Ele diz pegando seu cetro.

Em um piscar de olhos, a habitual roupa que usava tinha desaparecido dando lugar à apenas um calção de banho na cor vinho.

Foi a primeira vez que Bulma o tinha visto com o corpo descoberto. Ele não possuía grandes e imponentes músculos como os Saiyajins, porém aquele corpo magro aparentava ser forte e bem definido. Foi uma verdadeira surpresa para ela, que não esperava que o anjo fosse tão belo de corpo.

— Tem alguma coisa errada? — Foi só então que Bulma tinha percebido que estava o encarando.

— Você está muito bem, hein Whis? — Ela brincou.

— Ui, você acha? — Riu olhando para o próprio corpo.

Não tinha motivo para mentir afinal, ele era gay, não era? Ele era? Isso à fez levantar outra pergunta. Será que era verdade que anjos não tinham sexo?

Olhou de relance para ele que já tinha fechado os olhos e aparentava tirar um cochilo. Passou os olhos por aquele corpo escultural indo cada vez mais longe.

— Senhora Bulma. — Uma voz chama a atenção de ambos, era uma de suas funcionárias, que entregou duas tigelas de vidro para a dupla e se retirou.

— Bulma, o que é isso? — O anjo perguntou inspecionando a tigela com os olhos repletos de curiosidade.

— Banana split.

Observou Whis pegar uma pequena quantidade da sobremesa com a colher e colocá-la na boca. O mesmo fechou os olhos, jogou a cabeça para trás e gemeu. Bulma não pôde deixar de pensar em obscenidades.

— Gente, essa sobremesa pitoresca é um verdadeiro manjar dos deuses! É tão cremosa e cai perfeitamente com o sabor dessa fruta! — Elogiou de maneira escandalosa enquanto comia mais um pouco.

Sem fome e sentindo os efeitos do sol em sua pele, a cientista colocou sua tigela em uma mesinha lá perto e pegou um protetor solar na sacola. Passou o produto delicadamente pelo corpo, parando assim que percebe que teria que passar pelas costas. Apenas o anjo estava lá com ela.

— Whis... Você poderia passar nas minhas costas, por favor? — Ela pergunta sem jeito.

— Claro, amiga. — Ele coloca a tigela já vazia perto da outra na mesinha.

Ela ajusta a espreguiçadeira para ficar plana e logo em seguida deita de costas. Sem se importar com a presença de Whis, desamarra o nó do biquíni e o joga lá perto, deixando suas costas completamente amostra.

O creme entra em contato com a pele e as mãos começam a trabalhar, realizando movimentos suaves, que com o tempo foram ficando mais fortes. A cientista fecha os olhos e suspira feliz ao senti-lo massagear suas costas.

Nem se importou de as mãos descerem e passarem o protetor em suas coxas, apertando-as no processo. Se ela não conhecesse Whis, provavelmente diria que ele estava se aproveitando da situação.

— Isso ajuda mesmo? — Perguntou curioso encarando o recipiente.

— Claro. Aqui, me deixe passar em você. — Ela disse se levantando e pegando a embalagem.

Sem questionar, o anjo se senta na beira da espreguiçadeira de costas para a mulher. Ela começa a espalhar o creme pelas costas, passando para os braços e ombros sentindo os fortes músculos do anjo.

— Que desperdício... — Comentou inaudível.

— Terra para Bulma...

Ela é tirada de seus pensamentos pela voz aveludada. Foi só então, que percebeu que o protetor já tinha sido espalhado e suas mãos estavam alisando o peitoral do anjo.

Antes que ela fosse capaz de tirar as mãos do corpo de Whis, ele se vira rapidamente e a agarra, se jogando na espreguiçadeira junto à ela. Ficaram se encarando deitados de frente um para o outro. Ela arrepia ao sentir ele sussurrar perto de seu ouvido.

— Me diga, Bulma. Como está seu casamento com Vegeta?

A cabeça da cientista estava uma verdadeira confusão. Ele estava cantando ela? Não poderia negar que aquele anjo era uma criatura tentadora, mas ela era casada e tinha filho. Uma mão acaricia seu braço, a trazendo de volta à realidade.

— Bulminha, eu admito que me acostumei com todos vocês ao ponto de considerá-los amigos. Se precisar de algo, não hesite em me pedir. Qualquer coisa. — Ele falou a última frase com a voz carregada de segundas intenções e se afastou um pouco da mulher.

Bulma ficou perdida nos olhos lilás do anjo enquanto ele usava o dedo indicador para fazer alguns círculos imaginários pelo braço da mesma. Sentia falta de um toque carinhoso e ser envolvida com braços fortes que a mantinham segura.

Seu corpo estava cansado de ter seu marido apenas por algumas noites rápidas, noites aquelas, que serviam apenas para satisfazê-lo. Precisava se sentir amada e desejada, não se importava que fosse com outro homem.

— A culpa é toda sua, Vegeta. — Bulma resmunga.

Ela puxa o anjo para si e o beija ferozmente, não dando importância para mais nada. No começo, Whis se surpreendeu com a iniciativa da cientista, mas rapidamente correspondeu ao beijo.

— Espere, nós não podemos fazer isso aqui. — Ela o solta após se lembrar de onde estavam.

— Não se preocupe com isso. — Ele riu pegando o cetro e criando uma barreira ao redor deles. — Quem olhar para cá, verá apenas uma espreguiçadeira vazia.

Ele a puxou para seus braços e retomou o beijo, dessa vez invadindo a boca da mulher com a língua. Ela, de bom grado, corresponde ao beijo que se tornava cada vez mais feroz.

Sem avisar, Whis troca de posição, ficando por cima dela. Fica confuso assim que vê a cientista usando as mãos para cobrir os seios.

— Tem alguma coisa aí que você não quer que eu veja? — O anjo tentou afastar as mãos, mas não conseguiu.

— Eles já não são os mesmos. — Ela diz retirando as mãos da frente.

Whis já tinha escutado um comentário parecido antes. Ao que parecia tudo tinha começado com a visita à Zuno, que tinha revelado informações desnecessárias a respeito dos seios de Bulma.

— Deixa de ser boba amiga, eles estão ótimos.

A cientista tentou cobri-los novamente, porém foi impedida pelo anjo que segurou seus pulsos e os prendeu acima da cabeça com uma das mãos.

Abocanhou um dos seios redondos, sugando e mordendo de leve. Aos poucos o corpo de Bulma foi relaxando, levando Whis a soltar os pulsos da mesma. Passou a língua pelo mamilo rosado e rijo antes de voltar sua boca para o outro seio.

Aproveitou a disponibilibidade da outra mão para levá-la para dentro do biquíni de Bulma e se surpreendeu, ela estava encharcada. Agora estava certo de que Vegeta estava negligenciando a esposa.

— Que desperdício... — Whis comentou.

O anjo retirou a parte de baixo do biquíni e posicionou o rosto em meio às pernas de Bulma que gemeu alto e arqueou as costas ao sentir a língua passear pela região sensível, realizando movimentos lentos alternando entre o clitóris e sua entrada.

— Isso é...bom... — Ela falou em meio a gemidos. Já tinha um bom tempo que não recebia um tratamento daqueles.

Whis sorriu malicioso e usou a língua para penetrar no interior lubrificado, realizando movimentos de vai e vem, levando-a à loucura. Parou ao sentir o corpo de Bulma tensionar.

— Isso foi delicioso, mas o que você acha de irmos para o prato principal? — Ele questiona antes de voltar a beijá-la.

Sentiu as pernas da mulher abraçarem sua cintura com força, pressionando sua ereção contra o corpo feminino. Entendendo o recado, ele se levanta e retira o calção devagarmente, deixando-a apreciar a visão. Percebeu ela morder o lábio inferior e então, voltou rapidamente para a espreguiçadeira.

Afastou as pernas de Bulma e se posicionou entre elas, penetrando lentamente a intimidade lubrificada. Sequer precisou deixá-la se acostumar, quando estava completamente dentro do interior apertado, os quadris começaram a se mover incentivando-o.

Começou devagar, aproveitando a visão da cientista se contorcendo em baixo de si. Decidido a satisfazê-la, aumentava a velocidade das estocadas de acordo com os sinais que lhe eram dados.

Bulma estava próxima de seu limite quando percebe as investidas ficarem mais fortes e rápidas, qualquer pessoa poderia dizer que aquele comportamento estava longe de ser o de um anjo.

Envolveu as pernas ao redor da cintura de Whis, permitindo que ele fosse cada vez mais longe. Ambos adorariam que aquele momento durasse mais, porém seus corpos não aguentaram.

Com uma última e forte investida, eles chegam ao clímax com um intenso gemido. Se retirando de Bulma, o anjo desaba ofegante na espreguiçadeira junto a ela. Sentiu Whis a abraçar carinhosamente e sorriu satisfeita, era daquilo que precisava.

Ficaram algum tempo deitados até Bulma voltar a tocar o corpo azulado com interesse.

— Whis... isso foi divertido, mas o que você acha de irmos para a sobremesa? — Ela perguntou com os olhos repletos de luxúria.

— Achei que você nunca fosse pedir. — Ele riu observando Bulma ficar por cima de si.

∼ Algum tempo depois ∼

Completamente suados e satisfeitos, o casal abraçado na espreguiçadeira descançava tranquilamente. De repente, o cetro do anjo começa a piscar e emitir um som de alerta.

— Opa, parece que perdi a noção do tempo! O senhor Bills vai ficar bem nervosinho quando não me encontrar. Se descobrir que estou provando as guloseimas da Terra sem ele então... — Falou e então, beijou a cientista.

Se levantou rapidamente e recolheu o calção no chão, voltando a vesti-lo. Mal deu tempo de ela piscar e o anjo estava novamente alinhado e com suas roupas habituais.

— Espere! — Ela levantou apavorada assim que percebeu que ele ia voltar para o planeta do Deus da destruição. — O Vegeta...

— Não se preocupe, Bulminha. Esse será um segredinho só nosso. — Ele riu dando uma piscadela para a mulher.

— Volte mais vezes, Whis. — Aliviada, ela se despediu e observou o anjo partir, desaparecendo pelo céu em instantes. — Essa não! — Vestiu o biquíni desesperadamente assim que percebeu a barreira ao redor desaparecer.